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Jorge Washington concede Troféu Colher de Pau no primeiro Culinária Musical de 2025

O ano de 2025 chegou e o Afrochefe Jorge Washington dá a largada do projeto Culinária Musical com a primeira edição no primeiro domingo de janeiro, dia 5, a partir das 12h, na Casa do Benin, Pelourinho. Desta vez a festa vai até as 18h por conta do Troféu Colher de Pau, honraria que o Afrochefe concede há quatro edições a pessoas que apoiam a cultura negra.
“Foram muitos encontros artísticos até aqui, muitos talentos e empreendimentos negros divulgados nesse importante e diverso palco para a visibilidade da cultura negra da cidade que é o Culinária Musical. Encerramos 2024 na certeza de que esse projeto já se consolida como um point da nossa cultura”, diz o Afrochefe.
E o primeiro encontro vai ter a cantora e compositora baiana Ayrá Soares, que apresenta uma arte política e atenta às questões atuais referentes à negritude, fé e mulheres da diáspora africana. Seu convidado especial será o Ednei do Trombone – o Almirante Rítmico que vem conquistando o público em eventos culturais, acompanhando fanfarras com marchinhas clássicas do imaginário carnavalesco.
O público também terá a oportunidade de conferir de perto o show das Mestras do Ilú Obá De Min (SP), composto pelas mestras Beth Beli, Girlei Miranda e Adriana Aragão. Em um espetáculo percussivo único, elas receberão a convidada especial Mônica Millet em um show que celebra a força feminina na percussão e as tradições afro-brasileiras.
No Cantinho da Empreendedora terá o Quarto Amarelo Ateliê, da ilustradora, artista visual e artesã Tai Oliver, com seus produtos artesanais conectados à ancestralidade africana e indígena por meio da cerâmica, porcelana, couro do Sertão Baiano e outros materiais. O Afrochefe vai pra cozinha preparar um dos pratos mais pedidos de 2024, a sua Moqueca de Carne. Os pratos coringas Arrumadinho de Fumeiro e Casquinha de Siri e o novato, Moela ao molho de cerveja. Para quem não consome proteína animal, terá a Moqueca de Banana da Terra.
Premiação
E o ano vai começar com premiação: será a quarta edição do Troféu Colher de Pau, uma homenagem do Afrochefe Jorge Washington a pessoas com atuações voltadas para o fomento e valorização da cultura e empreendedorismo negro, além de homenagear também o público fiel e parceiros do projeto.
Na lista estarão nomes como o cantor e compositor Dão, artista parceiro do projeto desde as primeiras edições, o jornalista Dalton Soares por toda contribuição ao legado da culinária raiz com o quadro “Panela de Bairro”, a secretária de Promoção da Igualdade (SEPROMI), Ângela Guimarães, por toda contribuição ao empreendedorismo negro, a ex-colaboradora do Culinária Musical, Girlaci Andrade, a cliente assídua nas edições, Nayara Conceição, e o colaborador do projeto com seu Design, o designer Joshu. Essa edição do Culinária Musical conta com patrocínio da Bahiagás.
Serviço
O quê: Culinária Musical inicia com 4ª edição do Troféu Colher de Pau
Quando: Dia 5 de janeiro (domingo), das 12h às 18h
Quanto: Entrada R$30; pratos R$80 (para duas pessoas)
Onde: Casa do Benin (Pelourinho)
Destaque
Bando de Teatro Olodum abre inscrições para oficinas gratuitas

