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Música

Palco do Cruzeiro recebe shows musicais para encerrar o ano

Ana Paula Nobre

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Sátyra Carvalho | Foto: Divulgação

De 26 a 30 de dezembro, o Palco do Cruzeiro será novamente preenchido por apresentações que mesclam o tradicional e o contemporâneo, com performances de artistas que prometem proporcionar uma verdadeira imersão cultural. É a magia da música baiana celebrada no Largo do Cruzeiro do São Francisco, no Pelourinho, em Salvador, trazendo uma programação especial para encerrar 2024. Com o apoio dos restaurantes Boteco do Pelô, Mariposra, Cuco Bistrô e Odoyá, as apresentações diárias têm início às 18h30, garantindo uma imersão cultural.

Programação

26 de dezembro: Elpidio Bastos – A Experimentação Sonora no Encontro do Passado e Futuro O dia 26 de dezembro será marcado pela presença de Elpidio Bastos, um artista inovador da música brasileira. Com seu projeto “Sem Tirar Nem Por”, Elpidio irá proporcionar ao público uma experiência sonora que mistura ritmos tradicionais brasileiros com a eletrônica, criando um ambiente único de fusão musical. Acompanhado por Bira Afrosambah, ele irá levar a plateia a uma reflexão sonora que vai além do simples entretenimento, explorando novas formas de pensar a música e seu papel na sociedade.

Elpídio Bastos | Foto: Divulgação

27 de dezembro: Nina Sol – A Nova MPB com Influências de Blues e Jazz No dia 27, a talentosa Nina Sol sobe ao palco com uma performance que promete emocionar e surpreender. Conhecida por sua habilidade de mesclar MPB com influências de blues e jazz, Nina, acompanhada por Aldir Leal na gaita e Nego Leal na bateria, apresenta um show de sofisticação e emoção. Sua musicalidade rica em nuances será a trilha sonora para um espetáculo que transita entre o contemporâneo e o atemporal, consolidando Nina Sol como uma das principais vozes da nova geração da MPB.

28 de dezembro: Cid Rocha – Clássicos da MPB e Axé em um Show Contagiante Cid Rocha, conhecido por sua habilidade de conectar-se com o público, será o destaque da noite de 28 de dezembro. Em um show vibrante, Cid irá celebrar os grandes clássicos da MPB e do Axé, com sua energia contagiante e interpretação única. O público será convidado a cantar e dançar, vivenciando uma verdadeira festa musical coletiva. Cid Rocha promete encerrar a programação com uma apresentação memorável, cheia de emoção e celebração da música baiana.

30 de dezembro: Sátyra Carvalho – Afro-Pop e Axé com Carisma e Profundidade Para fechar a programação da Semana de Música e Cultura no Largo do Cruzeiro, no dia 30 de dezembro, Sátyra Carvalho traz toda a sua força e carisma ao palco. A cantora, com uma carreira em grupos como Vixe Mainha e Olodum, apresentará um show envolvente que une o afro-pop e o axé de maneira profunda e autêntica. Sátyra irá proporcionar uma verdadeira jornada musical, onde ritmos e tradições afro-brasileiras se encontram com influências internacionais, criando uma atmosfera única e inesquecível.

Local: Largo do Cruzeiro do São Francisco, Pelourinho, Salvador
Horário: Todos os shows começam às 18h30
Couvert: R$ 10,00

Música

“Sarau do Poeta”, de Jackson Costa acontece na CAIXA Cultural

Iasmim Moreira

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CAIXA Cultural

O ator e diretor baiano Jackson Costa traz o espetáculo “Sarau do Poeta”, em cartaz de 25 a 27 de abril na CAIXA Cultural, no centro da cidade. A montagem une música e poesia em uma celebração vibrante da cultura popular brasileira, com apresentações gratuitas.

Inspirado nas manifestações festivas do Recôncavo Baiano, o espetáculo mergulha nas sonoridades e nos ritmos do sertão à beira-mar, explorando o cotidiano e a linguagem poética do povo nordestino. A dramaturgia mistura canções e versos de grandes nomes da literatura e da música brasileira — como Elomar, Dorival Caymmi, Gregório de Mattos, Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e João Cabral de Melo Neto — interpretados por Jackson Costa.

