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Música

Princess La Tremenda faz show “Diáspora” na Casa Cor Bahia 

Ana Paula Nobre

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Princess La Tremenda
Foto: Divulgação

A cantora e compositora norte-americana, Princess La Tremenda, faz uma fusão musical chamada por ela de Afro-Latin Soul, um verdadeiro encontro entre a música negra da América do Norte, Cuba, Jamaica, Colômbia, Brasil e outras localidades. Nascida em Nova York, hoje ela reside na Bahia e é em seu mais novo show, “Diáspora”, que vai apresentar todas as facetas desta imensa riqueza musical nascida da presença negra no Novo Continente, fruto da diáspora africana. A apresentação acontece na Casa Cor Bahia, no Othon Palace, neste sábado (5), às 17h.

Ex-participante do The Voice Brasil, Princess La Tremenda, “batizada” assim por causa de sua presença ousada e carismática dentro e fora dos palcos, no show “Diáspora” canta “Crazy in Love”, de Beyonce, I Shot the Sheriff, de Bob Marley, Oye Como Va, de Tito Puente, Billie Jean, de Michael Jackson, mas também Pedindo pra Voltar, de Carlinhos Brown, Circulou, de Magary Lord e Árvore, de Edson Gomes. Todas a músicas envoltas na sua forma especial de interpretação. Como compositora, ela apresenta cinco autorais: Bendiciones, Heal the Love, Me Voy, Tremenda Vida e Yemaya Olodo.

Bendiciones (Bênçãos) – Com influências afro-cubanas e afro- brasileiras a música fala sobre estar aberto e preparado para receber as bênçãos que estão destinadas a você.

Heal The Love (Cure O Amor) – Um reggae que fala sobre a cura do coração após uma separação amorosa.

Me Voy (Vou embora) – Música que começa com um berimbau e termina com felicidade. Com influências de violão espanhol e percussão baiana.

Yemaya Olodo – Homenagem a Iemanjá, mãe de todos. Uma mistura da reverência afro-cubana do Lukumi e da reverência brasileira do Candomblé que fala do respeito e da devoção à Iemanjá.

Tremenda Vida – Música com fortes influências do black american soul e do funk que fala sobre viver cada momento da vida e do amor com convicção e presença

Sobre a artista

Princess La Tremenda começou sua carreira profissional em Atlanta, na Geórgia, nos EUA, compondo e gravando backing vocals para vários artistas de diferentes gêneros, entre R&B, hip hop e jazz latino. Criada em uma família militar, os ambientes em constante mudança em sua juventude lhe deram um profundo apreço por diferentes culturas, diversificando e definindo seu paladar musical. Embora seja extremamente proficiente em estilos de música negra americana, como soul, jazz, rock e R&B, La Tremenda adora a fusão com ritmos do mundo e cunhou seu estilo como Afro-Latin-Soul.

Ela se considera uma entusiasta da diáspora africana, viajando tanto nas raízes da África Ocidental do povo Lukumi de Cuba, quanto no Candomblé do Brasil. Tanto que em 2009 ela foi convidada pessoalmente pelo criador do Samba Reggae, Neguinho do Samba, para cantar no Carnaval com a Didá. Em 2013, ela lançou seu CD “Odara” nos Estados Unidos. “Odara” mesclava ritmos afro-brasileiros, como o samba, com reggae e soul music.

Princess La Tremenda já se apresentou em palcos internacionais entre as Américas do Sul e do Norte e também na Europa, com artistas internacionais respeitados, como Carlinhos Brown, Derek Trucks, Víctor Manuelle, Margareth Menezes e Gerônimo Santana. Em 2014, a artista emprestou seu talento ao Time Brown no programa internacional The Voice Brasil. Em 2015 ela foi convidada pessoalmente por Carlinhos Brown para cantar com ele no Carnaval de Salvador.

Neste momento Princess La Tremenda tem se concentrado na composição de músicas, pois os toques finais estão sendo adicionados ao seu próximo projeto “Tremenda Vida”, que trará uma mistura coesa dos estilos soul/funk e afro-latino, com ênfase especial na percussão. Ela apresentará algumas dessas músicas em seu novo show “Diáspora”.

