Carnaval
Show “Trinca do Samba” homenageará sambista Walmir Lima

O cantor, compositor e poeta do samba baiano, Walmir Lima, será o grande homenageado do projeto “Trinca do Samba”, que vai reunir as cantoras Belpa e a própria filha do artista, a também cantora Gabriela Lima, no Carnaval de Salvador. O show “Trinca do Samba – Uma Homenagem a Walmir Lima” vai ocupar o Largo do Pelourinho (em frente à Casa de Jorge Amado), no domingo de Carnaval, dia 2 de março, às 17h, trazendo o samba ancestral, desde as suas origens africanas até as suas influências no samba contemporâneo.
O projeto artístico-musical inédito “Trinca do Samba – Uma Homenagem a Walmir Lima” tem como objetivo prestar uma rica homenagem em vida ao compositor, poeta e artista que levou a Bahia para o mundo através de suas canções que trazem as dores, discriminações e humilhações sofridas pelos nossos ancestrais, mas também as alegrias e motivações do povo negro baiano.
Compondo a Trinca ao lado do anfitrião, estarão sua filha Gabriela Lima, que vem encantando as rodas de samba da cidade, e Belpa, intérprete de clássicos da música popular brasileira e das variações rítmicas do samba. No repertório, os artistas levarão seus clássicos e de outros grandes compositores e intérpretes. O samba de Walmir Lima estará no centro do palco, cercado de canções populares de grande conhecimento do público e das antigas.

Foto: Divulgação
Sobre Walmir Lima
Oriundo de uma família musical e de uma geração de grandes mestres sambistas como Batatinha, Panela e Tião Motorista, Walmir Lima, com uma trajetória de mais de 50 anos, é conhecido nacionalmente por composições de sambas enredos para agremiações carnavalescas como Filhos do Tororó, Amaralina, Filhos da Liberdade, dentre outras. Já animou muitos Carnavais, em blocos tradicionais como Mercadores de Bagdá, Os Internacionais, Os Corujas e Alerta Mocidade, atualmente Alerta Geral.
Pouco a pouco seu talento foi se disseminando por todo território nacional, levando-o até a terras estrangeiras com turnês nos Estados Unidos e Europa. Sua obra é marcada por grandes sucessos como “Ilha de Maré”, na voz de Alcione, “Dindinha Lua”, gravada por Beth Carvalho e “Samba, Canto Livre de Um Povo”, interpretada por Ederaldo Gentil.

Foto: Divulgação
Sobre Elas
A artista Belpa apresenta uma proposta musical inovadora, ousada e recheada de variações rítmicas que valorizam as raízes brasileiras. Entoando em seu set list clássicos da MPB, bossa nova e samba, ela não perde de vista sua pluralidade contemporânea, que vem lhe permitindo abrir portas do mundo da música em diversas vertentes, gêneros e sensações.

Foto: Divulgação
Gabriela Lima
E em 2017, Gabriela fez a sua primeira participação solo puxando o Bloco Só Samba de Roda no Furdunço e Fuzuê, nas ruas do Pelourinho e no Circuito Osmar. O ano também foi de sua estreia em estúdio, quando gravou seu primeiro CD cantando sambas do compositor Osvaldo Bomfim, Alberto Fonseca, Walmir Lima, e de sua própria autoria. Desde 2020 trabalha na produção de seu terceiro álbum.
Serviço
O quê: Show “Trinca do Samba – Uma Homenagem a Walmir Lima”, com Walmir Lima, Belpa e Gabriela Lima
Onde: Largo do Pelourinho
Quando: Dia 2 de março (domingo), às 17h
Gratuito
Carnaval
Quarta edição do Palco do Reggae acontece na Praça Jubiabá

A Associação Cultural Aspiral do Reggae realizou a IV edição do Palco do Reggae, localizado na Praça Jubiabá (Casa Cultural Reggae), no Pelourinho. A nação regueira em Salvador tem no espaço um ponto de encontro dos amantes do gênero musical jamaicano, que curtiram uma vasta programação. Com mais de 30 shows gratuitos, o público conferiu a apresentação de 21 bandas, cinco DJ’s e quatro Sound System. Na sexta-feira (28), tocaram o DJ Ras Péu, Nollasko e as bandas Cativeiro, Kamaphew Tawá e B. Aspiral do Reggae, Ital Crew, Zimbabwe Roots, finalizando com DJ Ras Péu. No repertório, covers de ídolos como Bob Marley e também canções autorais.
Ao todo, foram cinco dias de festa, com muitas atrações já conhecidas da cena, como Tikão e Banda Santuaryo, Jô Kallado, entre outros. Para o cantor Kamaphew Tawá, “é extremamente fundamental a existência do Palco do Reggae porque existe o público que ama essa música. Às vezes, a gente encontrava pessoas procurando por shows de reggae, então é fundamental esse apoio, pois podemos fazer com que as coisas viabilizem realmente. É uma forma de suscitar com que as pessoas que não gostam de axé, de pagode, mas que querem curtir o carnaval e gostam de reggae possam encontrar aqui esse ponto do gênero. Essa música vem agregando pessoas que gostam de ritmos diferentes”, declarou.

