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Cultura

Projeto SOBEJO debate sobre violências de gênero

Iasmim Moreira

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SOBEJO

Depois de uma estreia impactante no bairro do Arenoso, o projeto SOBEJO – Arte e Empoderamento: As vozes que ecoam na periferia, d’A Outra Companhia de Teatro, realiza sua segunda edição nos dias 24 e 25 de julho, no bairro de Cajazeiras 5, em Salvador. Com entrada gratuita, a programação acontece na Casa do Sol Padre Luís Lintner, reunindo teatro, audiovisual, poesia e rodas de conversa para abordar as múltiplas violências de gênero e promover escuta, denúncia e empoderamento feminino.

Idealizado pela atriz, produtora e mediadora cultural Eddy Veríssimo, com coordenação técnica de Luiz Buranga, o projeto tem como foco mulheres negras e periféricas — as mais atingidas pelas estatísticas de violência doméstica, segundo o Ministério das Mulheres. “Quando ecoamos nossas vozes, fazemos com que elas reverberem em lugares onde talvez nunca chegassem. São gritos de socorro da periferia que não podem mais ser ignorados”, afirma Eddy.

A programação começa na quarta-feira (24), às 9h, com a exibição da websérie SOBEJO: Processo Indeferido, composta por cinco episódios que tratam de violências física, moral, sexual, patrimonial e psicológica contra mulheres. Em seguida, atividades pedagógicas com mediação cultural propõem debates e reflexões com o público. À tarde, das 15h às 17h, mulheres negras poetas da periferia se apresentam em um sarau poético.

Na quinta-feira (25), às 15h, será apresentado o espetáculo solo “SOBEJO”, protagonizado por Eddy Veríssimo, que dá nome ao projeto. A montagem narra a história de Georgina Serrat, uma mulher que enfrenta o ciclo da violência doméstica ao lado de um marido abusivo. Ao final, o público participa de um debate com convidadas que atuam no enfrentamento à violência contra a mulher, em diferentes frentes. O espetáculo contará com tradução em LIBRAS e audiodescrição.

Além de Cajazeiras 5, o projeto circulará até o final de agosto por outros bairros da capital baiana, como Paripe (dias 7 e 8 de agosto) e Uruguai (21 e 22 de agosto), sempre com exibição da websérie, saraus e apresentações do espetáculo SOBEJO, seguidas de debates com mulheres ativistas, artistas e educadoras. A proposta é fortalecer redes de apoio e ampliar os espaços de denúncia e reflexão por meio da arte.

A iniciativa é parte da trajetória da atriz Eddy Veríssimo, que desde 2016 apresenta o espetáculo SOBEJO, premiado e indicado ao Prêmio Braskem de Teatro. A partir da peça, já foram criadas outras ações como SOBEJO – porque ainda é preciso gritar (2021), SOBEJO – Processo Indeferido (2022) e SOBEJO – Arte e Empoderamento no Subúrbio (2024). Em todas elas, a arte é usada como ferramenta de transformação, conscientização e mobilização nas periferias.

Confira a programação gratuita:

CAJAZEIRAS 5 – Casa do Sol Padre Luís Lintner
24/07 (quarta-feira)
– 9h às 12h: Exibição da websérie SOBEJO: Processo Indeferido
– 15h às 17h: Sarau Poético

25/07 (quinta-feira)
– 15h às 17h: Espetáculo SOBEJO, seguido de debate

PARIPE – Colégio Estadual Barros Barreto
07/08 (quarta-feira)
– 9h às 12h: Exibição da websérie SOBEJO: Processo Indeferido
– 15h às 17h: Sarau Poético

08/08 (quinta-feira)
– 15h às 17h: Espetáculo SOBEJO, seguido de debate

URUGUAI – Espaço Cultural Alagados
21/08 (quarta-feira)
– 9h às 12h: Exibição da websérie SOBEJO: Processo Indeferido
– 15h às 17h: Sarau Poético

22/08 (quinta-feira)
– 19h às 21h: Espetáculo SOBEJO, seguido de debate

Acompanhe:

Instagram: @sobejo.espetaculo
Linklist: linklist.bio/sobejo

Foto: Diney Araújo

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Cultura

Malcom Ferdinand discute ecologia decolonial no Festival Nosso Futuro

Kelly Bouéres

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Festival Nosso Futuro
Diogo Andrade

O pesquisador Malcom Ferdinand, referência internacional nos debates sobre ecologia decolonial, participou nesta quinta-feira (6) do Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África, em Salvador. O evento, realizado na DOCA 1, reuniu público interessado em repensar a relação entre crise ambiental, colonialismo e justiça social.

Natural da Martinica e vinculado ao Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), Ferdinand propôs uma ruptura com o ambientalismo tradicional. Para ele, é impossível compreender as transformações climáticas sem considerar a herança colonial e as desigualdades raciais que estruturam o mundo contemporâneo.