Todas as músicas do projeto Tremenda Vida são compostas por Princess La Tremenda e co-produzidas por dois feras do cenário musical baiano, Jackson “Jack” Almeida (Filhos de Jorge, GravNave) e Carlos “Bokah” Silva (Netinho, Autorais).

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Música

Samba na Varanda acontece no Sesi Rio Vermelho sábado (8)

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

A terceira edição do Samba na Varanda acontece no dia 8 de fevereiro de 2025 (sábado), às 21h, na Varanda do Sesi Rio Vermelho. O palco será comandado pelo grupo de samba Tez & Tons, que promete uma noite de pura celebração ao ritmo mais brasileiro de todos. Os ingressos estão à venda por R$30 (couvert) e R$50 (casadinha). Reservas pelo WhatsApp: (71) 99160-9140.

Formado por três cantores, um violonista e dois percussionistas, o grupo nasceu da paixão em comum pelo samba. Cada integrante traz seu timbre e identidade própria, mas todos compartilham a mesma essência ao interpretar esse gênero tão emblemático da cultura nacional. O Tez & Tons é uma verdadeira homenagem à riqueza e diversidade do samba, unindo as cordas do violão e cavaquinho às batidas marcantes das percussões.

O repertório inclui clássicos imortais de grandes mestres do samba, como Paulinho da Viola, Cartola, Dona Ivone Lara e Candeia, com canções icônicas como Dança da Solidão, Corra e Olha o Céu, Acreditar e Preciso me Encontrar. O grupo também reverencia a genialidade de João Bosco (O Bêbado e o Equilibrista), Noel Rosa (Com que Roupa), Assis Valente, Edil Pacheco, Ederaldo Gentil e Capinam com canções como Brasil Pandeiro, Filhos de Gandhy e Luandê.

Foto: Divulgação

A formação do Tez & Tons conta com Roberval Santos (voz e violão), Fábio Rocha (baixista), Dudu Reis (cavaquinho), Leto Oliveira (voz e percussão), Enio Bernardes (voz e percussão) e Ito Araújo (percussão). O grupo proporciona uma verdadeira jornada musical e emocional, exaltando a ancestralidade e a riqueza cultural do samba brasileiro.

Essa edição do Samba na Varanda é uma realização do Projeto Cores & Nomes, Hessel & Siri Produções, Doris Pinheiro Assessoria de Imprensa e Teatro SESI Rio Vermelho/Fieb.

Serviço

O quê: Samba na Varanda 3 – Com que roupa eu vou?

Quando: 8 de fevereiro de 2025 (sábado)

Horário: 21h

Onde: Varanda do Sesi Rio Vermelho

Ingresso: R$30 (couvert) / R$50 (casadinha)

Reservas: (71) 99160-9140

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Música

Grupo Ofá apresenta “Encanto das Águas” em Salvador

Ana Paula Nobre

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Foto: Geovane Peixoto

O espetáculo “Encanto das Águas” será apresentado pelo Grupo Ofá, dia 9 de fevereiro (domingo), às 17h, na Casa Rosa, no Rio Vermelho, em uma apresentação histórica em Salvador. Considerado um dos principais nomes da música afro-brasileira, o evento promete ser uma noite de fé e celebração, conectando o público às tradições ancestrais das religiões de matriz africana e à riqueza da música popular brasileira.

Após turnês consagradas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o grupo apresenta na capital baiana o espetáculo que celebra as Yabás — divindades femininas das águas sagradas — e homenageia Mãe Menininha do Gantois, uma das maiores referências do candomblé, no mês em que completaria mais um aniversário. A chegada da apresentação em Salvador, considerada o coração da cultura afro-brasileira, reforça o simbolismo do evento, unindo a tradição do grupo ao cenário onde essas raízes culturais mais florescem.

