Música
Nabiyah Be apresenta primeiro álbum “O QUE O SOL QUER”

A artista baiana, Nabiyah Be, apresenta o seu álbum de estreia O QUE O SOL QUER em todas as plataformas digitais, com a força visceral de mostrar que a arte faz parte de sua história. Composto por 14 faixas autorais, com selo da ALÁ Comunicação, o disco reflete sobre identidade, amor, medo e transformação, com um toque de poesia. A atriz, cantora e compositora celebra a coragem de viver em meio às dúvidas e dores que atravessam sentimentos e histórias.
“O QUE O SOL QUER não foi intencionalmente um álbum conceito. Acabou sendo, talvez por me sentir acolhida pelas histórias, máscaras e fantasias – às vezes tão humanas – que a vida de atriz me traz. Os arquétipos estão por toda a parte, cabe a nós dar sentido á eles. Na tentativa de unificar as histórias de cada música, bebi de estudos teológicos sobre o sol – ele como força vital, como ancestral e como o Ego – e também da serpente – ela como símbolo de alquimia, transformação e poder. Apesar das grandes temáticas e uma narrativa um tanto épica, O QUE SOL QUER na verdade conta a minha história”, explica.
Com faixas em português e inglês, o disco conta com produção musical de Nabiyah Be, Marcelo de Lamare e produção adicional de C-AFROBRASIL. EVERYBODY, música que está presente no álbum, foi lançada pela primeira vez, em 2024, com clipe dirigido por Edvaldo Raw, assim como o single POÇO AZUL, dirigido pela atriz Leandra Leal. Ambas estão presentes no novo projeto da artista e voltaram a ganhar destaque no streaming, em janeiro deste ano, quando a cantora lançou o EP Live in Rio. No EP, Nabiyah trouxe versões ao vivo de HERO, POÇO AZUL e EVERYBODY (assista aqui). As três músicas dão início a uma nova era da artista e representam uma metamorfose que se conclui com a chegada do álbum.
“Sinto que ‘O QUE O SOL QUER’ é um projeto ousado para uma estreia, em termos de mercado. Não tenho garantias do como será recebido, mas sei que é do novo que o mundo precisa”, afirma a artista.
A autodescoberta foi o fio condutor para Nabiyah Be dar início ao disco. Em Electric serpent, turn to the sun e Electric serpent, this is the ordeal, a cantora provoca questionamentos através da figura de uma serpente elétrica, transformando vulnerabilidade em força. Presente na estética do disco, a figura representa a cantora e as forças invisíveis que lhe concedem coragem, garra e bravura. Para Nabiyah, a serpente simboliza seu processo alquímico de desfazer-se, isto é, enfrentar a dor e renascer mais próxima de sua essência, em um movimento constante.
Já a faixa foco, que dá nome ao disco, tem uma estética sonora leve e fala sobre os desejos e liberdade do eu-lírico. Alice, Educated Fool, I Will Betray You, Bluebeard, Doula, Number 17, Caminhar e Song Of Now são as músicas que completam o primeiro álbum de Nabiyah Be.

Foto: Franklin Almeida
Sobre Nabiyah Be
Poesia, performance, dança e música formam Nabiyah Be: compositora, cantora, produtora musical e atriz. A artista brasileira e jamaicana é influenciada pela riqueza cultural do Brasil e das Américas, direcionando seu trabalho musical para uma fusão coesa de sua experiência internacional. Descrita pelo jornal The New York Times como dona de uma voz “hipnotizante”, foi a primeira mulher negra brasileira a vencer um dos mais importantes prêmios do teatro estadunidense, o Drama Desk Award.
Protagonizou o musical vencedor do Tony e do Grammy, Hadestown, e participou da minissérie ganhadora do Emmy, Daisy Jones & The Six, onde interpretou Simone Jackson, uma pioneira da música disco. Já no filme Pantera Negra, vencedor do Oscar, sua missão foi dar vida à vilã Linda. Em fevereiro de 2025, Nabiyah lança “O QUE O SOL QUER”, seu álbum de estreia. Um convite à própria história, a enxergar a beleza das perguntas nunca feitas e a força do amor que se encontra na queda, na busca e no retorno para casa.
