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Artes

SSA Mapping apresenta capoeira feminista de mulheres Igbadu

Ana Paula Nobre

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SSA Mapping
Igbadu | Foto: Fabiola Campos

O SSA Mapping promove o encontro da Igbadu – Orquestra de Berimbaus de Mulheres, grupo baiano que reúne mulheres capoeiristas e percussionistas com seus berimbaus e tambores, com as VJs Vic Zacconi e Maribê, numa apresentação de música-imagem, em que intervenções visuais criadas especialmente para o show formam um espetáculo inédito. O público poderá ver a performance no dia 12 de outubro, a partir das 19h, abrindo a programação de mostras do evento, que transforma o Mercado Modelo, o mais importante e famoso centro de artesanato de Salvador, em tela para mais de 50 obras de videomapping.

Uma das motivações para a realização deste encontro foi o próprio local que sedia o 5º SSA Mapping: o Mercado Modelo, edificação tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), fortemente ligado à história da população negra na Bahia. A capoeira, que carrega consigo elementos fundantes da construção da identidade afro-baiana, é um dos atrativos que este ponto turístico exibe com orgulho, há muitas décadas: quem visita o espaço, certamente encontrará rodas em ação. Localizado na praça que agora leva o nome da guerreira Maria Felipa, heroína da independência do Brasil na Bahia, ao lado do Elevador Lacerda, que o conecta ao Pelourinho, o Mercado Modelo é símbolo de resistência e luta do povo baiano.

A Igbadu foi fundada por Mestra Janja, historiadora e capoeirista que se dedica aos estudos sobre as mulheres nos contextos das culturas tradicionais e populares de matrizes africanas. Sua trajetória é também marcada pelo diálogo permanente com organizações de mulheres, tanto nas lutas por autonomia e enfrentamento às violações de direitos, quanto nestes contextos tradicionais, com ênfase nos movimentos que se formam no interior da capoeira. Janja é formada em História, mestre e doutora em Educação e pós-doutora em Ciências Sociais.

É cofundadora do Instituto Nzinga de Estudos da Capoeira Angola e Tradições Educativas Bantu no Brasil, uma organização que realiza trabalhos em várias cidades brasileiras e de outros países. “A Igbadu adentra dois espaços anteriormente tidos como de interdição às mulheres: o dos toques sagrados dos atabaques e o dos berimbaus. A gente vem transgredir essa lógica colonial, num trabalho de construção artística que envolve essas rítmicas todas que estão em nosso cotidiano na Bahia”, afirma Janja.

Idealizado e produzido pela Baluart Produtora e Agência Ilimitado, o SSA Mapping tem patrocínio do Nubank, com realização através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e Governo Federal.

5º SSA MAPPING – Artes visuais, tecnologia, memória, espaço público: estas são as palavras-chaves do SSA Mapping, que chega este ano à sua 5ª edição. Maior festival do gênero do Nordeste do país, o evento segue sua itinerância por cartões postais da capital baiana e se instala agora em um dos cenários mais conhecidos da cidade: o Mercado Modelo. De 8 a 13 de outubro, a programação totalmente gratuita tem o final de semana como ponto alto, aos pés do Elevador Lacerda, na praça que agora leva o nome da guerreira Maria Felipa, com obras visuais projetadas na fachada do prédio histórico.

Nos dias de semana, de terça a sexta, um ciclo de atividades de formação difunde conhecimentos sobre o universo do videomapping. Os destaques ficam nas performances de música-imagem, com os encontros da orquestra de berimbaus de mulheres Igbadu com VJs Vic Zacconi e Maribê, da banda Aguidavi do Jêje com yow! e do cantor Lazzo Matumbi com VJ Kelly Pires. Nas mostras artísticas – Mostra Principal, com curadoria de VJ Spetto, Mostra Aberta e Mostra Especial –, 55 obras visuais, com participação de 180 artistas, serão exibidas. Há ainda outras variadas instalações e intervenções urbanas, além de atividades especiais para as crianças, numa concepção de “festa das luzes”.

5º SSA Mapping

Onde: Mercado Modelo | Praça Maria Felipa | Auditório Makota Valdina | Casa das Histórias de Salvador

Comércio – Salvador – Bahia

Quanto: Gratuito

Site: ssamapping.com.br

Rolés

= Rolezinho – Prosas da Baía

Com: Gal Meirelles

Quando: 12 de outubro (sábado), 16h às 18h

Para público de 11 a 17 anos

Ponto de encontro: Doca1 – Polo de Economia Criativa

= Retratos da Bahia – História e Desenvolvimento da Região do Comércio

Com: Naiara Natividade

Quando: 13 de outubro (domingo), 16h às 18h

Para público de todas as idades

Ponto de encontro: Praça da Inglaterra

Festival

Onde: Mercado Modelo | Praça Maria Felipa

Quando: 12 e 13 de outubro (sábado e domingo)