Em comemoração aos seus 35 anos de história, o Bando de Teatro Olodum anuncia o Projeto Erê, iniciativa que reforça a missão da companhia na valorização da arte negra no Brasil. Com uma programação de formação e apresentações, o projeto promoverá mais uma edição das Oficinas de Performance Negra e uma temporada especial do espetáculo Erê, um manifesto do Bando contra o genocídio das crianças negras. As inscrições gratuitas iniciam nesta segunda-feira (07), em formulário online disponível no perfil do Bando de Teatro Olodum.
Formação e qualificação profissional nas artes
O Projeto Erê busca capacitar jovens e adultos por meio de oficinas de Performance Negra, abrangendo aulas de teatro, dança, música, memória e identidade. Nesta edição, a iniciativa incorpora uma abordagem técnico-profissionalizante, com cursos de iluminação cênica, sonorização, produção cultural e técnicas de audiovisual.
As oficinas ocorrerão entre 23/4 e 28/7, em três núcleos, distribuídos em Salvador: Centro Cultural de Plataforma (Subúrbio Ferroviário), Espaço Cultural Uruguai (Cidade Baixa) e Espaço Xisto Bahia nos Barris (Centro), reforçando o compromisso de descentralização da arte e acesso à formação cultural em comunidades periféricas.
Para participar da oficina é preciso ter mais de 18 anos e ainda não ter participado de outra oficina promovida pelo Bando. Não é necessário ter experiência em artes cênicas. A finalização das oficinas contará com Mostras Cênicas, revelando os novos talentos das artes negras da cidade.
“Durante as Oficinas, nós, do Bando, compartilhamos nossas experiências nesses 35 anos de cena, com uma metodologia desenvolvida por nós, que estimula os talentos existentes nessas comunidades em trocas artísticas fantásticas. Muitos artistas negros que hoje atuam nos palcos e nas telas pelo país foram despertados pelas Oficinas de Performance Negra do Bando”, explica a atriz, diretora e escritora Cássia Valle, do Bando de Teatro Olodum.
Além disso, o projeto Erê realizará a ação Oro Dudu – Falas Pretas, um espaço de diálogo sobre negritude e letramento racial, em ações inclusivas como a acessibilidade do espetáculo e destinação de ingressos a pessoas com deficiência, estudantes de escola pública, entre outros grupos.
O Projeto ERÊ Bando 35 anos é patrocinado pela Wilson Sons, via Programa de Isenção Fiscal Viva Cultura, da Prefeitura de Salvador, Secretaria Municipal da Fazenda – SEFAZ, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – SECULT e Fundação Gregório de Mattos – FGM.
Serviço
O quê: Projeto ERÊ Bando 35 anos: Oficinas, debates e temporada do espetáculo Erê
Oficina de Performance Negra com aulas gratuitas ministradas pelos artistas do Bando de Teatro Olodum
Inscrições Gratuitas: de 07/04 a 17/04, por meio formulário on-line no link
Público-alvo: Maiores de 18 anos e que ainda não participaram de outras oficinas do Bando. Não é necessário ter experiência em artes cênicas.
Destaque
Barro Mulher: Solo cênico biográfico é inspirado na orixá Nanã

A atriz e coreógrafa baiana, Fabíola Nansurê, lança seu mais novo monólogo “Barro Mulher”, das vivências como uma mulher negra e inspirada na poética da orixá Nanã. O espetáculo estreia dia 12 de março em Alagoinhas, no Ilê Axé Oyá L’adê Inan, com duas sessões abertas ao público, às 15h e às 19h30, e abre temporada em Salvador do dia 14 a 30 de março (todas as sextas, sábados e domingos), na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, sempre às 20h.
A obra cênica-biográfica atravessa arte e ancestralidade para contar uma história de renascimento. Inspirada na poética da Yabá Nanã, senhora do tempo, da vida, da morte e da sabedoria, o espetáculo acompanha a jornada de uma mulher que se refaz e se fortalece a partir da memória e da relação com sua Yalorixá, dentro do terreiro de Candomblé.
O espetáculo é criado, dirigido e coreografado por Fabíola Nansurê, tem direção musical e trilha de Jarbas Bittencourt, e é inspirado na concepção poética do Teatro Preto de Candomblé, cunhado pela encenadora Onisajé, que também assina a consultoria de encenação e dramaturgia. O figurino é de Anthea Xavier; cenografia, adereços e maquiagem de Agamenon de Abreu; iluminação de Nando Zâmbia; produção de Luiz Antônio Sena Jr. e mediação de Silara Aguiar.

