Dança
“EntreLAÇOS Nagô” estreia no TCA com dança afro-brasileira e protagonismo de mulheres pretas
O espetáculo EntreLAÇOS Nagô ocupa nos dias 10 e 11 de abril, às 20h, a Sala do Coro do Teatro Castro Alves. Com ingressos a R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia), a montagem é um manifesto dançado que celebra a ancestralidade e o protagonismo de mulheres pretas na cena da dança afro-brasileira.
Idealizado por Márcia Matos e Maria Claudia Dias, o projeto reúne intérpretes-criadoras com trajetórias consolidadas na dança soteropolitana. Ancorado na expressividade do corpo maduro, experiente, o espetáculo rompe padrões tradicionais e propõe uma imersão sensorial profunda, entrelaçando vivências, símbolos do sagrado e experiências corporais diversas.
“É um espetáculo que rompe com padrões e convida o público a uma imersão sensorial e espiritual. Trazemos nossas histórias e vivências para a cena, de forma contínua e viva”, afirma Márcia Matos, uma das idealizadoras.

Foto: Fabiola Campos
O espetáculo é fruto do Projeto Marias, núcleo artístico de dança afro e contemporânea. “Somos mulheres de corpos pretos e maduros, com histórias na dança. Criamos juntas, pesquisamos e construímos linguagens dançantes que reafirmam nossas trajetórias e saberes”, complementa Maria Claudia Dias.
A equipe conta com nomes como Dan Dara, Mônica Ferreira, Iana Telles, Verônica Salles, além de Ariadne Ramos na produção, Taina de Souza na iluminação, Malu Oliveira no som e Fabiola Campos como fotógrafa oficial. EntreLAÇOS Nagô se destaca por sua dramaturgia orgânica e aberta, e se afirma como um divisor de águas na dança baiana contemporânea.
Serviço:
O quê: Espetáculo EntreLAÇOS Nagô
Quando: 10 e 11 de abril de 2025
Horário: 20h
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves, Salvador – BA
Ingressos: R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia)
Classificação: Livre
Dança
Focus Cia de Dança celebra 25 anos em Salvador
A Focus Cia de Dança celebra 25 anos de trajetória com apresentações em Salvador, integrando a Circulação Petrobras Focus 25 anos. Nos dias 27 e 28 de novembro, às 20h, o Teatro Sesc Casa do Comércio recebe o espetáculo “Entre a Pele e a Alma”, dirigido e coreografado por Alex Neoral. Inspirada em O Jardim das Delícias Terrenas, de Bosch, a obra traz a voz de Ney Matogrosso como elemento central da trilha sonora.
Já nos dias 19 e 29 de novembro, às 16h, a companhia leva às ruas do Centro Histórico a performance gratuita “Trupe”, um cortejo dançado que homenageia artistas mambembes e transforma o espaço urbano em cena viva e compartilhada.
“Chegamos às bodas de prata! São 25 anos de muito trabalho e contribuição à dança contemporânea. Nada disso teria sentido sem o público e o patrocínio exclusivo da Petrobras”, afirma Alex Neoral.
Com cenografia monumental e figurinos de João Pimenta, “Entre a Pele e a Alma” propõe uma imersão sensorial marcada por dilemas humanos e celebra o corpo como expressão de liberdade. “É lindo admirar o corpo íntegro e pleno dos bailarinos. É parte da natureza do que nós somos”, comenta Ney Matogrosso.
A gestora e cofundadora Tati Garcias destaca que o patrocínio da Petrobras é fundamental para manter o alto nível técnico e artístico da companhia.
“A dança precisa de energia, fôlego e resistência e é isso que a Focus mantém há 25 anos.”
Com 26 obras e apresentações em mais de 100 cidades do Brasil e do exterior, a companhia se consagrou como uma das mais importantes da dança contemporânea nacional.
SERVIÇO:
Trupe – Terreiro de Jesus
Dias 19 e 29 de novembro, às 16h
Gratuito| Duração: 35 minutos
Entre a Pele e a Alma – Teatro Sesc Casa do Comércio
Dias 27 e 28 de novembro, às 20h
R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia)
Av. Tancredo Neves, 1109 – Pituba, Salvador
Ingressos: Sympla
Colaboradores da Petrobras têm 50% de desconto com crachá.
Dança
Jornada de Dança da Bahia celebra 15 anos em Salvador
A 15ª Jornada de Dança da Bahia acontece de 19 a 23 de novembro, em Salvador, com o lema “Danço o Que Sou”. A programação inclui oito espetáculos, 12 cenas coreográficas, residência artística e workshop internacionais e o 11º Fórum de Educadores de Dança, em locais como o Espaço Xisto Bahia, a Escola de Dança da UFBA e o Largo de Santo Antônio Além do Carmo. Todas as atividades têm acessibilidade e ingressos gratuitos ou a preços populares.
Produzido pelo Mantra Centro de Dança e realizado pela Escola Contemporânea de Dança e o Ministério da Cultura, o evento é dirigido pela bailarina Fatima Suarez. Inspirada nos ideais de Isadora Duncan, considerada a mãe da dança moderna, a Jornada celebra a liberdade e a expressão do corpo como arte sagrada e popular.
“Dançaremos todos tudo o que somos, num grande encontro de dança, amor e alegria”, convida Fatima Suarez.
Além da mostra artística, o festival apresenta o 11º Fórum de Educadores de Dança, voltado para professores e estudantes, e o Workshop Internacional na Técnica de Isadora Duncan, com Lori Belilove (EUA) e Fatima Suarez (BA). A programação ainda inclui o Movimento Lúcido, residência internacional conduzida pelo coreógrafo Lucio A. Baglivo (Argentina/Espanha), com culminância no Largo do Santo Antônio, em uma grande intervenção urbana gratuita.
Comprometida com a formação continuada, a Jornada mantém ações durante todo o ano, como a Formação Itinerante de Professores de Dança, que já passou por mais de 30 cidades brasileiras.
“A Jornada é um espaço de aprendizado e troca. Celebramos a dança em sua pluralidade, unindo gerações e estilos”, afirma Fatima Suarez.
O evento conta com apoio da Brasil PCH Santa Fé, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, Governo do Estado da Bahia, Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura da Bahia, Programa Ibercena, Funarte e Isadora Duncan Dance Foundation.
SERVIÇO:
15ª Jornada de Dança da Bahia – “Danço o Que Sou”
Espaço Xisto Bahia, Escola de Dança da UFBA e Largo do Santo Antônio Além do Carmo – Salvador (BA)
19 a 23 de novembro de 2025
Ingressos gratuitos ou a preços populares (R$ 40 / R$ 20)
Programação completa: www.jornadadedancadabahia.com
Vendas: www.sympla.com.br/jornada
Dança
Bailarina Gabriella Assis leva a Bahia pra Victoria Academy of Ballet
Nascida em Salvador, a bailarina Gabriella Assis, 19 anos, se prepara para desembarcar na Victoria Academy of Ballet, Canadá. Aprovada em maio, ela conquistou uma bolsa de estudos na instituição e ainda espera a liberação do visto para iniciar o programa de três anos, voltado à formação de jovens bailarinos para companhias profissionais.
Para ela, essa é uma das maiores experiências de sua carreira.
“Quero que meninas e meninos negros saibam que também há lugar para eles nos palcos.”
Uma mulher negra, ela foge dos padrões e com isso transforma em potência aquilo que muitos enxergavam como obstáculo.

