Teatro
“Dandara na Terra dos Palmares” faz apresentação única na Cidade Baixa
O Teatro Sesi Casa Branca, localizado na Cidade Baixa, recebe nesta quinta-feira (3), às 19h, apresentação única do espetáculo infantojuvenil “Dandara na Terra dos Palmares”. Integrando a programação do projeto “Porto SESI Cultura”, a montagem traz uma reflexão importante sobre racismo estrutural e resgata a ancestralidade dos negros no Brasil.
Com texto inédito de Antônio Marques e canções originais de Emille Lapa e Natalyne Santos, sob a direção de Agamenon de Abreu, “Dandara na Terra dos Palmares” é um espetáculo que sankofa história ancestral e fala de resistência, ao narrar a história de Dandara, uma menina que enfrenta o racismo em sua escola e, a partir dessa dura experiência, distancia-se de sua própria origem e nome.
A obra, que já foi indicada a dois prêmios Braskem de Teatro, proporciona uma abordagem lúdica e poética sobre a opressão sofrida pelos negros, especialmente na infância. Os ingressos têm preço popular: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), e estão sendo vendidos pelo Sympla. A expectativa é atrair um público diversificado, especialmente crianças e jovens.
“Dandara na Terra dos Palmares” não é apenas um espetáculo; é uma celebração da resistência e da identidade. Em suas apresentações anteriores, já encantou mais de 30 mil pessoas e passou por diversas cidades da Bahia, incluindo eventos literários e culturais relevantes. Para mais informações, entre em contato com a Arte Sintonia Companhia de Teatro por meio do WhatsApp (71) 99269-8274.
Serviço
Espetáculo: Dandara na Terra dos Palmares
Data: 3 de outubro de 2023
Horário: 19h
Local: Teatro Sesi Casa Branca, Cidade Baixa, Salvador
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) | R$ 10,00 (meia)
Link para compra dos ingressos: Sympla – Dandara na Terra dos Palmares
Teatro
Espetáculo “Candomblé da Barroquinha” estreia em Salvador
O espetáculo “Candomblé da Barroquinha” estreia no Espaço Cultural da Barroquinha no dia 24 de janeiro, pedindo licença para pisar em solo sagrado. Inédita, a montagem faz uma ode ao Candomblé Ketu, remontando suas origens, e celebra a história espiritual e cultural do povo negro diaspórico. Com direção de Thiago Romero, texto de Daniel Arcades e elenco potente, a temporada fica em cartaz de 25 de janeiro a 9 de fevereiro, em dias alternados. Os ingressos estão à venda no Sympla e custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
“Nosso povo merece conhecer a história das mãos que fizeram este país. A arte tem como um de seus compromissos reinventar universos, heróis e heroínas para seus apreciadores e assim estamos fazendo. Por mais que nos faltem dados, não nos falta a memória do corpo, a memória das vozes esquecidas e os documentos não-oficiais. Estamos aqui para contar uma história pouco conhecida e muito necessária para nossa população”, destaca o diretor Thiago Romero.
Uma homenagem respeitosa ao Candomblé Ketu, maior e mais popular nação do Candomblé no Brasil, o espetáculo traz à cena as vivências cotidianas de Marcelina, uma jovem abian, e da comunidade à sua volta. Apesar de ficcional, a obra é fundamentada a partir da pesquisa do diretor e do dramaturgo, e o enredo revisita o que se tem como umas das histórias sobre a origem do candomblé.
KETU
Em “Candomblé da Barroquinha”, o público conhece a história de três princesas africanas chegadas à Bahia na condição de escravizadas – Iyá Adetá, Iyá Kalá e Iyá Nassô -, personagens celebradas pela oralidade, que teriam fundado, na Bahia, no bairro da Barroquinha, o mais antigo templo de culto africano do país, tornando-se assim o símbolo de resistência, fora da África, dos reinos de Ketu e Oyó. Com sua sabedoria ancestral, elas criam uma das comunidades Jeje-Nagô mais importantes fora do território africano, reconstituindo na Bahia os locais sagrados destruídos pelo violento processo de colonização.
