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Cultura

Caixa Cultural Salvador recebe MV Bill, Neusa Borges e Zebrinha

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O “Culturaê – Papo de Artista” acontece na Caixa Cultural Salvador no último final de semana de janeiro (25 e 26). O evento promoverá oficina, conversas e encontros com grandes nomes de diferentes manifestações artísticas como MV Bill, Neusa Borges, Zebrinha, Goya Lopes e outras personalidades para conversas sobre a cultura e arte. A entrada é gratuita com retirada antecipada dos convites a partir das 12h do dia 21 de janeiro pela plataforma Sympla.

Serão realizadas quatro conversas mediadas, cada uma com dois participantes, totalizando oito artistas. Logo após os papos, haverá uma sessão de autógrafos e selfies com o público. Culturaê abordará assuntos como moda, arquitetura, música, dança, teatro, circo e literatura. Os nomes das mesas são inspirados em canções de Caymmi, artista que viveu a diversidade artística e produziu obras na música, na pintura, além de ter atuado.

A ideia de promover diálogos entre artistas de várias expressões culturais surgiu a partir de um desejo do diretor Emmanuel Mirdad em transpor os nichos onde cada arte se enclausurava. “Observei que os artistas ficavam cada um no seu nicho sem muita interação ou presença em eventos de outras artes. Foi aí que pensei no Culturaê, um evento que pudesse reunir esses artistas numa troca divertida conduzida por alguém com expertise em várias linguagens. E a Caixa Cultural, por anos o lugar de encontro de múltiplas manifestações, é o cenário ideal para encantar as pessoas em conversas inesquecíveis”, revela Emmanuel, criador, sócio e coordenador geral do Culturaê.

“Quando meu sócio Emmanuel Mirdad, a mente criativa do negócio, trouxe a ideia do Culturaê, projeto focado em reunir artistas de diferentes expressões para diálogos francos e democráticos com o público, não tive dificuldades em perceber a sinergia com a Caixa, instituição cultural presente em mais estados do país, logo a mais plural e diversa. Em seus 163 anos de história, a Caixa apoiou variados projetos de música, artes visuais, literatura e de todo tipo de expressões. Ao acreditar em reunir as artes em um único evento, apoiando o Culturaê justamente em janeiro de 2025, mês de seu aniversário de 164 anos, a Caixa mostra como se mantém focada em inovação e antenada às demandas de uma sociedade em constante transformação”, conta Thiago Fontes, sócio do projeto.

“Sempre gostei dos diálogos entre artistas de campos diferentes. O músico Dorival Caymmi, por exemplo, andava cercado por gente como o escritor Jorge Amado e o pintor Carybé. Me pareceu oportuno fazer de Dorival um elemento estruturante para a curadoria, para pensar os temas, não com o interesse de falar de Caymmi, em si, mas de como aquilo que viveu reverbera de variadas formas em artistas de hoje”, explica o curador, Renato Cordeiro.

“Assim como Dorival abriu caminhos na música, também o fizeram pessoas como a atriz Neusa Borges e a designer Goya Lopes. Assim como Caymmi deixou a terra natal para firmar a carreira, os trânsitos marcaram o coreógrafo Zebrinha e a acrobata Pauline Zoe. Os diálogos de Caymmi com expressões variadas da nossa cultura também têm paralelos com as trajetórias da arquiteta Magali Santana e do afrochefe Jorge Washington. E as urbanidades, tema nem sempre explorado nas discussões sobre Dorival, são centrais na produção do rapper MV Bill e do poeta Alex Simões”, completa.

Programação

No sábado (25), acontece, a partir das 10h, a oficina “Desenvolvimento de coleção de moda”, com Pedro Batalha, da marca baiana Dendezeiro. Um dos 03 nomes apontados na lista mundial da The Hypebeast, The Next 100, Pedro recentemente desenvolveu um projeto com a Vult, redesenhando capelos de formatura, um projeto de impacto social imensurável, que esse ano recebeu dois prêmios no Festival de Cannes, na França.

Também no sábado às 15h, a primeira mesa de diálogo com o tema “O canto vinha de longe – Passos pioneiros nas artes” terá as participações da atriz Neusa Borges e da designer Goya Lopes. Conhecida por papéis em produções como a novela “Escrava Isaura” (1976) e o musical “Ópera do Malandro” (1978), Neusa Borges segue atuando e conquistando reconhecimento. Por sua vez, Goya Lopes, é uma das primeiras a levar referências culturais afro-brasileiras para a moda e o design brasileiro.

