Música
LAB Território lança EP “Novas Vozes na Bahia”
O lançamento da coletânea “Nova Vozes na Bahia”, realizado pelo projeto LAB Território, apresenta seis novos artistas baianos com seus trabalhos e identidades musicais únicas. O EP conta com a participação dos artistas Dani d’ Bêla, Quilombola OG, Iná Tupinambá, Nayri, Victor e Viik Amazi, e já está disponível nas plataformas digitais. Os artistas selecionados pelo projeto passaram por um processo de formação laboral, intercâmbio, residência artística e apresentaram suas músicas autorais pela primeira vez em um show no Teatro Eliete Teles, em Lauro de Freitas. As canções contemplam diversos estilos como MPB, rap, samba, afrobeat e podem ser ouvidas aqui.
Bisneta do eterno Mestre de samba chula ‘Ruxinho’, Dani d’ Bêla apresenta sua voz singular e marcante na música “Nego bom”, em uma mistura dançante com influências da mpb, axé music e afrobeat. Partindo do rap em uma mistura com mpb, o artista Quilombola OG canta o amor, a resistência preta e empoderamento na música “África”, em uma mensagem contra o colonialismo e celebrando a ancestralidade. Iná Tupinambá traz suas referências indígenas e baianas para compartilhar histórias através da música. Em “Rua da Glória, 20”, Iná nos mostra uma canção envolvente e suingada com influências do afrobeat e pagotrap, trazendo símbolos da cultura periférica de Salvador.
Ganhadora do Prêmio Luiz Melodia de Canções Afro Brasileiras da Fundação Cultural Palmares, Nayri chama para uma reflexão à pausa, ao amor e a ancestralidade com a canção “Convite”, em ritmo suave que contempla influências do Jazz, R&B e o Neo Soul. O cantor, compositor e produtor Victor parte de sua experiência pessoal para transmitir as emoções e falar da conexão entre uma relação amorosa na música “Vem comigo”, em uma balada romântica com toques do axé music. Fechando a coletânea, Viik dá continuidade ao clima de romance e paquera com a música “Clima”, em uma composição de ritmos afrobeats e dancehall, que nasce a partir de uma conversa sobre afetos no metrô de Salvador.
O LAB Território – Profissionalização de Novas Vozes na Bahia é uma iniciativa entre a Yguá Produções Culturais e o Cartel que tem como objetivo ser um espaço de aprendizado e crescimento para jovens artistas iniciantes no setor musical, focado em fortalecer e capacitar talentos emergentes. As músicas do EP também ganharão uma versão em vídeo, gravada durante a apresentação do show no Teatro Eliete Teles, que contará com recursos de acessibilidade, incluindo audiodescrição e libras.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.
Sobre os artistas
1. Dani d’ Bêla (Daniela Evangelista dos Santos)
Dani d`Bêla é uma cantora baiana, independente, preta, de um timbre singular e marcante, que vem alcançando seu espaço no cenário artístico musical. A cantora traz consigo as músicas populares brasileiras, tais como a mpb, a bossa nova, o samba e o axé music. Possui formação técnica, em técnica vocal, além de outras habilidades na música.
Já participou de diversos eventos e festivais de música regionais, incluindo o FACE, realizado no teatro Dona Canô, onde foi a vencedora. Também traz consigo o swing e sua irreverência. A cantora participou de oficinas e apresentações de canto lírico no CUCA UEFS. Ela não mostra apenas uma voz, mas todo um coletivo negro de representatividade. A artista é bisneta do eterno Mestre de Samba chula “Ruxinho´´ , daí vem o sangue pela arte e música.
2. Quilombola OG (Tiago Almir)
Tiago Almir, ou Quilombola OG, é um artista que compõe a partir de seus personagens e de suas perspectivas. Aos 12 anos, na escola Península, criou, junto aos seus colegas, um rap sobre a importância da reciclagem. Com essa primeira experiência, ganhou uma bicicleta em um edital escolar. Com o passar dos anos, Tiago dedicou-se ainda mais à composição. Com a chegada do trap, deu início ao personagem Lil TH. Esse heterônimo produzia músicas com temáticas criminais e violentas para atrair o público-alvo (Jovens).
