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Artes

Festival Julho das Pretinhas celebra infâncias negras com 17 atividades gratuitas

Iasmim Moreira

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Julho das Pretinhas

O Festival Julho das Pretinhas chega à sua 6ª edição como o único evento dedicado inteiramente às infâncias negras no calendário do Julho das Pretas, em Salvador. Com 17 atividades culturais distribuídas em cinco dias de programação gratuita, o festival será realizado entre os dias 23 e 27 de julho, ocupando diferentes espaços da cidade, como o Museu Afro-Brasileiro da UFBA, Espaço 360º, Teatro Gregório de Mattos e Escola Municipal Madre Judite.

Idealizado pela atriz, escritora e gestora cultural Cássia Valle, através do Instituto Calu Brincante, o Julho das Pretinhas convida crianças e adolescentes a vivenciarem experiências de arte, afeto, memória e identidade, por meio de oficinas, contações de histórias, saraus, exposições, espetáculos, sessões de cinema e mostras criativas. “O Julho das Pretinhas é mais do que um festival, é um território de criação e afirmação para nossas crianças negras. Queremos que elas cresçam sabendo que pertencem, que são importantes e que seus sonhos têm lugar no mundo”, afirma Valle.

A programação será inaugurada no dia 23 de julho com a exposição “Pretinhas Brincantes”, no Museu Afro-Brasileiro da UFBA, seguida de contação de histórias com o Griot Yaya e o Bonde da Calu. Nos dias seguintes, atividades de escrita criativa, musicalização, dança, cinema, lançamentos de livros e apresentações teatrais ganham corpo em diferentes territórios da cidade, culminando no encerramento com o mini recital “Maria Felipa”, no dia 27, no Teatro Gregório de Mattos.

Além das atrações culturais, o festival promove o reconhecimento de iniciativas e trajetórias com a entrega do Troféu Julhinho, voltado a professores e instituições comprometidas com uma educação descolonizadora, e da Medalha Calu, destinada às crianças protagonistas das ações.

A curadoria do festival é assinada por artistas e educadores de destaque na cena cultural baiana, como os atores Lázaro Ramos e Valdinéia Soriano, a produtora Lucila Laura, e as jovens atrizes Ayana Dantas e Pietra Gomes, ao lado da diretora do projeto. A equipe é responsável pela seleção das produções que integram a Mostra Artística, avaliando critérios como criatividade, diversidade de linguagens e impacto sociocultural.

Com o compromisso de unir arte e formação antirracista, o Julho das Pretinhas é parte de uma ação continuada que inclui atividades ao longo do ano, como o Pocket Julho das Pretinhas, em maio, e o Novembro das Pretinhas, fortalecendo um circuito cultural de base voltado à emancipação das novas gerações.

O festival é realizado com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Ministério da Cultura, por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).

SERVIÇO
Festival Julho das Pretinhas
De 23 a 27 de julho de 2024
Locais: Museu Afro-Brasileiro da UFBA, Espaço 360º, Teatro Gregório de Mattos e Escola Municipal Madre Judite
Entrada gratuita | Classificação: livre para todos os públicos
Instagram: @julhodaspretinhas

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Artes

Festival Beirú das Artes Negras ocupa bairro do Cabula com ações gratuitas

Jamile Menezes

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Realizado pelo Instituto de Formação em Arte – IFÁ, o Festival Beirú das Artes Negras (FESTBAN) chega a sua sexta edição ocupando o bairro do Cabula, em Salvador, de 03 a 27 de novembro.  Através do núcleo artístico PAÓ, o festival promove, ao longo do mês da Consciência Negra, uma programação gratuita com formação, diálogo comunitário e produção artística periférica.

O FESTBAN acontece em espaços públicos do Cabula e contempla 11 linguagens artísticas: Dança, Teatro, Música, Percussão, Capoeira, Artes Visuais, Poesia, Circo, Performance, Moda e Audiovisual. A programação será realizada por 21 artistas e grupos selecionados pelo projeto.

Quilomba Zu - performance

Quilomba Zu – Performance

Formação artística

No Festival Beirú das Artes Negras também vai ter realiza oficinas artísticas em 22 escolas públicas estaduais da região. Cada escola receberá uma oficina de 2 horas, nos turnos matutino e vespertino, ampliando o acesso à formação artística entre crianças, adolescentes e jovens do território.

