Teatro
Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa

O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.
“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.
Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.

Foto: Diney Araújo
Serviço:
O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”
Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA
Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)
Horário: Às 19h
Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla
Teatro
Espetáculo Ele & Ela acontece no Teatro Martim Gonçalves sábado (1)


Foto: Divulgação
Serviço
Teatro
Espetáculo Tartufo está em cartaz na Sala do Coro do TCA

Considerada uma das comédias mais célebres escritas pelo dramaturgo francês Molière, ‘Tartufo – O Impostor’ ganha montagem baiana e está em cartaz até o dia 1 de fevereiro, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA). O espetáculo acontece de quinta a domingo, às 20h, sendo que aos sábados há sessões duplas, às 17h e às 20h. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Realizada pela Companhia Os Argonautas, a montagem celebra os 25 anos de atuação do próprio grupo, que foi fundado em 1999, em Salvador. O projeto foi contemplado pelos editais da Lei Paulo Gustavo e tem apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura.
Fiel ao texto clássico, mas com algumas adaptações ao momento contemporâneo, a peça retrata a hipocrisia moral e religiosa na figura da personagem-título. Tartufo, um falso religioso, consegue, com sua aparente fé e devoção, enganar Orgon, passando a viver em sua casa e a controlar a vida de toda a sua família. A partir daí, a trama se desenrola entre situações cômicas e desencontros amorosos, uma vez que Orgon deseja casar sua filha com Tartufo, mas os demais familiares irão desmascarar o impostor para tentar impedir o matrimônio. Entre as novidades da versão baiana está a inserção de músicas e de cenas ágeis em direta comunicação com a plateia, o que reforça o caráter popular da Commedia Dell’Arte e da obra de Molière.

Foto: Caio Lírio
O espetáculo também comemora os 30 anos de carreira de Marcelo Flores que, além de dirigir a peça, interpreta o próprio Tartufo. “Uma das coisas que nós, Os Argonautas, mais gostamos de fazer é adaptar e revitalizar obras clássicas. Nós apresentamos a estética original da obra, mas aproximando ela da realidade brasileira e dos dias de hoje, ainda que a essência do texto clássico seja, justamente, o seu caráter de atualidade que se perpetua no tempo”, explica Marcelo, um dos fundadores d’Os Argonautas. Para ele, a expectativa da estreia está diretamente relacionada ao clima de celebração, já que humor, alegria e crítica social são elementos fortemente presentes tanto em Molière quanto em Os Argonautas.
Outra fundadora da companhia de teatro e que também completa três décadas de ofício, Alethea Novaes lembra que Tartufo é o décimo espetáculo inédito realizado pelo grupo e tem um significado especial e oportuno. “A escolha de Tartufo tem bastante a ver com a temática, que traz reflexões bem-humoradas e dialoga muito com o tempo em que vivemos, além de ser uma dramaturgia deveras desenvolvida e perspicaz”, pontua Alethea. De fato, a versão baiana de Tartufo coloca em xeque a perigosa associação da religião com o poder, pauta que vem ganhando repercussão no debate público. Os chamados valores tradicionais da sociedade – família, moral, dinheiro e religião – são as cartas que Molière embaralha com astúcia em seu jogo engenhoso de crenças, paixões, golpes, mentiras e fé cega.
O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.
Serviço
O quê: Espetáculo Tartufo – O Impostor
Dias: 17 de janeiro a 01 de fevereiro [de quinta a domingo]
Horários: quintas, sextas e domingos às 20h e sábados às 17h e às 20h
Local: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
Entrada: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
Classificação indicativa: livre
Teatro
Espetáculo “Candomblé da Barroquinha” estreia em Salvador

O espetáculo “Candomblé da Barroquinha” estreia no Espaço Cultural da Barroquinha no dia 24 de janeiro, pedindo licença para pisar em solo sagrado. Inédita, a montagem faz uma ode ao Candomblé Ketu, remontando suas origens, e celebra a história espiritual e cultural do povo negro diaspórico. Com direção de Thiago Romero, texto de Daniel Arcades e elenco potente, a temporada fica em cartaz de 25 de janeiro a 9 de fevereiro, em dias alternados. Os ingressos estão à venda no Sympla e custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
“Nosso povo merece conhecer a história das mãos que fizeram este país. A arte tem como um de seus compromissos reinventar universos, heróis e heroínas para seus apreciadores e assim estamos fazendo. Por mais que nos faltem dados, não nos falta a memória do corpo, a memória das vozes esquecidas e os documentos não-oficiais. Estamos aqui para contar uma história pouco conhecida e muito necessária para nossa população”, destaca o diretor Thiago Romero.
Uma homenagem respeitosa ao Candomblé Ketu, maior e mais popular nação do Candomblé no Brasil, o espetáculo traz à cena as vivências cotidianas de Marcelina, uma jovem abian, e da comunidade à sua volta. Apesar de ficcional, a obra é fundamentada a partir da pesquisa do diretor e do dramaturgo, e o enredo revisita o que se tem como umas das histórias sobre a origem do candomblé.

Foto: Letícia França – Labfoto
KETU
Em “Candomblé da Barroquinha”, o público conhece a história de três princesas africanas chegadas à Bahia na condição de escravizadas – Iyá Adetá, Iyá Kalá e Iyá Nassô -, personagens celebradas pela oralidade, que teriam fundado, na Bahia, no bairro da Barroquinha, o mais antigo templo de culto africano do país, tornando-se assim o símbolo de resistência, fora da África, dos reinos de Ketu e Oyó. Com sua sabedoria ancestral, elas criam uma das comunidades Jeje-Nagô mais importantes fora do território africano, reconstituindo na Bahia os locais sagrados destruídos pelo violento processo de colonização.
Realizado pela DAN Território de Criação, plataforma de criação artística multi-linguagem que completa cinco anos em 2025, o “Candomblé da Barroquinha” foi fomentado pelo programa FUNARTE Retomada 2023 – Teatro, Ministério da Cultural, Governo Federal. As apresentações acontecem, em janeiro, nos dias 25 (sessão acessível – intérprete de libras), 26, 30 e 31, às 19h; e em fevereiro, nos dias 1º e 8, com duas sessões acessíveis, às 16h e 19h, além dos dias 7 e 9, às 19h.
Serviço
O quê: Candomblé da Barroquinha
Temporada: 25 de janeiro a 9 de fevereiro
Sessões: 25/01 – 19h (sessão acessível – libras), 26/01, 30/01 e 31/01 – 19h | 01 e 08/02 – 16h e 19h (sessões acessíveis – libras), 06/02, 07/02 e 09/02 – 19h
Local: Espaço Cultural da Barroquinha (Rua do Couro, s/ n – Barroquinha)
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Vendas: Sympla
Classificação indicativa: 14 anos