Após lançar seus primeiros vídeos no YouTube, realizou pockets shows em sua comunidade e em Lauro de Freitas. A partir daí, decidiu refinar as letras e reformular a abordagem no trap. Assim, nasceu o Quilombola OG, que traz uma mensagem contra o colonialismo e de empoderamento. Inspirado em Zumbi dos Palmares, busca reerguer Palmares de uma maneira nova, exaltando e honrando o continente africano e ressignificando a história.
3. Iná Tupinambá (Mariana Rebouças da Silva Ody)
Nascida e criada na Cidade Baixa do Uruguai, desde criança Iná Tupinambá já demonstrava uma profunda paixão pela música. Aos 10 anos, foi presenteada por sua mãe com um violão. Entusiasmada, aprendeu a tocar o instrumento com a ajuda de um vizinho. Com o tempo, desenvolveu habilidades no violão, na voz e na composição. Durante o ensino fundamental, participou de diversos projetos artísticos, expressando seus sentimentos e experiências através da música.
Em 2017, aos 13 anos, Iná perdeu sua mãe para o câncer e também para o racismo. Esse evento levou ela e sua família ao processo de retomada indígena. Desde então, sua conexão com as raízes culturais foi fortalecida, influenciando em sua música e visão de mundo. Ao longo dos anos, Iná participou de diversos projetos, desenvolvendo-se como artista e apostando na música tradicional e popular brasileira. Ao lado de amigos artistas, sonhadores e criativos, ela explora formas de expressão e colaboração.”A reação emocionada de um amigo ao ouvir meu single solidificou meu propósito: compartilhar histórias como a minha, trazendo cura e crítica através da arte”.
4. Nayri (Uyara Nayri Batista de Almeida)
Nayri é uma multiartista baiana que vê na arte das palavras uma forma de nomear os sentidos.Cantora, compositora, escritora, poeta, multi-instrumentista, modelo e atriz. É ainda curadora, pesquisadora das ciências sociais, arte-educadora e produtora cultural. Nayri gravou a sua primeira composição intitulada “Mergulho” em 2023 e com ela foi premiada no Prêmio Luiz Melodia de Canções Afro-Brasileiras, proposto pela Fundação Cultural Palmares. A partir disto, Nayri vem se assumindo como artista e investindo cada vez mais na música.
5. Victor Cauã Correia Santos – Victor
Victor Cauã, apaixonado por música desde a infância, recorda-se dos ensaios de axé dos seus tios, que o fascinavam. Aos dez anos, seu tio o ensinou a tocar teclado, aumentando o amor pela música. Filmes como “Escola de Rock” e a biografia de Carlinhos Brown inspiraram-no, mostrando que sonhos são alcançáveis.
Inscrito em uma associação local, teve sua primeira experiência tocando para um grande público, confirmando que a música era sua vocação. Decidiu seguir uma carreira como cantor, compositor e produtor, sempre lembrando de seus humildes começos. Cada acorde e letra que cria refletem sua jornada musical. A música moldou sua visão de mundo, permitindo-lhe expressar emoções e conectar-se com as pessoas. Aprendeu sobre disciplina, paciência e perseverança, habilidades que aplica em todas as áreas da vida. Determinado, busca constantemente novos desafios e oportunidades para crescer como músico e indivíduo.
6. Victoria Caroline Franco – Viik Amazi
Aos 15 anos conhecia o CRIA – Centro de Referência Integral para Adolescentes. Através desta iniciativa, entendeu-se enquanto artista e que era possível seguir os próprios sonhos. Viik seguiu os estudos na música, com foco no repertório de composição. Sem músicas lançadas, participou do projeto Salvador Capital Afro onde apresentou pela primeira vez os seus trabalhos a diversos produtores nacionais e internacionais, com retornos animadores. Desde então, demonstra motivação para potencializar seus trabalhos.
“Me encontro nesta energia até os dias de hoje, dando os passos necessários e que estão dentro das minhas possibilidades para fazer tudo acontecer. Hoje consigo me enxergar em um futuro bem próximo prosperando com a minha música. Passar por certas experiências fez com que hoje nada me parasse e nada vai me parar!”