Sinopse do álbum
O primeiro álbum de Nabiyah Be é uma jornada de autodescoberta e cura ancestral. Inspirado pela figura da serpente elétrica, a obra reflete sobre identidade, amor, medo e transformação, celebrando a coragem de brilhar sem explicações, dialogando com espiritualidades diversas e ciclos alquímicos de morte e renascimento. A faixa foco dá nome ao disco e fala dos desejos do eu-lírico com um arranjo primoroso. É na leveza da estética sonora e na letra certeira que “O que o sol quer” nos finca na terra.
Música
Banda Kalunduh lança novo single “Catastrófica”

A banda de artistas negros camaçarienses, Kalunduh apresenta seu novo lançamento, o single ‘Catastrófica’, um rock indie feminino que lançado nesta sexta-feira (21) em todas as plataformas de música, com visualizer disponível no Youtube.
A música traça uma narrativa de autodefinição, empoderamento feminino e engajamento político a partir de uma mulher segura de si, que reconhece suas potências e sua capacidade de construir e reconstruir a máquina do mundo a partir do combate às opressões que lhe rodeiam.
“Dentro deste conceito, surge como primeira referência estética a figura de Medusa,
monstro da mitologia grega com cabelos de serpente, que reforça estereótipos da mulher como um ser perigoso, traiçoeiro e vingativo, mas que depois de morta se tornou amuleto e símbolo de proteção”, explica a vocalista da banda Kalunduh, Lara Nunes.
Lara complementa, “algumas versões do mito apontam ainda que, antes de ser transformada num monstro horrendo que petrificava quem a encarasse, Medusa foi desacreditada e amaldiçoada por ter sido vítima de violência sexual, o que reforça seu laço com a realidade diária da mulher brasileira, vítima de uma misoginia constante e combinada a fatores de raça, classe, corpo e território”.
Após dois meses de formação na comunidade Som Por Elas, a frente de educação e selo musical da plataforma Pagode Por Elas, o projeto “Catastrófica” foi premiado e realizado através do selo 100% feminino Som Por Elas.
“Foi uma experiência maravilhosa participar da comunidade Som Por Elas. Pude aprender e trocar sobre muitas áreas que nós, artistas independentes, precisamos estar em contato, e ainda inscrever o projeto de Catastrófica e ver esse single nascer de uma forma tão bonita”, contou Lara.
De acordo com a gerente de projetos da Pagode Por Elas, Beatriz Almeida, Som Por Elas surgiu para suprir uma lacuna quanto à profissionalização e oportunidade das mulheres na música. “Após três ciclos formativos com vagas limitada, neste ano estaremos lançando uma plataforma própria com aulas gravadas, encontros de networking e premiações e o potencial de alcançar mais mulheres”, acrescentou Beatriz.
O single é uma realização Som Por Elas, com produção musical assinada por Irmão Carlos Psicofunk e direção vocal de Neila Kadhí. O visualizer foi dirigido por Lane Silva e as fotos registradas pelo olhar de Beatriz de Paula. O hairstyle pelas mãos de Vizy do Arte em Orí.
Sobre Kalunduh
KalunduH é um grupo musical baiano que mescla elementos da poesia falada com
rock, rap, reggae e afropop. Guiada pelo conceito de Música Preta Brasileira, a banda promove um resgate histórico da palavra calundu e apresenta a musicalidade como instrumento de cura e conexão ancestral. Seu primeiro single, Pedaço de Palmares, obteve mais de 5.000 streamings no Spotify, foi lançado em 2023 pelo selo Som Por Elas e celebra o amor entre pessoas negras como forma de
aquilombamento.
