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Literatura

Matheus Buente e João Pimenta fazem sessão extra na Flica 2024

Ana Paula Nobre

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Foto: Diego Silva

Os influenciadores baianos Matheus Buente e João Pimenta, que possuem milhares de seguidores nas redes sociais, lotaram o Cine Theatro Cachoeirano na tarde do último sábado (19), durante bate-papo na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2024). A plateia da Geração Flica se divertiu bastante e interagiu com os humoristas, que fizeram uma sessão extra para atender a todo o público presente no local. A dupla apresentou um show leve e cheio de baianidade, mesclando altas doses de humor crítico e dicas culturais.

O charme do Cine Theatro Cachoeirano, que foi construído em 1922, aliado a um cenário colorido e aconchegante, foi o palco perfeito para o público se divertir com um humor ácido, rápido e inteligente. Para fazer o link com o evento em si, Pimenta foi preciso: “A gente preparou um materialzinho de referências sobre questões literárias, porque a literatura não está só no livro, né? Como roteirista e com experiência no mercado publicitário, é bacana falar sobre o assunto para uma galera que tem interesse em começar a escrever e trampar com isso”, destaca.

Professor de História e craque do stand up comedy, Matheus Buente comemora a terceira participação dele em edições da FLICA. “É muito bom vir para outra cidade e se sentir querido, principalmente em Cachoeira, que tem um valor histórico tão grande e é uma cidade com personalidade. A gente não tem livros publicados, mas escreve muito, porque o comediante vive de texto, né? Nós levamos a oralidade para o palco, mas tudo começa na caneta e no papel. Então, é muito bom se sentir respeitado e considerado em um espaço como esse”, ressalta.

Foto: Diego Silva

Durante a apresentação para uma plateia atenta, os humoristas demonstraram entrosamento e desenvoltura na condução, arrancando risos e plantando reflexões ao mesmo tempo. “Um dos meus primeiros contatos com a leitura é a coleção Paraíso da Criança. Isso me ajudou demais, porque foi a primeira relação que eu tive com lendas do nosso país e estes livros, além de extremamente ricos, fazem você entender o conteúdo e, com isso, absorver a leitura”, afirma Pimenta, que é natural de Pojuca e começou a fazer humor em 2005 em um projeto social da cidade.

Habilidoso na arte de misturar humor e crítica social, Pimenta, que já fez parte do elenco de Porta dos Fundos, acredita na importância de se posicionar ante as questões da sociedade contemporânea. “Ser isento é uma coisa muito chata, é uma vida muito cômoda, e eu acho que vai chegar um momento em que a oportunidade não vai poder mais dizer não pra gente, eles vão ter que aceitar que a forma que o mundo está cobrando por mudança, é preciso mudar a cabeça, o pensamento e o comportamento”, diz.

Uma das sugestões de Matheus Buente foi a Antologia da Literatura Fantástica, um livro de contos organizado por Adolfo Bioy Casares, Silvina Ocampo e Jorge Luis Borges. “É um ótimo exercício, tanto para a galera que não tem uma proximidade muito grande com a literatura, para poder começar a apreciar e desenvolver isso, quanto para quem é que nem eu, que se perde no meio da leitura. Essas leituras menores me ajudaram muito na questão de construção de roteiro e sintetizar ideias”, afirma o humorista, que começou a ficar famoso ao adotar métodos mais descontraídos nas aulas de História.

Buente também trouxe reflexões acerca da importância da representatividade no universo das obras de audiovisual produzidas para cinema e televisão. “Não adianta colocar uma galera de fora para contar e interpretar uma história que acontece na Bahia. Se a história acontece aqui, ela deve ser contada pelas pessoas daqui. Mas, para isso, é preciso que o investimento chegue nas mãos de quem sabe fazer. O sucesso de Ó Paí Ó é fruto disso: atores e atrizes baianas em condições propícias de contar a sua história”, pontua.