Com um repertório que passeia pelos álbuns “Odum Orin”, “Obatalá: Uma Homenagem a Mãe Carmen” e “Iyabá Shirê: O Poder do Sagrado Feminino”, o show é uma verdadeira imersão na ancestralidade e espiritualidade. Entre cânticos sagrados em yorubá e composições marcantes, o espetáculo também inclui homenagens a grandes nomes da música brasileira, e a participação especial do cantor e compositor Roberto Mendes, reafirmando o compromisso do grupo com a preservação e a valorização da herança cultural.

“Encanto das Águas” é mais do que um espetáculo musical, é um convite à reflexão sobre a força vital e simbólica das águas, explorando suas metáforas para a vida, os desafios e as belezas da existência, em uma noite para festejar a fé, em um local profundamente conectado à espiritualidade das águas, que é o bairro do Rio Vermelho. Reconhecido internacionalmente, o Grupo Ofá já se apresentou em palcos como o festival Back2Black, em Londres, e em eventos históricos no Brasil, como os festejos do 2 de Julho, em Salvador. Em seus 25 anos de história, o grupo construiu um legado que vai além da música, promovendo resistência cultural e a preservação das tradições afro-brasileiras.

A apresentação também revisita o impacto cultural do álbum “Obatalá: Uma Homenagem a Mãe Carmen”, lançado em 2019, que exaltou o candomblé e a força feminina nas tradições afrodescendentes. O disco, que contou com gravações memoráveis no estúdio de Carlinhos Brown, no Candeal, incluiu vozes de grandes nomes como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Alcione, e recentemente foi transformado em um documentário. Este trabalho foi um marco na história do Grupo Ofá, consolidando sua missão de levar a força das matrizes africanas a novos públicos.

Este evento reforça o papel deste tipo de espetáculo no calendário do verão baiano, um período em que Salvador celebra intensamente sua diversidade cultural e religiosa. A cidade, berço da cultura afro-brasileira, é palco de manifestações que unem fé, música e ancestralidade, consolidando-se como um centro de resistência e exaltação da identidade afrodescendente. “Encanto das Águas” é um exemplo de como a música e a tradição podem conectar o público às raízes mais profundas da história e espiritualidade de Salvador e do Brasil.

Os ingressos para a apresentação “Encanto das Águas” já estão disponíveis na plataforma Sympla, através do link, com valor de R$ 40,00 (meia-entrada) e R$ 80,00 (inteira).

Serviço

O quê: Show “Encanto das Águas” – Grupo Ofá

Quando: 9 de fevereiro (domingo)

Horário: 17h

Onde: Casa Rosa, Rio Vermelho – Salvador, BA

Ingressos: R$ 40 (meia) e R$ 80 (inteira) – vendas pelo Sympla no link

 

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Música

Mário Soares e Lan Lanh apresentam um axé pra lua quinta (06)

Ana Paula Nobre

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Foto: Nanda Costa

O violino de Mário Soares e a percussão de Lan Lanh vão desbravar os mares da música afro-brasileira numa criativa apresentação, dia 6 de fevereiro (quinta-feira), às 20h, no Teatro do Sesc – Casa do Comércio. A dupla tem como sintonia fina a multiplicidade de sons desse universo diaspórico e levará ao palco uma canção inédita de cordas, num improviso de violino e berimbau, formação pouco explorada profissionalmente, além de uma homenagem a Luiz Caldas, Gonzagão e Osmar Macêdo, criador do trio elétrico, ao lado de Dodô. Os ingressos estão à venda no site do Sympla e na bilheteria do teatro.

O cantor e compositor Luiz Caldas gravou Axé pra Lua para o disco do trio elétrico Tapajós em 1981, quando ninguém imaginava que ele seria considerado o pai da cena chamada, coincidentemente ou não, de axé music, que este ano completa 40 anos. A homenagem, então, se estende à música baiana e à diversidade do autor de Fricote. “Comungamos com ele essa admiração por vários ritmos”, diz Lan. “E Luiz é um exímio instrumentista. Já toquei com ele nuns três, quatro shows e num programa de TV”, conta Mário.