Realizado pela DAN Território de Criação, plataforma de criação artística multi-linguagem que completa cinco anos em 2025, o “Candomblé da Barroquinha” foi fomentado pelo programa FUNARTE Retomada 2023 – Teatro, Ministério da Cultural, Governo Federal. As apresentações acontecem, em janeiro, nos dias 25 (sessão acessível – intérprete de libras), 26, 30 e 31, às 19h; e em fevereiro, nos dias 1º e 8, com duas sessões acessíveis, às 16h e 19h, além dos dias 7 e 9, às 19h.
Serviço
O quê: Candomblé da Barroquinha
Temporada: 25 de janeiro a 9 de fevereiro
Sessões: 25/01 – 19h (sessão acessível – libras), 26/01, 30/01 e 31/01 – 19h | 01 e 08/02 – 16h e 19h (sessões acessíveis – libras), 06/02, 07/02 e 09/02 – 19h
Local: Espaço Cultural da Barroquinha (Rua do Couro, s/ n – Barroquinha)
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Vendas: Sympla
Classificação indicativa: 14 anos
Teatro
Drag Queen Barbárie Bundi estreia temporada da performance “AMÒ”
A Drag Queen Barbárie Bundi estreia uma temporada da sua nova performance “AMÒ” na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, em dezembro. Em “AMÒ” ou “AMỌ”, a artista parte do conceito de Afro-Fabulação em uma jornada de autodescoberta e conexão com suas raízes ancestrais em terra firme.
É utilizado o barro como uma poderosa metáfora e lançando um olhar sobre as histórias das bixas pretas que moldaram sua jornada. As apresentações acontecem na Sala do Coro do TCA nos dias 14 e 15 de dezembro. Os ingressos estão à venda pelo Sympla e custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Idealizada por Bundi em março deste ano, “AMÒ” contou com apresentação única, ainda em fase de experimentação, durante o evento Vila Lacre: pequena mostra LGBTQIAPN+, e uma segunda apresentação em julho durante o Festival del Caribe, em Cuba.
O solo surge a partir dos estudos da artista do conceito de Afro-Fabulação proposto por Tavia Nyong’o, e lança seu olhar para uma nova etapa de seu processo criativo iniciado pelo projeto intitulado Aquátika, em que a água foi o elemento central explorado.
Ritual
O termo “amọ”, que significa argila na língua Iorubá, não é apenas um material físico, mas também um símbolo de criação, transformação e conexão com a terra e o que nos compõe enquanto bixas pretas na contemporaneidade.
Amò é uma jornada performativa que mergulha na ancestralidade e nas memórias silenciadas das bixas pretas, se debruçando em temas de resistência, identidade e conexão com a terra. Guiada pelas baleias Jubartes, Barbárie Bundi, evoca raízes ancestrais aquáticas para pisar em terra firme, a narrativa atravessa o profundo oceano das histórias esquecidas e emerge em arquipélagos simbólicos, onde cada ilha representa uma etapa do ciclo da vida e da ancestralidade.
Em três ciclos
Ilha da Água de Menines, Ilha dos Paraísos Perdidos e Ilha do Assentamento Futuro – Barbárie passa por rituais de descoberta e reconexão com o passado, a infância com amores e lutas. Entre águas e raízes, o espetáculo transforma a cena em um espaço ritualístico onde corpo, terra e memória se entrelaçam.
Sobre Barbárie Bundi
Criada pelo multiartista Thiago Romero, Barbárie Bundi é uma Drag Queen Diaspórika que há 12 anos atua como cantora, performer, artista visual, diretora artística e figurinista. Sua pesquisa se concentra nas artes pretas da diáspora, buscando ampliar as narrativas afirmativas LGBTQIAPN+.
“AMỌ” marcou o início de uma nova fase no trabalho da artista, em março. Além da performance, este ano, Barbárie encabeçou o projeto “Kiandas Ocupam o Centro”, que movimentou a cena drag queen preta de Salvador durante três meses, estreou seu novo show ao vivo “Kitanda”, mesmo nome do próximo EP, com lançamento previsto para janeiro de 2025.
