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Artes

Festival Paisagem Sonora começa sexta (05) em Salvador

Kelly Bouéres

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Divulgação
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De sexta (05) a domingo (07), Salvador recebe, pelo segundo ano consecutivo, o Festival Paisagem Sonora, iniciativa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Com programação gratuita na Casa Rosa, no Rio Vermelho, o evento reúne seminários, lançamentos de livros e apresentações musicais, promovendo três dias de arte, educação e cultura.

Nascido no território do Recôncavo, o programa é uma ação da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFRB, com apoio da SECADI/MEC, Fundação Cultural Palmares e Ministério da Cultura. A proposta reconhece a música como linguagem de resistência, memória e criação coletiva, articulando ações que integram arte, educação e justiça social.

Mais do que um evento, o Paisagem Sonora é uma política pública de extensão universitária que articula pesquisa, cultura e ancestralidade. A cada edição, um artista baiano é escolhido como ponto de partida para criação de um livro e realização do festival. Em 2025, o homenageado é o artista plástico, carnavalesco e serígrafo Alberto Pitta.

Lançamentos de livros

Na sexta (05), obras produzidas pelo Selo Editorial Anjo Negro serão lançadas na Casa Rosa. Entre elas, “Alberto Pitta: FúnFún DúDú”; “Nações do Candomblé”, de Mateus Aleluia; “Bembé do Mercado: Dossiê de Registro como Patrimônio Cultural do Brasil”; além de um box com os 21 “Cadernos de Educação do Ilê Aiyê”.

Ainda no mesmo dia, no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá (São Gonçalo do Retiro), acontece o lançamento do livro e documentário “Ilê Axé Opô Afonjá – Pedagogia da Ancestralidade”, em homenagem aos 100 anos de Mãe Stella de Oxóssi.

Os seminários acontecem no Teatro Cambará, na Casa Rosa. A abertura ocorre na sexta (05), às 15h30, com o tema “Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola”, com Zara Figueiredo, Secretária da SECADI. Em seguida, o pró-reitor Danillo Barata apresenta “Programa Música e Educação para as Organizações da Resistência”.

No sábado (06), o seminário “Paisagens Sonoras: Processos Criativos e Redes do Comum” reúne Arto Lindsay, Alê Siqueira e Nancy Viegas, às 14h. Às 15h, o debate “Reconfigurações do Carnaval Negro” contará com Afrocidade, Alberto Pitta, Rogério Oliveira e Giba Gonçalves, com mediação de Mara Felipe.

No domingo (07), às 14h30, Anelis Assumpção discute “Museu Itamar Assumpção: Memória, Música e Afrofuturismo”. Fechando o ciclo de debates, às 15h30, Lazzo Matumbi participa do “Seminário Clube da Radiola”, sobre o álbum Atrás do Pôr do Sol.

Com ingressos esgotados, os shows acontecem na área externa da Casa Rosa:

  • Dia 05: Cortejo Afro convida Arto Lindsay, seguido por Afrocidade.

  • Dia 06: Afoxé Filhos de Gandhy, ÀTTØØXXÁ, Marcia Castro e Roda de Samba Reggae.

  • Dia 07: Ilê Aiyê e Lazzo Matumbi, convidando Anelis Assumpção.

A programação completa está disponível no site oficial do evento.

SERVIÇO:

7º Festival Paisagem Sonora
05 a 07 de dezembro
Casa Rosa – Rio Vermelho, Salvador
Gratuito
Programação completa: festivalpaisagemsonora.org
Instagram: @paisagemsonorabahia

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Artes

Salvador ganha murais em homenagem a Iansã e Santa Bárbara

Kelly Bouéres

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Mural Pixado
Mather Aguiar

Salvador acaba de ganhar novas cores, símbolos e formas de celebrar suas matrizes culturais e religiosas. O histórico Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, tornou-se palco das primeiras intervenções do projeto Viva Salvador: arte, fé e tradição, que inaugurou dois murais em grafite dedicados a Santa Bárbara e Iansã, celebradas nesta quinta-feira (4), quando a capital se veste de vermelho em sua homenagem.

As obras foram concluídas em dois dias de criação intensa e levam a assinatura de artistas reconhecidos da cena urbana baiana. Um dos murais foi produzido em conjunto por Bigod e Prisk, integrantes do Coletivo MUSAS – Museu de Street Art de Salvador. O outro é assinado por Tárcio V, um dos principais nomes do grafite no estado.

Idealizado pela Viva Agência de Ideias e dirigido por Paula Hazin, o projeto marca o início de uma série de intervenções que pretendem transformar muros da cidade em suportes de memória, fé e identidade, ressignificando o modo como Salvador celebra suas festas populares religiosas. “A ideia é homenagear a cidade com esta linguagem tão linda que é o grafite. Começamos pela festa de Santa Bárbara, que pinta nossa Salvador de vermelho. O nosso desejo é envolver arte, fé e festa, porém repensando a maneira como utilizamos os espaços públicos e, claro, trazendo beleza”, afirma a idealizadora.

