Formação
Lucas de Matos realiza oficinas de escrita em escolas da Bahia

O escritor soteropolitano, Lucas de Matos, vai circular pela Bahia com o projeto ‘Preto Ozado: Oficina de uma poética independente’, realizando quatro oficinas de criação poética num circuito de escolas em Salvador, Valença e Jequié. Na atividade, serão propostos exercícios para estimular a criação de uma poesia crítica da participação das pessoas pretas na história da Independência do Brasil, a partir do seu livro ‘Preto Ozado’ (Selo Principis/Ciranda Cultural, 2022). A obra já vendeu mais de 1.900 exemplares e rendeu um minidocumentário.
“Estou entusiasmado em fazer aflorar a escrita poética no coração da garotada. A literatura é uma maneira potente de pensar o mundo de forma crítica, e é importante que se apoderem desse instrumento de transformação”, pontua o escritor.
A primeira cidade a receber a oficina é Salvador, no Colégio Estadual Marquês de Maricá no dia 16 de outubro, e na última terça (29) é a vez do Colégio Estadual Luísa Mahim, em Jequié. No dia 30 do mesmo mês, alunos do IF Baiano em Valença também praticam a escrita poética, finalizando em novembro (8), quando Lucas volta a Salvador para realizar no Colégio Estadual Professora Marileine da Silva.
O projeto foi contemplado pelo edital Diálogos Artísticos – Bicentenário da Independência na Bahia e tem apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia, unidade vinculada à Secretaria de Cultura (Funceb/SecultBa).
Sobre o autor
Comunicador e escritor de Salvador (BA), difunde a literatura com foco na poesia escrita e falada. É autor de ‘Preto Ozado’ (2022), livro que tornou-se tema de estudos em escolas brasileiras, e ‘Antes que o Mar Silencie’ (2024), novo livro que ficou em 5º lugar entre os mais vendidos do estande do Selo Principis, na categoria de autores contemporâneos, tendo lançado, entre outros lugares, na Bienal de São Paulo.
Lucas de Matos realiza palestras, saraus e bate-papos, destacando a importância do antirracismo e a exaltação das raízes negras. Participou do Sesc Arte da Palavra, onde falou sobre literatura em alguns estados do Brasil e esteve na programação de grandes festas literárias no país como FLIPELÔ, FLIP e FLICA, realizando atividades de arte e educação em escolas e comunidades. Atua na direção e produção de saraus e espetáculos. Mais informações no Instagram @_lucasdematos.
Sobre o livro
O autor, fazendo jus ao título, já começou ousando em seu livro de estreia. Na capa, aparece se sobrepondo à imagem do homem vitruviano de Leonardo da Vinci, considerado o homem de proporções perfeitas. “Colocar-me na frente desse conceito é dar outro significado. Estou ali para poder dizer que a pessoa negra também pode tensionar a imagem do que é lido como padrão”, explica.
Outro fato curioso é a grafia da palavra ousado com z. “Na Bahia se fala assim. Busco dar outro significado a essa expressão, usada com intencionalidade racista, reivindicando essa ousadia para dizer que, mesmo numa sociedade adversa, não vamos sucumbir ”, ressalta. O poema homônimo também homenageia a socióloga baiana Vilma Reis, fazendo alusão à expressão ‘cabeça erguida, bico na diagonal’, jargão criado por ela. São mais de 40 poemas que versam sobre ancestralidade, negritude, sustentabilidade e letramento.
Formação
Instituto de Arte e Cultura da Bahia abre inscrições para Teatroescola 2025

O Instituto de Arte e Cultura da Bahia (IAC) abriu inscrições para o Processo Seletivo do Teatroescola 2025, um projeto de formação artística que disponibiliza bolsas de estudo e vagas abertas para cursos em áreas técnicas e criativas no setor cultural. Com duração de seis meses, cada laboratório contará com módulos interdisciplinares nos estudos afro-brasileiros, em conformidade com a Lei nº 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira. A formação adota uma abordagem pedagógica que valoriza a cultura negra e fortalece a identidade dos participantes.
