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Dança

VIVADANÇA 2019 traz como destaque o corpo negro em movimento!

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Tears
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Foto Edivaldo Ernesto

A abertura oficial da 13ª edição do VIVADANÇA Festival Internacional movimentou a noite desta terça-feira (16), no Teatro Vila Velha, que é o palco principal do evento que celebra o Mês Internacional da Dança. Entre os dias 16 e 29 de abril, o VIVADANÇA 2019 ocupa 10 espaços de Salvador, com uma programação intensa e diversificada. Ao todo são 450 profissionais envolvidos em 30 espetáculos, 18 oficinas, Rodada de Negócios, Batalha de Break, workshops de danças urbanas, além de mesas de debate.

O espetáculo escolhido para abrir a programação do Festival foi o solo “Tears”, criado em 2015 pelo coreógrafo Edivaldo Ernesto, moçambicano radicado na Alemanha, que vem se destacando mundialmente pela criatividade nas coreografias e pelas colaborações com artistas de alto prestígio na dança contemporânea, como a alemã Sasha Waltz e o venezuelano David Zambrano.

“Tears” é um espetáculo de dança contemporânea, que traz um personagem incomodado por medos irracionais e reflete sobre o que você pode ou não fazer quando exige liberdade. Ernesto afirma que utiliza a dança como principal forma de expressão na sua luta contra o racismo: “Fui alvo de muito preconceito pelo fato de ser negro e de ter saído da África. Então, uso a dança para fazer com que as pessoas compreendam que não podem criar falsa impressão, pela aparência. Através da dança, busco uma saída para tudo isso, busco uma liberdade”.

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Foto: Monique Feitosa

Além do artista moçambicano, que é dançarino, professor, coreógrafo e especialista em improvisação, o VIVADANÇA 2019 destaca outras trajetórias negras na dança. “Nós estamos completando 13 anos, e durante todo esse tempo o Festival vem se pautando pela diversidade, mas este ano os solos negros, que abordam questões relevantes são os grandes destaques”, explica a coreógrafa Cristina Castro, que assina a Direção Geral e a Curadoria do Festival.

A diretora enfatiza a necessidade de trazer reflexões sobre questões raciais e sociais vividas pelo negro na história da dança: “Abrir o festival com um artista negro, africano, moçambicano que se destaca no cenário da dança contemporânea atual é não somente trazer um bom espetáculo ou um excelente workshop, mas também marcar a presença do pensamento negro, que bebe da tradição e ocupa o seu espaço de interlocução e posicionamento com o mundo na atualidade”.

Na quinta-feira (18), na Sala do Coro, às 17h, logo após a apresentação de “Atlântico”, coreografia de Paullo Fonseca, que trata sobre as vivências do dançarino enquanto artista negro, a mesa “Dança e Emancipação – Trajetórias Negras pela Dança” reunirá Fonseca, James Carlès e Hugo Rojas (Paraguai), com mediação do diretor da Aliança Francesa Mamadou Gaye, como parte da primeira edição do ano do projeto “Conversas Plugadas”, promovido pelo Teatro Castro Alves.

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Foto Maurício Serra

Outro destaque da programação é o francês de origem camaronesa James Carlès, coreógrafo importante por sua constante pesquisa sobre a diáspora negra, que interpreta “Happi, La Tristesse du Roi”, coreografia de Heddy Maalem, às 20h, da quarta-feira (24), no Teatro Vila Velha. “James tem uma formação que une tradição e modernidade. Um mestre da dança aberto à criação de pontes entre culturas”, conta a curadora.

O VIVADANÇA Festival Internacional é uma realização da Baobá Produções Artísticas com o apoio financeiro do Goethe-Institut e Ministério das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha e Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia e com o patrocínio do Fundo Iberescena/Funarte – Ministério da Cidadania, Governo Federal. A programação completa está disponível no site www.festivalvivadanca.com.br.

 

 

 

Texto de Vanessa Diana – Musicista, estudante de Jornalismo, selecionado no Programa Soteropreta de Jornalismo 2018, em parceria com a UNIME.

Dança

Espetáculo Dembwa volta em cartaz no Teatro Sesc Pelourinho

Jamile Menezes

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Espetáculo Dembwa volta a Salvador no Pelourinho.
Foto Alice Rodrigues

Nos dias 04 e 05 de abril, o espetáculo Dembwa volta em curta temporada em Salvador a convite do Teatro SESC SENAC Pelourinho. As sessões acontecerão às 19h. O espetáculo, que estreou em outubro de 2023, nasceu de um desejo dos artistas, dançarinos Marcos Ferreira e Ruan Wills de contribuir com a oxigenação da produção cultural em dança de Salvador. Os artistas iniciaram o processo de criação do espetáculo em janeiro do mesmo ano, trazendo suas memórias, experiências de vida e as histórias que traçam a trajetória dos seus familiares e que também se assemelham às histórias da maior parte das pessoas pretas no Brasil.

Ancestralidade, referências, memória e retorno são palavras que deram ignição ao processo criativo da obra. Os artistas que, além de intérpretes, também assinam a concepção e coreografia do espetáculo, reforçam o resgate e o retorno como fatores importantes de sobrevivência.