Foto: Joan Souza
“Eu fui formada artisticamente dentro de um terreiro de candomblé. A obra é um mergulho sensível na minha vivência, que, ao me confirmar como Ajoiê, iniciei um processo de escrita intitulado CANDOMBLESIA, que transformou meus Escritos de Runcó – espaço sagrado de recolhimento para iniciação no candomblé – em poesia cênica. Depois dei corpo, voz e música nessa obra artística que fala de renascimento e resistência”, afirma Fabíola.
Na encenação, corpo, voz e música se entrelaçam, conduzindo o público por um rito de celebração e pertencimento. A figura de Nanã se torna guia e inspiração para essa travessia, revelando, em cada gesto e em cada som, as camadas de uma história marcada pelo feminino, pelo sagrado e pela potência do barro que molda e ressignifica.
“Mais do que um espetáculo teatral, Barro Mulher é um chamado ao encontro, à escuta e ao reconhecimento da força ancestral feminina que ecoa através do tempo”, conclui a atriz.
Os ingressos para a temporada em Salvador custam R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia). Estudantes e pessoas de terreiro podem assistir o espetáculo gratuitamente, entrando em contato através do e-mail espetaculobarromulher@gmail.com ou do whatsapp 71 98390-7308. Acompanhe em @barromulher.espetaculo | @nansureatriz.
Nas apresentações de sábado, haverá de tradução em libras e, em seguida, o público poderá participar de rodas de conversa com a atriz Fabíola Nansurê. A atriz irá compartilhar questões relativas ao processo de criação, que envolve desde as questões cênicas até os contextos de formação como ajoiê. Em Alagoinhas também haverá tradução em libras e uma roda de conversa.
O espetáculo “Barro Mulher” é uma realização do Oyá L’adê Inan Ponto de Cultura, com produção assinada pela DA GENTE Produções. Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Serviço
O quê: Espetáculo “Barro Mulher”- um solo de Fabíola Nansurê
Alagoinhas – Ilê Axé Oyá L’adê Inan
Duas sessões: às 15h e às 19h30
Entrada gratuita
Salvador – Sala do Coro TCA
De 14 a 30 de março (sexta a domingo)
Horário: 20h
Ingressos: R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia)
OBS: Aos sábados tradução em libras, seguido de roda de conversa
Destaque
Vai ter Bloco Aspiral do Reggae e Pipoca do Reggae no Campo Grande

O público que curte reggae terá muitas opções para passar o Carnaval. Em mais uma folia, a produtora cultural e ativista do Movimento Reggae na Bahia, Jussara Santana, coloca no circuito Campo Grande o Bloco Aspiral do Reggae, em seu 16º ano, e a Pipoca do Reggae. Ambas as iniciativas vão arrastar uma multidão de regueiros e regueiras fiéis ao gênero musical nascido na Jamaica e tão popular em Salvador.
Os 7km de desfile do Bloco será na segunda-feira de Carnaval, dia 3 de março, com saída a partir das 20h30, do largo dos Aflitos – Campo Grande, e abadás já estão sendo vendidos a valores sociais na Casa Cultural Reggae (Pelourinho), onde nasceu o Bloco.

Foto: Lucas Malkut
Este ano, a homenagem será feita a um dos fundadores do grupo Jamaicano “Culture”, formado nos anos 70, década de ouro do reggae. Em toda sua carreira, Joseph Hill gravou cerca de 31 álbuns até o seu falecimento em 2006. Adorador do movimento Rastafari, Hill se consolidou como uma das maiores vozes e pilares do reggae e do movimento no mundo.
Com um trio elétrico, o bloco terá apresentações de Kamaphew Tawa e Banda Aspiral do Reggae, DJ Ras Peu, além da presença feminina com Kelly Matos e Fabiana Rasta, fortalecendo a participação das mulheres no gênero. Abadás podem ser adquiridos até o dia 2 de março na Casa Cultural Reggae (Rua do Passo – N.17 Santo Antônio).
Os mesmos estão sendo vendidos a valores sociais R$ 35 (individual) | R$50 (casadinha). Interessados também podem colaborar com a doação de 2k de alimentos e uma lata de leite, que serão encaminhados a famílias do bairro.

Foto: Lucas Malkut
Pipoca do Reggae
Outra iniciativa de Jussara Santana é a Pipoca do Reggae, mais um projeto para garantir a visibilidade de novos talentos e fortalecimento das ações sócio-políticas e culturais do Movimento Reggae em Salvador e no interior do estado.
A Pipoca, já no segundo Carnaval, vai sair no sábado dia 1º de março, às 21h30. Em seu segundo ano, a iniciativa enaltece essa produção artística do Reggae, e terá participação do veterano Kamaphew Tawa e Banda Aspiral do Reggae, Dj Ras Peu, Fabiana Rasta e Kelly Matos. A Pipoca vai se unir às tradicionais no circuito, levando regueiros sem cordas pelas ruas do Centro.
Serviço
O quê: Bloco Aspiral do Reggae e Pipoca do Reggae na Avenida
Quando: Bloco (segunda-feira, 3 de março, 20h30), Pipoca do Reggae de Carnaval (01/03/25), a partir das 21h30
Onde: Largo dos Aflitos – Campo Grande
Quanto: Bloco (R$35 individual | R$ 50 casadinha), Pipoca (gratuito)