A grande novidade desta edição é o Laboratório de Dança e Cultura, que terá foco no Pagode Baiano, abordando sua história, musicalidade e impacto social. O curso será conduzido por Priscila Constantini, dançarina, coreógrafa e educadora social com 20 anos de experiência, que já colaborou com artistas como Daniela Mercury, Edcity, Psirico e A Bronkka. Além do curso de dança, o Teatroescola oferecerá os laboratórios de Técnico de Palco, ministrado por Robson Poeta, gerente técnico do Teatro Jorge Amado e profissional atuante em grandes espetáculos teatrais da cena local e nacional, com aulas às segundas-feiras; e de Produção e Gestão Cultural, às terças-feiras, sob a orientação de Nell Araújo, mestre em Gestão Social pela UFBA e especialista em gestão cultural.
Cada curso contará com 30 vagas, sendo 50% destinadas a bolsistas, com prioridade para negros, indígenas, LGBTQIAPN+ e moradores de periferias que atendam aos critérios do edital. Para os demais candidatos, há a opção de ingresso pelo sistema de ampla concorrência, mediante pagamento das mensalidades do curso escolhido. As aulas acontecerão no Teatro Jorge Amado, na Pituba, onde o Teatroescola é residente, consolidando um espaço dedicado à formação artística e cultural.
Além das aulas regulares, a formação incluirá visitas técnicas e aulas de campo, proporcionando uma imersão completa no universo cultural. Os alunos terão a oportunidade de vivenciar a prática profissional em espaços culturais, festivais e eventos, ampliando seu repertório e rede de contatos. As atividades contarão com a participação de professores renomados do setor cultural-artístico e especialistas em formação sociopolítica, garantindo uma experiência educacional abrangente e conectada à realidade do mercado.
Para efetuar a inscrição, os candidatos contemplados pelo programa de bolsas deverão pagar uma taxa única de matrícula no valor de R$120,00, sem mensalidade adicional.
O processo seletivo será composto por três etapas: inscrição online, acompanhada do envio de um texto sobre a motivação do candidato para ingressar no Teatroescola; entrevistas virtuais com a comissão avaliadora; e, por fim, a divulgação dos aprovados e a confirmação da matrícula. As inscrições seguem abertas até o dia 31 de março de 2025 e deverão ser realizadas exclusivamente online pelo site e redes sociais do Teatroescola. O início das aulas está previsto para 7 de abril de 2025
link de inscrição: Clique aqui
Redes sociais: clique
Formação
Processo Seletivo para Oficina “Axé nas Redes” abre inscrições

Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo para Oficina “Axé nas Redes”, iniciativa de formação audiovisual voltada para jovens pertencentes aos povos e comunidades tradicionais de terreiro e de matriz africana. Serão selecionados (as) 30 jovens com idades entre 18 e 29 anos, residentes nas cinco regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e a oficina será realizada em formato on-line, com encontros virtuais síncronos e carga horária total 40 horas.
Promovido pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por intermédio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (FAPEX), em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), as inscrições são gratuitas e devem ser feitas, exclusivamente, por meio de plataforma oficial do projeto até o dia 26 de março de 2025.
O processo seletivo será constituído de preenchimento de formulário de inscrição, análise documental e análise de vídeo de apresentação. São oferecidas 6 (seis) vagas para cada uma das 5 (cinco) regiões brasileiras. Cada participante receberá um auxílio de R$ 600,00 para fins de custeio de acesso à internet, dividido em três parcelas, a serem pagas ao longo da realização do percurso formativo. É essencial a comprovação de vínculo com povos e comunidades tradicionais de terreiro e de matriz africana, mediante apresentação de declaração assinada pela liderança responsável.