A programação terá intervenções artísticas em praças e largos do Cabula e Giras Temáticas, que promovem debates e rodas de conversa no Teatro da UNEB, culminando com a Mostra Palco, com apresentações abertas ao público.

Adam Akuma – Dança

O festival tem como objetivo estimular jovens negros e negras a despertarem para utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru.

“Esse festival potencializa, difunde e fomenta as artes afrodiaspóricas presentes na periferia, além de homenagear o negro Beiru, vindo das terras de Oió, na Nigéria, que foi escravizado em Salvador, mais especificamente na fazenda dos Garcia D’Ávila, conhecida como “Campo Seco”, hoje o bairro Beiru/Tancredo Neves. É também de uma forma de manter vivo o legado de resistência das nossas ancestralidades”, diz Robson Correia, idealizador e diretor artístico do festival.

O FESTBAN reforça o compromisso do IFÁ com a formação artística como ferramenta de transformação social, valorização da memória e fortalecimento da identidade negra nas comunidades.

SERVIÇO:

FESTBAN VI – Festival Beirú das Artes Negras
Onde: Cabula – Salvador, BA
Quando: 03 a 27 de novembro
Programação gratuita

PROGRAMAÇÃO:

  • Oficinas Artísticas (11 linguagens)
    03 a 14/11 — em 22 escolas estaduais da região, pela manhã e tarde.

  • Mostra Rua – Intervenções Urbanas
    18 a 22/11 — Praças e largos do Cabula.

  • Giras Temáticas – Palestras e rodas de conversa
    25/11 — Teatro da UNEB | 9h às 12h e 14h às 17h.

  • Mostra Palco – Apresentações Artísticas
    26/11 — Teatro da UNEB | a partir das 15h.

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Artes

Zéh Palito inaugura exposição individual no MAC_BAHIA

Jamile Menezes

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Zeh-Palito

O Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta entre os dias 19 de novembro e 22 de fevereiro de 2026 a primeira exposição individual de Zéh Palito(Limeira, 1986).

Em Do pranto o oceano, e nadamos no amor, sua primeira exposição individual em um museu brasileiro, o artista propõe uma imersão marcada pela fusão entre referências da cultura urbana, estética tropical e temas sociais que atravessam sua produção desde o início da carreira. A mostra no MAC_BAHIA marca um retorno simbólico ao país e um novo capítulo em sua trajetória.

Com curadoria de Daniel Rangel, a exposição apresenta um conjunto de 21 pinturas, uma escultura, seis instalações, um mural e a ativação da escultura inflável de um cacho de bananas, todas desenvolvidas entre 2022 e 2025.

“Na exposição “Do pranto o oceano, e nadamos no amor”, quero expressar, de forma pictórica, que da nossa dor (o pranto) nasce algo imenso (o oceano). Mesmo diante desse oceano de lágrimas, nós nadamos no amor — permanecemos vivos, seguimos em frente, envolvidos e imersos nesse sentimento.
Apesar da dor e de todas as adversidades, é o amor que nos sustenta e nos dá força para continuar”, diz Zéh.

Além das obras de séries já conhecidas – que celebram a cultura e a existência de pessoas negras em posição de poder, com uma iconografia própria e influências do tropicalismo brasileiro -,  Zéh Palito apresenta também uma série inédita criada especialmente para esta exposição, na qual presta homenagem a artistas baianos que admira, como Emanoel Araújo, Mestre Didi, Yedamaria, Estevão Silva e Rubem Valentim.

Formado em Design Gráfico pela FAAL e com passagem pela EMCEA – Escola Municipal de Cultura e Artes, em Limeira (SP), Zéh Palito começou a pintar aos 15 anos, quando o grafite se tornou uma ferramenta de expressão e engajamento comunitário no interior paulista.

As composições do artista apresentam pessoas negras envoltas em cenários fantásticos, repletos de frutas, flores e ícones da cultura pop – como tênis, carros e marcas -, articulando um diálogo entre ancestralidade, desejo e consumo.

