Música
Ilê Aiyê celebra seus 50 anos com mega evento na Concha

No próximo dia 1º de novembro, o Ilê Aiyê, nascido oficialmente em 1º de novembro de 1974, completa 50 anos de existência. Muito mais do que um bloco, a entidade carnavalesca introduziu um novo ritmo e uma nova estética no Carnaval de Salvador. Pela grandeza da sua causa, tornou-se o mais belo dos belos patrimônios vivos da Bahia. Nem nos sonhos mais audaciosos, seus idealizadores imaginavam chegar a esse dia. Não sonhavam com o cinquentenário, mas já sabiam que o nascimento da pérola negra do Curuzu iria estremecer estruturas e fazer história.
Mas a história do Ilê Aiyê não é só dele, é de todos, é do mundo. Por isso, celebrar seu cinquentenário significa casa cheia, palco em festa, plateia lotada. E para caber todo mundo, a Concha Acústica do TCA foi o local escolhido. É lá que a celebração acontece no próximo dia 1º (sexta-feira) a partir das 18h30 com direção artística de Elísio Lopes Jr. Os convidados adiantam a grandiosidade da noite: Daniela Mercury, BaianaSystem, Orquestra Afrosinfônica, Aloísio Menezes, Beto Jamaica, Matilde Charles e Amanda Maria juntam-se ao aniversariante para o espetáculo Ilê Aiyê – 50 anos.

Matilde Charles | Foto: Laís Lage
Carnaval contra o racismo – Para o presidente da entidade, Antônio Carlos Vovô, o show será um momento marcante não só por reverenciar o primeiro bloco afro do Brasil que surgiu com o objetivo de combater o racismo através do Carnaval, mas também as pessoas que tornaram esse propósito possível. Além dos artistas, Vovô destaca o papel de Apolônio de Jesus Filho, o Popó do Ilê, que esteve ao seu lado na fundação do bloco, e de Mãe Hilda, que cedia as dependências do terreiro Ilê Axé Jitolu para a organização do grupo.
“Vai ser um momento muito especial, porque 50 anos não são 50 dias. Começamos como um bloco de pessoas sem recursos, e conseguir vencer e impactar Salvador, o Brasil e o mundo, é muito importante. Assim como fazer com que o comportamento das pessoas mudasse, assumissem sua negritude, incentivar o surgimento de outros blocos e outras organizações que movimentam a cidade, a cultura, a economia, é uma coisa que tenho muito a agradecer a esse povo que você não vê, mas que faz o Ilê que você vê”, reconhece Vovô.
Um canto universal – A cantora Daniela Mercury tem uma relação com o Ilê Aiyê que representa um dos capítulos mais bonitos da música baiana. Essa união simboliza uma profunda conexão entre uma das maiores artistas do Brasil e um dos blocos afro mais importantes do mundo. Neste ano, a cantora dedicou um show inteiro no Festival de Verão Salvador aos 50 anos da Pérola Negra do Curuzu e promete continuar essa homenagem no palco principal da Concha Acústica.
Outra dupla de convidados que também garante a diversidade de ritmos da celebração é a banda BaianaSystem e a Orquestra Afrosinfônica da Bahia. Com uma sonoridade única, que mistura axé, o reggae, o rap e eletrônica, Baiana se tornou um dos principais nomes da música brasileira e, assim como o Ilê, carrega a identidade negra e a luta por justiça social como temas de suas canções. Por sua vez, a Orquestra é um projeto inovador que explora a sonoridade dos instrumentos tradicionais africanos, como os tambores e os berimbaus, junto à harmonia e complexidade das orquestras sinfônicas.

Beto Jamaica | Foto: Divulgação
O show ainda será marcado pela energia contagiante de Beto Jamaica, do É O Tchan!, e de Aloísio Menezes, voz que comanda o Bloco Cortejo Afro há 26 anos. Essas duas lendas da música baiana, com suas trajetórias marcadas pela luta por igualdade e pela celebração da cultura negra, prometem levar o público a uma verdadeira viagem musical ao lado do anfitrião da noite.
Para chamar a multidão, as cantoras Matilde Charles e Amanda Maria completam a festa. Enquanto Matilde cultiva uma longa história de amizade e canto com o Ilê, Amanda foi finalista do The Voice 2023 e uma das atrações da 43ª Noite da Beleza Negra, que aconteceu em janeiro deste ano e marcou o início das comemorações do meio século de história do bloco.
A celebração cênico-musical Ilê Aiyê – 50 anos é uma realização do Ilê Aiyê em parceria com a Caderno 2 Produções, e toda a renda obtida com as vendas será destinada à manutenção das ações sociais e culturais da Associação Cultural Bloco Ilê Aiyê.
SERVIÇO:
Ilê Aiyê – 50 anos
Local: Concha Acústica do TCA
Data: 1º de novembro de 2024
Horário: A partir das 18h30
Vendas: Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/99268
Música
Thiago Thomé apresenta show do álbum Raro92 na Casa Rosa

