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Teatro

Espetáculo “Monocontos – Elas Fantasiam o Tempo” estreia em março

Ana Paula Nobre

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Foto: Caique Silva

O espetáculo “Monocontos – Elas Fantasiam o Tempo” estreia no dia 13 de março (quinta-feira), às 20h, na Casa Rosa (Teatro Cambará), no Rio Vermelho. Uma árvore enraíza saberes, três mulheres tecem histórias e reverenciam suas ancestralidades e o feminino: estes são os fundamentos da peça, com temporada de 12 apresentações, propondo uma experiência sensorial e inclusiva, ativando as memórias e sentidos do público. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e serão vendidos pela plataforma Sympla.

Dirigido por Ridson Reis e com dramaturgia de Elisio Lopes Jr., o espetáculo marca um novo momento do Coletivo Meio Tempo, grupo criado em Salvador em 2016. Em quase uma década de existência, o Coletivo construiu três espetáculos que sempre tiveram a presença masculina predominante. Agora, “Monocontos” quebra esse paradigma ao colocar três mulheres negras, as atrizes Dani Souza, Naira da Hora e Shirlei Silva, no centro da cena. É um momento de escuta, de contar e partilhar saberes, inspirando-se na tradição oral das griots, narradoras que guardam e transmitem histórias ao longo das gerações.

“Estamos construindo algo onde as atrizes são o foco, de como elas defendem o que essas mulheres dizem, sendo honestas e verdadeiras com as palavras e com o tempo agora”, declarou o diretor Ridson Reis, considerando como uma experiência que transcende a teatralidade convencional.

Já Elísio Lopes Jr. comenta sobre a essência do projeto: “Monocontos nasce dos atores. Um coletivo de monólogos escritos para serem lidos em voz alta, levados ao palco para aguçar os sentidos dos atores. Nesse livro existem diversos espetáculos, recortes, personagens. Mas por que narrar através das moiras? As moiras controlam os destinos dos humanos e dos deuses. É como a nossa arte, o teatro. Queremos ter o desfecho nas mãos. Esse é o nosso ofício, tentar escolher o final das histórias e como serão contadas. Mas o grande milagre da arte é o olhar do outro. Então nunca é igual e sempre vale a pena estar em cena”.

Ele também destaca a parceria com Ridson Reis: “Ridson é meu parceiro, um grande diretor e me provocou esse recorte. Ele escolheu os textos, plantou essa árvore cénica, bordada por mulheres fortes e que nos leva ao centro de tudo: o maternar. Monocontos estrear pelas mãos de um diretor-ator é cumprir a missão desses textos: fazer cena”, afirma.

Foto: Caique Silva

A narrativa do espetáculo se desfia ao redor de uma árvore de macramê, elemento central do cenário e também base para os figurinos. O público se posiciona em formato de arena, convidado a entrar nesse terreiro de memórias e histórias. Mais do que um espetáculo, “Monocontos” é uma experiência imersiva, onde os sentidos são aguçados e outras formas de escuta são ativadas.

A trilha sonora, composta por Roquildes Júnior, trará sonoridades ancestrais e percussivas, utilizando instrumentos como balafon, cabaça e kalimba, criando um ambiente sonoro que embala as histórias tecidas pelas atrizes. A direção de movimento é assinada pelo coreógrafo Arismar Adoté que se vale de elementos de dança afro, trazendo dinamismo e leveza para a encenação. Já os figurinos, assinados por Guilherme Hunder, utilizam as referências do macramê em diálogo com o cenário e a atividade tecelã desenvolvida pelas personagens durante o espetáculo.

O espetáculo é a ação que encerra o projeto Caravana do Meio Tempo, contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulos Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

Viva esse espetáculo repleto de memórias, histórias e sentidos! “Monocontos – Elas Fantasiam o Tempo” é uma experiência imersiva e sensorial que celebra o feminino, a ancestralidade e a força da tradição oral. Reserve seu lugar e permita-se mergulhar nesse universo de narrativas vivas, onde cada detalhe ressoa na alma.

Serviço

Estreia: De 13 de março (quinta-feira), às 20h,

Temporada: 14 a 30 de março (Sextas e sábados, às 20h/Domingos, às 19h)

Sessões mediadas: 21 e 28 de março, às 15h

Onde: Casa Rosa (Teatro Cambará) – Praça Colombo, 106, Rio Vermelho

Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia) – à venda no Sympla

Acessibilidade: algumas sessões contarão com tradução simultânea em Libras e as informações estarão disponíveis no Sympla

Teatro

Espetáculo “Um fio para liberdade” acontece sábado (22)

Ana Paula Nobre

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Foto: Diney Araújo
A Trupe 7.com estará de volta neste sábado (22), às 20h, no Centro Cultural Makota Valdina (antigo Theatro XVIII) com o espetáculo “Um fio para liberdade”, que narra a história de Lorena, uma adolescente que busca liberdade de expressão artística através da declamação de seus poemas.
No entanto, sua mãe, influenciada por crenças conservadoras, reforça uma cultura machista. A violência e o silêncio familiar conspiram contra a liberdade de Lorena, levando o público a uma reflexão profunda sobre esses temas.
Serviço
O quê: Espetáculo “Um fio para liberdade”
Quando: 22/03 (sábado)
Onde: Centro Cultural Makota Valdina (antigo Theatro XVIII)
Horário: 20h
Ingresso: R$ 20,00
Compra online (Renata): (71) 98765-0330
Mais informações no instagram: @trupe7.com_ Compra presencial: 1 hora antes do espetáculo.
*Espaço sujeito a lotação
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Teatro