Marcos Ferreira e Ruan Wills investigam suas referências ao longo do tempo, discutindo possibilidades de entender gingas como mecanismos tecnológicos.

“Dembwa é um convite a reacessar memórias e sonhar com quem nos sonhou, um despertar pra nossa existência a partir do olhar para os nossos ancestrais, nos reconhecendo como ancestrais desse tempo. O espetáculo permeia esses chãos que nos afirmam e nos fortalece, trazendo os ritmos e coreografias contemporâneas para dançar e reconhecer nossos corpos, do samba de caboclo que leva ao chão ao funk que evidência nossas potências e identidade, acreditando que o principal objetivo é dançar os nossos chãos e questionar onde está a nossa raiz”, dizem os atores.

Os ingressos estarão à venda a $20 inteira e $10 meia, no local, nos dias de espetáculo.

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Dança

Campêlo Cia de Dança estreia espetáculo ORI-Ô

Jamile Menezes

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Campêlo Cia de Dança foi criada em 2007 por Tatiana Campêlo,
Foto: Jean Teixeira

Criada pela dançarina, professora e coreógrafa, Tatiana Campêlo em 2007, a Campêlo Cia de Dança chega aos palcos do Teatro Gregório de Mattos, em Salvador, para a estreia do espetáculo ORI-Ô, que conta a história de uma luta ancestral inspirada nas relações de sobrevivência, trazendo uma crítica referente às questões da identidade preta na sociedade. A apresentação única será dia 6 de abril, às 19h, só para convidados. Mas haverá sorteio de ingressos no Instagram da Cia (@campelociadedanca e @campeloafrodance).

A obra aborda a construção de relações a partir da espiritualidade como um todo, tendo foco na conexão do ancestral com o atual, e o arquétipo dos orixás das religiões de matriz africana afro-diaspóricas.

Através da formação das cabeças (ori), o espetáculo busca trilhar caminhos a partir da espiritualidade, trazendo a essência do equilíbrio e o cuidado e promovendo a conexão ancestral a partir da crença e da fé enquanto conscientização.

“Trazemos aos intérpretes uma conexão espiritual e artística, partindo da dança afro contemporânea como base de pesquisa, através dos cheiros e energias. Trabalharemos o arquétipo de orixás como forma de conscientizar e falar mais sobre nossa saúde mental através das movimentações, fazendo narrativas de corpos que são guiados por uma potência diaspórica”, diz Tati Campêlo.

Ela busca mostrar, nessa obra, a importância do cuidado com o seu eu, fazendo uma leitura do quão é necessário o equilíbrio mental. Dessa forma, através da dança afro contemporânea com base na religião de matriz africana, o espetáculo ORI-Ô vem como forma de mensagem e conscientização para a sociedade.

“…mostrando que, acima de tudo, a fé está presente em todos os lugares, e o quão é ancestral o sentir das divindades presentes em tantas vidas”.

A Companhia

A Campêlo Cia de Dança foi criada em 2007 por Tatiana Campêlo, inicialmente com alunos do Curso Profissional em dança da Escola de Dança da Funceb, grupo de artistas de experiências diferenciadas, que se apoiavam na ideia de experimentações. A coreógrafa mobilizou ações de pesquisas nas quais a Cia tomou novas formas, com outros corpos, dando continuidade às atividades e montando o atual espetáculo “ORI-Ô”, que surge como um marco para a retomada dos trabalhos.

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Carnaval

BATEKOO abre oficialmente a Casa de Verão Salvador

Jamile Menezes

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BATEKOO - maior plataforma de festival pensando e propondo entretenimento

A BATEKOO – maior plataforma de festival pensando e propondo entretenimento, cultura e educação para e com a comunidade negra e LGBTQIAP+ do Brasil – abre oficialmente as portas de sua Casa de Verão Salvador. Dessa vez, a iniciativa tem programação ativa dividida entre dois espaços da cidade: o Centro Cultural Solar Ferrão, onde serão realizadas as ações artísticas e atividades da ESCOLA B, e a Praça das Artes, onde também acontecerão uma série de proposições que prometem agitar o território soteropolitano.

“Pelo terceiro ano, a BATEKOO se firma no verão de Salvador como um polo cultural negro. A partir da Casa, articulamos entretenimento, experiência, educação, construindo um espaço de afirmação negra que amplia e possibilita o fomento da cena cultural negra na cidade. Sendo um movimento global, que realiza eventos nacional e internacionalmente, queremos que a casa seja uma plataforma para a ascensão, profissionalização e desenvolvimento artístico de nossa comunidade”, explica Artur Santoro, agitador cultural e sócio da BATEKOO.

Toda a agenda, completamente gratuita, será divulgada semanalmente nas redes da Batekoo.

“Vamos ocupar e transformar esses espaços/patrimônios históricos em polos culturais vivos de cultura preta, educação, arte e empreendedorismo negro, proposto por jovens que visam um novo futuro através da felicidade negra. Nosso propósito é fazer com que a programação da casa transborde para as ruas e que ela seja um território de intercâmbio cultural, musical e artístico. Queremos, a partir dessa intensa agenda, contar a história desses 10 anos de BATEKOO – de maneira sensível, criativa e divertida”, completa Mauricio Sacramento, CEO, fundador e diretor criativo.

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