Sobre o LAB Território
O LAB é um projeto que discute a cultura enquanto segurança cidadã. Visa o desenvolvimento artístico cultural de novos criadores das periferias baianas. A proposta de formação laboral, intercâmbio, residência, show e lançamento de coletânea, promove incentivo e apresenta ferramentas de produção para que os atingidos olhem seus potenciais, talentos e recursos disponíveis enquanto pontos de partida ao desenvolvimento de projetos de impacto artístico e social em seus municípios.
Música
Aloísio Menezes e Juliana Ribeiro celebram o mês da Consciência Negra ao lado Grupo Botequim
A edição especial da roda de samba do Grupo Botequim terá Juliana Ribeiro e Aloísio Menezes como convidados. O evento acontece nesta sexta-feira (8), no Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, a partir das 21h. Desta vez, o samba rola solto para celebrar a luta do povo preto no mês da Consciência Negra. Ritmo profundamente ligado à cultura afro-brasileira e à herança dos africanos, o samba vai ser a estrela da noite, reforçando a sua simbologia e o seu papel na resistência cultural e social. Ingressos no link.
Agora no auge da maioridade, o Grupo Botequim vai mais uma vez espalhar seu canto de paz por igualdade racial e convidar todos a expressar seu grito por liberdade em forma de música. Para reforçar a mensagem, junta-se ao grupo Aloísio Menezes, voz que comanda o Bloco Cortejo Afro há 26 anos, e a cantora e compositora Juliana Ribeiro. Donos de vozes marcantes da música baiana, com carreiras marcadas pela luta e celebração da cultura negra, os artistas prometem apresentar canções que fortalecem a luta antirracista ao tempo que convida todo mundo para sambar.
“Temos o mês da Consciência Negra como data de referência, mas obviamente é uma luta que acontece o ano inteiro e o samba é um dos mensageiros da nossa cultura afrodescendente, juntamente com a capoeira, o candomblé e muitas outras influências de matriz africana. Através de nossas músicas e, claro, composições clássicas do gênero, iremos perpetuar esse legado de luta e resistência através da memória artística e musical do samba”, comenta o fundador e cavaquinista do Botequim Roberto Ribeiro.
O Grupo Botequim, formado majoritariamente por artistas negros, cumpre seu papel de valorizar e enaltecer as raízes do samba há 18 anos. A roda do Mês da Consciência Negra reafirma sua missão, que tem como marca registrada uma interação calorosa com o público, que não hesita em cair no samba, dançando e cantando junto aos músicos: Roberto Ribeiro (cavaquinho e voz), Washington Rodrigues (violão e voz), Tito Fukunaga (flauta e percussão), Bolota (percussão), Lalá Evangelista (percussão) e Brinquedo (surdo).
GRUPO BOTEQUIM – Símbolo de resistência e afirmação do samba na Bahia, o Grupo Botequim completa em 2024 uma bagagem de 18 anos de trajetória e carrega a feliz marca de ter sido o responsável pela ampliação da vivência em torno do gênero musical na cidade de Salvador. Com canções autorais registradas no álbum “Festa no Botequim” (2016), o grupo apresenta um trabalho autoral consolidado, sendo reconhecido nacionalmente pelo trabalho de pesquisa sobre o samba tradicional de todas as regiões do país.
SERVIÇO
Grupo Botequim – Mês da Consciência Negra
Local: Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo
Data: 8 de novembro (sexta-feira)
Horário: 21h
Ingressos no link
Música
Show Ilê Aiyê: 50 Anos terá transmissão no YouTube e na TVE
O Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil, completa meio século de história e resistência em 2024, e a celebração promete ser grandiosa. Com ingressos esgotados para o espetáculo Ilê Aiyê – 50 Anos, que acontece na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, nesta sexta (1), em Salvador, o público de todo o Brasil poderá acompanhar o evento ao vivo pelo canal da Macaco Gordo no YouTube e também pela transmissão da TVE Bahia.
