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Música

Festival UBAQUE impacta a cena musical de Salvador

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Quem esteve na Arena Jardim dos Namorados neste domingo (01), em Salvador, percebeu que a cena musical dita como alternativa, não é preferência de pequenos guetos criados em bairros da capital baiana. Nomes da cena pagotrap como Gibbi, do reggae Migga, da MPB, Cabuloso – O Trio e da “batedeira baiana” do  Attooxxá, aumentam o som cada vez mais amplificado na playlist de jovens das comunidades periféricas de Salvador. Tudo isso diante dessa diversidade de gêneros musicais que atendem as suas expectativas quando o assunto é narrativa urbana e sonora da sua realidade local. A Devassa foi a cerveja oficial do Festival UBAQUE

Idealizado pela produtora cultural Camila Rebouças, o Festival UBAQUE, em seu segundo dia de programação musical, contou com a presença de personalidades baianas como a empresária e jornalista Monique Evelle. “Ainda bem que existe o Festival UBAQUE, para que possamos fortalecer os novos talentos da Bahia que por acaso são pretos e pretas. A gente precisa entender que essa nova geração da música baiana é preta, tem nome e sobrenome e eu estou aqui para prestigiar cada um deles e cada uma delas”, disse a empresária que iniciou a sua carreira empreendedora ainda aos 16 anos, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.

Para o vocalista Ricardo Correa, da banda “Cabuloso – O Trio”, festivais como o UBAQUE só fortalecem a cena musical baiana. “Acabamos de fazer um showzaço aqui na Arena UBAQUE e foi maravilhoso mostrar nosso trabalho para toda a cidade através de uma rede bem bacana. E já avisando pra galera que em janeiro de 2025 já começamos a ‘fervura’ de Salvador e que o Cabuloso – O Trio está preparado pra tocar em todos os espaços culturais possíveis da grande Salvador. Vamos fazer nossa música, trazendo nossa raiz que tem origem no bairro do Cabula, tocando nossa história, nossas canções em formato ‘power trio’, com meus irmãos Jacson Almeida e Paulo Beis”, enfatizou Correia.

Com a força do pagode e a energia do trap, o jovem Gibi trouxe ao palco do UBAQUE Musical toda sua narrativa dos becos e vielas da capital baiana aliada às expressões corporais do seu corpo de balé – um capítulo à parte em suas apresentações. Amor, desafios profissionais, dores da adolescência e a violência que existe nas comunidades periféricas de Salvador são alguns dos temas abordados em suas letras autorais ou em parceria com outros cantores da cena musical pagotrap.

“Tô muito feliz em cantar nessa primeira edição do Festival UBAQUE. Preparei um show muito lindo, fervendo e ‘daquele jeito’. Um pagotrap que vocês gostam de escutar e gostam de dançar”, agradeceu. A sonoridade desse gênero combina o rap com sintetizadores, a percussão presente no pagode baiano e a presença do cantar do trap.

Migga Freitas, filho do cantor Carlinhos Brown, também fez sua estreia nos palcos baianos. Cantor e compositor revelado em 2022 como integrante do quarteto baiano Filhos da Bahia, Miguel Freitas faz da base do reggae seu código, mistério e competência musical, que aplaudida pelo público da Arena Jardim dos Namorados.

“Estava ansioso, feliz e animado pra estrear no palco da UBAQUE. Preparamos um repertório bonito, com canções autorais e homenagens. Foi massa”, disse Miga após seu show.

Artista dos palcos e das telas, Elísio Lopes Jr. também estava lá. Roteirista, dramaturgo, escritor, diretor artístico, autor e novelista, ele chegou na Arena Jardim dos Namorados acompanhado de sua família e contou para o Portal Soteropreta o que achou do Festival UBAQUE.

UBAQUE

“Eu acho que a música de Salvador está se renovando a cada dia e tem um monte de artista precisando de palco e o Festival UBAQUE está trazendo isso pra gente, está divulgando esse material novo; é a coroação disso tudo. Eu acho que é um trabalho importantíssimo que precisa continuar e ter várias vezes durante o ano pra que a gente possa curtir, ouvir a obra e a criação dos novos baianos de verdade”, enfatizou.