A Oficina Axé nas Redes integra o Projeto “Encruza: fortalecimento e valorização das comunidades quilombolas, povos de terreiro e ciganos” como iniciativa de ampliação das Políticas Afirmativas desempenhadas pelo Ministério da Igualdade Racial, através da Diretoria de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros (DPTMAT) da Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos (SQPT).
Executadas a Oficina Mulheres de Axé e a Semana da Infância de Terreiro, intitulada OMO AYO – AMO AXÉ, e tendo realizado o lançamento do edital para o Prêmio Nacional de Afroliteratura Infantojuvenil “Erê Dendê”, a Oficina Axé nas Redes se soma ao calendário de ampliação de ações que assegurem os direitos, a valorização cultural e o fortalecimento das identidades dos povos e comunidades tradicionais do Brasil. Para mais informações: www.axenasredes.com.br.
Formação
Projeto Cordel 2.0: Periferia e Inteligência Artificial abre inscrições

O Cordel 2.0, que une a tradição da Literatura de Cordel à inovação tecnológica da Inteligência Artificial (IA), vai promover oficinas criativas e cursos voltados à escrita e produção literária. O projeto integra as raízes da cultura popular com os avanços tecnológicos. A Inteligência Artificial será utilizada como ferramenta de criação e expressão artística, incentivando a experimentação e a inovação sem perder de vista o valor imaterial do cordel.
O objetivo é democratizar o acesso à cultura digital e fortalecer a identidade cultural das comunidades periféricas. Apresentado pelo Instituto Cultural Vale através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, sendo selecionado no Edital Rouanet nas Favelas 2024, a iniciativa acontece na Península de Itapagipe, no Espaço Cultural Alagados, no Uruguai, tornando Salvador o centro de uma criativa proposta cultural.
De março a maio de 2025, o projeto desenvolverá sua primeira Jornada Criativa, culminando na produção de um ebook coletivo, que reunirá histórias e poesias inspiradas nas narrativas sociais e na riqueza cultural da periferia. O lançamento da coletânea será acompanhado de eventos culturais, como saraus, palestras e apresentações musicais, celebrando a fusão entre tradição e tecnologia.
Apoio cultural e impacto social
O Cordel 2.0 é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei de Incentivo Fiscal – Lei n° 8.313/1991 (Lei Rouanet), por meio do Programa Rouanet nas Favelas 2024, realizado em parceria com Ministério da Cultura (MinC) e Governo Federal do Brasil.
Mais do que um projeto cultural, essa iniciativa representa um movimento de empoderamento comunitário e desenvolvimento sustentável, oferecendo à juventude e aos adultos da periferia ferramentas para narrar suas próprias histórias e fortalecer suas identidades por meio da arte do Cordel.
Programação e participação
O projeto contará com duas etapas de oficinas abertas à comunidade, abordando temas como métodos de escrita criativa, introdução ao cordel e à IA generativa, oralidade e contação de histórias. Além disso, o projeto inclui um Sarau de Cordel, com apresentações de autores locais e renomados da cena cultural baiana, e o lançamento do ebook coletivo.
As inscrições estão abertas para jovens e adultos interessados, sem necessidade de experiência prévia. Todas as atividades são gratuitas e acontecerão no Espaço Cultural Alagados.
Cordel 2.0: tradição e inovação caminhando juntas
Ao conectar a cultura nordestina à tecnologia, o Cordel 2.0 não apenas preserva a literatura de cordel, mas também a reinsere no mundo digital de forma inovadora e acessível. O projeto reafirma a potência criativa das periferias e mostra que a tecnologia pode ser uma aliada na valorização das narrativas populares.
Mais informações e inscrições no site www.cordel2pontozero.com ou presencialmente na secretaria do Espaço Cultural Alagados, na Rua Silvino Pereira, S/N – Praça do Uruguai, Salvador-BA. Instagram: @cordel2pontozero | Facebook: @Cordel2pontozero | E-mail: contato@cordel2pontozero.com.