Música
Baile Afropink encerra a temporada em grande estilo

A 11ª edição do Baile Afropink acontece neste sábado (16), às 19h, encerrando a temporada 2024 com um grande show. O anfitrião e idealizador, Yan Cloud, recebe os cantores Gibi e ODILLON no Largo Tereza Batista, a partir das 19h. O evento, desde a sua concepção, é um espaço para a aclamação da cultura black soteropolitana e uma homenagem a tudo o que tem sido feito em terras baianas vindo do continente africano, da música à moda. Os ingressos são gratuitos e podem ser adquiridos na plataforma Sympla.
A cada show, Yan tem apresentado mais um pouco sobre o seu próximo disco, desde a sonoridade, conceito e até músicas novas. O segundo álbum está em processo de finalização e deve ser lançado logo mais em todas as plataformas de streaming. “Estamos testando arranjos novos a cada show, então as músicas ficam diferentes a cada apresentação, sentindo a vibe da galera e vendo como eles recepcionam também as músicas novas”, completa o artista.
“Estou sem palavras nesses quatro meses de show para o público da minha cidade, a minha galera, as pessoas que me acompanham há muito tempo. Esse vai ser o último show dessa temporada nova do Afropink e não podia estar mais feliz”, comemora Yan.
As Oficinas Afropink encerraram as suas atividades com o tema “Assessoria de Imprensa para Lançamentos Musicais”. O tema foi ministrado por Vinicius Cerqueira. “A experiência foi muito positiva para os artistas que compareceram na oficina e fecharam esse ciclo tão bacana promovido pelo evento”, comentou. A oficina foi realizada na terça-feira (12), às 19h na Casa do Hip-Hop, no Largo Quincas Berro D’Água, Pelourinho.
O projeto tem patrocínio da Budweiser e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

Foto: Vulgotlls
Sobre o artista
Yan Cloud surgiu na cena em 2015 com o lançamento de vários singles. Em 2017, lançou o EP “Alívio”, primeiro trabalho solo, que ficou em oitavo lugar entre os melhores álbuns baianos do ano, em votação popular no site Elcabong. É conhecido no mercado musical de Salvador pelos grandes sucessos “Que Calor”, em colaboração com Nêssa e Nininha Problemática, “Aquele Swing” em parceria com Nêssa, ÀTTØØXXÁ e Zamba, que atingiu a marca de 1 milhão e 900 mil streams no Spotify.
Em 2020, lançou seu primeiro álbum “Pinkboy” que conta com mais de 697 mil players no Spotify e o clipe da música “Bafana” que tem mais de 80 mil visualizações no YouTube e concorreu ao melhor clipe de rap do ano pelo site Genius Brasil. Em 2021 participou de festivais como Novíssimos, SSA Mapping e PLANET AFROPUNK, e também fez parte do álbum “Podível e Impodível” cantando “Se o Mundo Acabasse em Mel”, com Di Melo. Estreou o Baile Afropink em 2022, um espaço de representatividade e de conexão social através da música. O projeto valoriza e visibiliza artistas negros, periféricos, mulheres e LGBTQIA+ em ascensão e representa a nova fase da carreira do cantor que se conecta mais com o Afropop, Afrobeat e outros gêneros afrodiaspóricos.
Em 2023 levou seu show para o palco Brisas no Carnaval de Salvador, abriu a turnê “Icarus” do rapper BK em Salvador, lançou “Hora do Rush” com participação de Melly, que alcançou destaque em duas playlists oficiais no Spotify, Brasa e Sal. Foi uma das principais atrações do Festival Sangue Novo, onde apresentou seu novo show com banda completa e músicas inéditas que serão oficialmente lançadas em 2024. Atualmente está se preparando para lançar seu segundo álbum de estúdio.
Serviço
O quê: Baile Afropink
Onde: Largo Tereza Batista, Pelourinho, às 19h
Convidados: Gibi, ODILLON, Manigga e Pivoman
Ingressos: Gratuitos na portaria
Música
Cantor baiano Moisés Victório lança trabalho musical autoral “Borí”