Em conversa mediada por Djamila Delannon, co-curadora do projeto Regard Créole do festival WOW, o autor de Uma Ecologia Decolonial: Pensar a Partir do Mundo Caribenho (Ubu) refletiu sobre a necessidade de questionar a linguagem científica dominante.

“Cada palavra tem uma história. ‘Ecologia’ foi criada por um biólogo alemão que defendia ideias eugenistas. Herdamos uma ciência branca, masculina e colonial”, afirmou.

Ferdinand também apresentou o conceito de “habitar colonial”, que associa o ato de ocupar a terra à destruição do que é vivo. “Não existe um lugar no mundo a salvo da poluição. É preciso inventar relações de amor com a terra, em oposição à lógica mortífera da exploração”, disse.

O debate fez parte do Fórum Nosso Futuro Brasil–França, que integra o festival e reúne pensadores e artistas de diferentes países para discutir temas urgentes do presente.

SERVIÇO:

Festival Nosso Futuro – Brasil–França: Diálogos com a África
5 a 8 de novembro de 2025
Diversos espaços em Salvador
Programação completa: www.francabrasil2025.com

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Cultura

“Menino Mandela” e oficina teatral são atrações na CAIXA Cultural

Kelly Bouéres

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“Menino Mandela” e oficina teatral são atrações na CAIXA Cultural
Renato Mangolin

O público baiano poderá conferir, neste fim de semana, o premiado musical “Menino Mandela”, em cartaz sábado (8) e domingo (9), às 15h e 17h, na CAIXA Cultural Salvador. A montagem conta de forma lúdica a infância de Nelson Mandela, com músicas originais, danças africanas e bonecos.

Ainda no sábado, às 9h30, o diretor e idealizador da peça, Arlindo Lopes, conduz a oficina gratuita “Artista na Criação e Produção”, voltada a artistas, estudantes e profissionais da cultura.

Com cinco prêmios do Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude (CBTIJ), “Menino Mandela” mostra o menino Rolihlahla, nome de nascimento de Mandela, e as experiências que moldaram sua visão de mundo.

“Mandela sempre foi uma das pessoas mais inspiradoras que passaram por essa existência. O teatro infantil forma adultos mais conscientes da diversidade”, afirma Arlindo Lopes.

O musical tem texto de Ricardo Gomes e Mariana Jaspe, direção musical de Wladimir Pinheiro e elenco formado por Peter, Aline Valentim, Ella Fernandes, Vanessa Pascale e o próprio Wladimir.

A oficina de Arlindo Lopes propõe uma reflexão sobre o papel do artista na criação e na produção, apresentando ferramentas para desenvolver projetos culturais viáveis e conectados com o público.

SERVIÇO:

Musical infantojuvenil “Menino Mandela”
CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro (estacionamento gratuito)
8 e 9 de novembro (sábado e domingo)
15h e 17h
R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia)Sympla
Sessão acessível (sábado, 15h): Libras e audiodescrição
Classificação livre
Informações: (71) 3421-4200 | @caixaculturalsalvador

Oficina “Artista na Criação e Produção” – Arlindo Lopes
Teatro da CAIXA Cultural Salvador
8 de novembro (sábado)
9h30 às 12h30
Inscrições gratuitas: caixacultural.gov.br
Classificação: a partir de 16 anos

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Cultura

Festival Nosso Futuro celebra trocas entre Brasil, França e África

Kelly Bouéres

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Festival Nosso Futuro reúne artistas e gestores do Brasil, França e África em Salvador
Victor Fernandez

Salvador recebe até 8 de novembro o Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África, que reúne mais de 300 jovens, artistas e gestores dos três continentes. A abertura oficial aconteceu nesta quarta-feira (5), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), com a presença do presidente francês Emmanuel Macron, do governador Jerônimo Rodrigues e da ministra Margareth Menezes.

“A nova casa do mundo africano está sendo criada peça por peça, degrau por degrau, para mudar as coisas nesse triângulo para melhor”, afirmou Macron.

A noite contou com shows de Carlinhos Brown e Orkestra Rumpilezz, além das participações de Lazzo Matumbi, Senny Câmara e Larissa Luz.

Pela manhã, o Encontro Técnico de Prefeitos e Autoridades reuniu gestores da França, África e Brasil no Arquivo Público Municipal.

“Nossa meta é ir além do intercâmbio de ideias, com planos claros e ações concretas de cooperação”, disse Nathália Peixoto, da Prefeitura de Salvador.

A programação segue com debates, palestras e atividades que destacam conexões culturais entre Salvador, Paris e cidades africanas.

SERVIÇO
Festival Nosso Futuro – Brasil-França: Diálogos com a África
5 a 8 de novembro de 2025
Salvador, Bahia
Mais informações: www.francabrasil2025.com

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