A seguir, às 17h, acontece a segunda mesa, “Eu fiz uma viagem – Trânsitos que transformam”, com o coreógrafo Zebrinha e a artista circense Pauline Zoé. Zebrinha foi jurado técnico de 2022 a 2024 do quadro “Dança dos Famosos”, na TV Globo, e também coreógrafo da série Mr. Brau produzida pela mesma emissora, além de ser um nome que trabalha com as coreografias do Balé Folclórico da Bahia. Enquanto a acrobata belga Pauline Zoé, artista de rua que circula pelo mundo, se estabeleceu na Bahia, onde criou o espetáculo “Esfera”.

Domingo (26), a partir das 15h, acontece o bate-papo “Tudo que é belo na vida – Diálogos criativos”, com Jorge Washington e Magali Santana. O afrochefe Jorge Washington é criador do projeto Culinária Musical, que há anos promove encontros entre a música, a literatura e a gastronomia. Da mesma forma, a arquiteta Magali Santana, à frente da Casacor Bahia, deixou evidente não apenas a arquitetura como arte, mas também os diálogos com variadas referências culturais brasileiras, em especial a música.

Encerrando a programação, “Um bar à meia-luz – Urbanidades vivas” é a última mesa do domingo, às 17h, com MV Bill representando e Alex Simões. Em tempos de discussão sobre o Direito à Cidade, esta mesa se dedica à urbanidade de hoje. De um lado, o rapper MV Bill, que em suas canções destaca os dramas contemporâneos das grandes cidades. MV Bill também atua como ativista social, sendo que criou junto com Celso Athayde, a CUFA – Central Única das Favelas, organização não-governamental presente em todos os estados do Brasil. Do outro, o poeta Alex Simões, profundo conhecedor das delícias e mazelas dos centros urbanos e autor de livros como “Minha Terra Tem Ladeiras”.

Serviço

“Culturaê – Papo de Artista”

Local: Rua Carlos Gomes 57, Centro – Salvador/BA

Datas: 25 e 26 de janeiro de 2025

Horários: Sábado às 10h, 15h e 17h. Domingo às 15h e 17h

Ingressos: Gratuitos | a partir de 21/01, na plataforma Sympla

Classificação indicativa: Livre

Informações: (71) 3241-4200 | Site CAIXA Cultural | @CaixaCulturalSalvador

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

Acesso para pessoas com deficiência e intérprete de Libras em todas as sessões. Nos dois dias de evento, a partir das 15h, o público contará também com estacionamento gratuito localizado ao lado da Caixa Cultural Salvador, local do evento.


Cultura

Expo Axé promove roda de conversa na Caixa Cultural sexta (14)

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação
A última roda de conversa do projeto ‘Expo Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento’ chega ao seu encerramento no dia 14 de março (sexta-feira), às 17h, na CAIXA Cultural Salvador. Sob o tema “Agradecer o ontem, viver o hoje e plantar o amanhã!”, o evento reunirá grandes nomes da música baiana para um bate-papo sobre o legado e a evolução do Axé Music. A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço.
O encontro contará com a presença dos artistas Tonho Matéria e Amanda Santiago, além dos compositores Rafa Lemos e Brenno Casagrande, que compartilharão suas experiências e visões sobre o gênero que transformou a cena musical da Bahia e do Brasil. A mediação será do curador Jonga Cunha, que conduzirá a conversa em um momento de celebração e reflexão sobre o impacto do Axé Music ao longo dos seus 40 anos.
A Expo Axé tem sido um espaço de valorização e resgate da história desse movimento cultural, destacando sua identidade visual, musical e social. Ao longo de sua exibição, a exposição promoveu debates, apresentações e encontros que reforçaram a importância do Axé como um dos estilos musicais mais emblemáticos do país.
Além da programação cultural, o evento promove uma ação solidária: os visitantes são convidados a doar 1kg de alimento não perecível, que será arrecadado na entrada da exposição. Mais informações: @ExpoAxe40anos | www.ExpoAxe40anos.com.br
Serviço

O quê: Última Roda de Conversa da Expo Axé

Tema: “Agradecer o ontem, viver o hoje e plantar o amanhã!”