Espetáculo ṢE entra em cartaz no Teatro Molière dia 15 de março

Ana Paula Nobre

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Foto: Laís da Conceição

ṢE – Uma Performance Jogo de Improviso é um espetáculo de improvisação cênica que mistura teatro, dança, música e performance para explorar as múltiplas dimensões da presença. Criado e interpretado por Diego Alcantara, com trilha original ao vivo de Tiago Farias, a obra é uma leitura do processo criativo e uma crítica incisiva à cultura do entretenimento instantâneo, o consumo de narrativas rápidas e a representatividade nas mídias tradicionais. A peça fica em cartaz nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 19h, no Teatro Molière – Av. Sete de Setembro, 401, Salvador.

Transitando entre afrografias, mandinga, malícia e deboche, ṢE convida o público a uma experiência sensorial e intelectual, questionando convenções, racismo estrutural e apropriação cultural. Entre a comicidade dos folguedos brasileiros e o futurismo digital, o espetáculo provoca com uma estética vibrante e subversiva – uma eletricidade, “coisa de negro”. Como um streaming vivo, traduz desejos e pulsões do público, tornando cada apresentação única e irrepetível. Uma experiência efêmera que instiga cada um a acessar sua Inteligência Ancestral (IA) e refletir sobre seu próprio lugar no mundo.

Foto: Laís da Conceição

O espetáculo ṢE estreou em uma temporada curta no Espaço Cultural da Barroquinha, em abril de 2024, e é uma expansão do exercício artístico-científico que dialoga com a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas (PPGAC) de Diego Alcantara, estruturando metodologias da negrura.

Provoque, desafie, deseje, compre, negocie, traga uma história, cante, dance, toque, faça! Esses são os dispositivos que rompem a barreira entre palco e plateia, transformando espectadores em agentes de um jogo cênico pulsante e instantâneo. Inspirado na estética dos jogos eletrônicos de simulação e na magia dos rituais, ṢE é uma máquina do tempo vestida de teatro, impulsionando o público a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.

 

 

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Teatro

Espetáculo “Nasceu” estreia no Teatro Martim Gonçalves

Ana Paula Nobre

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Foto: Roama

Com texto lírico, assinado por Clara Romariz, a peça “Nasceu” parte da imagem de uma serpente sendo assassinada a duras pauladas por uma mulher prenha. Com a proposta de um teatro visual, físico e extremamente poético, o espetáculo marca sua formatura no bacharelado em direção teatral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fica em cartaz gratuitamente nos dias 14, 15, 16 e 21, 22, 23 de março, sempre às 19h, no Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, em Salvador.

“Nasceu” aborda o princípio da vida: gênese de uma ideia, de uma obra de arte, de uma diretora, de um ser-humano, de uma leoa. E aqui não se trata de “gênese” em oposição a “morte”, já que fim e início estão conectados de forma espiralar. Fim de um ciclo, início de outro. Fim de uma fruta, início de uma semente. Fim de um bicho, alimento para a terra que dará início a mais vida. Descascar da pele da cobra, uma nova configuração de serpente.

Foto: Roama

“Nasceu” trata do feminino, tema da pesquisa de Clara Romariz há alguns anos, saindo de um lugar único de compreensão deste ser-mulher, estereotipado, sempre em oposição. Santa ou puta, Eva ou Maria, a do instinto materno puro e imaculado ou a mãe que é sempre culpabilizada por tudo. Com um elenco formado pelas atrizes Amanda Cervilho, Daiane Martins e Nina Andrade e equipe majoritariamente feminina, “Nasceu” busca outras formas de mulheridade, muito mais vinculada à ancestralidade, ao lado animalesco desse dito instinto materno, um lado menos controlado por milênios de culpa cristã. Através de um texto poético e de uma encenação contemporânea, “Nasceu” questiona a representação do feminino propondo um novo olhar sobre as mulheres.

Sobre a diretora

Clara Romariz é diretora, atriz e dramaturga, formada pela universidade livre do teatro vila velha, trabalhou no Vila por cinco anos tendo participado de diversos espetáculos, ora como atriz, ora como assistente de direção. Depois de sair do Vila, Clara entra em direção teatral na UFBA, tendo se aprofundado mais na dramaturgia e na direção. Escreveu diversos espetáculos como Gatunas, Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres, Abismo, Rominho e Marieta, passeando por gêneros diversos, sem perder sua linguagem lírica e seu tema de pesquisa, o universo do feminino. Dirigiu Ifigênia Agamemnon Electra, Sonata, Varal (seu solo) e Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres (sua pré-formatura em direção).

Serviço

O quê: Espetáculo “Nasceu”

Estreia: Dia 14 de março (sexta)

Temporada: Dias 15, 16, 21, 22 e 23 de março de 2025 (sexta a domingo)

Horário: Às 19h

Onde: Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, Salvador-BA

Entrada gratuita (retirada 1h antes de cada sessão na bilheteria do Teatro)

 

 

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