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Teatro

Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”

Ana Paula Nobre

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Foto: Nti Uirá

Após estreia no Boca de Brasa apresenta Pólo Malê, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, a multiartista Liz Novais volta ao bairro para apresentar a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, no sábado (14), às 17h, dentro da programação do Pôr do Sol da Literatura, na Rua da Literatura ou Rua L, aberta ao público.

Como um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa, o trabalho foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.

“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.

O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.

Foto: Nti Uirá

Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes.

“Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.

Serviço

O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais

Quando: Dia 14 de dezembro (sábado)

Horário: Às 17h

Onde: Pôr do Sol da Literatura – Rua da Literatura, em Itapuã

Quanto: Gratuito

 

Teatro

Teatro Molière recebe peça “Dandara na Terra dos Palmares”

Iasmim Moreira

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Dandara na Terra dos Palmares

O espetáculo infantojuvenil “Dandara na Terra dos Palmares” terá duas apresentações especiais nos dias 12 e 13 de abril (sábado e domingo), às 16h, no Teatro Molière da Aliança Francesa. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão à venda pelo Sympla ou diretamente no local, no dia da apresentação.

A peça acompanha a história de Dandara, uma menina negra que enfrenta o racismo na escola e rejeita sua identidade. Em um sonho, ela conhece uma guerreira que a leva ao Quilombo dos Palmares, onde aprende sobre sua ancestralidade e o legado de resistência deixado por Dandara dos Palmares e Zumbi.

Dandara na Terra dos Palmares (Foto_Vaner Casaes) (1)

Foto: Vaner Casaes

Com texto de Antônio Marques e direção de Agamenon de Abreu, que também assina cenário, figurino e maquiagem, o espetáculo trata de temas como racismo estrutural, pertencimento e valorização da cultura afro-brasileira. A trilha sonora original é de Emille Lapa e Natalyne Santos.

O elenco conta com as atrizes juvenis Maria Alice Xavier (ex-The Voice Kids) e Yandra Góes, além de Denise Correia, Gilson Garcia, Leonardo Freitas, Pablo Pereira e Natalyne Santos.

A estreia do espetáculo aconteceu em 2022 e desde então, a montagem já foi vista por mais de 40 mil pessoas e recebeu duas indicações ao Prêmio Braskem de Teatro: Melhor Espetáculo Infantojuvenil e Melhor Direção.

SERVIÇO

Espetáculo: “Dandara na Terra dos Palmares”
Datas: 12 e 13 de abril (sábado e domingo)
Horário: 16h
Local: Teatro Molière da Aliança Francesa 
Ingressos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
Vendas: Sympla ou no local, no dia da apresentação
Classificação: Livre
Informações: (71) 99269-8274

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Teatro

Mostra artística gratuita apresenta “Toda Nudez Será Castigada”

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O Centro Cultural Ensaio apresenta como mostra artística da turma de tragédia, sob direção de Duda Lemos, “Toda Nudez Será Castigada”, peça teatral escrita por Nelson Rodrigues em 1965, considerada uma de suas obras mais controversas e impactantes. As apresentações gratuitas acontecem nos dias 5 e 6 de abril, às 17h, na Sala de Teatro do Centro Cultural Ensaio, com ingressos disponíveis pelo Sympla.

A trama mergulha em temas como desejo, moralidade, hipocrisia, culpa e as complexidades das relações humanas, características marcantes do estilo rodrigueano. A história gira em torno de Herculano, um viúvo conservador e moralista, que se casa com Geni, uma prostituta. A união desencadeia uma série de conflitos familiares, expondo as tensões e hipocrisias da sociedade da época.

A peça explora a dualidade entre o desejo e a moralidade, revelando como as convenções sociais podem entrar em conflito com os impulsos humanos. Nelson Rodrigues critica a hipocrisia da sociedade, expondo os tabus e preconceitos que permeiam as relações humanas. A peça aborda a complexidade das relações familiares, mostrando como o amor e o ódio podem se entrelaçar. “Toda Nudez Será Castigada” é uma obra que continua a provocar reflexões sobre a natureza humana e a sociedade, sendo considerada um marco na dramaturgia brasileira.