Para completar, a música é dedicada a Luiz Gonzaga, presente de muitas formas no encontro de Lan Lanh e Mário Soares. Ela toca um medley com músicas do Velho Lua e ritmos afins, como baião, frevo, ijexá, xote, coco. “Todo show eu faço isso”, diz. Mário também toca Gonzaga, mas expande o conceito: “Luiz Gonzaga é o rei da estrutura levada pro país inteiro, que fez com que o Brasil respeite, entenda e leia de forma mais ampla o Nordeste”, contextualiza.

Dentro do universo de Luiz Gonzaga, Lan Lanh e Mário recebem a cantora Mãeana, para uma participação especial com canções de João Gomes, que tem como uma das referências à obra do “Rei do Baião”. O trabalho da cantora como o repertório do jovem artista pernambucano conecta diretamente com a ponte que os músicos baianos fazem de Luiz Gonzaga com Luiz Caldas, que fundamenta o título Num Axé Pra Lua.

Foto: Nanda Costa

Lan Lanh define seu encontro com o violinista tomando emprestada a expressão “forroxé”, dessa música de Luiz Caldas, ou seja, Nordeste com axé. Mário descreve essa relação no show: “À medida que o violino se revela, também, como uma rabeca, esteticamente, no toque, nos acompanhamentos, na maneira de interpretar, Lan Lanh traz o pandeiro, uma percussão que vai para esse lugar do barro do chão, do sertão, e esse lugar celebra a região Nordeste”.

Com mais de 30 anos de carreira, Lan Lanh brilhou, nos últimos tempos, como percussionista da banda de Maria Bethânia, que a apresentava, todo santo show, como seu “auxílio luxuoso”. Mestre em performance pela Ufba, Mário Soares atua na Osba e na Sinfônica da Ufba e gosta da ideia de deslocar um instrumento da erudição europeia de seu contexto original para criar texturas sonoras com a rítmica de matriz africana.

“Nosso encontro e o repertório ratificam essa abertura para vários espectros da música, tirando o violino do lugar exclusivamente erudito e trazendo a percussão para um diálogo paradoxalmente harmônico. Ritmo no violino e harmonia no batuque”, descreve Lan. “O encontro do violino com o universo percussivo de Lan Lanh nos traz um mundo de possibilidades e cores. A sonoridade rica e diversa que orquestramos é desafiadora e surpreendente!”, anima-se Mário.

Em mais de 20 anos de carreira, Mário já dividiu palco com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira e Armando Macedo. Por sua vez, Lan Lanh já trabalhou com Cássia Eller, Cyndi Lauper, Tim Maia, Nando Reis, Marisa Monte, Jussara Silveira e outros. Ambos os artistas são compositores e têm trabalhos solos lançados no mercado, mas uma das curiosidades deste encontro é que Mário morou na Espanha, onde se encantou pelo flamenco, e Lan Lanh é a percussionista brasileira pioneira em cajón, instrumento usado no flamenco.

“Abriremos o show pedindo licença a Iemanjá, trazendo um pouco de referência ao Dois de Fevereiro, com Batuque nas Águas (Naná Vasconcelos), Sereiar (Lan Lanh e Robson Nonato) e Sexy Yemanjá (Pepeu Gomes). A noite vai ter lua cheia”, explica Mário.

O Canto de Xangô fará a ponte, a transição, do nordeste, do baião, da lua do sertão, do barro do chão de Luiz Gonzaga para a alegria e o frenesi dos frevos e suas misturas que tanto alegram o nosso carnaval. “Nessa seção frevo homenageamos Dodô e Osmar, os grandes inventores do trio elétrico e Moraes Moreira, o primeiro cantor de trio elétrico”, explica Lan Lanh.

Serviço

O quê: Mário Soares e Lan Lanh Num Axé Pra Lua

Quando: 6 de fevereiro (quinta-feira)

Horário: Às 20h

Onde: Teatro Sesc – Casa do Comércio – Avenida Tancredo Neves, 1109 – Caminho das Árvores

Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) – 1º lote

Onde comprar: site da Sympla

 

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