Cultura
Escola de Samba Junino inicia projeto cultural com oficinas gratuitas
Inaugurada oficialmente no último dia 17, a primeira Escola de Samba Junino de Salvador começa suas atividades nesta terça-feira (1º) com o curso de levada rítmica de samba duro e percussão, promovido pelo projeto Samba Duro em Movimento Aprendendo e Fomentando.
Localizada na Rua Padre Domingos de Brito, 4D, no bairro do Garcia, a escola tem como objetivo preservar, fortalecer e difundir a cultura do Samba Junino por meio de programas de formação e inclusão social. As oficinas gratuitas são direcionadas a crianças, jovens e adultos e abrangem percussão, canto, violão e expressão corporal.
Segundo Nonato Sanskey, cantor, compositor e mestre de Samba Junino, além de fundador do Instituto MUCUM’G, a escola é um espaço que atua como elo entre a tradição e a inovação artística na cultura baiana.
“O Instituto MUCUM’G firmou-se como um agente transformador e um centro de valorização da cultura baiana, promovendo a arte, a cidadania e o desenvolvimento social”, afirma Sanskey.
O Samba da MUCUM’G é a principal vitrine cultural da instituição, organizando eventos, espetáculos e celebrações que exaltam o samba duro junino, o samba de roda e outras expressões afro-brasileiras. Essas atividades contribuem para a preservação da memória cultural da Bahia e têm conquistado reconhecimento nacional e internacional.
“A Bahia — com sua singularidade rítmica, estética e simbólica — inspira nossa missão de preservar, inovar e difundir as tradições culturais de matriz africana”, ressalta Sanskey. “Construímos pontes entre passado e futuro, território e identidade, por meio da teatralidade da puxada de rede, da intensidade do maculelê, da musicalidade ancestral do samba e da energia ritual da capoeira.”
Cultura
Malcom Ferdinand discute ecologia decolonial no Festival Nosso Futuro
O pesquisador Malcom Ferdinand, referência internacional nos debates sobre ecologia decolonial, participou nesta quinta-feira (6) do Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África, em Salvador. O evento, realizado na DOCA 1, reuniu público interessado em repensar a relação entre crise ambiental, colonialismo e justiça social.
Natural da Martinica e vinculado ao Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), Ferdinand propôs uma ruptura com o ambientalismo tradicional. Para ele, é impossível compreender as transformações climáticas sem considerar a herança colonial e as desigualdades raciais que estruturam o mundo contemporâneo.
Em conversa mediada por Djamila Delannon, co-curadora do projeto Regard Créole do festival WOW, o autor de Uma Ecologia Decolonial: Pensar a Partir do Mundo Caribenho (Ubu) refletiu sobre a necessidade de questionar a linguagem científica dominante.
“Cada palavra tem uma história. ‘Ecologia’ foi criada por um biólogo alemão que defendia ideias eugenistas. Herdamos uma ciência branca, masculina e colonial”, afirmou.
Ferdinand também apresentou o conceito de “habitar colonial”, que associa o ato de ocupar a terra à destruição do que é vivo. “Não existe um lugar no mundo a salvo da poluição. É preciso inventar relações de amor com a terra, em oposição à lógica mortífera da exploração”, disse.
O debate fez parte do Fórum Nosso Futuro Brasil–França, que integra o festival e reúne pensadores e artistas de diferentes países para discutir temas urgentes do presente.
SERVIÇO:
Festival Nosso Futuro – Brasil–França: Diálogos com a África
5 a 8 de novembro de 2025
Diversos espaços em Salvador
Programação completa: www.francabrasil2025.com
Cultura
“Menino Mandela” e oficina teatral são atrações na CAIXA Cultural
O público baiano poderá conferir, neste fim de semana, o premiado musical “Menino Mandela”, em cartaz sábado (8) e domingo (9), às 15h e 17h, na CAIXA Cultural Salvador. A montagem conta de forma lúdica a infância de Nelson Mandela, com músicas originais, danças africanas e bonecos.
Ainda no sábado, às 9h30, o diretor e idealizador da peça, Arlindo Lopes, conduz a oficina gratuita “Artista na Criação e Produção”, voltada a artistas, estudantes e profissionais da cultura.
Com cinco prêmios do Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude (CBTIJ), “Menino Mandela” mostra o menino Rolihlahla, nome de nascimento de Mandela, e as experiências que moldaram sua visão de mundo.
“Mandela sempre foi uma das pessoas mais inspiradoras que passaram por essa existência. O teatro infantil forma adultos mais conscientes da diversidade”, afirma Arlindo Lopes.
O musical tem texto de Ricardo Gomes e Mariana Jaspe, direção musical de Wladimir Pinheiro e elenco formado por Peter, Aline Valentim, Ella Fernandes, Vanessa Pascale e o próprio Wladimir.
A oficina de Arlindo Lopes propõe uma reflexão sobre o papel do artista na criação e na produção, apresentando ferramentas para desenvolver projetos culturais viáveis e conectados com o público.
SERVIÇO:
Musical infantojuvenil “Menino Mandela”
CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro (estacionamento gratuito)
8 e 9 de novembro (sábado e domingo)
15h e 17h
R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia) – Sympla
Sessão acessível (sábado, 15h): Libras e audiodescrição
Classificação livre
Informações: (71) 3421-4200 | @caixaculturalsalvador
Oficina “Artista na Criação e Produção” – Arlindo Lopes
Teatro da CAIXA Cultural Salvador
8 de novembro (sábado)
9h30 às 12h30
Inscrições gratuitas: caixacultural.gov.br
Classificação: a partir de 16 anos
Cultura
Festival Nosso Futuro celebra trocas entre Brasil, França e África
Salvador recebe até 8 de novembro o Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África, que reúne mais de 300 jovens, artistas e gestores dos três continentes. A abertura oficial aconteceu nesta quarta-feira (5), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), com a presença do presidente francês Emmanuel Macron, do governador Jerônimo Rodrigues e da ministra Margareth Menezes.
“A nova casa do mundo africano está sendo criada peça por peça, degrau por degrau, para mudar as coisas nesse triângulo para melhor”, afirmou Macron.
A noite contou com shows de Carlinhos Brown e Orkestra Rumpilezz, além das participações de Lazzo Matumbi, Senny Câmara e Larissa Luz.
Pela manhã, o Encontro Técnico de Prefeitos e Autoridades reuniu gestores da França, África e Brasil no Arquivo Público Municipal.
“Nossa meta é ir além do intercâmbio de ideias, com planos claros e ações concretas de cooperação”, disse Nathália Peixoto, da Prefeitura de Salvador.
A programação segue com debates, palestras e atividades que destacam conexões culturais entre Salvador, Paris e cidades africanas.
SERVIÇO
Festival Nosso Futuro – Brasil-França: Diálogos com a África
5 a 8 de novembro de 2025
Salvador, Bahia
Mais informações: www.francabrasil2025.com
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