Serviço
“AMÒ” – Barbárie Bundi
Data: Dias 14 e 15 de dezembro (sábado e domingo)
Horário: 20h
Local: Sala do Coro do TCA
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Vendas: Sympla no link
Teatro
Avatar Cia de Teatro realiza Mostra de Teatro Infantojuvenil aberta ao público
Com 40 crianças e jovens em suas três turmas de Teatro, a Avatar Cia de Teatro conclui mais um ano de oficinas de Técnicas Básicas de Teatro através da Mostra de Teatro Infantojuvenil 2024. Serão encenados três espetáculos no Teatro Sesc Pelourinho, nos dias 17 e 18 de dezembro, com acesso gratuito ao público.
No palco, os atores e atrizes mirins vão encenar peças que tratam de um planeta fictício onde crianças amam a leitura e interagem com os livros de forma lúdica e de temas como representatividade negra e diversidade identitária.
Em “Brincando de Ler” – partes I e II – as histórias se passam no planeta chamado Leiturândia, habitado apenas por crianças que gostam de ler. Lá, em um belo dia, surge a garotinha Alice Rebelde, que não quer conta com os livros. Para fazê-la amar a leitura como elas, as crianças contam com a Fada Janaína e a Vozinha Marilu, que se utilizam de várias táticas pra convencer a menina a adentrar o mundo da imaginação.
Já na parte II, em continuidade à narrativa, a paz de Leiturândia é ameaçada com a chegada das vilãs Destruidora de Letras e Super Destrambelhada. Mas para combatê-las e salvar o mundo da leitura, o Sabe Tudo é designado entre as crianças pela Divindade Yemanjina, seu espírito protetor para salvar Leiturândia das garras das vilãs. Os espetáculos tem texto e direção do educador e idealizador do Avatar Studio de Artes, Sérgio Mício e no elenco as turmas de Teatro Kids. Serão apresentados no dia 17 e 18 de dezembro (terça e quarta-feira), às 11h (Parte I) e às 15h (Parte II).
Diversidade
Com texto e direção também de Sérgio Mício, o espetáculo “Porque Sou Preta” conta a história das colegas Ritinha, Carolina e Maria Eduarda, que convivem com situações-limite na escola, em uma convivência movida por conflitos. Por outro ângulo, um grupo de vizinhos entra em choque devido à intolerância. Do caos à paz, ‘Porque Sou Preta” aborda os temas representatividade negra e diversidade identitária de forma espontânea e bem-humorada. A obra é baseada no texto inédito “Mamãe, Por Que Eu Sou Branca e Ritinha É Negra?”, do escritor baiano Jaime Sodré, falecido em 2020.
O espetáculo é encenado por jovens da Turma de Teatro Juvenil da Avatar Studio de Artes. Todas as apresentações são gratuitas.
AVATAR – O Avatar Studio de Artes foi inaugurado em 2018 e oferece oficinas extensivas de teatro na proposta de desenvolver e aprimorar as habilidades artísticas dos estudantes, utilizando aulas práticas, teóricas e ludicidade, para auxiliá-los a ingressar no mercado de trabalho no mundo das artes. Ele integra a Avatar Cia de Teatro, que desde 2013 prioriza temas como o respeito à diversidade, empoderamento negro infantil e feminino, incentivo à leitura, impactos positivos e negativos da tecnologia na família, conflitos de gerações, dentre outros temas.
As aulas experimentais gratuitas para as turmas de Teatro estão abertas com vagas limitadas. Elas são realizadas no Edifício Fórum Empresarial – Nazaré. Informações: (71) 98624-9240.
SERVIÇO
O que: Avatar Studio de Artes encerra oficinas de Teatro Infantojuvenil
Onde: Teatro Sesc Pelourinho
Quando:
17 e 18 /12/2024
Brincando de Ler Parte I – 11h
Brincando de Ler Parte II – 15h
Porque Sou Preta – 17h
Quanto: entrada gratuita
Fotos: Day Boechat