= 17h – Feira Criativa

Jamex + LVC + Hori + Meu Tortinho + Ludimila + Nagô + SSA Mapping + Papamama + Comarte + Annia Risia + Belas e Cia + Caramurê + Di[Versa] Ideias em Movimento + Grude

 

= 18h – Início de atividade de intervenções, instalações e espaço infantil

“Mostra 360º” + “Phoenix” + “Gangorra” + “Digital Landscape” + “Ventura” + “Particularidades do Movimento” + “O Afrodef e A Cadeira de Som” + “ACASO SURREAL 2” + Bia Gigante + Brincadeiras para as crianças

= 19h – Mostras Artísticas

SÁBADO E DOMINGO

> Mostra Principal: Hifa Cybe (SP) com Sarah Ahab (SE); VJ Bang (PR) com VJ Bug (BA); Coletivo Coletores, formado por Toni Baptiste e Flávio Camargo (SP); VJ Indução (PA) com VJ Koba (DF); Fixxa Brasil (SP) com VJ Gabiru (BA); e Keila Sankofa (AM) com VJ Preto (ES)

> Mostra Aberta: artistas selecionados em inscrições públicas

> Mostra Especial: “Homenagem ao Cordel”, de Artur Soar (BA), VJ Koba (DF) e Klimt Publicidade (DF), sob direção de Cairé Tonelli (SP).

SÁBADO

> Música-Imagem: Igbadu (BA) + VJs Vic Zacconi e Maribê (BA)

> Mostra Especial: “Caninópolis – Dança da Imitação”, de VJ Koba (DF), Renker Amantéa (DF) e Heydog Studios (DF)

> Mostra Especial: “Brincadeira de Egbé”, de Leticia Pantoja (RJ)

> Mostra Especial: “Artistas Gigantes”, de VJ Preto (ES)

> Música-Imagem: Aguidavi do Jêje (BA) + yow! (BA)

DOMINGO

> Mostra Especial: “TRAMA e Articulação dos Movimentos e Comunidades do Centro Antigo de Salvador”, do TRAMA (BA) e Articulação Centro Antigo (BA)

> Mostra Especial: “Salvaguarda”, de Cabokaji (BA), Áquila (BA) e Józá no Departamento de Gestualidades (BA)

> Mostra Especial: “60 Anos da Feira de São Joaquim”, de Anihaze (SP), VJ Grazzi (SP) e Arquivo Zumvi (BA)

> Mostra Especial: “Cerrado 2000ug”, do Corrocobó, formado por Igor Alves e Theo Lisboa (MG), e Cerrado Mapping (MG)

> Mostra Especial: “Farpas Reluzentes – Homenagem a Jayme Fygura”, de Daniel Lisboa (BA) e VJ KÆ (BA)

> Música-Imagem: Lazzo Matumbi (BA) + VJ Kelly Pires (SP)

Artes

Expo Axé segue até 6 de abril celebrando os 40 anos do Axé Music

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação
A Expo Axé, que celebra os 40 anos do Axé Music, segue em cartaz na CAIXA Cultural Salvador até o dia 6 de abril. A exposição, que inicialmente estava prevista para encerrar em março, foi estendida devido ao grande sucesso de público e à relevância do acervo apresentado. O evento já recebeu milhares de visitantes e se consolidou como um marco na preservação e valorização da história do movimento musical que transformou o Carnaval da Bahia e a música brasileira.
Entre os grandes homenageados da exposição estão Pedrinho da Rocha, artista gráfico responsável por criar a identidade visual de trios elétricos, blocos e abadás, e Wesley Rangel (WR), pioneiro na sonorização do Axé Music, que ajudou a moldar o som característico do gênero. A trajetória desses dois pilares do movimento foi revisitada na exposição, destacando suas contribuições fundamentais para a consolidação da cultura do Axé.

Foto: Divulgação

Ao longo da programação, a Expo Axé promoveu cinco rodas de conversa que reuniram artistas, produtores, jornalistas e personalidades que ajudaram a construir essa história. Entre os temas abordados, estiveram:
1.“Os Sons que Vieram de Wesley” – Discutiu o impacto de WR na sonoridade do Axé, com participação de técnicos de som, músicos e produtores.
2. A Estética do Axé” – Focou na construção visual do gênero, destacando o trabalho de Pedrinho da Rocha na construção  e identidade do Axé Music.
3. Axé: Canto do Povo de um Lugar” – Abordou o documentário que conta a história do movimento, com jornalistas e roteiristas que participaram do projeto.
4. “Homenagem às Mulheres do Axé” – Celebrou a contribuição feminina no movimento, com presenças de Márcia Short e representantes da Didá.
5. ⁠”Agradecer o ontem, viver o hoje e plantar o amanhã!” – Um debate sobre a trajetória do axé e um momento de celebração e reflexão sobre o impacto ao longo dos seus 40 anos.
A Expo Axé contou com a participação de grandes nomes da música e do Carnaval, como Margareth Menezes, Durval Lelys, Pierre Onassis, Ricardo Chaves,Tonho Matéria, Adelmo Casé, Carla Visi, Márcia short, Débora Sousa(Didá) Paulinho Andrade, Brenno Casagrande, Raffa Lemos, Alobened, Amanda Santiago, Cícero Dantas, além de jornalistas como Osmar Marrom e Anna Valéria e James Martins.
A Expo Axé é uma experiência única para fãs do gênero e para todos que desejam mergulhar na história de um dos maiores movimentos culturais do Brasil. A prorrogação permite que mais visitantes tenham a oportunidade de conhecer esse acervo histórico e celebrar as quatro décadas do movimento.
Serviço
Onde: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, nº 57, Centro
Quando: Até 6 de abril de 2025
Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h30
Entrada: Gratuita (sujeita à lotação do espaço)
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Artes

