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Coletivo Jangada de Arteducação lança curta-metragem sobre histórias e vivências de mulheres soteropolitanas

Jamile Menezes

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Foto Anlu Abreu

 

Fruto de pesquisas sobre as expressões do patriarcado nas relações amorosas, o filme “Sobre nós dois ninguém nunca vai saber de tudo” estreia neste domingo (18), no Canal do ‘’JA – Jangada de Arteducação’’ no Youtube. Ele é um curta-metragem, com roteiro e direção feitos de forma colaborativa e que usa a dança como forma de expressão das memórias, histórias e vivências de mulheres soteropolitanas.

O projeto foi idealizado por  Carolina Miranda, com co-idealização de Haíssa Brandão e Paula Marinho, três dançarinas, naturais de Salvador, na capital baiana. Assumindo o papel de proponentes e de “intérpretes-pesquisadoras-criadoras”, dividiram o projeto em ciclos para compreender as diferentes fases de uma relação.

“Escolhemos trabalhar por ciclos, pois, assim como os arquétipos e os papéis estipulados para homens e mulheres se repetem na sociedade, eles também se fazem confundir em meio às suas repetições. E para enxergar a raiz do que nos afeta, precisamos olhar com minuciosidade, por sessões. Precisamos voltar alguns passos pra trás, precisamos analisar as nossas próprias escolhas, mas antes de tudo, precisamos querer enxergar, pois toca no mais profundo de cada um de nós. É preciso encarar os processos de tomadas de consciência ou os boatos de que esses são os jeitos naturais de ser, de tanto se repetir, vão ser tidos como verdade, como se conviver em violência fosse vida”, defendem as intérpretes.

Novo espaço cultural no Subúrbio

Além das intérpretes, um elemento que se sobressai como personagem do curta-metragem é a casa escolhida como locação. O filme foi gravado em uma residência antiga, situada na Rua Paraná, no bairro de Paripe. A residência, que já foi lar de uma família, agora é o Ninho da Águia, novo espaço de cultura no subúrbio ferroviário. É a atual sede do coletivo “Nagote Negaça”, da ‘’Calanga Djucurê’’  e do mais recente coletivo formado pelas intérpretes: “JA – Jangada de Arteducação’’.

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Coletivo Meio Tempo promove espetáculos e oficinas em Salvador

Amanda Moreno

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Coletivo Meio Tempo promove espetáculos e oficinas em Salvador
Coletivo Meio Tempo promove espetáculos e oficinas em Salvador (Foto: Adeloyá Ojú Bará)

Coletivo Meio Tempo promove espetáculos e oficinas em Salvador. Uma verdadeira caravana cultural! Assim é definido o projeto Caravana do Meio Tempo que vai ocupar várias comunidades da capital baiana com apresentações de espetáculos, além de oficinas de teatro e audiovisual. As ações coordenadas pelo Coletivo Meio Tempo serão realizadas nos meses de abril, maio e junho, nos espaços Boca de Brasa localizados na periferia de Salvador (Subúrbio 360º, em Vista Alegre; no Boca de Brasa, em Cajazeiras; e no SESI Casa Branca, na Cidade Baixa).

O grupo foi contemplado no edital Gregórios – Ano III e vai apresentar os espetáculos O Contentor – O Contêiner; Boquinha… e assim surgiu o mundo e Esqueça. O cronograma do projeto também inclui duas oficinas de Teatro e Vídeo, voltadas para jovens e adolescentes que residem nestas localidades. As oficinas temáticas EU – documento do mundo e Criando com Celular mudarão a cada semana, de acordo com o espetáculo a ser apresentado.

Após a realização das atividades, o grupo já tem previsão de uma montagem e uma temporada de doze apresentações de um espetáculo teatral, pensado para o Teatro Gregório de Mattos, prevista para o segundo semestre. Baseado no livro Monocontos – Histórias para Ler e Encenar do roteirista, diretor e dramaturgo Elísio Lopes Jr., a proposta é reunir quatro atrizes pretas. Com direção de Ridson Reis, as sessões contarão com tradução em libras, e ingressos destinados a estudantes de escolas públicas.