FLICA – Na edição 2024 da FLICA, os principais espaços são a Tenda Paraguaçu, Fliquinha e Geração Flica, além da programação artística, dividida entre o Palco Raízes e o Palco dos Ritmos. Todos os espaços têm indicação etária livre e contam com acessibilidade, tradução em libras e audiodescrição. A curadoria da FLICA é formada por Calila das Mercês, Emília Nuñez, Deko Lipe e Linnoy Nonato. A Coordenação Geral é assinada por Vanessa Dantas, CEO da Fundação Hansen Bahia.

A 12ª FLICA é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, LDM (livraria oficial do evento), CNA NET (internet oficial do evento) e conta com o apoio da Bracell, ACELEN, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação, Caixa e Governo Federal.

Literatura

Projeto “Literatura de Erê 2025” oferece oficina gratuita para educadores

Iasmim Moreira

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Erê

A Oficina “Contação de Histórias Pretas – Literatura de Erê 2025” está com inscrições abertas para educadores, artistas e interessados em fortalecer práticas educativas a partir da oralidade e da literatura negra voltada à infância. O projeto acontecerá de forma gratuita entre os meses de agosto e outubro, com três edições presenciais nos bairros de Nova Brasília de Valéria, Pirajá e outro local a ser confirmado. São 20 vagas por turma.

Idealizada pela educadora e contadora de histórias Niní Kemba Náyò, a oficina é uma das formações oferecidas pela plataforma LiteAfroInfantil, criada em 2018 para promover ações culturais e pedagógicas baseadas na literatura africana e afrodiaspórica para as infâncias. Desde sua criação, o projeto já impactou centenas de educadores com recomendações de livros, vídeos e formações presenciais e online, com mais de 41 turmas formadas apenas durante a pandemia.

Com linguagem acessível e metodologia própria, a oficina une literatura, ancestralidade e oralidade africana, resgatando valores civilizatórios negros e promovendo o fortalecimento da identidade de crianças pretas. “A contação de histórias é uma das formas mais antigas de ensinar valores, cultivar memória e construir identidade cultural. Nossa oficina amplia o repertório de quem educa e cuida da infância preta”, afirma Niní.

Em 2024, o projeto voltou ao presencial formando 30 educadores através do edital Vozes Culturais da Bahia, e agora chega aos bairros de Salvador com apoio do edital Territórios Criativos – Ano II, da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Ministério da Cultura.

SERVIÇO
O quê: Oficina “Contação de Histórias Pretas – Literatura de Erê 2025”
Onde: Nova Brasília de Valéria (agosto), Pirajá (setembro) e outro local a definir (outubro)
Vagas: 20 por edição
Quanto: Gratuita
Inscrições: Link na bio do Instagram @ochpliteraturaere

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Literatura

Escritora Ana Cecília participa do Festival Pôr do Sol da Literatura em Itapuã

Iasmim Moreira

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Ana Cecília

A escritora e psicóloga Ana Cecília, um dos nomes em ascensão na cena literária baiana contemporânea, está entre as atrações confirmadas da 20ª edição do Festival Pôr do Sol da Literatura, que acontece nos dias 12 e 13 de julho, no bairro de Itapuã. Nascida e criada no território que sedia o festival, Ana retorna à sua terra natal com sua escrita potente e afetiva, marcada por memórias, ancestralidade e resistência.

Autora do livro Nossa Pele e membro da Academia de Cultura da Bahia, Ana Cecília vem conquistando leitores em todo o estado com sua poesia visceral e transformadora. Seu novo livro, Preta, será lançado em agosto pela editora BFK Books e promete ampliar ainda mais sua presença no cenário literário nacional. Enquanto isso, ela segue com uma intensa agenda de eventos, tendo participado recentemente de festivais, feiras, bienais e encontros literários em diferentes cidades da Bahia.

“É uma emoção e uma honra muito grande estar participando do Festival no território de onde venho, de onde as minhas mais velhas passeavam comigo, me entregavam ensinamentos e escolheram Itapuã para viver seus dias. É bonito de ver e vivenciar tudo isso na minha terra. Eu posso voar o mundo e Itapuã sempre será minha casa, será sempre memórias inseparáveis, amor inegociável. Vamos fazer uma edição do festival de jamais se esquecer”, declara Ana, que carrega com orgulho o pertencimento ao bairro e à sua história.

