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Cultura

Escola Olodum celebra 41 anos com espetáculo musical

Ana Paula Nobre

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Escola Olodum
Foto: Divulgação

A Escola Olodum realiza o espetáculo musical Raízes Negras: a nossa identidade em movimento, no dia 25 de outubro, às 19h, no Teatro Uneb, em comemoração aos seus 41 anos. O projeto, que promove educação antirracista desde 1989, trará uma produção infantojuvenil com ritmos, performances corporais contemporâneas e referências negras. A apresentação é gratuita e aberta ao público a partir dos 7 anos de idade, com apoio financeiro do Bloco Afro Olodum.

O espetáculo busca valorizar a herança cultural africana e afro-brasileira por meio de uma experimentação instrumental de percussão, além de abordar as tradições, hábitos e transformações dos povos africanos. Idealizado pela diretora Linda Rosa Rodrigues, o projeto pretende conectar as novas gerações com a história afro-brasileira de maneira lúdica.

Sobre o Olodum

Fundado como bloco afro carnavalesco em Salvador no ano de 1979, a Banda Olodum é atualmente um grupo cultural, considerado uma organização não governamental reconhecida como de utilidade pública pelo governo do estado da Bahia. Depois da estreia no carnaval de 1980, a banda conquistou quase dois mil associados e passou a abordar temas históricos relativos às culturas africana e brasileira. O primeiro LP da banda, “Egito Madagascar”, foi gravado em 1987 e alcançou grande sucesso na Bahia e no restante do país com a música “Faraó, Divindade do Egito“, composição de Luciano Gomes.

Sobre a Escola Olodum

Desde 25 de outubro de 1984, a Escola Olodum é um espaço real de participação e expressão da comunidade afro-descendente, constituindo-se numa referência nacional e internacional pela inovação no trabalho com arte, educação e pluralidade cultural. Esse projeto pioneiro de educação popular afro brasileiro teve origem no projeto Rufar dos Tambores, desenvolvido em 1984, pelo Olodum, composto de aulas gratuitas de percussão de bloco afro, e dos cursos afro – brasileiros de curta duração.

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Cultura

Mostra celebra os 70 anos de Neguinho do Samba na Casa do Benin

Iasmim Moreira

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Neguinho do Samba

O legado de Neguinho do Samba, mestre dos tambores e criador do samba-reggae, ganha uma homenagem especial em Salvador. A exposição “70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado” está aberta ao público na Casa do Benin – Espaço Tatassomba, no Pelourinho, de 07 de junho a 05 de julho, com entrada gratuita.

A mostra apresenta um conjunto de registros fotográficos que revelam momentos marcantes da trajetória do artista – desde cenas do cotidiano até passagens emblemáticas de sua carreira. Com curadoria de Anderson do Samba, filho do homenageado, a exposição destaca a força cultural, política e simbólica de Neguinho do Samba, que transformou a música em um instrumento de afirmação e resistência negra.

Celebração da ancestralidade e da memória afro-brasileira

A abertura da exposição ocorreu no dia 7 de junho com uma programação especial que reuniu performance e apresentação musical dos filhos do mestre: a iyálorixá, cantora, atriz e arte-educadora Nitorê Akadã e o próprio Anderson do Samba. Também participaram Mônica Millet e o grupo solista Qué Base, que se apresentaram em homenagem à ancestralidade percussiva de Neguinho.

Exibida no Espaço Tatassomba, ambiente projetado por Lina Bo Bardi com inspiração na arquitetura do Benin, a exposição é ambientada em um cenário que dialoga diretamente com a matriz africana do samba-reggae. As imagens, assinadas por nomes como Januário Garcia, Lázaro Roberto, Lúcia Correia Lima, Mara Mércia, Margarida Neide e Waky Hannah, ajudam a contar a história de uma das figuras mais importantes da cultura afro-brasileira.

