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Cultura

14ª edição do Festival Oferendas terá cortejo artístico

Ana Paula Nobre

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Foto: Edgar Azevedo

A 14ª edição do Festival Oferendas, em celebração artística a Yemanjá, acontece nos dias 1º e 2 de fevereiro e tem realização do Lálá Casa de Arte, que fica na Rua da Paciência, no Rio Vermelho. A casa vai abrigar apresentações musicais e performances e será ponto de partida para um cortejo, que unirá música e artes visuais às manifestações de fé que se espalham pelo bairro de Salvador. A festa é voltada para a rua, mas quem quiser acessar o espaço poderá adquirir ingressos (R$ 180,00 por dia) através da plataforma Sympla. O funcionamento será das 19h do sábado (1º) às 2h da manhã na primeira noite e das 14h às 22h no domingo (2).

A volta do Cortejo das Oferendas, que acontece na noite do dia 1º, promete ser o ponto alto da festa, com criações especiais de artistas visuais para celebrar a Rainha do Mar. O grupo Tambores do Mundo, regido pelo mestre Mário Pam abre os caminhos, seguido de adereços de criaturas do mar, como polvos brilhantes e águas-vivas, criados por Alessandra Flores, estandartes de artistas visuais baianos e do Carrinho Multimídia de Ana Dumas ao som do DJ PRINCEBENIN.

A artista visual, poeta e atriz carioca Hildebranda é um dos destaques. Conhecida e muito compartilhada na internet pelas frases “Afeto & Safadeza”, “Mulher da Vida” e “Ela é um elo”, a artista traz para o Lálá sua performance “Bandeiras Vestíveis”, que iniciou no carnaval do Rio de Janeiro em 2023. Numa oficina no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC-BA), no dia 31 de janeiro, às 16h, serão produzidas as bandeiras do cortejo, a partir da relação das participantes com Yemanjá, transformando palavras em arte visual e poesia concreta.

Foto: José de Holanda

“Trazer de volta o Cortejo tem me inspirado muito. Levar beleza estética e sonora para a rua de forma gratuita e colaborativa com dezenas de artistas locais e nacionais é transformador. Pretendemos contribuir para tranquilizar a véspera do grande dia com essa ação artística”, afirma Ricardo Dantas, idealizador do festival, que divide a curadoria do cortejo com Adriana Cravo.  “A festa popular sempre se faz lugar de integração e encontros. O cortejo é uma espécie de encontro andante, que provoca mais e mais encontros, unindo as pessoas e integrando o festival ainda mais às manifestações da rua”, completa Adriana.

Programação musical

Na programação do sábado (1º), além do cortejo, se apresentam na varanda do Lálá os DJs Patrick Tor4 (com participação das cantoras Uana e Polayne), Vibra, Boneka e A Paulilo, além de shows com Hiran, Nininha, Tássia Reis, Bia Ferreira, Thay Piazzi e Marcia Castro. No dia 2 de fevereiro (domingo), a partir de 12h, a festa fica por conta dos DJs Riffs, Ubunto, Errari e Jerônimo Sodré, da Banda Iyami, Giovani Cidreira, Nara Couto, Jonathan Fer e Bárbara Eugênia.

Duas atrações internacionais são destaque no domingo: o português Branko, um dos fundadores do Buraka Som Sistema e um dos DJs e produtores musicais mais reconhecidos da música global, e a cantora cabo-verdiana Kady, que mistura a sonoridade contemporânea à música tradicional de Cabo Verde. O line-up ainda deve ter novidades até a data do evento, reforçando a característica agregadora da festa.

Foto: Pedrita Junckes

O Festival Oferendas

Há 13 anos e 14 edições, o Festival Oferendas acontece no Rio Vermelho, como parte das celebrações para Yemanjá. Em um palco voltado para a rua, na varanda da casa do Lálá Casa de Arte, artistas independentes de todo o Brasil se apresentam numa festa colaborativa e agregadora. O Oferendas tem se firmado como um dos eventos mais importantes da cena independente musical brasileira.

Artistas baianos que despontaram no cenário nacional e internacional já passaram pela festa, a exemplo de Baco Exu do Blues, Xênia França, Larissa Luz, Márcia Castro, Russo Passapusso, Luedji Luna e Moreno Veloso. Artistas consagrados como Mateus Aleluia (Os Tincoãs), Letieres Leite, Alzira E e a banda Metá Metá também já abrilhantaram e apoiaram a festa.