Com 1h30 de duração, a montagem faz também uma homenagem aos poetas Grapiúnas José Delmo e Ramon Vane, mestres na formação artística de Jackson. O espetáculo é conduzido musicalmente por Joaquim Carvalho (violão e voz), Eddie Santana (violão) e Sidney Argolo (percussão), criando uma atmosfera sonora que amplifica a força da palavra falada e cantada.

A temporada em Salvador marca o encerramento do circuito nacional do espetáculo, que passou por Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Brasília, desde a estreia em dezembro de 2024.

SERVIÇO

Espetáculo “Sarau do Poeta”
CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro
25 e 26 de abril (sexta e sábado), às 20h | 27 de abril (domingo), às 19h
Gratuito – Retirada de ingressos pelo site da CAIXA Cultural a partir das 12h do dia 22/04
Classificação: Livre
Informações: (71) 3421-4200 | Instagram: @caixaculturalsalvador

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Música

Artistas baianos lançam EP “Olhos de Sol” com afrobeats, R&B e pagotrap

Iasmim Moreira

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Olhos de Sol

Os artistas baianos João Merín, Laiô e Yaan se juntam em um novo projeto musical: o EP “Olhos de Sol”, já disponível nas plataformas de streaming. A obra apresenta um mergulho sonoro que conecta afrobeats, R&B e pagotrap, estilos que têm ganhado força na cena contemporânea da música baiana.

Com quatro faixas, o EP é resultado do encontro criativo entre três artistas com trajetórias distintas, mas que compartilham temas em comum como ancestralidade, resistência, amor, prazer e pertencimento. O trabalho propõe uma escuta sensorial e reflexiva, misturando texturas musicais e poéticas que revelam as identidades de seus criadores.

A construção de um som coletivo

Ao longo das faixas, os artistas costuram elementos da cultura baiana com sonoridades contemporâneas, celebrando a diversidade rítmica do estado e suas influências afro-diaspóricas.

A faixa “Deixar Queimar” abre o EP com sensualidade e intensidade, enquanto “Olhos de Sol”, que dá nome ao projeto, aposta em uma atmosfera intimista e afetiva. “De Quebradinha” traz o swing e a vibração carnavalesca das ruas da Bahia, e “Filhos de África” encerra o álbum com um manifesto sonoro de orgulho e resistência negra.

Quem são os artistas

  • João Merín, rapper e cantor de Salvador, iniciou carreira solo em 2018 e recentemente ressignificou sua identidade artística. Com forte influência do reggae e das lutas do povo negro, traz à tona letras que unem espiritualidade, cotidiano e política.

  • Laiô, de Ilhéus, é cantora, compositora e gestora cultural com quase 20 anos de trajetória. Suas canções falam sobre afeto, afrodengo, amor próprio e identidade lésbica negra. Define sua música como afro-baiana.

  • Yaan, músico e produtor formado em Artes pela UFBA, atuou como baixista e guitarrista em diversas bandas e é fundador do selo Mouseíon Beats. Atua hoje na Mercúrio Studios, em Salvador, conectando produção musical com performance ao vivo.

🎧 Ouça o EP “Olhos de Sol” completo aqui: https://tratore.ffm.to/olhosdesolep

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Música

“O samba é feminino”: Roda de Mulheres celebra legado de Dona Ivone Lara e mulheres sambistas na Bahia

Iasmim Moreira

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Roda de Mulheres

Por Lorena Ifé

Quando Vinicius de Moraes compôs Samba da Benção e escreveu “porque o samba nasceu lá na Bahia”, ele com certeza evidenciou o legado da baiana Tia Ciata — natural de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano — uma das precursoras do samba. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, ela abriu sua casa para este movimento. Mas há evidências de que, antes disso, o samba de roda já havia surgido pelas ruas da Bahia.

Seguindo esse legado, há quase dois anos, a sambista e empresária Patrícia Ribeiro abre as portas da casa onde morou o sambista Oscar da Penha — o Batatinha — no Largo dos Aflitos, 68, em Salvador, para realizar a Roda de Mulheres do Batatinha Bar. Mais uma edição da roda foi realizada na noite do último sábado (12), em celebração ao Dia Nacional da Mulher Sambista, comemorado em 13 de abril, data oficializada em 2024 por meio de sanção presidencial.

