Cultura
Dão Black participa do II Festival da Cerâmica Maragogipinho

O cantor Dão Black participou do primeiro dia do II Festival da Cerâmica Maragogipinho, na última quinta-feira (14), apresentando um repertório especial dedicado ao rei Roberto Carlos. A Praça da Matriz ficou lotada e a ação que marcou o ato oficial de abertura do evento foi uma merecida reverência aos mestres e mestras da cerâmica: um filme-documentário em que eles aparecem como protagonistas. A série de mini documentários “Em Torno do Barro” foi exibida em praça pública a céu aberto para um público emocionado.
A Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho (AAMOM) recebeu, antes do começo da programação, a Roda de Conversa: “A importância da Patrimonialização para Maragogipinho”, que aprofundou sobre o importante processo pela busca da localidade em se tornar patrimônio e destacou que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) deu início à abertura do processo de registro especial do Ofício de Oleiros e Oleiras de Maragogipinho como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia.

Foto: Diogo Andrade
O evento contou ainda com a apresentação da Fanfarra Bampita, de Aratuípe e exibição do videoclipe de animação “Anjo de Barro”. Ao todo, serão quatro dias de festa repletos de manifestações culturais, com participação de grupos regionais, Feira Artesanato da Bahia, visitas guiadas às mais de 140 olarias locais, Feira Afro Bahia, gastronomia, shows musicais de Sandra Sá, Luiz Caldas, Jau, Sambaiana, Aloísio Menezes, além de artistas da região.
Programação completa
15/nov (sexta-feira)
10h às 20h – Feira Artesanato da Bahia | Feira Afro
10h às 20h – Mostra Cultura e Identidade: O resgate da tradição da pintura tauá e tabatinga
10h às 11h – Manifestação cultural | Capoeira Raízes Negras
11h às 11h30 – Visita Guiada e Experiência Imersiva nas Olarias
11h à 0h – Feira Gastronômica
14h às 15h – Manifestação cultural | Filarmônica Lira Ceciliana
14h às 20h – Exposição do Selo (Sede da AAMOM)
15h às 15h30 – Visita Guiada e Experiência Imersiva nas Olarias
18h à 0h – Show Palco Principal | Cem, Sambaiana e Banda Oliveira convida Luiz Caldas
16/nov (sábado)
10h às 20h – Feira Artesanato da Bahia | Feira Afro
10h às 20h – Mostra Cultura e Identidade: O resgate da tradição da pintura tauá e tabatinga
10h às 11h – Manifestação cultural | Capoeira Mundo dá Voltas/ Apresentação Folclórica do “Bumba Meu Boi” | Grupo Sambadeiras de Maragogipinho
11h às 11h30 – Visita Guiada e Experiência Imersiva nas Olarias
11h à 0h – Feira Gastronômica
14h às 20h – Exposição do Selo (Sede da AAMOM)
15h às 15h30 – Visita Guiada e Experiência Imersiva nas Olarias
16h às 15h – Manifestação cultural | Grupo Terno do Sol e Charanga
18h à 0h – Show Palco Principal | Milena Figueiredo, JBS, Aloísio Menezes e Banda Oliveira convida Sandra Sá
17/nov (domingo)
10h às 20h – Feira Artesanato da Bahia | Feira Afro
10h às 20h – Mostra Cultura e Identidade: O resgate da tradição da pintura tauá e tabatinga
10h às 11h – Manifestação cultural | Capoeira Nascidos do Barro
10h30 às 11h – Visita Guiada e Experiência Imersiva nas Olarias
11h à 20h – Feira Gastronômica
14h às 20h – Exposição do Selo (Sede da AAMOM)
15h às 15h30 – Visita Guiada e Experiência Imersiva nas Olarias
16h – Manifestação cultural | Grupo Chegança e Charanga “Se tem cachaça tô dentro”
15h às 20h – Show Palco Principal | Geovany Santos, Raphinha Santos, Jau, Jeu Nogueira e Dan Miranda
Serviço
O quê: II Festival da Cerâmica Maragogipinho
Quando: De 14 a 17 de novembro (quinta-feira a domingo)
Onde: Praça da Matriz – Maragogipinho (Aratuípe – BA)
Gratuito
Cultura
Mostra celebra os 70 anos de Neguinho do Samba na Casa do Benin