“A obra de Zéh Palito impacta à primeira vista. Cultura negra pop afrofuturista, permeada por muitos tons de rosa com um traço pessoal que vem das ruas para o museu. A exposição de Zéh Palito no MAC_BAHIA, primeira individual do artista em um museu no país, marca a trajetória de um expoente artista brasileiro, que possui obras em importantes museus e coleções particulares no mundo todo”, afirma o curador Daniel Rangel.

Com trabalhos presentes em coleções de instituições como Instituto Inhotim, Baltimore Museum of Art e Institute of Contemporary Art Miami, Zéh Palito consolida sua presença internacional ao mesmo tempo em que reafirma suas raízes brasileiras.

Serviço:
Exposição: Do pranto o oceano, e nadamos no amor, individual Zéh Palito
Curadoria: Daniel Rangel
Abertura: 19 de novembro, quarta-feira, às 17h
Período: 19 de novembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026
Local: MAC_BAHIA – Museu de Arte Contemporânea da Bahia Rua da Graça, nº 284, Graça, Salvador/BA
Horário: terça a domingo, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Realização: MAC_BAHIA, IPAC, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

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Artes

Instituto Calu Brincante chega ao Subúrbio com Novembro Pretinho

Jamile Menezes

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O núcleo artístico do Instituto Calu Brincante construiu, ao longo dos anos, uma caminhada marcada por afeto, coletividade e resistência

O Instituto Calu Brincante, liderado pela atriz e escritora Cássia Valle, realiza o Novembro Pretinho com uma programação gratuita, artística e lúdica, no dia 14 de novembro, no Teatro Subúrbio 360°, das 14h às 16h30.

O Novembro Pretinho celebra o protagonismo das infâncias negras por meio da arte, da educação e da ancestralidade, culminando as atividades iniciadas em julho e reunindo crianças, educadores, artistas e famílias em um encontro marcado pela celebração da identidade, da criatividade e da memória preta.

A tarde começa com a Feira da Criatividade, que traz o Balcão de Trocas de Livros da Literatura Preta Infantil-Baiana, incentivando a circulação de obras de autores negros e a valorização da leitura desde a infância. O evento também apresenta a Mostra das Ações Formativas, reunindo experiências vividas ao longo do festival em escolas e instituições parceiras.

Bonde da Calu | Foto Anderson Moreira

Haverá ainda o Troféu Julhinho e da Medalha Calu, homenageando alunas, alunos e instituições que se destacaram em iniciativas voltadas ao protagonismo feminino preto e à promoção da igualdade racial.

A curadoria é formada por Cássia Valle, Valdinéia Soriano, Lucila Laura, Pietra Gomes e Aya Dantas.

O encerramento artístico fica por conta do Recital “Maria Felipa”, espetáculo que reafirma os pilares do festival — ancestralidade, representatividade, arte e educação preta — e homenageia uma das maiores figuras da resistência feminina na história da Bahia.

“O Novembro Pretinho é o momento de celebrar o que construímos juntos — com as crianças, escolas e famílias. Reafirmar que o brincar, o aprender e o sonhar também são formas de resistência”, destaca Cássia Valle, atriz, educadora e idealizadora do Instituto Calu Brincante.

Bonde da Calu: Arte e Representatividade

Em 2025, o Bonde da Calu celebra oito anos de trajetória, reafirmando seu compromisso com a arte, a educação e o fortalecimento das infâncias negras. O núcleo artístico do Instituto Calu Brincante construiu, ao longo dos anos, uma caminhada marcada por afeto, coletividade e resistência. Com espetáculos, formações e projetos como o Festival Julho das Pretinhas, o Bonde da Calu segue inspirando novas gerações a se reconhecerem e amarem sua identidade afro-brasileira

“O Bonde da Calu nasceu do desejo de transformar o palco em espaço de representatividade e liberdade. Hoje, seguimos reafirmando que o teatro, a literatura e a música são caminhos de resistência, educação e cuidado”, conclui Cássia Valle

SERVIÇO:

O quê: Novembro Pretinho

Quando: 14 de novembro (sexta), das 14h às 16h30

Onde:  Teatro Subúrbio 360° (Rua da paz, S/N, Coutos)

Atividades: Feira Criativa, mostras artísticas e recital em homenagem à Maria Felipa

Público-alvo: Crianças e adolescentes

Atividade: Gratuita

Realização: Instituto Calu Brincante e Bonde da Calu Acompanhe em: @calubrincante e @cassiavallereal

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