Casa do Benin expõe “Zumvi: A Bahia em Festa e Resistência”

Ana Paula Nobre

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Foto: Acervo Zumvi

O Zumvi Arquivo Afro Fotográfico, a convite da Casa do Benin, vai inaugurar a exposição “Zumvi: A Bahia em Festa e Resistência”, nesta sexta-feira (7), às 19h, na Rua Pe. Agostinho Gomes, 17, Pelourinho. A mostra destaca o acervo documental do Zumvi, abordando as Festas Populares, a espiritualidade, o teatro e o cotidiano negro da Bahia. Através das lentes de Lázaro Roberto e Jônatas Conceição e com curadoria de Paulo Azeco, o objetivo é celebrar a riqueza cultural e histórica do povo baiano.

Foto: Acervo Zumvi

Sobre Zumvi Arquivo Afro Fotográfico

O Zumvi registra há cerca de 30 anos as manifestações do movimento negro e o cotidiano dos afrodescendentes em diversas temáticas e contextos populares. São mais de 30 mil fotogramas que registram  momentos marcantes da luta negra nas últimas quatro décadas, bem como expressões artísticas e do cotidiano da população mais negra fora do continente africano.

O nome “Zumvi” é uma palavra fotográfica criada a partir do “Zum” da lente e “VI” do olho. É trazer a realidade que está longe, mais para perto. O projeto é coordenado por Lázaro e com produção executiva do historiador José Carlos Ferreira, que também vem desenvolvendo e facilitando pesquisas acadêmicas sob o acervo no campo da memória, da cultura e da raça. Mais informações no site www.zumvi.com.br.

Foto: Acervo Zumvi

Serviço

O quê: Abertura da exposição “Zumvi: A Bahia em Festa e Resistência”

Quando: Dia 07/02 (sexta-feira), às 19h

Onde: Casa do Benin – Rua Pe. Agostinho Gomes, 17, Pelourinho

Visitação: De 07/02 a 15/03, terça a sexta, das 10h às 17h, e sábado, das 9h às 16h

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Artes

Teatro Gamboa tem música afropop e espetáculo infantil

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O Teatro Gamboa abre a primeira semana de fevereiro com música afropop e espetáculo infantil. Nesta sexta-feira (7), às 19h, e sábado (8), às 17h, “Sátyra Carvalho canta AFROPOP” assume a programação do espaço. No repertório, Sátyra dá destaque à mulher na música baiana, acompanhada por uma banda com seis músicos. Ingressos a R$20/R$40.

O domingo (9) traz o infantil “As Peraltices de Júnior Pequeno”, às 10h. O musical conta a história de Júnior Pequeno (JP), um menino negro que acredita no seu potencial, sonha e faz de tudo para realizar os seus sonhos — e realiza! A narrativa é contada trazendo músicas compostas por Raulino Júnior, que concebeu, atua e dirige o projeto. Em mais um dia de visita à pracinha que costuma ir para brincar, Júnior Pequeno encontra novos amigos e, através de muitas peraltices, conta um pouco de sua história de vida. Ingressos a R$20/R$40.

Os ingressos para cada apresentação estão à venda na bilheteria do teatro a partir das 15h do dia do espetáculo, ou antecipadamente no link. Há ainda a opção de assistir aos shows de forma on-line, com transmissão na plataforma virtual do Gamboa, com venda também pelo site. Antes de cada apresentação no Teatro Gamboa, o público poderá conferir, no CineGamboa, o curta “50 anos do Gamboa”, em que o fundador do teatro, Eduardo Cabus, conta histórias da criação do espaço.

Exposição

A exposição processual “Literato – Entre papéis e palcos” segue até o dia 23 de fevereiro. Idealizada por Lucianna Ávila e produzida por Kívia Kiara, a mostra tem o desejo de apresentar ao público o processo criativo e de desenvolvimento de livros infantis, trazendo  como protagonistas as etapas da produção literária,  além  das obras finalizadas. Os livros  expostos são  de autoria da escritora e contadora de histórias Lucianna Ávila, com músicas de Marcos Bezerra e ilustrações dos artistas visuais Tamires Lima, Jéssica Silva, Bruno Aziz, Emy Morais e André Gustavo.

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