Quando: Dia 14 de março de 2025 (sexta-feira)

Horário: Às 17h

Onde: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, nº 57, Centro

Quanto: Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)

Ação solidária: Doação de 1kg de alimento não perecível

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Cultura

3º Round BR chega a Salvador trazendo circuito freestyle

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Considerado o maior circuito de freestyle do Brasil, 3º Round BR chega a Salvador nos dias 21 e 22 de março (sexta e sábado), tornando a capital baiana como o centro do Hip-Hop nacional, com batalhas entre os melhores MC’s do Brasil. Três campeões nacionais e nove campeões estaduais estão confirmados para esse encontro inédito, que fortalece a cena do freestyle no Norte-Nordeste.

A grande final acontece na Praça das Artes, no Pelourinho, com apresentações de Ravi Lobo, Suiky (999) e Afrocidade, além dos DJ’s Iano e Jarrão garantindo o som. Mais informações no insta @3roundoficial | Pyedra Barbosa – (71) 98526-3088 e Cosca – (71) 99196-4061.

Programação:

21/03 (sexta) – Califórnia Studios (DOCA1)
Coletiva de Imprensa + Vish Flow – Esquenta (Evento fechado)

22/03 (sábado) – Praça das Artes, Pelourinho

Grande Final | Entrada gratuita | 15h

 

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Cultura

Agbelas entrega Oferenda Musical para Iemanjá no Rio Vermelho 

Ana Paula Nobre

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Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso
A Orquestra Agbelas voltou a Salvador no dia 2 de fevereiro de 2025 para a segunda edição de sua Oferenda Musical para Iemanjá, performance que uniu danças, ritmos e cantos de matriz afrobrasileira. Formada majoritariamente por mulheres tocando xequerês (ou agbês) – instrumento de percussão de origem africana -, o grupo reuniu cerca de 100 participantes, incluindo 60 mulheres de diferentes gerações dos dois aos 70 anos, vindas de diversas regiões do Brasil, além de Uruguai, Chile e Canadá.
A apresentação integrou a 18ª edição do Festival Somente Flores para Iemanjá, realizado pelo Centro de Tradições Vivas Canzuá. O público acompanhou o cortejo que saiu do Largo de Santana, no Rio Vermelho, por volta das 6h da manhã, em direção à Praia da Paciência, onde ocorreu a conclusão da celebração em homenagem à Rainha do Mar.

Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso

O destaque especial ficou por conta da parceria com a Escola Aguidavi do Jêje, localizada no Terreiro do Bogum, no Engenho Velho da Federação, no qual crianças tiveram um momento de apresentação solo e depois se juntaram à Orquestra. O projeto, subsidiado pela Lei Paulo Gustavo, envolve aulas de percussão, confecção de xequerês e criação de figurinos. No repertório, ritmos de matriz africana (Opanijé, Ijexá e Ilú) e referências populares como ciranda, maracatu e samba.

“Reunimos um número recorde de mulheres e a diversidade está em cada detalhe. Da idade, com crianças de dois a senhoras de 70 anos, ao nível de experiência com o instrumento. Tem aluna que nunca havia tocado antes e veio a Salvador, sobretudo, para reverenciar mãe Iemanjá”, ressalta Gio Paglia, líder e fundadora da Orquestra e da iniciativa Agbelas.
Para a terapeuta e enfermeira soteropolitana, Vanda Machado, participante do projeto Agbelas, que é constituído eminentemente por mulheres que se habilitam a tocar o Agbê, “tocar esse instrumento nos permite transcender e viver a nossa essência feminina, rica de suavidade e leveza. Ser Agbelas é acreditar nas nossas potencialidades artísticas, musical e acima de tudo espiritual. Confesso que o meu mergulho nesse universo do sagrado feminino tive um outro olhar sobre eu mesma. Tudo se iniciou com a oficina de Agbê, onde foi possível me autoconhecer entre cada detalhe construtivo, desde a abertura da cabaça, a sua higienização e decoração e consequentemente o saculejar do instrumento emitindo sons que vão do ritmo Ijexá ao Maracatu”.

Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso

Sobre a Agbelas
Fundada em Brasília em 2019 por  Gio Paglia, a Agbelas difunde o legado ancestral do xequerê sob uma perspectiva negra, matriarcal e decolonial. Com aulas gratuitas de agbê para comunidades em situação de vulnerabilidade social, a iniciativa já passou por Chile, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, levando educação e arte afrodiaspórica para diversos públicos.
Patrícia Bernardes Sousa é jornalista, redatora e integra projetos de impacto social, letramento, educação e cultura e é colaboradora do Portal Soteropreta.
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