Patrimônio vivo da música afro-brasileira

Pela primeira vez, Salvador presta uma homenagem a Neguinho do Samba no mês de seu nascimento. A exposição não apenas enaltece sua criação musical, como também destaca a relevância social do samba-reggae – ritmo que nasceu no Centro Histórico e ecoou internacionalmente, levando a mensagem da cultura negra brasileira para além das fronteiras.

“A valorização de importantes nomes na construção da identidade brasileira, fazendo com que essas pessoas não caiam no esquecimento e no anonimato, é uma maneira de colaborar para que a história cultural brasileira seja preservada e perpetuada através das gerações”, destaca Renata Campos, produtora executiva da exposição.

SERVIÇO

Exposição “70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado”

Onde: Casa do Benin – Espaço Tatassomba (Pelourinho, Salvador)
Quando: de 07 de junho a 05 de julho de 2025
Terça a sexta, das 10h às 17h | Sábados, das 9h às 16h
 Entrada gratuita

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Cultura

Samba Junino movimenta arrastões e festivais em junho e julho

Iasmim Moreira

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Samba Junino

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador desde 2018, o samba junino segue pulsando forte nas ruas da capital baiana em 2025. A manifestação afro-brasileira nascida nos bairros periféricos da cidade na década de 1970 volta a tomar conta do mês de junho, com homenagens a mestres da cultura e apoio a 17 propostas culturais em diferentes bairros da capital.

Os eventos acontecem em bairros como Engenho Velho de Brotas, Garcia, Federação, Matatu, Pituaçu, Tororó e Canabrava, com programações gratuitas que unem música, dança e ancestralidade.

“O Samba Junino é uma expressão cultural afro-brasileira autêntica de Salvador, surgida em torno dos terreiros de candomblé e das matrizes referenciais do samba de caboclo e do samba de roda”, afirma Vagner Rocha, diretor de Patrimônio da FGM. Os ensaios dos grupos geralmente se iniciam no Sábado de Aleluia, enquanto os arrastões e festividades principais ocorrem entre junho e julho, durante as celebrações de Santo Antônio, São João e São Pedro.

Homenagens e programação

Um dos momentos mais simbólicos da temporada será a homenagem a sete mestres e uma mestra do samba junino, com entrega de placas comemorativas no próximo domingo, 15 de junho, durante o Arraiá da Prefs, na Praça Municipal. A cerimônia contará com apresentações de grupos contemplados no edital e integra a programação do evento, que vai até 18 de junho na Rua Chile e Praça Municipal.

Entre os festivais promovidos por coletivos e ligas culturais, destaque para:

  • 47º Festival de Samba Duro Junino do Engenho Velho de Brotas, no dia 24 de junho, às 18h;

  • Festival Salvador, Samba Junino, no Largo do Garcia, no dia 29 de junho, a partir das 15h.

Organizado pela Liga do Samba Junino, o festival no Garcia chega à sexta edição, com público estimado em mais de 10 mil pessoas.

Tradição e resistência

Entre os grupos contemplados, o tradicional Leva Eu, com 46 anos de história no Engenho Velho de Brotas, fará uma homenagem à heroína Maria Felipa no seu arrastão de 24 de junho. A concentração acontece às 14h na Rua Maria Felipa, com saída às 16h. “A gente dá a volta em todo o bairro com muito samba duro e alegria”, conta Irailton Bonfim, integrante do grupo.

Já no bairro de Canabrava, o Grupo Cultural Bicho da Cana, com mais de duas décadas de atuação, promove dois ensaios abertos com a proposta de reviver o samba junino de antigamente. “Também convidamos grupos de outros bairros para mostrar que o samba junino está presente em toda a cidade”, afirma Regiane Santiago, representante do coletivo.

