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Religião

Caminhada Tembwa Ngeemba acontece em Lauro de Freitas

Jamile Menezes

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Pés calçados com um pequeno tamanco dourado estão em destaque. Eles pisam chão coberto de folhas, em alusão à Caminhada-Tembwa-Ngeemba.

Abrindo a programação da 5ª Caminhada Tembwa Ngeemba – Tempo de Paz, será realizada a Roda de Conversa Território e Ancestralidade nesta quarta-feira (23), às 18h, no Cine Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, em Salvador. A Caminhada será realizada no próximo domingo (27), com concentração a partir das 8h, no Terreiro São Jorge Filho da Goméia, em Lauro de Freitas. Os eventos têm o apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi). 

O debate contará com as participações da titular da Sepromi, Ângela Guimarães; da líder religiosa Mameto Kamurici; da defensora pública Alessia Tuxá; do geógrafo Diosmar Santana Filho; e do presidente da Associação Nacional de Preservação do Patrimônio Bantu (ACBANTU), Tata Konmannanjy. Na oportunidade, também será lançada a 3ª edição da Cartilha Tembwa Ngeemba, que traz orientações para defesa em caso de racismo religioso. 

Haverá ainda uma mensagem da Saúde e Paz, ministrada pela integrante da Rede de Mulheres de Terreiro, Denise Ribeiro, e pela assessora técnica da Sepromi, Ubiraci Matildes. 

 A Caminhada Tembwa Ngeemba reúne anualmente praticantes da fé de matriz africana, em uma ação contra o racismo religioso e pela preservação ambiental e territorial dos povos de terreiro. O percurso é finalizado no Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão.

 

 

Religião

Podcast “Axé das Plantas” será lançado em julho

Jamile Menezes

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Podcast Axé das Plantas é lançado dia 4 de julho

Entrelaçar ciências da saúde, ciências sociais com as epistemologias dos povos de terreiro, povos indígenas e saberes afrodiaspóricos traduz o que será a primeira temporada do Axé das Plantas – Cura do Corpo e da Alma, podcast com cinco episódios, onde vai falar das propriedades medicinais da Oriri, Quioiô, Umburana de Cheiro, Teteregun e Folha da Costa.

Estas são plantas usadas como medicamentos fitoterápicos no jarê, na umbanda, nas comunidades indígenas e no candomblé, em suas diferentes formas: infusões, extratos, óleos essenciais, pomadas e banhos. Com o 1º episódio lançado em 04 de julho de 2024 nas principais plataformas de áudio (spotfy, deezer, youtube), o podcast é apresentado por dois doutores/pesquisadores negros, Victor Diogenes Silva, pesquisador em neurofarmacologia, e Vagner Rocha, doutor em estudos étnicos e africanos, e tem produção da Universidade Federal da Bahia em parceria com o podcast Viagem Gastronômica com Dr. Dendê .

Com lançamento quinzenal, cada episódio do Podcast “Axé das Plantas” será focado em uma planta, trazendo os conhecimentos e experiências dos seus usos medicinais por sacerdotes e sacerdotisas, benzedeiras, pesquisadores da UFBA e coletores indígenas de ervas medicinais. O podcast busca fazer um diálogo entre universidade e comunidades tradicionais, ciência moderna e saberes tradicionais de matrizes africanas e indígenas.

“Embora eu nunca tenha me afastado das minhas raízes, o Axé das Plantas me aproximou ainda mais da minha ancestralidade. E dividir a experiência de produzir um podcast sobre ciência com o prof. Victor Diogenes Silva e toda equipe foi um desafio que reafirmou em mim a certeza de que a Academia precisa aprender cada vez mais com as comunidades tradicionais e há muitos caminhos para a cura do corpo e da alma”.

Com isso, reafirmam que essa troca de conhecimentos de várias áreas do saber só amplia e fortalece as pesquisas nas universidades e institutos e para todas as pessoas envolvidas. Sendo as ervas o fio condutor, também serão tratados outros temas, como: oralidade, ancestralidade, meio-ambiente, intolerância religiosa, racismo científico, povos originários, questões de saúde pública e saberes populares.

O projeto Podcast “Axé das Plantas” realizou gravações por Salvador, nas cidades de Cachoeira e Santo Amaro da Purificação [no Recôncavo Baiano], no Quilombo Remanso, no Território Indígena Payayá e na cidade de Boa Vista do Tupim [na Chapada Diamantina], e na Foz do Imbassaí. Foram 13 entrevistados: Dona Dalva Damiana, Dona Judite e seu neto Getúlio do Quilombo Remanso, Vovó Cici de Oxalá; Pai Pote do Ilê Axé Oju Onirê; Do Terreiro Guarani de Oxóssi: Mãe Márcia, Mama e Pai Carlinhos; Babalaxé Valmir Rocha do Lajuomin, Yá Rosana do Templo Tular, Otto Payayá, e os Professores Eudes Velozo e Ygor Jessé.