A lei homenageia o nascimento de Dona Ivone Lara, cantora, compositora e instrumentista. Falecida em 2018, ela deixou um legado como um dos maiores nomes do samba no país. Foi exemplo de resistência e luta ao romper barreiras machistas — como ter sido a primeira mulher a compor um samba-enredo, em 1965, para a escola Império Serrano.

“Havia uma real necessidade de ter uma lei e de dar importância à mulher que canta samba, porque o samba veio pelas mãos de uma mulher, que foi Tia Ciata”, relembra Patrícia, gestora do Batatinha Bar e cofundadora da Roda de Mulheres. Ela também destaca o protagonismo e os desafios enfrentados por Dona Ivone Lara: “Ela foi sabotada. Por ser mulher, não podia assinar algumas músicas, e acabava cedendo muitas de suas letras para que homens as cantassem”, relembra.

Uma das convidadas para a roda foi a cantora Josi Climaco, fundadora da banda Terreiro da Preta, que começou interpretando clássicos de Dona Ivone Lara e relembrou sua trajetória no samba: “É uma herança de família. Cresci nesse meio, cantando, aprendendo e organizando o samba. A gente sabe que o samba é feminino, mas o capitalismo apagou nossas histórias. Ainda assim estamos aqui, mostrando que a gente canta, empreende, toca, compõe, bate palma e dança”.

A roda foi conduzida pela banda base formada pelas artistas Ella Beatriz, Geovana Franco, Juliana Almeida, Jake Cruz, além de Patrícia Ribeiro e Clara Elisa, fundadoras da Roda de Mulheres. As cantoras Josi Climaco, Raíssa Araújo e Maíra foram as convidadas. Gal do Beco, conhecida como A Dama do Samba na Bahia, não pôde estar presente, mas teve sua trajetória lembrada. Nascida no Rio de Janeiro, foi na Bahia que, como ela mesma diz, “se tornou sambista”. Na década de 1980, abriu um bar na Avenida Vasco da Gama, o Beco de Gal, e criou um importante espaço de encontro para sambistas.

A Roda de Mulheres surgiu em dezembro de 2023, como celebração do aniversário de Patrícia e Clara Elisa. Juntas, decidiram oficializar o movimento, que acontece mensalmente. “A ideia principal é ocupar este espaço. O samba é majoritariamente ocupado por homens, e ao Patrícia assumir o bar, vimos uma oportunidade de firmar este espaço para as mulheres — uma roda aberta, dinâmica, onde somente mulheres participam”, explicou Elisa. A entrada custa R$20 e o espaço é aberto para artistas mulheres que queiram cantar, tocar ou recitar.

A mulher no samba

A origem do samba é marcadamente feminina. Entre os grupos fundamentais para sua formação estão as tias baianas, mulheres vindas de comunidades de terreiros — a partir das confrarias religiosas — que desempenharam papel essencial na construção da cultura popular das cidades, como no caso de Tia Ciata, que participou da fundação da Irmandade da Boa Morte. 

No entanto, muitas mulheres sofreram apagamento por causa do machismo. “Todos os dias a gente sofre microviolências, assédios, desvalorização. Tem sempre algum homem vindo dizer o que a mulher tem que fazer, sendo ela especialista naquilo. Isso não é diferente no samba. A Roda de Mulheres é esse espaço seguro para a gente celebrar”, diz Elisa.

Em Salvador, além de referências como Gal do Beco, Josi Clímaco, Juliana Ribeiro e Mariene de Castro, têm surgido cada vez mais grupos formados por mulheres que protagonizam o samba, como Samba de Oyá, Samba das Cumades, Sambaiana, Terreiro da Preta, Samba Ohana, Roda de Samba Mulheres de Itapuã, Samba Clara, entre outras.

Patrícia reitera que existem várias casas de samba, mas nenhuma voltada especificamente para mulheres — e que o Batatinha Bar tem se tornado esse espaço. “Nossa equipe é formada majoritariamente por mulheres, gerida por uma mulher e feita para que as mulheres cantem, toquem, dancem e sejam felizes aqui.”

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