Arte urbana como ferramenta de transformação

Mais do que embelezar fachadas, o Viva Salvador aposta no grafite como instrumento de valorização do patrimônio imaterial, da cultura de matriz africana e do sentimento de pertencimento da população. Ao todo, o projeto prevê pelo menos sete grandes murais, cada um dedicado a uma festa popular religiosa da cidade: São Lázaro; Nossa Senhora da Conceição da Praia; Bom Jesus dos Navegantes; Lavagem do Bonfim; Iemanjá e Carnaval.

Os locais serão definidos em diálogo com comunidades e órgãos públicos, priorizando áreas de grande circulação ou espaços em processo de degradação urbana. “Entre os principais objetivos do projeto estão valorizar o patrimônio cultural e religioso de Salvador, promover o grafite como ferramenta de transformação urbana, estimular o turismo cultural, fortalecer a produção artística local e criar circuitos de arte pública acessíveis”, destaca Hazin.

O projeto também inclui ações educativas e formativas, com oficinas gratuitas de grafite para jovens de bairros populares, abordando técnicas de pintura, história da arte urbana e identidade cultural. Ao final, os participantes integrarão a produção coletiva de novos murais pela cidade.

Estão previstas ainda mesas-redondas, seminários culturais com mestres da cultura popular, artistas, pesquisadores e líderes comunitários, além do lançamento de um mini documentário sobre o processo criativo do projeto.

SERVIÇO:

Inauguração dos murais do projeto Viva Salvador
Mercado de Santa Bárbara, Baixa dos Sapateiros – Salvador
Dois murais de grafite dedicados a Iansã e Santa Bárbara
Realização: Viva Agência de Ideias
Acesso gratuito

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Artes

Festival Afrofuturismo celebra os ‘Ancestrais do Futuro’

Kelly Bouéres

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Festival Afrofuturismo
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Os territórios da diáspora africana se encontram novamente em Salvador nos dias 5 e 6 de dezembro, quando o Festival Afrofuturismo Ano VII transforma o Centro Histórico em um grande laboratório de ideias, conexões e narrativas afrocentradas. Com o tema “Ancestrais do Futuro”, o evento — considerado a maior conferência de futurismo, inovação e diversidade da América Latina — tem inscrições totalmente gratuitas via Sympla.

Realizado pelo Hub de Inovação Vale do Dendê, o festival conta com patrocínio da Prefeitura de Salvador, integra a programação do Salvador Capital Afro e recebe apoio institucional do SEBRAE e do Hospital Albert Einstein, além de parceria de captação da Casé Fala e apoio de mídia da Afro.TV Brasil.

A programação ocupa a Casa Vale do Dendê e os largos Tereza Batista, Quincas Berro D’Água e Pedro Arcanjo, promovendo intercâmbio cultural e reflexões sobre futuros possíveis a partir de referências afrocentradas. O público participa de palestras, talks, rodas de conversa, oficinas e trilhas temáticas que abrangem ancestralidade, tecnologia, moda, sustentabilidade, finanças, arte, mídias e empreendedorismo.

A homenageada do ano é a pesquisadora e futurista Grazi Mendes, autora do livro “Ancestrais do Futuro – Qual a Mudança que seu Movimento Alcança?”, obra que inspira o tema oficial da edição. Grazi comanda o painel principal no dia 5, às 14h, na sala Arroz Doce, na Casa Vale do Dendê.

Entre os nomes confirmados estão ainda:
– as estilistas Mônica Anjos e Isa Silva;
– as empreendedoras Monique Evelle, Najara Black e Danielle Pires;
– o recordista mundial Robson de Jesus;
– jornalistas como Midiã Noelle, Naiara Oliveira e Meire Oliveira;
– referências da área financeira como Nina Silva e Cinara Santos;
– e criadores e pesquisadores de impacto, como Diosmar Filho, Mel Campos, Everton Machado, Zamba e Felipe Aragão.

Na cena internacional, participam Saulo Montrond, fundador do canal de TV africano TVA, e Marcos Jamir, CEO da plataforma AfricanDev, que conecta profissionais africanos de TI a projetos brasileiros.

Programação e imersão no Centro Histórico

Ao longo dos dois dias, o festival oferece cerca de 13 horas de atividades gratuitas, conectando saberes tradicionais a práticas contemporâneas de inovação — do “tempo espiralar” à imaginação radical negra. Talks, oficinas e painéis apresentam caminhos possíveis para um futuro mais inclusivo.

Além disso, o público confere a Feira de Empreendedorismo, na Praça Pedro Arcanjo, com exposições de moda, artesanato, bijuterias e produtos da economia criativa; e a Exposição de Startups, no Largo Tereza Batista, reunindo soluções inovadoras em tecnologia, artes, acessibilidade e impacto social.

Com circulação intensa de empreendedores, pesquisadores e investidores, o festival consolida Salvador como polo global de criatividade e inovação, dialogando com eventos como SXSW (Austin), Web Summit (Lisboa), Cannes e Essence Festival.