Celebrando a paternidade, o afeto e suas raízes afro-baianas, o multiartista Thiago Thomé estreia ao vivo o espetáculo Raro92 em Salvador, no próximo dia 16 de julho (terça-feira), às 20h, na Casa Rosa, no bairro do Rio Vermelho. A apresentação marca o lançamento do álbum homônimo, recém-divulgado pela Universal Music, e promete uma noite intimista, repleta de ancestralidade, poesia e emoção. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e já estão à venda na plataforma Sympla.
Mais do que um show, Thiago Thomé canta Raro92 é um encontro afetivo com o público baiano e com a cidade que inspira cada faixa do disco. O álbum — dedicado ao filho recém-nascido, fruto de sua união com a escritora e influenciadora baiana Bárbara Carine — mistura voz e violão em arranjos acústicos e minimalistas, e transforma a experiência da paternidade negra em um relicário sonoro.
No repertório, o público pode esperar canções como “Régua, Compasso e Tambor”, que evoca as raízes afro-brasileiras e o sincretismo religioso da Bahia; “Acabou de Nascer”, um canto de amor ao filho; e “Porque Aqui é Salvador”, que retrata a leveza e a intensidade do cotidiano soteropolitano. Outras faixas ganham destaque, como “Novos Baianos”, que une saudade e herança cultural, e “Quase Vermelho”, uma declaração sensual e poética à cidade e ao amor.
Thomé também incluirá no setlist composições próprias de outros trabalhos e músicas de artistas que marcaram sua relação com a Bahia, como o Ilê Aiyê, cujas canções embalaram a infância do artista na Baixada Fluminense. “É um show repleto de amor e resgate ancestral. Vai ser uma honra cantar esse espiralar musical que deságua nesta homenagem ao Raro, que nasce em Salvador pelo amor que aqui me foi apresentado”, afirma o cantor.
Além de cantor e compositor — com músicas gravadas por nomes como Ivete Sangalo, Xande de Pilares e Zeca Pagodinho — Thiago Thomé tem uma sólida carreira como ator, com destaque em novelas e séries da TV Globo, como Família é Tudo, Encantados, A Divisão e Arcanjo Renegado. Nos últimos anos, vem consolidando sua identidade como artista múltiplo, transitando entre música, teatro e audiovisual com profundidade e sensibilidade.
Após os lançamentos dos álbuns Encantado (2024) e Para Pretos, Pardos e Simpatizantes (2023), Raro92 representa uma virada na trajetória de Thomé, marcada agora pela celebração da vida, da paternidade e das ancestralidades. A estreia do show em Salvador inaugura uma nova fase, com promessas de novos álbuns e um circuito especial de apresentações no verão baiano.
SERVIÇO
O quê: Show Thiago Thomé canta Raro92
Quando: 16 de julho (terça-feira), às 20h (abertura da Casa Rosa às 19h)
Onde: Casa Rosa – Praça Colombo, 106, Rio Vermelho, Salvador
Ingressos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia-entrada)
Vendas antecipadas: Sympla
Mais informações: @thiagothome no Instagram
Ouça o álbum: Raro92 – Thiago Thomé (Universal Music)
Foto: Gaby Morbeck
Música
Xédendê estreia com o EP “Mojubá”

A banda baiana Xédendê lança seu primeiro trabalho de estúdio, o EP “Mojubá”, uma potente saudação sonora ao orixá Exu — divindade iorubá da comunicação, do movimento e da transformação. Com sete faixas, o projeto convida o público a uma jornada sensorial onde grooves percussivos dialogam com riffs e beats eletrônicos.
De acordo com os membros da banda, “Mojubá” não é apenas um trabalho de estreia: é uma afirmação de existência. Um manifesto artístico e político que ecoa as vivências da juventude preta urbana, transformando experiências em música, poesia e identidade.
O EP reafirma também a Bahia como território de vanguarda estética, política e cultural, onde tradições afro-brasileiras seguem vivas e pulsantes, em constante diálogo com a contemporaneidade.
Ao saudar Exu em seu título, “Mojubá” reverencia o passado ancestral e aponta para um futuro vibrante e insurgente — reafirmando que o corpo, a voz e o som da juventude preta seguem abrindo caminhos e criando novas possibilidades.
Foto: Alangrafo
SERVIÇO
Lançamento do EP “Mojubá” – Xédendê
Onde ouvir: Disponível nas principais plataformas digitais (Spotify, Deezer, YouTube, Apple Music e outras)
Acompanhe: @xedende71
Música
Salvador Cidade Reggae acontece este sábado no Barroquinha

O Espaço Cultural da Barroquinha vai receber neste sábado, 12 de julho, o evento Salvador Cidade Reggae, uma iniciativa de três coletivos – o Aspiral do Reggae, Coreto Criativo e PARSEC, em comemoração ao Dia Nacional (10/5) e Internacional do Reggae (1/7) .
“Vamos reunir grandes atrações neste espaço sagrado, para celebrar a cultura reggae e proporcionar bons shows para os amante do reggae”, diz Jussara Santana (Aspiral do Reggae).
No palco estão confirmados shows de Duda Diamba, Nelma Marks, Banda Cativeiro, Kamaphew Tawá e Banda Aspiral do Reggae, além de diversos convidados.

Foto Lucas Malkut
O Salvador Cidade Reggae fortalece, culturalmente, o gênero musical na cidade, ao mesmo tempo em que valoriza os artistas locais do segmento.
A entrada é gratuita e começa às 17h.
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