Foto: Divulgação

O Centro Cultural Ensaio é a única escola de teatro brasileira que forma seus alunos e os coloca em espetáculos em temporadas longas e profissionalmente nos grandes teatros de Salvador. Seja no teatro musical ou nas diversas estéticas ensinadas. Espetáculos como “Auto da Compadecida”, “Temporada Final”, “Os Saltimbancos” e “Navalha na Carne” atestam essa excelência e esse virtuosismo e chancela esse diferencial da escola de teatro.

Instituição cultural que está presente no mercado há quinze anos, é também um espaço aberto a todas as formas de expressão artística e serve como berço de experimentos, laboratórios, pesquisas, produções e divulgação de grupos artísticos e artistas independentes, atuando nas mais variadas formas de expressão artística – Teatro, Dança, Circo, Música, e tendo na arte o seu principal meio de expressão.

O elenco de “Toda Nudez Será Castigada” é composto pelos alunos/atores: Amanda Rangel, Ana Caroline, Camila Leal, Claudio Raykil, Dante Emmanuel, John Reis, Lisa Seixas, Maria Franco, Nicole Paiva e Valdelânia Reis. Direção: Duda Lemos. Fotografias: Gabo Leão. Mais informações: (71) 99716-7872

Serviço

O quê: Mostra Artística Gratuita “Toda Nudez Será Castigada”
Quando: Dias 5 e 6 de abril (sábado e domingo), às 17h
Quanto: Gratuito
Onde: Sala de Teatro do Centro Cultural Ensaio – CCE
Endereço: Avenida Leovigildo Filgueiras, 58 – Garcia – Salvador/Bahia
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos no Sympla

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Teatro

Teatro Sesc-Senac Pelourinho recebe espetáculo “FURACÃO”

Ana Paula Nobre

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Foto: Renato Mangolin

Morar em um país atingido por um fenômeno meteorológico de grande proporção, capaz de isolar totalmente comunidades, abandonadas por dias pelo poder público. Esse é o tema do espetáculo “FURACÃO”, baseado na obra homônima do francês Laurent Gaudé e dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, em curta temporada no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, que ocorrerá de 27 a 29 de março, com sessões de quinta a sábado, às 19h, e na sexta-feira tem sessão extra às 15h. Veja teaser aqui.

“O cacau vai cair”. Esta é uma expressão muito utilizada na Bahia para chamar a atenção que vem fortes chuvas. É um alerta principalmente para que comunidades periféricas e pessoas em situação de vulnerabilidade social possam se resguardar. Os riscos: deslizamentos, municípios e bairros inundados, boca de lobos entupidas, famílias desabrigadas – muitas delas, negras, comunidades quilombolas isoladas, entre outros transtornos.

Esses são alguns dos agravos causados por questões ambientais somadas à falta de ações dos poderes públicos nas áreas de saneamento básico, esgotamento sanitário, iluminação, calçamento e demais outras necessidades importantes para comunidades periféricas, grande parte delas ocupadas por pessoas pretas. É o que podemos chamar de racismo ambiental.

Foto: Renato Mangolin

Katrina – 20 anos

“Furacão” apresenta Joséphine Linc Steelson, “uma velha negra de quase cem anos”, moradora de Nova Orleans, que enfrenta sozinha a fúria do Katrina, furacão que há 20 anos devastou o sul dos Estados Unidos (2005). Uma mulher marcada pela segregação racial cuja voz ecoa como um grito na cidade inundada e abandonada a própria sorte.

A obra reflete sobre questões climáticas, racismo ambiental e retorno à ancestralidade alcançando questões éticas complexas: para aqueles que não se lembram, antes do Katrina atingir os EUA, os moradores dos bairros ricos de Nova Orleans, ocupados principalmente por pessoas brancas, foram desocupados enquanto os bairros periféricos e a sua comunidade preta, ficaram largados à própria sorte.

No espetáculo, teatro e música compõem um ato único. A riquíssima cultura musical negra estadunidense (em particular, o blues) é a referência para a criação de uma linguagem cênica híbrida: o espetáculo apoia-se tanto no teatro como na música para instaurar a cena ritual e cerimonial que caracteriza os trabalhos do Amok.

Josephine é uma espécie de griô norte-americana – alertando para a situação dos excluídos diante das catástrofes climáticas que devastam o planeta. O espetáculo segue a trajetória desta mulher cuja história poderia ser também a história de tantas outras mulheres brasileiras.