O artista interdisciplinar, Moisés Victório, apresenta seu novo trabalho autoral de música, o EP “Borí”, composto por cinco faixas inéditas que exploram as conexões entre música, fé, memórias e ancestralidade africana. Disponível nas principais plataformas de streaming, o projeto representa um marco significativo em sua trajetória, traduzindo em sons sua busca pela (re)construção de uma identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica.
“O processo de transformar essas referências em sonoridades foi muito espontâneo para mim, muito natural”, explica Moisés. “Primeiro porque essa ancestralidade africana está à nossa volta o tempo inteiro. Não tem como conviver e transitar em Salvador sem estar imerso nessa herança. Por outro lado, a conexão com a espiritualidade vem da minha formação familiar. Cresci em terreiros de candomblé, e essa primeira formação musical veio dos cânticos, das rezas, dos orikis que entoávamos rotineiramente.”
Bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia, Moisés vem desenvolvendo pesquisas sobre as relações criativas entre arte, novas tecnologias e cultura eletrônica, estabelecendo relações com o estudo das culturas, línguas e cosmogonias africanas, em especial a cultura nagô-yorubá. Esse encontro entre contemporaneidade e ancestralidade é a essência de “Borí”.
O EP nasce das experiências pessoais do artista, que teve sua formação musical nos terreiros de candomblé durante sua infância. “Borí é ritual, é transcendência, é orixá, é essência”, afirma Moisés. “A partir da mundivisão nagô-iorubá, podemos entender figurativamente o conceito de Borí como um processo de conexão interna, de autoconhecimento, de expansão de si para o mundo – através do seu lugar de fala e origem”.
Parte do trabalho foi concebido durante sua Residência Artística no Instituto Sacatar em 2023, onde Moisés colaborou com pesquisadores e artistas afro americanos da Universidade de Stanford (EUA). Dessa experiência surgiu a participação especial de Amara Tabor-Smith na faixa “Obìnrin”. A produção musical do EP conta com a colaboração do maestro e arranjador Cassius Cardozo. A masterização e finalização foi concebida pelo engenheiro de áudio Carlos Eduardo Andrade (Cají).
A primeira faixa “ÈṢÙ”, que abre o EP, já está disponível com videoclipe no YouTube. A obra traduz em canção um universo construído e imaginado nas intersecções do orixá da comunicação, do guardião dos caminhos, daquele que traz as notícias e elabora a sorte. “Essa faixa é muito especial porque ÈṢÙ é o orixá da comunicação, o mensageiro que conecta os mundos”, comenta Moisés. “Na cultura tradicional iorubá e afro-brasileira, antes de iniciar qualquer ritual, qualquer celebração, é essencial saudar Exú. Por isso, a faixa abre o disco e também foi a primeira a ganhar um videoclipe”.
“Borí” representa mais que um conjunto de canções – é uma metáfora da memória, um portal para o autoconhecimento, é uma celebração da herança africana na diáspora atlântica. “Espero que as pessoas se conectem com esse trabalho pela força da simbologia que carrega”, reflete o artista. “Este EP é um resgate de memórias da minha infância nos terreiros, mas também é uma discussão sobre cultura, identidade, ancestralidade, visões de mundo. Ele dialoga e protagoniza narrativas que precisam ser mais ouvidas”.
Bori é uma realização da Bogum Ambiente Criativo em parceria com a Multi Planejamento Cultural e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Sobre Moisés Victório
Músico intuitivo, aprendeu nos terreiros de candomblé onde passou a infância o letramento necessário para traduzir em canções o mundo à sua volta. Começou sua trajetória artística aos 12 anos, como mobilizador cultural no quilombo urbano onde nasceu, no Engenho Velho da Federação. Ao longo dos mais de 20 anos de aprendizados e trajetória profissional, trabalhou ao lado de dezenas de artistas nacionais e internacionais, tendo circulado por todas as capitais brasileiras e alguns países do exterior.
Borí, novo trabalho de Moisés, apresenta os desdobramentos poéticos da sua mais longeva pesquisa, a (re)construção da sua identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica. Nascido no seio de uma família candomblecista, construiu sua primeira percepção de mundo através dos itans e orikis, dos cânticos sagrados e do cósmico som dos atabaques. Essa percepção afro centrada, impactou profundamente sua formação política, social e artística.
Ao longo dos anos, vem se dedicando ao estudo regular das línguas, cultura e cosmogonia africanas. É discente do curso de língua e cultura yorubá do Núcleo Permanente de Extensão em Letras – NUPEL da Universidade Federal da Bahia – UFBA, além de dedicar-se a imersões sobre a mundivisão nagô-yorubá. É certificado pelo projeto Ẹ̀kọ́ Dára (Ilê-Ifé, Nigéria) coordenado pelo professor nigeriano Phd em literatura e linguística Prof. Dr. Félix Ayoh’omidire, o que lhe conferiu maior aprofundamento às origens, fundamentos e orientação ancestral da pessoa nagô-yorubana.
Artista interdisciplinar, é bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia. Além de iluminador cênico, realizador audiovisual e músico, atua na gestão de festivais, eventos e instituições. Atualmente é gestor do Teatro Sesc Casa do Comércio, dirige a empresa Bogum Ambiente Criativo e faz parte do comitê gestor da Casa Preta Espaço de Cultura. Antes, foi gestor do Teatro Gregório de Mattos e coordenador técnico da Gerência de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos, prefeitura municipal de Salvador.
O álbum pode ser conferido em todas as plataformas digitais no link
O videoclipe da canção Èṣù já está disponível no Youtube
Música
Rapper Wall Cardozo lança single ‘Itapuã’ em parceria com Liz Kaweria

