Literatura
Anderson Shon participa de encontro no Colégio Clarice Santiago dos Santos

Nesta quinta-feira (13), às 9h, o escritor, educador, poeta, cronista e quadrinista, Anderson Shon, participa de encontro no Colégio Estadual Clarice Santiago dos Santos – Rua Manoel Rufino, S/N, Arenoso -, para dialogar com os alunos do Ensino Médio sobre a arte da literatura. “Esse apoio de Anderson Shon será muito valoroso para nossos alunos que irão realizar a prova SAEB deste ano, onde o gênero textual em quadrinhos fará parte. A escola pública tem um grande potencial quando a sociedade civil reconhece e se envolve com a educação pública. Somos uma escola Quilombola Urbana, localizada historicamente no maior quilombo de Salvador chamado Quilombo do Beiru”, declarou a professora Tais Danila, especialista em Psicopedagogia e Gestão Pública e Orientadora da Educação Especial.
Sobre Colégio Estadual Clarice Santiago dos Santos
Atualmente conhecido como o bairro de Tancredo Neves e Arenoso, antigamente essa região era uma fazenda chamada Campo Seco. Ela foi doada pela família Garcia D’Ávila para o escravizado GBeiru, que formou um Quilombo onde refugiava os escravos em Salvador. Após a morte de Gbeiru, a fazenda voltou para a família Garcia D’Ávila e essa fazenda foi para a posse do Estado, formando moradias para a população.

Foto: Divulgação
A escola era chamada de Colégio Estadual Deputado Luís Eduardo Magalhães e através do trabalho de pesquisa da professora Amilca Fernandes junto aos alunos, comunidade e a Uneb, a escola foi rebatizada em 4 de novembro de 2024 em Colégio Estadual Clarice Santiago dos Santos, descendente de Gbeiru. Clarice era a Ialorixá da região e prestou muitos serviços à comunidade do Arenoso. Ela era líder comunitária e conhecida como Minha Gal.
No Arenoso existe uma veia artística efervescente. O artista Buja Ferreira da Timbalada foi ex aluno da escola. No ano de 2024, ganhou nos Projetos Estruturantes da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, o AFROFASHIONHAIR, trazendo toda a história dos povos originários e local, elevando a autoestima dos alunos, condição necessária para a aprendizagem. “O rebatismo da escola trouxe o fortalecimento da identidade negra, pois nossa escola é majoritariamente negra, do diretor aos alunos. Esse ano, abrimos o ciclo escolar com a parceria dos artistas para falar de arte, educação e projeto de vida”, disse a professora Tais Danila.
Literatura
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Foto: Silara Aguiar
Literatura
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Literatura
Meg Heloise lança livro ‘Na Beira’ no Museu de Arte da Bahia

A escritora e pesquisadora Meg Heloise lança no próximo dia 13 de junho seu primeiro livro solo de poesias, Na Beira, publicado pela Editora Segundo Selo. A obra reúne 45 poemas que atravessam memórias, afetos e vivências de uma mulher negra em constante processo de resistência e reinvenção. O lançamento acontece às 19h, no Museu de Arte da Bahia (MAB), com sessão de autógrafos e presença da autora.
A coletânea marca a estreia de Meg como autora solo, após participações em antologias nacionais e internacionais. A pré-venda do livro já está disponível e segue até o dia 11 de junho, ao valor de R$ 40.
“Na Beira é onde estou. À margem da sociedade, à margem de mim mesma, buscando compreender a minha trajetória, minha ancestralidade e os afetos que me atravessam. Escrevo para me manter viva, para não naufragar”, diz a autora, que é doutora em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e também atua como curadora da Festa Literária de Aratuípe (FLITA), no Recôncavo baiano.
A obra tem prefácio assinado pela escritora Luciany Aparecida e orelha de Silvana Carvalho, e propõe uma travessia poética sensível e potente sobre ser mulher, negra e nordestina. Com textos escritos entre 2017 e 2024, a publicação nasceu do desejo antigo de reunir anotações que há anos habitavam blocos e cadernos. “Em 2020, comecei a organizar os poemas, mas só agora pude dar corpo a esse sonho, que foi sendo adiado pelas múltiplas tarefas e demandas da vida acadêmica e profissional”, conta Meg.
Natural de Nazaré, no Recôncavo baiano, a escritora começou a escrever ainda na infância, incentivada pela mãe e por professores da rede pública. Desde 2021, tem atuado nos bastidores da cena educacional e cultural, especialmente na formação de professores e na assessoria técnica da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
Inspirada por autoras como Conceição Evaristo, Lívia Natália, Calila das Mercês, Maya Angelou e Luciany Aparecida, Meg acredita na escrita como ferramenta de resistência, reconhecimento e prazer. “A escrita é uma possibilidade de existência. Quando escrevo, acolho a menina que fui e digo a ela: a escrita é possível, é necessária.”
Mais do que uma conquista individual, a publicação de Na Beira reflete o fortalecimento de um movimento maior: a democratização do acesso ao livro e à leitura, especialmente nos interiores. “Tenho acompanhado esse processo de interiorização das festas literárias e de formação de novos leitores e escritores. A leitura não deve ser uma prática mecânica, e sim uma descoberta prazerosa. Em minha memória, ler sempre esteve associado ao afeto, ao prazer, à liberdade”, afirma a autora.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro Na Beira, de Meg Heloise
Quando: 13 de junho (quinta-feira), às 19h
Onde: Museu de Arte da Bahia (MAB) – Salvador
Quanto: R$ 40,00
Instagram @meg_heloise
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