Para Paulo Rogério Nunes, idealizador do Festival Afrofuturismo e cofundador da Vale do Dendê, esta edição marca a expansão do formato pocket:
“É uma alegria muito grande realizar pela sétima vez o Festival Afrofuturismo no Centro Histórico. Este ano, em um formato gratuito e mais enxuto, queremos ampliar o alcance e democratizar ainda mais o acesso a conteúdos sobre futurismo, tecnologia, inovação e criatividade. Nossa intenção é que o modelo pocket viaje por outros territórios da Bahia e do Brasil, e futuramente também para outros países.”

SERVIÇO:

Festival Afrofuturismo Ano VII – “Ancestrais do Futuro”
 5 e 6 de dezembro de 2025
A partir das 10h
Centro Histórico de Salvador (Casa Vale do Dendê, Largos Tereza Batista, Quincas Berro D’Água e Pedro Arcanjo)
Ingressos gratuitos via Sympla
Coquetel de pré-abertura: 4 de dezembro, às 19h, na Casa Encantos – Ribeira (para convidados)

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Artes

Memórias à Deriva celebra povos das águas em Salvador

Kelly Bouéres

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Maria Eunice e Adelino Santos realizando coleta de mariscos
Vilma Neres

A artista visual Vilma Neres apresenta, na Casa do Benin, a exposição “Memórias à Deriva”, uma experiência visual e sonora que convida à ludicidade e à reflexão sobre o cotidiano, a força e a labuta dos povos das águas que vivem às margens da Baía de Kirimurê e do Rio Paraguaçu. A abertura acontece no dia 05 de dezembro, das 14h às 17h, com entrada gratuita. A mostra segue em cartaz até 20 de fevereiro de 2026.

Composta por 108 fotografias e objetos cênicos, a exposição reúne imagens produzidas entre 2007 e 2025, criando uma narrativa visual que atravessa ecossistemas costeiros, rios e comunidades tradicionais de pesca e quilombos. A proposta celebra a resiliência e a preservação de memórias ancoradas em territórios profundamente marcados pela relação sustentável entre pessoas e natureza.

“Concebida como um arquivo orgânico, esta instalação cenográfica rompe com o plano bidimensional da imagem, junta a materialidade do objeto com a espacialização do olhar, aciona a imaginação e o diálogo tátil com a narrativa visual. De modo não convencional, sem quadros e molduras, busco provocar uma imersão às realidades dos povos das águas, além de celebrar meus 21 anos de trajetória como fotógrafa”, destaca a artista e curadora, Vilma Neres.

Os cenários que compõem a mostra incluem as praias de Amaralina, Rio Vermelho, Farol da Barra, Coutos, Preguiça e Tubarão; a comunidade Gamboa de Baixo; a Feira de São Joaquim; a Ilha de Bom Jesus dos Passos; os quilombos de São Francisco do Paraguaçu e Santiago do Iguape, em Cachoeira; e a Ilha de Maré, nas regiões de Praia Grande e Ponta do Cavalo.

Além da mostra na Casa do Benin, “Memórias à Deriva” terá uma versão flutuante, realizada em cortejo com pescadores da Baía de Kirimurê. Em 31 de janeiro de 2026, cada barco navegará carregando uma fotografia impressa em formato de bandeira, saindo da Feira de São Joaquim em direção ao Farol da Barra.

A exposição será totalmente acessível, com tradução em Libras do texto de apresentação, audiodescrição das 108 fotografias via QR Code e visitas mediadas com intérprete de Libras.

O projeto foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura Municipal de Salvador e PNAB – Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. A iniciativa conta também com apoio cultural da Escola Municipal do Beirú, Ecotraty, Soteropreta, IRDEB/TVE/Educadora FM, Casa do Benin e SENAC/BA.

SOBRE A ARTISTA:

Vilma Neres (Ipirá, 1984) é artista visual, mestre em Relações Étnico-Raciais (Cefet/RJ) e fotógrafa com mais de 20 anos de atuação. Seu trabalho investiga ecossistemas costeiros e fluviais e as experiências de comunidades tradicionais, unindo poesia, documental e crítica social. Autora do livro A escrita com a luz das fotoescrevivências (2021), também pesquisa trajetórias de fotógrafas e fotógrafos negros contemporâneos.
Portfólio: linktr.ee/vilmaneres

SERVIÇO:

Exposição fotográfica “Memórias à Deriva” – Abertura
05/12/2025 (das 14h às 17h)
Casa do Benin — Rua Pe. Agostinho Gomes, 17, Pelourinho — Salvador
Gratuito, mediante inscrição: bit.ly/vernissagememoriasaderiva
Classificação: Livre

Período de visitação: 05/12/2025 a 20/02/2026
Visitação livre: 10h às 11h30 e 14h às 17h
Visitação com monitoria: 14h às 17h
Visita mediada com a autora e intérprete de Libras: data a definir via Instagram
instagram.com/memorias.a.deriva/

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