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Artes

Animação ajuda pais e educadores a abordarem questões étnicos- raciais na primeira infância!

Jamile Menezes

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Com o intuito de contribuir para uma educação antirracista e levar diversidade ao público infantil, a comunicadora e mãe, Tati Sacramento, revolveu criar “Os Quatro”. Uma animação protagonizada por 4 personagens negras. Ela conta que a ideia surgiu a partir da percepção da falta de representatividade negra em desenhos para crianças de 0 a 6 anos. Convivendo com outros pais, Tati percebeu que eles tinham dificuldade de abordar questões étnicos-raciais com os filhos dessa faixa etária.

“Quando resolvi incluir alguns desenhos animados dedicados à faixa etária do meu bebê, percebi que não havia referências de personagens negros. E minha preocupação foi por ele ser uma criança multirracial e não ter essa referência desde pequeno. Principalmente eu sendo mãe negra. Ele precisava ter essa referência”, explica a mãe do pequeno Gael.

Segundo a idealizadora, a intenção é que o projeto também se torne uma ferramenta de apoio para pais, educadores e cuidadores, na formação de crianças. Além de educar e entreter, o projeto pretende ensinar crianças negras a aceitarem e valorizem a própria beleza e identidade.

“A crianças negras muitas vezes necessita de boas memórias sobre a relação com sua identidade, principalmente para que possam crescer com autoestima, autoconfiança para enfrentar o mundo externo. Enquanto projeto, temos o objetivo de ensinar a respeitar a diversidade, mostrar que as pessoas não são iguais e está tudo bem, e que a beleza está aí”, diz Tati.

Os protagonistas da animação são quatro amigos negros, dois meninos e duas meninas, com tons de pele distintos. O desenho aborda questões relacionadas ao universo infantil como primeiro dia na escola, desfralde, a importância de uma alimentação saudável, respeito à natureza, estudos, entre outras.

Para a trilha sonora foram escolhidos ritmos musicais pertencentes a cultura afro-brasileira, historicamente popularizados por artistas brancos. A idealizadora conta que escolheu usar pagode, samba-reggae, axé, ijexá, jazz, rock como forma de valorizar as raízes negras.

Acreditamos que precisamos cada vez mais levantar essa bagagem cultural (música, dança e arte em geral) para mostrar a essas crianças o quanto elas têm que ter orgulho de quem elas são, e de valorizar a sua ancestralidade. Assim, ajudaremos a construir uma geração imparável e orgulhosa de si”, ressalta a comunicadora.

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Performance de Jeisiekê de Lundu encerra exposição na Galeria Goethe-Institut

Amanda Moreno

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Performance de Jeisiekê de Lundu encerra exposição na Galeria Goethe-Institut
Performance de Jeisiekê de Lundu encerra exposição na Galeria Goethe-Institut (Foto: Divulgação)

Performance de Jeisiekê de Lundu encerra exposição na Galeria Goethe-Institut. Após dois meses para visitações a exposição “Derramei minhas fábulas em seiva de terra com meus olhos d’água”, a artista visual, escritora e performer transvestigenere Jeisiekê de Lundu realiza performance para fechar este ciclo expositivo, no último dia de visitação, 28 de março, na Galeria Goethe-Institut, no Corredor da Vitória, às 20h30.

Intitulada “Assar beiju na palha para você levar para viagem”, a performance é uma ladainha, uma conversa de Jeisiekê de Lundu com a artista da palavra Sued Hosaná. Enquanto prepara um beiju, Hosaná lê trechos de escritos de De Lundu, do caderno de processo criativo da exposição. “É um oriki para findar um ciclo”, pontua a artista.

Visitas

Aqueles que ainda não visitaram a exposição, composta por esculturas, pinturas, vídeos-performances e instalações, podem fazê-la até o dia 28 de março, na Galeria Goethe-Institut, das 09 às 18h. A exposição conta histórias do corpo-memória da artista visual. “Esse trabalho se relaciona com o lugar mais íntimo de minha história, parte da tentativa de recriar memórias, da potência de recontar através de imagens nossas histórias”.

O núcleo expositivo conta com o diálogo curatorial de Ani Ganzala e Augusto Leal.

Jeisiekê de Lundu conta que “quando criança guardava coisas dentro de uma caixa de papelão, tinha esculturas de barro, feitas no quintal de terra dos olhos d’água, o mesmo lugar que minha avó criou suas filhas e minha mãe tirou sustento para criar os seus”.

Saiba mais sobre a exposição AQUI!

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Artes

Projeto Talentos de Bairros está com inscrições abertas

Amanda Moreno

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Projeto Talentos de Bairros está com inscrições abertas

Projeto Talentos de Bairros está com inscrições abertas. Vai até a próxima sexta-feira (8) o prazo de inscrições para a Batalha de Rap e Concurso de Dança da primeira edição do Festival Cultural Talentos de Bairros, que acontece no dia 28 de abril, no Colégio Alberto Santos Dumont, no bairro de Pirajá. É uma iniciativa voltada para a valorização de artistas e atletas que desenvolvem trabalhos nas regiões periféricas das cidades brasileiras, contribuindo para a difusão do protagonismo de jovens talentos. A inscrição é online e gratuita e está liberada para todo o país através do link: https://linktr.ee/talentosdebairro.