O legado de Neguinho do Samba, mestre dos tambores e criador do samba-reggae, ganha uma homenagem especial em Salvador. A exposição “70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado” está aberta ao público na Casa do Benin – Espaço Tatassomba, no Pelourinho, de 07 de junho a 05 de julho, com entrada gratuita.
A mostra apresenta um conjunto de registros fotográficos que revelam momentos marcantes da trajetória do artista – desde cenas do cotidiano até passagens emblemáticas de sua carreira. Com curadoria de Anderson do Samba, filho do homenageado, a exposição destaca a força cultural, política e simbólica de Neguinho do Samba, que transformou a música em um instrumento de afirmação e resistência negra.
Celebração da ancestralidade e da memória afro-brasileira
A abertura da exposição ocorreu no dia 7 de junho com uma programação especial que reuniu performance e apresentação musical dos filhos do mestre: a iyálorixá, cantora, atriz e arte-educadora Nitorê Akadã e o próprio Anderson do Samba. Também participaram Mônica Millet e o grupo solista Qué Base, que se apresentaram em homenagem à ancestralidade percussiva de Neguinho.
Exibida no Espaço Tatassomba, ambiente projetado por Lina Bo Bardi com inspiração na arquitetura do Benin, a exposição é ambientada em um cenário que dialoga diretamente com a matriz africana do samba-reggae. As imagens, assinadas por nomes como Januário Garcia, Lázaro Roberto, Lúcia Correia Lima, Mara Mércia, Margarida Neide e Waky Hannah, ajudam a contar a história de uma das figuras mais importantes da cultura afro-brasileira.
Patrimônio vivo da música afro-brasileira
Pela primeira vez, Salvador presta uma homenagem a Neguinho do Samba no mês de seu nascimento. A exposição não apenas enaltece sua criação musical, como também destaca a relevância social do samba-reggae – ritmo que nasceu no Centro Histórico e ecoou internacionalmente, levando a mensagem da cultura negra brasileira para além das fronteiras.
“A valorização de importantes nomes na construção da identidade brasileira, fazendo com que essas pessoas não caiam no esquecimento e no anonimato, é uma maneira de colaborar para que a história cultural brasileira seja preservada e perpetuada através das gerações”, destaca Renata Campos, produtora executiva da exposição.
SERVIÇO
Exposição “70 Anos Neguinho do Samba – Trajetória e Legado”
Onde: Casa do Benin – Espaço Tatassomba (Pelourinho, Salvador)
Quando: de 07 de junho a 05 de julho de 2025
Terça a sexta, das 10h às 17h | Sábados, das 9h às 16h
Entrada gratuita
Cultura
Samba Junino movimenta arrastões e festivais em junho e julho

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador desde 2018, o samba junino segue pulsando forte nas ruas da capital baiana em 2025. A manifestação afro-brasileira nascida nos bairros periféricos da cidade na década de 1970 volta a tomar conta do mês de junho, com homenagens a mestres da cultura e apoio a 17 propostas culturais em diferentes bairros da capital.
Os eventos acontecem em bairros como Engenho Velho de Brotas, Garcia, Federação, Matatu, Pituaçu, Tororó e Canabrava, com programações gratuitas que unem música, dança e ancestralidade.
“O Samba Junino é uma expressão cultural afro-brasileira autêntica de Salvador, surgida em torno dos terreiros de candomblé e das matrizes referenciais do samba de caboclo e do samba de roda”, afirma Vagner Rocha, diretor de Patrimônio da FGM. Os ensaios dos grupos geralmente se iniciam no Sábado de Aleluia, enquanto os arrastões e festividades principais ocorrem entre junho e julho, durante as celebrações de Santo Antônio, São João e São Pedro.
Homenagens e programação
Um dos momentos mais simbólicos da temporada será a homenagem a sete mestres e uma mestra do samba junino, com entrega de placas comemorativas no próximo domingo, 15 de junho, durante o Arraiá da Prefs, na Praça Municipal. A cerimônia contará com apresentações de grupos contemplados no edital e integra a programação do evento, que vai até 18 de junho na Rua Chile e Praça Municipal.
Entre os festivais promovidos por coletivos e ligas culturais, destaque para:
-
47º Festival de Samba Duro Junino do Engenho Velho de Brotas, no dia 24 de junho, às 18h;
-
Festival Salvador, Samba Junino, no Largo do Garcia, no dia 29 de junho, a partir das 15h.
Organizado pela Liga do Samba Junino, o festival no Garcia chega à sexta edição, com público estimado em mais de 10 mil pessoas.
Tradição e resistência
Entre os grupos contemplados, o tradicional Leva Eu, com 46 anos de história no Engenho Velho de Brotas, fará uma homenagem à heroína Maria Felipa no seu arrastão de 24 de junho. A concentração acontece às 14h na Rua Maria Felipa, com saída às 16h. “A gente dá a volta em todo o bairro com muito samba duro e alegria”, conta Irailton Bonfim, integrante do grupo.
Já no bairro de Canabrava, o Grupo Cultural Bicho da Cana, com mais de duas décadas de atuação, promove dois ensaios abertos com a proposta de reviver o samba junino de antigamente. “Também convidamos grupos de outros bairros para mostrar que o samba junino está presente em toda a cidade”, afirma Regiane Santiago, representante do coletivo.
SERVIÇO
Samba Junino – Ano VII
O que é: Programação cultural com ensaios, arrastões, festivais e homenagens a mestres do samba junino
Período: Junho e julho de 2025
Locais: Engenho Velho de Brotas, Garcia, Federação, Matatu, Pituaçu, Canabrava, Tororó e outros bairros de Salvador
Destaques:
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Homenagem a mestres: 15 de junho (domingo), na Praça Municipal, a partir das 16h
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47º Festival de Samba Duro Junino: 24 de junho, 18h, no Engenho Velho de Brotas
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Festival Salvador, Samba Junino: 29 de junho, a partir das 15h, no Largo do Garcia
Entrada: Gratuita
Mais informações: www.culturafgm.salvador.ba.gov.br
Foto: Valter Pontes
Cultura
Capoeiristas recebem certificação para atuar em escolas públicas