O Festival Pôr do Sol da Literatura é uma poderosa articulação comunitária em torno da arte, da economia criativa e da memória cultural de Itapuã. Em sua 20ª edição, o evento reafirma seu papel como espaço de encontro, celebração e resistência, com uma programação gratuita e acessível. Parte das atividades contará com tradução em Libras, reforçando o compromisso com a inclusão e a democratização do acesso à arte.

Além de conferir a participação de Ana Cecília no festival, o público pode adquirir seu livro Nossa Pele nas livrarias LDM Shopping Bela Vista e Paseo, ou diretamente pelo Instagram da autora, no perfil @annaceciliafs, onde também é possível acompanhar novidades sobre seu trabalho e o lançamento de Preta.

SERVIÇO
O quê: Participação da escritora Ana Cecília no Festival Pôr do Sol da Literatura
Quando: 12 e 13 de julho
Onde: Bairro de Itapuã, Salvador (BA)
Quanto: Gratuito
Mais informações: @annaceciliafs

Onde encontrar o livro Nossa Pele:
📚 Livrarias LDM – Shopping Bela Vista e Paseo
📦 Venda direta: via Instagram @annaceciliafs

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Literatura

Educadora Fabiana Cardeal lança Livro das Emoções sobre escuta sensível na infância

Iasmim Moreira

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Livro das Emoções

A escritora, psicóloga e educadora baiana Fabiana Cardeal acaba de lançar Livro das Emoções, obra infantil que convida crianças e adultos a reconhecer, nomear e acolher sentimentos como medo, tristeza, raiva, nojo e felicidade. Publicado pela editora Usina de Textos, o livro reúne cinco histórias curtas, sensíveis e cotidianas que propõem uma abordagem cuidadosa da saúde emocional desde os primeiros anos de vida.

Inspirada em vivências com o filho, sobrinhos e também em sua prática clínica e escolar, Fabiana criou personagens como Felipe, Maria, Juju, Elis, Henrique e João Pedro, que conduzem os pequenos leitores por enredos que favorecem o autoconhecimento e a construção de vínculos mais saudáveis. “Acredito que quando as crianças aprendem a dar nome ao que sentem, elas ganham ferramentas importantes para se expressar, criar vínculos mais saudáveis e crescer com mais consciência emocional”, afirma a autora, natural de Feira de Santana (BA).

A ideia para o livro nasceu da experiência de Fabiana como mãe e terapeuta. João Pedro, seu filho de quatro anos, é uma das inspirações diretas da obra, que busca romper com a ideia de que sentimentos negativos devem ser evitados. Pelo contrário: “O livro retrata emoções vivenciadas por muitas crianças no dia a dia e deixa a mensagem de que todas, inclusive as emoções consideradas negativas, são essenciais para o desenvolvimento infantil”, explica.

O lançamento do Livro das Emoções acontece durante o Julho das Pretas, mês de mobilização em torno das lutas e conquistas das mulheres negras na América Latina e Caribe. O momento não é coincidência. Para Fabiana, trabalhar o desenvolvimento emocional desde cedo é também uma ferramenta de enfrentamento ao racismo e às desigualdades. “Percebo no consultório que muitas meninas negras só chegam para serem acolhidas e tratadas já na adolescência, quando as situações já estão agravadas. Quanto antes pudermos olhar e cuidar das emoções, melhor”, pontua.

Com ilustrações de Camila Scavazza, artista paulistana, e 20 páginas, o livro tem preço de capa de R$ 40,00 e reforça o compromisso de Fabiana com uma literatura afetiva, educativa e inclusiva. Em 2024, a autora lançou Era uma vez uma Menina Preta, sua estreia na literatura infantil, que percorreu escolas da Região Metropolitana de Salvador com contações de histórias que promoveram interação e senso de pertencimento entre as crianças.

Foto: Thamires Leite

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