O festival é realizado de forma independente, contando com a colaboração do público e de artistas desde o seu princípio, há 13 anos. “É um projeto coletivo, feito a muitas mãos e que atravessa todo esse tempo com as mesmas características. Sempre foi uma verdadeira oferenda artística”, completa Ricardo.

Programação

1º de fevereiro

Cortejo das Oferendas com Tambores do Mundo e performances artísticas

Patrick Tor4 convida Polayne e Uana

Vibra e Boneka

Hiran convida Nininha, Tássia Reis, Bia Ferreira e Thay Piazzi

A Paulilo

Marcia Castro e convidados

2 de fevereiro

Riffs

Banda Iyami

Giovani Cidreira e convidados

Bárbara Eugênia

Ubunto

Branko

Nara Couto convida Kady e Jonathan Ferr

Errari

Jerônimo Sodré

Serviço

O quê: Festival Oferendas

Quando: 1° e 2 de fevereiro de 2025

Onde: Lálá Casa de Arte – Rua da Paciência, 329, Rio Vermelho

Horário de abertura da casa: dia 1°, às 19h; dia 2, às 12h.

Quanto: R$ 180,00 por dia

Vendas no link 

Cultura

Agbelas entrega Oferenda Musical para Iemanjá no Rio Vermelho 

Ana Paula Nobre

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Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso
A Orquestra Agbelas voltou a Salvador no dia 2 de fevereiro de 2025 para a segunda edição de sua Oferenda Musical para Iemanjá, performance que uniu danças, ritmos e cantos de matriz afrobrasileira. Formada majoritariamente por mulheres tocando xequerês (ou agbês) – instrumento de percussão de origem africana -, o grupo reuniu cerca de 100 participantes, incluindo 60 mulheres de diferentes gerações dos dois aos 70 anos, vindas de diversas regiões do Brasil, além de Uruguai, Chile e Canadá.
A apresentação integrou a 18ª edição do Festival Somente Flores para Iemanjá, realizado pelo Centro de Tradições Vivas Canzuá. O público acompanhou o cortejo que saiu do Largo de Santana, no Rio Vermelho, por volta das 6h da manhã, em direção à Praia da Paciência, onde ocorreu a conclusão da celebração em homenagem à Rainha do Mar.

Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso

O destaque especial ficou por conta da parceria com a Escola Aguidavi do Jêje, localizada no Terreiro do Bogum, no Engenho Velho da Federação, no qual crianças tiveram um momento de apresentação solo e depois se juntaram à Orquestra. O projeto, subsidiado pela Lei Paulo Gustavo, envolve aulas de percussão, confecção de xequerês e criação de figurinos. No repertório, ritmos de matriz africana (Opanijé, Ijexá e Ilú) e referências populares como ciranda, maracatu e samba.

“Reunimos um número recorde de mulheres e a diversidade está em cada detalhe. Da idade, com crianças de dois a senhoras de 70 anos, ao nível de experiência com o instrumento. Tem aluna que nunca havia tocado antes e veio a Salvador, sobretudo, para reverenciar mãe Iemanjá”, ressalta Gio Paglia, líder e fundadora da Orquestra e da iniciativa Agbelas.
Para a terapeuta e enfermeira soteropolitana, Vanda Machado, participante do projeto Agbelas, que é constituído eminentemente por mulheres que se habilitam a tocar o Agbê, “tocar esse instrumento nos permite transcender e viver a nossa essência feminina, rica de suavidade e leveza. Ser Agbelas é acreditar nas nossas potencialidades artísticas, musical e acima de tudo espiritual. Confesso que o meu mergulho nesse universo do sagrado feminino tive um outro olhar sobre eu mesma. Tudo se iniciou com a oficina de Agbê, onde foi possível me autoconhecer entre cada detalhe construtivo, desde a abertura da cabaça, a sua higienização e decoração e consequentemente o saculejar do instrumento emitindo sons que vão do ritmo Ijexá ao Maracatu”.

Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso

Sobre a Agbelas
Fundada em Brasília em 2019 por  Gio Paglia, a Agbelas difunde o legado ancestral do xequerê sob uma perspectiva negra, matriarcal e decolonial. Com aulas gratuitas de agbê para comunidades em situação de vulnerabilidade social, a iniciativa já passou por Chile, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, levando educação e arte afrodiaspórica para diversos públicos.
Patrícia Bernardes Sousa é jornalista, redatora e integra projetos de impacto social, letramento, educação e cultura e é colaboradora do Portal Soteropreta.
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Cultura

Campanha Balaio Verde promove cortejo no dia 1 de fevereiro

Ana Paula Nobre

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Foto: Luzia Moraes

A Campanha Balaio Verde está promovendo um cortejo pela preservação das praias limpas e união dos povos, na Festa de Iemanjá, trazendo muitas performances artísticas e causas socioambientais.

A ação, que é coordenada pela produtora cultural Luzia Moraes, tem como objetivo orientar a sociedade para a manutenção do equilíbrio marinho, buscando a redução do impacto ambiental do tradicional presente de Iemanjá.

A ação vem pelo segundo ano consecutivo em parceria com o artista plástico e ambientalista André Fernandes e seu projeto “Movimento Onda de Plástico”, que promove a sensibilização e conscientização sobre a limpeza e preservação das praias. André levará uma escultura de Iemanjá feita de resíduos plásticos retirados do mar para desfilar.

O Cortejo também é em prol da divulgação da campanha “Carnaval Sem Fome”, organizada pela ONG Ação da Cidadania que tem Raimundo Bandeira como coordenador e visa o combate as desigualdades sociais, além de incentivar a tomada de consciência em relação à fome e à pobreza.

Urso da Montanha estará conduzindo a “Ala Xamânica”, conhecida como “Música Medicina”, de elevação vibracional. A concentração será em frente ao Espaço Jubiabar, na Rua da Paciência, Rio Vermelho, às 21h.

Serviço

O quê: Campanha Balaio Verde

Quando: 1 de fevereiro (sábado)

Concentração: Às 21h

Saída: Às 22h

Local da Concentração: Jubiabar – Rua Conselheiro Pedro Luiz, 79, Rio Vermelho

Cortejo: Até a Casa de Iemanjá

Apoio: SECIS, André Fraga (Vereador), UNEB, Movimento Onda de Plástico, Jubiabar, Boteco do Crioulo, Revista PeopleNews, Portal Café com Shah, Marta Fox: A Única, ShayraModel Collection, Deo Carvalho, Podcast “PodEmerson?”.

Também apoiam Ação da Cidadania Salvador, ASR Construções Sustentáveis, IODDEB; Hidro Capoeira, HECAM, Coletivo Gente que Brilha, Rádio Vai Vai Brasile Itália, Zermatten Productions, ONG ABEALUX, Revista Magazine e Ação, Rádio Doinha Prata FM, Búzio e ART, Essential Design e Casa da Noiva e Pousada Terapêutica Mangará.

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Cultura

Associação Cultural Alzira entrega “Presente Ecológico” domingo (2)

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

No dia 2 de fevereiro, a Associação Cultural Alzira do Conforto e Reggae o bloco realiza mais uma edição do “Presente Ecológico”, unindo tradição, espiritualidade e consciência ambiental. O evento, denominado “Yemanjá Rasta”, busca enaltecer a importância da orixá, considerada a Rainha do Mar, dentro das religiões de matriz africana, ao mesmo tempo em que propõe uma homenagem sustentável.

A concentração acontece às 13h, em frente à Escola Medalha Milagrosa, onde estará a Kombi do Reggae, ponto de encontro para os participantes. Diferente das oferendas tradicionais, o “Presente Ecológico” propõe substituições que respeitam o meio ambiente, promovendo uma celebração consciente e alinhada à preservação das águas.

Os interessados em apoiar o evento podem adquirir a camisa oficial, criada pelo artista plástico Mundão, por R$ 40. A arte exclusiva reflete a conexão entre espiritualidade e sustentabilidade, reforçando a proposta do evento.

Para Albino Apolinário, organizador do “Presente Ecológico”, a homenagem a Iemanjá representa mais do que devoção: “Homenagear essa divindade feminina, que simboliza a ancestralidade, é promover a união. Mais do que a senhora das águas, Iemanjá é nossa conexão com o continente-mãe.”

Serviço

O quê: Associação Cultural entrega “Presente Ecológico”

Quando: 2 de fevereiro

Onde: Concentração na Kombi do Reggae, em frente à Escola Medalha Milagrosa

Informações: Albino Apolinário – (71) 98802-3837

Realização: Associação Comunitária Alzira do Conforto Reggae, o bloco

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