“Meu sonho é representar a Bahia pelo mundo e abrir portas para quem vem depois de mim”, diz.
O balé entrou em sua vida aos três anos de idade e rapidamente deixou de ser apenas uma atividade infantil para se tornar vocação. Já participou de festivais nacionais e internacionais, além de formação em diferentes estilos. Gabriella também concluiu todos os exames da Royal Academy of Dance, método inglês reconhecido mundialmente.
A mãe, Mariane Assis, é testemunha dessa trajetória.
“Estou ao lado de Gabriella em cada ensaio, cada prova e cada lágrima. Essa conquista não é só dela, é de todas as meninas que acreditam que podem estar em qualquer palco do mundo”, afirma.
Mas o caminho foi árduo. A bailarina enfrentou dúvidas alheias, cobranças mais duras e até negativas de visto nos Estados Unidos, mesmo após aprovações em audições.

Para a professora Juliana De Vecchi, da Ebateca Pituba, o esforço da aluna sempre foi notável: “Ela precisou se dedicar três vezes mais. Hoje inspira por ser uma bailarina preta que desafia padrões e mostra que há espaço para diferentes corpos na dança.”
O bailarino profissional Emerson Nascimento, um dos seus maiores incentivadores, reforça: “Quando conheci Gabi, vi aquela dedicação no olhar. Muitas meninas pretas podem trilhar esse caminho também. Quando uma consegue, todas conseguem.”
A bailarina Gabriella Assis já conta com patrocínio da Secretaria de Cultura da Bahia, mas os recursos ainda não cobrem os três anos no Canadá, e ela faz apelo por novos parceiros.
Mais que uma realização pessoal, Gabriella encara a conquista como responsabilidade coletiva. Após concluir a formação, pretende voltar à Bahia para compartilhar o aprendiizado com meninas e meninos negros da comunidade, honrando o compromisso firmado com a Secult.
“Ser diferente não é limite, é potência. Cada conquista minha é também de quem vem depois”, resume.
Conheça Gabiella Assis: @assis.gabriella06
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