SERVIÇO

Samba Junino – Ano VII
O que é: Programação cultural com ensaios, arrastões, festivais e homenagens a mestres do samba junino
Período: Junho e julho de 2025
Locais: Engenho Velho de Brotas, Garcia, Federação, Matatu, Pituaçu, Canabrava, Tororó e outros bairros de Salvador
Destaques:

  • Homenagem a mestres: 15 de junho (domingo), na Praça Municipal, a partir das 16h

  • 47º Festival de Samba Duro Junino: 24 de junho, 18h, no Engenho Velho de Brotas

  • Festival Salvador, Samba Junino: 29 de junho, a partir das 15h, no Largo do Garcia
    Entrada: Gratuita
    Mais informações: www.culturafgm.salvador.ba.gov.br

 

Foto: Valter  Pontes

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Cultura

Capoeiristas recebem certificação para atuar em escolas públicas

Iasmim Moreira

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Capoeiristas

Em uma noite histórica para a cultura afro-brasileira e a educação pública da Bahia, 200 capoeiristas receberam, na última sexta-feira (16), a certificação do programa Qualifica Capoeira, na Biblioteca Central do Estado, nos Barris.  A formação é pioneira no Brasil e habilita mestres, contramestres e educadores da capoeira a atuarem em escolas da rede estadual, promovendo uma abordagem pedagógica que valoriza a ancestralidade, a resistência e a construção de uma educação antirracista.

Realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o programa é fruto de uma parceria com o coletivo Capoeira em Movimento Bahia (CMB) e a Organização da Sociedade Civil Comvida. A ação integra o Qualifica Bahia, com investimento de R$ 264 mil, e ofereceu 120 horas de formação gratuita em nove municípios baianos, incluindo Salvador, Feira de Santana, Ilhéus e Vitória da Conquista.

Com conteúdos voltados à prática pedagógica da capoeira, como psicologia da educação, fundamentos filosóficos, história da capoeira e metodologias de ensino, a qualificação buscou fortalecer o papel da capoeira como ferramenta de transformação social. Além do aprendizado, os participantes receberam apoio com transporte, lanche, camisas e material didático, promovendo o acesso igualitário à formação.

Para o coordenador do CMB, Jacaré DiAlabama, a certificação representa uma conquista histórica:

“O curso, criado por capoeiristas para capoeiristas, é uma conquista inédita no mundo. Ele responde a demandas antigas do nosso segmento e é parte essencial da luta para integrar a capoeira às escolas públicas da Bahia. Precisamos estar em sala de aula respeitando os marcos legais da educação, mas também oferecendo uma formação que valorize a identidade e a ancestralidade das nossas juventudes.”

A formação também contribui para a efetivação da Lei Moa do Katendê (Lei nº 14.341/2021), que garante o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.

Festival celebra a ancestralidade

Durante a cerimônia de certificação, foi lançado oficialmente o 3º Festival de Capoeira Ancestralidade e Resistência, que acontecerá de 21 a 24 de agosto, também na Biblioteca Central da Bahia. Com o lema “O Futuro é Ancestral”, o festival promete transformar Salvador na capital da capoeira, reunindo mestres, pesquisadores, artistas, jovens e crianças em torno da arte que é patrimônio imaterial do Brasil e do mundo.

Entre as atrações, o evento contará com a Cidade da Capoeira – espaço cenográfico com moeda própria (batizada de Mestre Bimba), feira cultural, desfile afro, rodas históricas, oficinas, apresentações musicais e vivências sensoriais. Homenagens a mestres e mestras griôs também integram a programação.

O festival reafirma o papel da capoeira como instrumento de resistência e denúncia das desigualdades históricas enfrentadas por seus praticantes, como bem destacaram os organizadores:

“A capoeira é mais do que luta, é um modo de existir, de resistir e de ensinar. Celebrar sua ancestralidade é também lutar por dignidade e reconhecimento.”

A entrada para o festival será gratuita, e mais informações estão disponíveis no perfil oficial do coletivo no Instagram: @capoeiraemmovimentobahia.


Informações: @capoeiraemmovimentobahia

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