O rapper Wall Cardozo vai lançar na próxima quinta-feira (20), seu novo single ‘Itapuã’ (faça o pré-save aqui). Com um flow marcante que se encaixa perfeitamente com a letra, a canção fala de amor e desejo entre duas pessoas que querem viver um romance em um dos bairros mais famosos de Salvador: Itapuã. O trabalho faz parte do seu primeiro álbum intitulado ‘Homem Menino’ e o projeto autoral conta com a participação de diversos artistas nordestinos, sendo lançado na íntegra em abril.
Com mais de 10 anos de carreira, Wall destacou como foi o processo de criação da música. “Considero Itapuã uma das músicas mais bonitas que já fiz. Lembro de ter começado a escrever a letra durante um momento de inspiração, encima de um beat gratuito da internet. Quando terminei a composição, cheguei com a ideia para Manigga, que brilhou na produção musical. A participação de Liz foi a cereja do bolo. Quando a voz dela entrou, ficou claro que era exatamente o que faltava para considerarmos a música pronta”, disse o artista.
Para a cantora Liz Kaweria, gravar o feat com Wall “foi incrível. Quando ouvi a música pela primeira vez, me deu uma sensação de paz. A melodia é perfeita, a produção é perfeita, a letra é absurda, é excelente. A letra mostra um amor com cumplicidade, companheirismo. É uma música que casais novos e antigos podem se identificar. Pra mim foi muito bom gravar, eu me identifiquei muito com a letra”, declarou Liz.
Sobre Wall Cardozo
Wall Cardozo é um baiano que está no cenário da música desde 2013, quando formou o grupo WWL RAP junto com amigos da escola e permaneceu na formação musical até 2019. O rapper viu seu processo criativo aflorar em janeiro de 2020, com o lançamento do seu primeiro EP chamado EHLO. O projeto tem cinco faixas e foi exclusivamente produzido pelo artista. Agora, em 2025, Wall celebra uma nova fase da carreira com o seu primeiro álbum, que será lançado em abril. Através dele, o artista faz uma conexão mais potente com sua própria arte e experimenta novas possibilidades musicais ao lado de artistas já admirados por ele.
Música
Dendê Macêdo faz show em homenagem ao Mestre Bira Reis

O cantor, compositor e instrumentista, Dendê Macêdo, faz um show no próximo dia 21 (sexta-feira) em homenagem ao Mestre Bira Reis, multi-instrumentista, artista plástico e educador, falecido em 2019. O evento, que conta com a participação dos músicos João Teoria e Vini Mendes, acontece às 18h, na Oficina de Investigação Musical, no Pelourinho, com entrada a preço popular de R$10,00.
“Estou feliz em poder fazer essa homenagem a Bira Reis, que foi meu incentivador e guia na música. Para mim, está sendo simbólico esse momento, porque tocarei instrumentos que aprendi a criar graças aos seus ensinamentos”, conta Dendê Macedo.
Na oportunidade, será apresentada ainda uma amostra do projeto “Sons Reciclados”, que traz inovação musical ao transformar materiais recicláveis em instrumentos de percussão, unindo música e sustentabilidade. Dendê dá uma nova utilidade a objetos que seriam descartados, criando sonoridades únicas. Taco de golfe que vira berimbau, xequerê feito com capacete, surdo feito com balde e atabaque criado com vaso sanitário estão entre suas criações que, juntas, resultam em uma performance inovadora com sons percussivos distintos e únicos.
Serviço
O quê: “Dendê Macêdo e Sons Reciclados”
Quando: Dia 21 de março de 2025 (sexta-feira)
Horário: Às 18h
Onde: Oficina de Investigação Musical – R. das Portas do Carmo, 24 – Pelourinho
Ingressos: Valor social R$ 10,00