Pedro Fonseca, músico e instrumentista citado várias vezes pelos artistas no palco da UBAQUE, falou sobre a importância de ter festivais na capital baiana onde se possa prestigiar o som de artistas como Migga, Cabuloso – O Trio, Felipe Barros, o grupo Attooxxá. “Meu desejo é de vida longa ao Festival UBAQUE”, disse.

Encerrando as apresentações da primeira edição do Festival UBAQUE, o grupo Atooxáa subiu ao palco da Arena Jardim dos Namorados às 22h e se apresentou por 1h30 para turistas, baianos e fãs que vieram de todos os bairros de Salvador.

“Pra gente é um prazer demais abrir esse verãozão aqui no Festival UBAQUE. Evento gratuito pra qualquer pessoa que quiser colar aqui com uma galera muito da hora daqui da Bahia. Gente de várias gerações como Migga, Gibbi, Atooxxa, Nêssa, Vandal, Cabuloso – O Trio. Mostrar essa pluralidade da Bahia que vai do arrocha, passando pelo pagodão ao reggae. Espalhe a palavra que o Atooxxa esteve na casa”, celebraram os vocalistas baianos.

Texto de Patrícia Bernardes Sousa, jornalista colaboradora do Portal Soteropreta, redatora e integrante de projetos de impacto social, letramento, educação e cultura.

Fotos: Patrícia Bernardes Sousa

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Música

Grupo Botequim celebra o Mês da Consciência Negra com roda de samba

Kelly Bouéres

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Grupo Botequim
Daniel Pita

Em celebração ao Mês da Consciência Negra, o Grupo Botequim realiza, no dia 14 de novembro (sexta-feira), mais uma edição da sua tradicional roda de samba, a partir das 21h, no Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. O encontro recebe dois grandes artistas negros da cultura popular: Rogério Bambeia, conhecido como Sacerdote do Samba, e Dona Salvadora, ícone da ancestralidade feminina afro-baiana.

Nesta edição, o Botequim mergulha no espírito do Novembro Negro, reafirmando o samba como uma das maiores expressões da identidade e da força do povo preto. Há 19 anos atuando na cena, o grupo promete uma noite de canto, dança e emoção, em que cada batida do tambor e cada acorde do cavaco ecoam liberdade e reverenciam a herança afro-brasileira que moldou a história do samba.

“Nossa roda vai acontecer de forma muito especial. No Mês da Consciência Negra, buscamos manter vivas as matrizes do nosso samba, reverenciando o nosso povo preto e nossos ancestrais através da música. O samba é a voz dessa resistência, um instrumento de luta e de afirmação da nossa cultura brasileira”, destaca Roberto Ribeiro, cavaquinista e fundador do grupo.

Mais que uma festa, a roda será um tributo às raízes negras que deram origem ao samba, gênero nascido do encontro entre batuques africanos, cânticos de fé e expressões do povo negro. Reconhecido pela pesquisa e valorização das tradições populares, o Botequim transforma o espaço em um terreiro de musicalidade, onde se cruzam ancestralidade, poesia e resistência.

Rogério Bambeia, natural de Itacaranha, é um dos principais intérpretes e compositores do samba baiano. À frente do Grupo Bambeia, criado nas rodas do Bloco Alvorada nos anos 1990, consolidou o estilo “Mangue” — um samba com swing, ginga e identidade. Com 35 anos de carreira, leva ao público a força de quem transformou a própria história em canto coletivo.

Dona Salvadora, nascida em Taperoá, no Baixo Sul da Bahia, é mestra da cultura popular, sambadeira e rezadeira. Em suas apresentações, o canto é reza, o ritmo é memória e cada verso é celebração da vida, do trabalho e da espiritualidade do povo negro baiano.

O Grupo Botequim, apadrinhado pelo mestre Walmir Lima, é formado por Roberto Ribeiro (cavaquinho e voz), Washington Rodrigues (violão e voz), Tito Fukunaga (flauta e percussão), Bolota (percussão), Lalá Evangelista (percussão) e Brinquedo (surdo). Há mais de uma década, realiza mensalmente a roda de samba mais tradicional da cidade no Santo Antônio Além do Carmo, reunindo gerações em um espaço que celebra a resistência e a alegria do samba baiano.