Foto: Ivone Bonfim
Criado na Jamaica do fim da década de 1960, a partir dos gêneros Ska e Rocksteady, o gênero musical tem muitos adeptos na capital baiana, a exemplo da dançarina e estudante de comunicação, Gisele Soares. “O Reggae é uma das culturas mais antigas e poderosas que a gente tem, que resgata vidas e traz paz. Dentro do Carnaval, que sabemos que é uma festa agitada, ter um momento onde vamos chegar e não vai ter confusão, que vai ter harmonia e que vai falar da resistência do povo preto é de muita importância. Temos o costume de falar que mesmo que a TV não mostre, mesmo que o rádio não toque, nós estaremos aqui fazendo reggae, então é mais um ato de resistência”, afirmou.
Por ser mundialmente conhecido, o reggae atrai baianos e turistas aos locais em que circulam os admiradores de artistas como o jamaicano Bob Marley, que deixou todo um legado musical e de estilo de vida. De acordo com Neto Nascimento, músico, guitarrista e vocalista em várias bandas do estilo, o Palco do Reggae durante o carnaval também “é um fomento à cultura e ao turismo, por que vêm muitas pessoas do mundo todo pra cá. O Reggae Music está aqui para todos nós e é uma cultura que traz muita renda para a gente, além de cultura, educação e fé no Todo Poderoso”, avaliou.

Foto: Ivone Bonfim
O espaço existe há quatro anos com o patrocínio do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado, e Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur) e é uma conquista da produtora cultural Jussara Santana, ativista do movimento reggae e atuante da cultura da Bahia. “Eu estou extasiada com esse aporte financeiro e com essa estrutura que o Governo dá, então é um passo à frente para a comunidade regueira. Estou muito contente, porque o reggae é uma música de positividade e ele precisa disso. O público está aqui querendo mais, com muita energia. Vem muito estrangeiro, muito brasileiro, muita gente da periferia celebrando o reggae. Agradeço ao Governo do Estado e à Secult por acreditar em nós”, celebrou.
Texto de cobertura de Ana Paula Nobre, jornalista e repórter do Portal Soteropreta.
Carnaval
Camarote Vale do Dendê une inovação e tradição no Carnaval do Pelourinho

O Carnaval de 2025 do Centro Histórico de Salvador deixou saudade para aproximadamente mil baianos e turistas que, durante os dias 01 e 04 de março, marcaram presença no Camarote Vale do Dendê. Iniciativa pioneira, o camarote dedicado à inovação, com vista privilegiada para o Largo Terreiro de Jesus trouxe a experiência das Startups para o público, unindo diversão e tecnologia em um mesmo local.
O videocast transmitido ao vivo pelo Canal do YouTube da Vale do Dendê gravado pela Startup Estúdios Feirapod, foi uma das atrações de destaque e proporcionou bate-papos exclusivos sobre viagens, carnaval, ancestralidade, música e empreendedorismo feminino, com convidados do Camarote Vale do Dendê, como a empresária paulista Rebeca Aletheia, o ativista baiano Jerônimo Silva, a consultora Mel Campos e as professoras da Howard University Vaneesha Dutra, Mariko Carson, Tonija Hope acompanhantes de 39 estudantes do programa de intercâmbio da primeira universidade negra dos Estados Unidos, que pela primeira no Brasil, conheceram e participaram do carnaval da Bahia.