Música
Cantor baiano Moisés Victório lança trabalho musical autoral “Borí”

O artista interdisciplinar, Moisés Victório, apresenta seu novo trabalho autoral de música, o EP “Borí”, composto por cinco faixas inéditas que exploram as conexões entre música, fé, memórias e ancestralidade africana. Disponível nas principais plataformas de streaming, o projeto representa um marco significativo em sua trajetória, traduzindo em sons sua busca pela (re)construção de uma identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica.
“O processo de transformar essas referências em sonoridades foi muito espontâneo para mim, muito natural”, explica Moisés. “Primeiro porque essa ancestralidade africana está à nossa volta o tempo inteiro. Não tem como conviver e transitar em Salvador sem estar imerso nessa herança. Por outro lado, a conexão com a espiritualidade vem da minha formação familiar. Cresci em terreiros de candomblé, e essa primeira formação musical veio dos cânticos, das rezas, dos orikis que entoávamos rotineiramente.”
Bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia, Moisés vem desenvolvendo pesquisas sobre as relações criativas entre arte, novas tecnologias e cultura eletrônica, estabelecendo relações com o estudo das culturas, línguas e cosmogonias africanas, em especial a cultura nagô-yorubá. Esse encontro entre contemporaneidade e ancestralidade é a essência de “Borí”.
O EP nasce das experiências pessoais do artista, que teve sua formação musical nos terreiros de candomblé durante sua infância. “Borí é ritual, é transcendência, é orixá, é essência”, afirma Moisés. “A partir da mundivisão nagô-iorubá, podemos entender figurativamente o conceito de Borí como um processo de conexão interna, de autoconhecimento, de expansão de si para o mundo – através do seu lugar de fala e origem”.
Parte do trabalho foi concebido durante sua Residência Artística no Instituto Sacatar em 2023, onde Moisés colaborou com pesquisadores e artistas afro americanos da Universidade de Stanford (EUA). Dessa experiência surgiu a participação especial de Amara Tabor-Smith na faixa “Obìnrin”. A produção musical do EP conta com a colaboração do maestro e arranjador Cassius Cardozo. A masterização e finalização foi concebida pelo engenheiro de áudio Carlos Eduardo Andrade (Cají).
A primeira faixa “ÈṢÙ”, que abre o EP, já está disponível com videoclipe no YouTube. A obra traduz em canção um universo construído e imaginado nas intersecções do orixá da comunicação, do guardião dos caminhos, daquele que traz as notícias e elabora a sorte. “Essa faixa é muito especial porque ÈṢÙ é o orixá da comunicação, o mensageiro que conecta os mundos”, comenta Moisés. “Na cultura tradicional iorubá e afro-brasileira, antes de iniciar qualquer ritual, qualquer celebração, é essencial saudar Exú. Por isso, a faixa abre o disco e também foi a primeira a ganhar um videoclipe”.
“Borí” representa mais que um conjunto de canções – é uma metáfora da memória, um portal para o autoconhecimento, é uma celebração da herança africana na diáspora atlântica. “Espero que as pessoas se conectem com esse trabalho pela força da simbologia que carrega”, reflete o artista. “Este EP é um resgate de memórias da minha infância nos terreiros, mas também é uma discussão sobre cultura, identidade, ancestralidade, visões de mundo. Ele dialoga e protagoniza narrativas que precisam ser mais ouvidas”.
Bori é uma realização da Bogum Ambiente Criativo em parceria com a Multi Planejamento Cultural e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Sobre Moisés Victório
Músico intuitivo, aprendeu nos terreiros de candomblé onde passou a infância o letramento necessário para traduzir em canções o mundo à sua volta. Começou sua trajetória artística aos 12 anos, como mobilizador cultural no quilombo urbano onde nasceu, no Engenho Velho da Federação. Ao longo dos mais de 20 anos de aprendizados e trajetória profissional, trabalhou ao lado de dezenas de artistas nacionais e internacionais, tendo circulado por todas as capitais brasileiras e alguns países do exterior.