Em uma noite histórica para a cultura afro-brasileira e a educação pública da Bahia, 200 capoeiristas receberam, na última sexta-feira (16), a certificação do programa Qualifica Capoeira, na Biblioteca Central do Estado, nos Barris. A formação é pioneira no Brasil e habilita mestres, contramestres e educadores da capoeira a atuarem em escolas da rede estadual, promovendo uma abordagem pedagógica que valoriza a ancestralidade, a resistência e a construção de uma educação antirracista.
Realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o programa é fruto de uma parceria com o coletivo Capoeira em Movimento Bahia (CMB) e a Organização da Sociedade Civil Comvida. A ação integra o Qualifica Bahia, com investimento de R$ 264 mil, e ofereceu 120 horas de formação gratuita em nove municípios baianos, incluindo Salvador, Feira de Santana, Ilhéus e Vitória da Conquista.
Com conteúdos voltados à prática pedagógica da capoeira, como psicologia da educação, fundamentos filosóficos, história da capoeira e metodologias de ensino, a qualificação buscou fortalecer o papel da capoeira como ferramenta de transformação social. Além do aprendizado, os participantes receberam apoio com transporte, lanche, camisas e material didático, promovendo o acesso igualitário à formação.
Para o coordenador do CMB, Jacaré DiAlabama, a certificação representa uma conquista histórica:
“O curso, criado por capoeiristas para capoeiristas, é uma conquista inédita no mundo. Ele responde a demandas antigas do nosso segmento e é parte essencial da luta para integrar a capoeira às escolas públicas da Bahia. Precisamos estar em sala de aula respeitando os marcos legais da educação, mas também oferecendo uma formação que valorize a identidade e a ancestralidade das nossas juventudes.”
A formação também contribui para a efetivação da Lei Moa do Katendê (Lei nº 14.341/2021), que garante o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
Festival celebra a ancestralidade
Durante a cerimônia de certificação, foi lançado oficialmente o 3º Festival de Capoeira Ancestralidade e Resistência, que acontecerá de 21 a 24 de agosto, também na Biblioteca Central da Bahia. Com o lema “O Futuro é Ancestral”, o festival promete transformar Salvador na capital da capoeira, reunindo mestres, pesquisadores, artistas, jovens e crianças em torno da arte que é patrimônio imaterial do Brasil e do mundo.
Entre as atrações, o evento contará com a Cidade da Capoeira – espaço cenográfico com moeda própria (batizada de Mestre Bimba), feira cultural, desfile afro, rodas históricas, oficinas, apresentações musicais e vivências sensoriais. Homenagens a mestres e mestras griôs também integram a programação.
O festival reafirma o papel da capoeira como instrumento de resistência e denúncia das desigualdades históricas enfrentadas por seus praticantes, como bem destacaram os organizadores:
“A capoeira é mais do que luta, é um modo de existir, de resistir e de ensinar. Celebrar sua ancestralidade é também lutar por dignidade e reconhecimento.”
A entrada para o festival será gratuita, e mais informações estão disponíveis no perfil oficial do coletivo no Instagram: @capoeiraemmovimentobahia.
Informações: @capoeiraemmovimentobahia
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