Durante toda a temporada, as atividades do projeto Caravana do Meio Tempo serão totalmente gratuitas e contarão com tradução em libras. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no Instagram @coletivomeiotempo ou através do email coletivomeiotempo@gmail.

O projeto Caravana do Meio Tempo tem a realização do Coletivo Meio Tempo e foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

Confira a programação da Caravana do Meio Tempo – Coletivo Meio Tempo promove espetáculos e oficinas em Salvador

No espaço Subúrbio 360, em Vista Alegre, serão realizadas oficinas de vídeo e de teatro de 22 de abril a 07 de maio, das 18h às 21h. Já as apresentações O Contentor – O Contêiner; Boquinha… e assim surgiu o mundo e Esqueça serão realizadas às terças-feiras dos dias 23 e 30 de abril e 7 de maio, respectivamente, às 10h e 15h.

No Boca de Brasa de Cajazeiras as datas das oficinas de vídeo e de teatro seguem nos dias 06 a 21 de maio, das 13h30 às 16h30. As apresentações O Contentor – O Contêiner; Boquinha… e assim surgiu o mundoEsqueça estão agendadas para às quintas-feiras dos dias 9, 16 e 23 de maio, na mesma sequência, às 9h e 14h.

Já o Sesi Casa Branca do Caminho de Areia recebe as oficinas de vídeo e teatro nas quartas e quintas dos dias 5 a 20 de junho, das 18h às 21h. As apresentações “O Contentor – O Contêiner; Boquinha… e assim surgiu o mundo e Esqueça têm previsão de exibição nas manhãs e tardes das quintas-feiras dos dias 6, 13 e 20 de junho.

As inscrições para participar das oficinas abertas através do Instagram do coletivo.

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Cineasta lança documentário sobre masculinidade negra e afeto no MAM

Amanda Moreno

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Cineasta lança documentário sobre masculinidade negra e afeto no MAM
Cineasta lança documentário sobre masculinidade negra e afeto no MAM (Foto: Frame do Filme | Edson Pai | Divulgação)

Cineasta lança documentário sobre masculinidade negra e afeto no MAM. A relação entre afeto e o olhar social sobre a masculinidade negra dão o tom do longa-metragem “A Serena Onda que o Mar me Trouxe” (2023). O documentário, dirigido pelo cineasta Edson Ferreira (@edsonferreirasj), estreia em Salvador (BA), na Saladearte do MAM, dia 11 de abril, seguido por um bate-papo com o diretor e mediação do ator Fabrício Boliveira. O filme é distribuído pela Borboletas Filmes & Pombagens (@borboletasfilmes) e segue em cartaz até dia 17 de abril. 

 

Em uma viagem pela sua própria história, o diretor Edson Ferreira,revisita o legado do pai, um homem preto que fez dos olhares de afeto a sua escola de vida. Um homem aparentemente comum, que foge dos estereótipos de violência, e se destaca pelo dom em valorizar as pessoas, gerando grandes impactos na vida de quem o conheceu. 

 

Com 20 anos de carreira no audiovisual, Edson Ferreira é ator, cineasta e roteirista, tendo já realizado diversos trabalhos tanto à frente quanto atrás das câmeras, ao lado de nomes como Elisa Lucinda, Luis Miranda, Vilma Melo, Guti Fraga e Milhem Cortaz, dentre outros, em produções premiadas nacional e internacionalmente. É membro da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e fundador da Filmes da Ilha Produções. Natural de Brasília, o cineasta mora há 30 anos no Espírito Santo, e vem até Salvador para a estreia do seu longa na Saladearte do MAM.