Foto: Júnior Assis
“Conexão é tudo. Temos um mundo cada vez mais globalizado, interdependente, onde não se faz mais nada sozinho. As grandes corporações mundiais e internacionais trabalham em cooperação no nível estratégico, por entenderem que a conexão de coisas aparentemente diferentes são importantes e fundamentais para a criação de sinergias. E nós, como pequenos empreendedores, com ecossistema em maturação, precisamos cada vez mais nos apropriar desses conceitos e usar de maneira estratégica. O Camarote Vale do Dendê é isso. Tínhamos o desejo de criar um camarote, aproveitar nossa casa, estar aqui no lugar mais central do Pelourinho e da história, onde tem o Carnaval mais importante de Salvador nesse momento, que é o Carnaval da família, da tradição, da raiz africana e soteropolitana”, comentou Paulo Rogério Nunes, cofundador da Vale do Dendê.
O camarote também promoveu interações com o público por meio de soluções inovadoras. Startups parceiras, como Design&Dendê, Points e Infleet, apresentaram experiências imersivas, incluindo desenho no quadro de design de experiência, simulações com realidade aumentada e o protótipo de um aplicativo para facilitar a busca por restaurantes com base nas preferências e necessidades do usuário. A Ecoloy contou com sua experiência de marca trazendo suas bolsas sustentáveis.

Foto: Júnior Assis
Cores e alegria
Por todo o camarote, pessoas com tranças e fitinhas coloridas no cabelo, corpos pintados, mulheres e homens com turbantes, glitter, muitas cores na maquiagem e uma boa massagem foram serviços aprovados por quem passou pelo Camarote Vale do Dendê, registrando uma média de 200 atendimentos diários pelos empreendedores.
O Camarote Vale do Dendê segue as diretrizes do Hub de Inovação que visa a valorização do Centro Histórico, bem como o fortalecimento do ecossistema de inovação e da economia local. A primeira edição do Camarote da Inovação contou com apresentações de artistas do Pelourinho, como o Grupo Cultural Chegou a Hora, Samba da Vizinha, Meninos da Rocinha do Pelô e a playlist atualizada de Dj Branco, proporcionando visibilidade para talentos da região responsável pela manutenção do carnaval tradicional baiano.

Foto: Júnior Assis
Com apoio institucional da Solvum Tecnologia, Associação Baiana de Startups – ABAS, Howard University, o Camarote Vale do Dendê inovou também na cobertura do Carnaval do Pelourinho, a partir das parcerias de veículos de mídia negra como Afro.TV, Correio Nagô, TV Kirimurê e Nunu Films produzindo conteúdos integrados sobre o Carnaval do Centro Histórico.
Carnaval
Muzenza celebra 43 anos de resistência e inovação no Carnaval 2025

Um dos mais tradicionais blocos afro da Bahia, o Bloco Afro Muzenza do Reggae promete um Carnaval inesquecível em 2025. Completando 43 anos de história, o bloco levará para as ruas de Salvador o tema “Muzenza, Uma História de Resistência”, reafirmando sua trajetória de luta, cultura e inovação. Em um ano marcante para o Carnaval baiano, que celebra 40 anos de axé, o Muzenza chega com tudo para contagiar os foliões e exaltar a riqueza da cultura afrodescendente.
“Há 43 anos estamos escrevendo nossa história, sendo o único bloco a levar a cultura afro-jamaicana para o Carnaval da Bahia, inspirados na música e no legado de Bob Marley. Este ano, temos a honra de apresentar a primeira rainha trans do Muzenza, um marco de representatividade e empoderamento no nosso Carnaval”, afirma Jorge Santos, Diretor-Presidente do bloco.
Assim como em 2019, quando coroou uma rainha PCD, o Muzenza segue ampliando espaços de protagonismo e valorização da diversidade dentro do Carnaval. Em 2025, a realeza do bloco será representada por Paloma Basttos, que brilhará à frente dos guerrilheiros do reggae nos três dias de desfile.

Foto: Maria Auxiliadora Santos
Muzenza: resistência e transformação social
Mais do que um bloco, o Muzenza é um símbolo de resistência e transformação social, fortalecendo a identidade e a ancestralidade do povo negro. Este ano, o bloco conta com patrocínio CAIXA e Governo Federal e apoio do Governo de Estado e Prefeitura de Salvador, garantindo um desfile ainda mais grandioso.
Dias e circuitos de desfile
Segunda-feira (03/03) – Circuito Dodô
Concentração: 21h30 | Saída: 22h30
Terça-feira (04/03) – Circuito Osmar
Concentração: 17h30 | Saída: 18h30

Foto: Maria Auxiliadora Santos
Sobre o Bloco Afro Muzenza do Reggae
Fundado em 5 de maio de 1981, no bairro da Liberdade, o Muzenza nasceu como um tributo a Bob Marley e ao reggae jamaicano, incorporando a batida inconfundível do samba-reggae. Ao longo de sua trajetória, tornou-se referência cultural e musical, conquistando 12 títulos em 13 carnavais disputados e colaborando com artistas como Daniela Mercury, Margareth Menezes e Carlinhos Brown.
Endereço da sede: Rua Alaíde do Feijão, nº 22 – Pelourinho