SERVIÇO:
Roda de Samba do Grupo Botequim – Novembro Negro
Data: 14 de novembro (sexta-feira)
Horário: 21h | Abertura da casa às 20h
Local: Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, Salvador – BA
Ingressos: Sympla

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Música

Festival Oxe É Jazz celebra novembro negro em Salvador

Kelly Bouéres

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Festival Oxe É Jazz
Carlos Franco

O mês da cultura negra ganha uma trilha sonora especial com o retorno do Festival Oxe É Jazz, que acontece nos dias 7 e 8 de novembro, no Parque Costa Azul, em Salvador. Gratuito e aberto ao público, o evento celebra o novembro negro com uma programação que vai do blues ao jazz, reunindo grandes nomes da cena baiana e nacional.

Realizado pela Mais Ações Integradas, com patrocínio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Turismo, o festival oferece uma estrutura completa, com praça de alimentação, espaço infantil e clima de lazer para toda a família.

O curador do projeto, Eric Assmar, destaca o caráter simbólico da edição.

“Estamos muito empolgados com essa edição especial dedicada à representatividade racial, com convidados conectados ao cenário do jazz e do blues”, afirma.

Na sexta-feira (7), às 18h30, o multi-instrumentista Felipe Guedes abre o evento com canções próprias e releituras cheias de improvisos jazzísticos. Às 20h30, Eric Assmar se junta à banda Clube de Patifes, apresentando o álbum Macumba, que conecta o blues à ancestralidade afrobaiana.

No sábado (8), o trombonista Joabe Reis traz um show que mistura jazz, funk e hip-hop. Encerrando a edição, às 20h30, Lia Chaves, Vanessa Melo e Janis Dominique unem gerações e estilos em uma apresentação que mistura blues, jazz, MPB e soul.

SERVIÇO:

Oxe É Jazz – Edição Novembro Negro
07 e 08 de novembro de 2025
Parque Costa Azul – Salvador (BA)
Evento gratuito e aberto ao público

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Música

Selvagens à Procura de Lei se apresenta em Salvador dia 28

Kelly Bouéres

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Selvagens à Procura de Lei se apresenta em Salvador
Igor de Melo

A banda Selvagens à Procura de Lei se apresenta em Salvador no dia 28 de novembro, às 21h, no 30 Segundos Bar, no Rio Vermelho. O show faz parte da turnê “Pra Recomeçar”, que celebra o lançamento do novo álbum “Y”, sucesso entre público e crítica. Os ingressos já estão disponíveis no Sympla e também na BIGBAZAR DISCOS, sem taxa de serviço.

“É um momento especial para nós. A repercussão de ‘Y’ e da turnê tem sido incrível, e encerrar o ano com esse show em Salvador é um presente”, comenta o vocalista Gabriel Aragão.

O show contará com a participação especial de Jajá Cardoso, da banda Vivendo do Ócio, que divide com os Selvagens a faixa “Quando Eu Me Encontrar” — parceria com Henrique Giacomini (LeBruce) e homenagem ao filme cearense de mesmo nome. “É um retorno às raízes da banda e também, pela parceria, uma celebração da história do indie rock nordestino”, completa Gabriel.

A noite também terá pocket-show de abertura da cantora JANY, que apresenta repertório autoral e versões de rock.

SERVIÇO:

O quê: Selvagens à Procura de Lei – Turnê Pra Recomeçar (Lançamento do álbum Y)
Participação especial: Jajá Cardoso (Vivendo do Ócio)
Show de abertura: JANY (voz e violão)
Onde: 30 Segundos Bar (Rua Ilhéus, nº 21, Rio Vermelho – Salvador)
Quando: Sexta-feira, 28 de novembro, às 21h
Ingressos: R$ 45 a R$ 110
Vendas:
Sympla online
• PDV físico (sem taxa): BIGBAZAR DISCOS – Shopping Colonial (Rua General Labatut, nº 137, loja 15 – Barris / 71 99293-8403)
Realização: Mídia Massa Produções
Informações: (71) 98373-3939 (WhatsApp)

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