 

A estética do filme traz o caráter documental que explora a intimidade de uma família com muita sensibilidade, através de fotos, cartas, entrevistas com familiares e amigos. Em tom de uma conversa descontraída, o público é envolvido e se conecta com a figura “boa praça” do Edson-pai, ao mesmo tempo em que o Edson-filho reflete e questiona os estigmas sociais que perpassam pela sua história.

 

O diretor conta que o pai era marinheiro e sabia do desafio que enfrentava por assumir hierarquicamente um lugar de destaque, em um espaço predominantemente ocupado por brancos. “Meu pai desafiou a lógica de tudo que uma sociedade opressora espera de um homem negro”.

 

A Serena Onda que o Mar me Trouxe é uma produção Filmes da Ilha, dirigida por Edson Ferreira e com distribuição da Borboletas Filmes & Pombagens. Os recursos são da Lei Paulo Gustavo, via Edital da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult-ES), direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.

 

SERVIÇO

Estreia do filme “A Serena Onda que o Mar me Trouxe” (2023)

Diretor: Edson Ferreira

11 de Abril (Quinta-Feira)

Saladearte MAM: Solar do Unhão – Av. Contorno, s/n – Dois de Julho, Salvador – BA

18h30: Apresentação musical de Rick Carvalho e sua Kora

19h: Sessão do filme

20:30: Bate-papo com o diretor Edson Ferreira e mediação do ator Fabrício Boliveira

 

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Valdineia Soriano e Renan Motta integram elenco de “No Rancho Fundo”

Jamile Menezes

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Renan Motta e Valdineia Soriano

Um baiano e uma baiana estarão na próxima novela da Rede Globo, No Rancho Fundo. A novela se passa no Nordeste, e trará o Sertão nordestino como cenário da trama. Nela, os atores do Bando de Teatro Olodum, Renan Motta e Valdineia Soriano integram o elenco, levando mais uma vez a cara preta da Bahia para as telas globais.

Renan interpreta o guarda civil Marconi, que tem orgulho de sua função na cidade de Labão da Beirada, onde todo mundo se conhece. “Estou muito feliz em fazer parte de um projeto como No Rancho fundo. Uma novela leve, divertida, com um elenco diverso e uma equipe maravilhosa. Uma novela com muitos atores e atrizes nordestinos, falando de um lugar nosso, é muito importante. Tem gente de diversos lugares do nordeste, o texto do Mario Teixeira é maravilhoso, sempre certeiro e divertido”, diz Renan.

O ator é oriundo do Bando de Teatro Olodum, uma das mais prestigiadas companhias de teatro negro do país. Para ele, levar esse legado para as casas de milhões de brasileiros é especial.

“O Bando me preparou para tudo na vida, me deu auto-estima e confiança para ser quem eu quiser ser. Ao mesmo tempo, me ensinou a respeitar quem veio antes, então tudo que faço tem muita responsabilidade e compromisso. Ter Valdineia Soriano junto comigo nesse projeto é um luxo. Ela foi minha professora e diretora, depois fomos um casal em Ó Pai Ó (peça). Já foi minha mãe do cinema em “Ilha”, além de amiga é uma pessoa que amo muito. É como ter minha companhia de teatro aqui pertinho. Isso não tem preço”, enfatiza Renan.

Sobre ele

Renan Motta iniciou sua carreira em 2004 no teatro. Formado pela UFBA e pelo “Bando de Teatro Olodum”, grupo do qual faz parte desde 2013, seu primeiro contato com o audiovisual foi em 2014, quando protagonizou o curta “Negra”, com direção de Fred Belchior. Em 2018, fez parte do elenco da novela “Segundo Sol” da Rede Globo, dirigida por Dennis Carvalho. No mesmo ano, protagonizou o longa-metragem “Ilha”, premiado em diversos Festivais com direção de Glenda Nicácio e Ary Rosa. Com direção de Luciano Moura, foi antagonista em um dos Episódios da Série “Destino Salvador”, da 02 Filmes. Integrou elenco de Ó Paí O 2, fazendo o vilão Dantas. Em 2019, esteve no elenco do longa-metragem “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos e, em 2022, deu vida ao hacker Herbert, em “Verdades secretas 2 “ (Globo) e esteve em Terra e Paixão (Globo), na qual deu vida ao personagem Lúcio.