A programação também contempla diversas oficinas gratuitas, uma mostra de poesia e palco aberto para performances LGBT entre os dias 13 a 26. O projeto “Talentos de Bairros – Festival Cultural” foi contemplado pelo edital Territórios Criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

O Festival é uma realização do Instituto Talentos de Bairros, que apesar de anunciar pela primeira vez um evento neste formato, é responsável pela criação de várias outras iniciativas culturais e sociais desde o seu surgimento em 2019.  Reconhecido como Ponto Cultural pelo Governo do Estado da Bahia, o Instituto busca auxiliar na profissionalização dos talentos dos bairros e periferias baianas em campos como dança, música, teatro, grafite, poesia, esportes e artes circenses, colocando estas comunidades no mapa cultural e esportivo de forma definitiva nas ações estaduais e municipais.

SERVIÇO

 Inscrições – Talentos de Bairros – Festival Cultural

 Para: Batalha de Rap e Concurso de Dança

Prazo: 08.03.24 

LINK: https://linktr.ee/talentosdebairro

Dia de realização: 28/04/2024

Onde: Colégio Alberto Santos Dumont – Pirajá

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Artes

Goethe-Institut recebe exposição inédita da artista visual JeisiEkê de Lundu

Amanda Moreno

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Goethe-Institut recebe exposição inédita da artista visual JeisiEkê de Lundu
Goethe-Institut recebe exposição inédita da artista visual JeisiEkê de Lundu (Foto: Victoria Nasck)

Goethe-Institut recebe exposição inédita da artista visual JeisiEkê de Lundu. Um encontro entre dois pontos geográficos através de uma árvore. O encruzilhar para contar, recriar e inventar memórias. É o que se propõe “Derramei minhas fábulas em seiva de terra com meus olhos d’água”, exposição da artista visual, escritora e performer Jeisiekê de Lundu, que estará disponível para visitação até 28 de março, na Galeria Goethe-Institut, no Corredor da Vitória.

Composta por esculturas, pinturas, vídeos-performances e instalações, a exposição traz a força da terra, do barro ao adobe, como disparadoras para contar histórias do corpo-memória da artista visual. “Esse trabalho se relaciona com o lugar mais íntimo de minha história, parte da tentativa de recriar memórias, da potência de recontar através de imagens nossas histórias”.

O núcleo expositivo – que conta com o diálogo curatorial de Ani Ganzala e Augusto Leal – é composto por trabalhos em que a terra aparece como a matéria ligadora entre a retomada de memórias e experimentação de técnicas como a geotinta, a aguada, o adobe e até mesmo a dança na extração de pigmentos. Uma exposição em que o gesto – do colher o barro para a escultura ou pintura – é mais importante. Lundu faz questão de enfatizar que o substantivo composto “diálogo curatorial” é exposto nos cartazes de divulgação pois ele ultrapassa o entendimento museológico de curadoria e se aproxima da ideia ancestral de zeladoria.

Tempos e Momentos

Em sua maioria, as obras a serem expostas foram criadas durante a residência artística Ocupação Casamendoeira, em que JeisiEkê de Lundu integrou o grupo de artistas da exposição “antes da casa, a árvore”, entre julho e setembro de 2023, situada no Povoado do Cruzeiro, na cidade de Conceição de Feira.

Os traços e movimentos de cada obra exposta em “Derramei minhas fábulas em seiva de terra com meus olhos d’água” narram a ligação entre a casa amendoeira onde vive Dona Norma (Matriarca da Família Barbosa) e casa nos olhos d´água, onde viveu Manjove (avó materna da artista, falecida com 102 anos durante a pandemia).  Goethe-Institut recebe exposição inédita da artista visual JeisiEkê de Lundu.

Pinturas e esculturas em barro que fazem parte do corpo-memória da criança artista e que “desde cedo lidei com um mundo que não me compreendia”. Jeisiekê de Lundu conta que “quando criança guardava coisas dentro de uma caixa de papelão, tinha esculturas de barro, feitas no quintal de terra dos olhos d’água, o mesmo lugar que minha avó criou suas filhas e minha mãe tirou sustento para criar os seus”.

A artista

Nascida na beirada entre Minas e Bahia, Jeisiekê de Lundu mistura montanhas e dendê para criar processos artísticos que envolvem cura, memória, ancestralidade, biopolítica em uma encruzilhada diaspórica sertaneja no litoral. Artista interdisciplinar, navega nas artes visuais em suportes como a performance e a escultura, cria microfilmes, escreve crônicas, costura e esculpe figurinos, cerâmicas, modifica faces utilizando maquiagem com elementos orgânicos e sintéticos. Goethe-Institut recebe exposição inédita da artista visual JeisiEkê de Lundu.

Com suas esculturas e performances integrou exposições coletivas, como a Bienal do Sertão (2023), Casa Amendoeira (2023), Galeria Canizares (2022), Museu de Arte da Bahia (2019), Museu de Arqueologia e Etnologia (2018). Recentemente assinou a expografia da exposição Lapso Temporal (2023), em comemoração aos 35 anos da Casa do Benin no Brasil. ainda aberta para visitação. Fez parte também da equipe de montagem de “Histórias invisíveis”, exposição em comemoração aos 14 anos do espaço de memórias artísticas Acervo da Laje, na Casa das Histórias de Salvador (CHS), no bairro do Comercio.

Atualmente vive e trabalha na cidade de Salvador-Ba, onde cursou artes na Universidade Federal (UFBA) e coleciona  trabalhos visuais nas artes cênicas, desenvolvendo cenografias, acessórios e adereços, figurinos e maquiagens, dentre eles “O trono da Rainha” (2022), “Esperando Godot” (2022) e a montagem vencedora do prêmio Braskem, na categoria melhor espetáculo, “Nau” (2021).

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