Borí, novo trabalho de Moisés, apresenta os desdobramentos poéticos da sua mais longeva pesquisa, a (re)construção da sua identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica. Nascido no seio de uma família candomblecista, construiu sua primeira percepção de mundo através dos itans e orikis, dos cânticos sagrados e do cósmico som dos atabaques. Essa percepção afro centrada, impactou profundamente sua formação política, social e artística.
Ao longo dos anos, vem se dedicando ao estudo regular das línguas, cultura e cosmogonia africanas. É discente do curso de língua e cultura yorubá do Núcleo Permanente de Extensão em Letras – NUPEL da Universidade Federal da Bahia – UFBA, além de dedicar-se a imersões sobre a mundivisão nagô-yorubá. É certificado pelo projeto Ẹ̀kọ́ Dára (Ilê-Ifé, Nigéria) coordenado pelo professor nigeriano Phd em literatura e linguística Prof. Dr. Félix Ayoh’omidire, o que lhe conferiu maior aprofundamento às origens, fundamentos e orientação ancestral da pessoa nagô-yorubana.
Artista interdisciplinar, é bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia. Além de iluminador cênico, realizador audiovisual e músico, atua na gestão de festivais, eventos e instituições. Atualmente é gestor do Teatro Sesc Casa do Comércio, dirige a empresa Bogum Ambiente Criativo e faz parte do comitê gestor da Casa Preta Espaço de Cultura. Antes, foi gestor do Teatro Gregório de Mattos e coordenador técnico da Gerência de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos, prefeitura municipal de Salvador.
O álbum pode ser conferido em todas as plataformas digitais no link
O videoclipe da canção Èṣù já está disponível no Youtube
Música
Rapper Wall Cardozo lança single ‘Itapuã’ em parceria com Liz Kaweria

O rapper Wall Cardozo vai lançar na próxima quinta-feira (20), seu novo single ‘Itapuã’ (faça o pré-save aqui). Com um flow marcante que se encaixa perfeitamente com a letra, a canção fala de amor e desejo entre duas pessoas que querem viver um romance em um dos bairros mais famosos de Salvador: Itapuã. O trabalho faz parte do seu primeiro álbum intitulado ‘Homem Menino’ e o projeto autoral conta com a participação de diversos artistas nordestinos, sendo lançado na íntegra em abril.
Com mais de 10 anos de carreira, Wall destacou como foi o processo de criação da música. “Considero Itapuã uma das músicas mais bonitas que já fiz. Lembro de ter começado a escrever a letra durante um momento de inspiração, encima de um beat gratuito da internet. Quando terminei a composição, cheguei com a ideia para Manigga, que brilhou na produção musical. A participação de Liz foi a cereja do bolo. Quando a voz dela entrou, ficou claro que era exatamente o que faltava para considerarmos a música pronta”, disse o artista.
Para a cantora Liz Kaweria, gravar o feat com Wall “foi incrível. Quando ouvi a música pela primeira vez, me deu uma sensação de paz. A melodia é perfeita, a produção é perfeita, a letra é absurda, é excelente. A letra mostra um amor com cumplicidade, companheirismo. É uma música que casais novos e antigos podem se identificar. Pra mim foi muito bom gravar, eu me identifiquei muito com a letra”, declarou Liz.
Sobre Wall Cardozo
Wall Cardozo é um baiano que está no cenário da música desde 2013, quando formou o grupo WWL RAP junto com amigos da escola e permaneceu na formação musical até 2019. O rapper viu seu processo criativo aflorar em janeiro de 2020, com o lançamento do seu primeiro EP chamado EHLO. O projeto tem cinco faixas e foi exclusivamente produzido pelo artista. Agora, em 2025, Wall celebra uma nova fase da carreira com o seu primeiro álbum, que será lançado em abril. Através dele, o artista faz uma conexão mais potente com sua própria arte e experimenta novas possibilidades musicais ao lado de artistas já admirados por ele.