Equipe Técnica:

Apresentação: Victor Diogenes Silva e Vagner Rocha

Direção: Jazz da Silva

Roteiro: Marconi Bispo (episódios 1 e 2), Mônica Santana (episódios 3, 4 ,e 5)

Edição: Danielle Freire

Produção e Assessoria de Imprensa: Jean Cardoso

Social Mídia e Editor de Vídeo: Romeran Ribeiro

Design e Identidade Visual: Davi Barreto

Captação de áudio: Léo Conceição, Omibulu, Tainã Pacheco e Uilami Dejan

Assessoria Científica: Deise Vilas Boas, Márcia Silva, Ravena Nascimento, Clarissa Schitine, Suzana Braga, Rafael Short, Florisvaldo Ramos, Lucas Oliveira, Mariana Pepe e Victor Diogenes Silva

Mentores do Instituto Serrapilheira: Sarah Azoubel e Theo Ruprecht

Estúdio de Gravação: Argumento 3

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Música

Afoxé Olorum Baba Mi celebra 45 anos neste domingo (28)

Amanda Moreno

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Afoxé Olorum Baba Mi celebra 45 anos neste domingo (28)
Afoxé Olorum Baba Mi celebra 45 anos neste domingo (28) (Foto: Divulgação)

Afoxé Olorum Baba Mi celebra 45 anos neste domingo (28). O Grêmio Comunitário Cultural Olorum Baba Mi celebra 45 anos de existência no dia 28 de abril, às 16h, com apresentações musicais, distribuição do tradicional Caruru Cultural e homenagens para todos os membros do afoxé.

A comemoração será realizada na sede do Afoxé Filhos de Korin Efan, na Rua do Passo, nº 26, Santo Antônio Além do Carmo e contará com a participação de outros afoxés renomados, como as Filhas de Gandhy e os Filhos de Korin Efan, em uma noite de enaltecimento da cultura afro-brasileira na sociedade.

Fundado em 1979 por um grupo de amigos da comunidade da Caixa D’Água, o afoxé mantém como propósito a preservação da cultura afro-brasileira e a inclusão social de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. De origem iorubá, seu nome pode ser traduzido como “Deus, Meu Pai”, refletindo a forte ligação ancestral dos fundadores.

Desde o seu surgimento, o afoxé tem sido um pilar fundamental na valorização da cultura de matriz africana, transmitindo heranças ancestrais por meio da prática para novas gerações. “Os sons dos atabaques ecoam não apenas música, mas também força, resistência e luta dos jovens negros da periferia”, ressalta Lucimar Santos, presidente do afoxé. Essa abordagem tem sido crucial para resgatar e preservar vidas negras, fornecendo conhecimento sobre suas raízes e identidade.

Além da preservação cultural, o afoxé também se destaca por suas ações sociais. Por meio de projetos como oficinas de dança, samba de roda, artes plásticas, fabricação de instrumentos percussivos e culinária, a entidade contribui para a capacitação profissional e formação de novos valores, especialmente de mulheres e jovens negros. Soma-se também o empreendedorismo, que é estimulado para fortalecer tanto práticas coletivas quanto individuais.

Os ensaios do afoxé são feitos em sua própria comunidade, promovendo não apenas a prática musical, mas também o conhecimento sobre a cultura africana. Os rituais, as saudações aos orixás, as letras de suas músicas e a construção dos adereços e dos figurinos contribuem para valorizar a identidade da cultura negra de forma autêntica.

A trajetória do Olorum Baba Mi no carnaval é igualmente impressionante. Campeão em 1984 e 1995, o afoxé não apenas brilha no circuito Batatinha, mas também já participou de eventos internacionais, como o carnaval de Nice, na França. Suas apresentações, marcadas pela diversidade nas alas de dança, cores vibrantes e musicalidade contagiante, conquistam cada vez mais foliões ao longo dos anos.

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

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Religião

Caminhada do Zé Pilintra acontece neste domingo (28) em Salvador

Amanda Moreno

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Caminhada do Zé Pilintra acontece neste domingo (28) em Salvador
Caminhada do Zé Pilintra acontece neste domingo (28) em Salvador (Foto: Divulgação)

Caminhada do Zé Pilintra acontece neste domingo (28) em Salvador. Neste domingo, 28 de abril, Salvador recebe a 2ª Caminhada Cultural de Zé Pelintra. O evento tem saída prevista para as 10h, na Praça Castro Alves, Centro Histórico da cidade.

A caminhada cultural, promovida por um grupo de sambista, busca reforçar a cobrança pelo Projeto de Lei que determina o 30 de abril como o Dia Municipal de Zé Pelintra na cidade de Salvador.

Inclusive, houve Audiência Pública na Câmara dos Vereadores e Consulta Pública nas redes sociais para destacar a importância de celebrar a data.

Além dessa oficialização, a ideia do grupo é tornar o dia 30 de abril como parte do calendário de festas da cidade. Caminhada do Zé Pilintra acontece neste domingo (28) em Salvador.

SOBRE ZÉ PILINTRA

Zé Pelintra ou Zé Pilintra é uma falange de entidades de luz originária da crença sincrética denominada Catimbó, surgida na Região Nordeste do Brasil. O Zé Pelintra também é comumente incorporado em terreiros de Umbanda, tendo seu culto difundido em todo o Brasil. Nessa religião, é considerado parte da linha de trabalho dos malandros.

O Zé Pelintra é uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros, especialmente entre os umbandistas. É considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do “malandro”. Exatamente por isso, serve igualmente como um arquétipo da cultura de origem africana enquanto alvo de preconceito.

Segundo relatos, teria nascido no estado de Pernambuco. Há, ainda, relatos de que nasceu próximo à cidade pernambucana de Exu.

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