No elenco de FURACÃO, estão em cena as atrizes Sirlea Aleixo, a atriz e cantora Taty Aleixo – mãe e filha, na vida real – e os músicos Anderson Ribeiro e Rudá Brauns. Sirleia integrou o processo formativo que abriu o projeto “Trilogia da África” do Amok Teatro – que abrange, além de “Furacão”, as obras “Salina – A última vértebra” (2015) e “Os cadernos de Kindzu” (2016).

Ocupação Ancestral

Crítico e político, “Furacão” estreou em agosto de 2023 no Rio de Janeiro. Inédita em Salvador, a peça da premiada companhia carioca, além das sessões no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, será apresentada gratuitamente em dois Quilombos – Alto do Tororó (25) e Dandá (30), sessões que receberão também os quilombos São Thomé e Tubarão; e Macacos e Pitanga dos Palmares, respectivamente.

O espetáculo fala sobre resistência de um povo, que chegou forçosamente em terras americanas. A ambientação cênica é inspirada no Preservation Hall, espaço de resistência e preservação da música e cultura de Nova Orleans, considerado um “templo do Jazz” . A música desempenha em “Furacão” um papel central na narrativa.

Oficinas

Além das apresentações de “FURACÃO”, o projeto irá promover uma oficina gratuita voltada a profissionais, estudantes e coletivos teatrais, destacando a importância do intercâmbio artístico e ações educativas. Em Salvador, a oficina “Treinamento-Improvisação” será ministrada pela diretora Ana Teixeira, nos dias 28 e 29 de março, dentro das dependências da Escola de Teatro, da Universidade Federal da Bahia (ETUFBA), integrando a Semana Pedagógica da Instituição. As inscrições podem ser feitas através de formulário disponível no perfil @amokteatrorj.

Espaços ancestrais da cultura negra brasileira, os Quilombos Alto de Tororó e do Dandá receberão a oficina “Olelê – Brincando Bantu”, ministrada pelo músico, pesquisador e arte-educador Fábio Mukanya, que através da transmissão oral crianças, jovens e adolescentes aprenderão brincadeiras tradicionais dos povos de Angola, Moçambique e Congo, além de criarem brinquedos como o pião de cabaça, bonecos de manipulação e instrumentos musicais.

AMOK TEATRO: formação e teatro político-social

O Amok Teatro é um grupo carioca de teatro de pesquisa com 27 anos de trajetória, dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt desde sua fundação em 1998. O grupo é reconhecido pela crítica e pelo público, tendo recebido diversos prêmios, e é considerado uma das companhias mais prestigiadas da cena carioca contemporânea, com grande reconhecimento internacional. O trabalho do Amok Teatro se caracteriza pela pesquisa contínua sobre a arte do ator e as linguagens da cena, buscando rigor formal e intensidade. Os projetos do grupo exploram diferentes caminhos de pesquisa cênica e treinamento para o ator, dialogando com diversas tradições e culturas. Os espetáculos abordam temas contemporâneos e questões fundamentais de nossa época, sempre com uma linguagem poética e a cena como espaço cerimonial.

Serviço

O quê: Espetáculo FURACÃO, uma obra da Trilogia da África, do Amok Teatro
Quando: 27, 28 e 29 de março de 2025 – quinta e sábado, às 20h, e sexta, sessões às 15h e 19h
Onde: Teatro Sesc-Senac Pelourinho – Largo do Pelourinho, 19 – Pelourinho
Ingressos: R$20 e R$10 (na bilheteria ou antecipados pela plataforma Sympla
Mais informações: @amokteatrorj
Duração: 70 minutos | Classificação: 12 anos

O quê: Oficina de “Treinamento-Improvisação”, para atores e estudantes de teatro
Quando: 28 e 29 de março, de 09h às 13h
Onde: Teatro Sesc–Senac Pelourinho
Inscrições: @amokteatrorj

Serviço – Ação nos Quilombos
Quilombo Alto do Tororó
Apresentação de “FURACÃO” – 25/03, terça –19h | acesso gratuito
+ oficina “Olelê – Brincando Bantu”, com Fabio Mukanya – 29/03, sábado – 14h

Quilombo do Dandá (Simões Filho)
Apresentação de “FURACÃO” – 30/03, domingo – 19h
+ oficina “Olelê – Brincando Bantu”, com Fabio Mukanya – 30/03, domingo – 14h

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