O show de comemoração terá a participação de grandes artistas nacionais como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, BaianaSystem e a Orquestra Afrosinfônica. A transmissão contará com a direção de Chico Kertész e busca ampliar o alcance desse momento histórico, proporcionando que todos os admiradores da cultura afro-brasileira possam vivenciar a celebração das cinco décadas de orgulho e resistência do Ilê Aiyê, mesmo à distância.
“Para a Macaco Gordo, é uma honra fazer parte de um momento histórico como esse, carregado de tanto significado para a cultura negra brasileira”, comenta Chico Kertész, destacando a importância de registrar e compartilhar esse marco cultural.
Toda a renda arrecadada será destinada às iniciativas sociais e culturais do Ilê Aiyê, reafirmando o compromisso do bloco com a valorização e o fortalecimento da comunidade negra.
Música
Violinista Mário Soares participa do Oxe, É Jazz de novembro
Reunindo sete destaques da música instrumental da Bahia, além de participações especiais, a 18ª edição do projeto Oxe, É Jazz acontece nos dias 8 e 9 de novembro, no Parque Costa Azul, em Salvador. O evento promete balançar os amantes do jazz e do blues, celebrando a música instrumental e também oferecendo uma experiência cultural completa para o público, reafirmando-se como um espaço de encontro, diversidade e lazer. Com apoio do Governo do Estado da Bahia, a realização é da Mais Ações Integradas.
Trazendo a fusão de jazz, rock e sotaque baiano, quem começará a festa na sexta-feira (8) será o guitarrista e compositor natural de Paulo Afonso, Igor Gnomo, vencedor do Prêmio Profissionais da Música (2023). Ao lado de Thiago Reuel (bateria) e André Jumper (baixo), o guitarrista forma o Igor Gnomo Group, que apresentará os sucessos do mais novo lançamento do trio, o álbum “Formiga Preta”.
Quem também subirá ao palco do Parque Costa Azul para agitar o público será o curador do Oxe, É Jazz, Eric Assmar, que se apresentará ao lado da Orquestra Baiana de Blues. Guitarrista, cantor e compositor, Assmar e curador do projeto Eric Assmar traz a estreia da Orquestra Baiana de Blues, uma big band de blues, em que a formação clássica de guitarra, gaita, baixo e bateria dialoga com um poderoso naipe de metais, formado por músicos experientes da cena soteropolitana. A apresentação foi especialmente pensada para o festival, brindando os fãs de jazz com um repertório com novos arranjos para canções autorais e clássicos do blues baiano e mundial.
A segunda noite de shows, no sábado (9), será iniciada pelo guitarrista e compositor baiano Jordi Amorim e da cantora e compositora alemã Juliana Blumenschein. Instrumentista e produtor musical, Jordi já passou por importantes festivais de jazz e, a partir de um intercâmbio realizado em Mannhein, na Alemanha, conheceu Blumenschein, com quem desenvolveu trabalhos musicais. A dupla se apresentará ao lado de um envolvente time de músicos com um repertório de jazz e música popular brasileira (MPB) regado a improvisações e talento.
Fechando com chave de ouro, o violinista e compositor Mário Soares subirá ao palco do Oxe, É Jazz muito bem acompanhado. Instrumentista membro da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e da Orquestra Sinfônica da UFBA (OSUFBA), Mário apresentará, ao lado de seu grupo composto por Ruan de Souza (violão), Robinson Cunha (bateria) e Nino Bezerra (baixo), um show que mescla temas autorais e releituras ao lado dos músicos trazendo como convidado o oboísta e maestro Carlos Prazeres, regente titular e diretor artístico da OSBA.
Além de muita música, emoções e a oportunidade de criar memórias, a edição de novembro do Oxe, é Jazz proporcionará ainda o ambiente acolhedor do Parque Costa Azul, espaço democrático com opções de lazer para toda a família, reforçando sua missão de promover cultura de forma inclusiva e acessível.
SERVIÇO
OXE É JAZZ – NOVEMBRO 2024 (Parque Costa Azul/Salvador)
08/11 (sexta):
18:30h – Igor Gnomo Group
20:30h – Eric Assmar & Orquestra Baiana de Blues
09/11 (sábado):
18:30h – Jordi Amorim & Juliana Blumenschein (ALE)
20:30h – Mário Soares convida Maestro Carlos Prazeres