Renan Motta estreia em No Rancho Fundo

Renan Motta

Já para Valdineia, o convite foi uma grata surpresa. Ela interpreta a matriarca Dona Manuela, que enfrenta as agruras da diabetes ao longo da trama. “Foi uma surpresa, Dona Manuela é um personagem muito interessante, é casada, tem um filho adotivo com uma relação de conflitos com o marido, preocupada com o avanço de sua doença. Uma mulher que tem o poder econômico da família, de bom humor. Como toda mulher preta, ela busca o equilíbrio na família sem submissão, é líder, uma verdadeira matriarca e uma mulher preta muito firme”, caracteriza Vadineia.

Também levando o legado do Bando de Teatro Olodum pro Brasil inteiro ver mais uma vez, para Valdineia essa oportunidade é especial por muitos motivos.

“O Bando me deu régua e compasso para me colocar diante desse desafio de atriz. Onde tem um bando, temos o Bando inteiro, como costumamos dizer. Estou sendo muito bem acolhida pela equipe, direção e todo elenco. Estou feliz de tá dentro de um processo diferente, mas levando o nome do Bando. É muito bom ver caras pretas em todas as equipes, isso é bem fortalecedor. Quero levar bem o nome da Bahia e do Bando para as telas”, afirma Val.  

A próxima novela das 6, No Rancho Fundo, tem estreia confirmada para o dia 15 de abril na Rede Globo.

Valdineia Soriano atua na novela

Valdineia Soriano | Foto Valmyr Ferreira

Sobre ela

Valdineia Soriano é atriz do Bando de Teatro Olodum desde sua formação em 1990, atuando também como produtora e diretora de espetáculos. Participou das primeiras montagens da companhia e acompanhou sua consolidação no cenário teatral baiano. Sua experiência de palco envolve mais de 35 montagens, entre elas: ‘Essa é a nossa praia’, ´Ó, Paí, Ó’ e ‘Bai Bai, Pelô’, espetáculos de estreia do repertório do grupo, além de ‘Medeamaterial’ (texto de Heiner Muller), ‘Ópera de Três Reais’ (texto de Bertold Brecht), ‘Cabaré da Rrrrraça’, o infantil ‘Áfricas’, ‘Bença’ , ‘Dô’ (Tadashi Endo), ‘Erê’ e a versão afro-baiana para o clássico de Shakespeare, ‘Sonho de uma noite de Verão’. Entre os filmes estrelados estão: ‘Jenipapo’ (1994) e ‘Ó, Paí, Ó’ (2006), ambos de Monique Gardenberg; ‘O Jardim das Folhas Sagradas’ (2006), de Póla Ribeiro; ‘Tim Maia’ (2014), de Mauro Lima; ‘Café com canela’ (2016) e ‘Ilha’ (2017) de Glenda Nicácio e Ary Rosa; Vivendo (2021), de de Letícia Estela; O Ovo (2021), de Rayane Teles; Alecrim e o Sonho (2022), de Valério Fonseca; e ‘Ó PAÍ,Ó 2 (2023) de Viviane Ferreira. Na televisão, Valdineia atuou em ‘Ó Paí, ó’, o Seriado de 2008 e 2009; ‘O Curioso’, quadro do Fantástico dirigido por Lázaro Ramos; o especial ‘Falas Negras’, o seriado ‘Mister Brau’, ‘O Pequeno Gigante (2020)’, minissérie de Anderson Soares e a novela Vai na Fé.

Foto Valdineia | Valmyr Ferreira

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