Carnaval
Ilê Aiyê lança tema do Carnaval 2026 com show no Pelô

O Carnaval 2026 do Ilê Aiyê já tem tema e será lançado no dia 18 de outubro, sábado, no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho. O som dos tambores e as cores da ancestralidade embelezarão o lançamento oficial do tema do próximo ano: “Turbantes e Cocares: a história de resistência do povo afro e indígena de Maricá”.

Orisun – Foto Gilmar Souza
A noite terá a anfitriã Band’Aiyê, a energia da banda Orisun e a participação especial da Escola de Samba União de Maricá, em um encontro negro entre Bahia e Rio de Janeiro.
“Para o Ilê Aiyê, o Carnaval nunca foi apenas festa. A escolha do tema é um ato de responsabilidade com a nossa história. Cada ano, buscamos trazer à avenida a memória da ancestralidade africana, porque sabemos que nosso desfile é também uma sala de aula a céu aberto. O tema é o fio que costura a estética, a música e a mensagem do Ilê durante o Carnaval”, afirma o presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô.
União de Maricá – Foto Renata Xavier
Com o tema de 2026, o Ilê reafirma sua tradição de propor reflexões profundas em meio à festa, mantendo viva a reputação de ser não apenas um bloco, mas um movimento de empoderamento e transformação social.
Serviço
Data: 18 de outubro (sábado)
Horário: 20h
Abertura dos Portões: 19h
Local: Pelourinho – Largo Quincas Berro D’água
Atrações: Band’Aiyê, Orisun e Escola de Samba União de Maricá
Ingressos: https://beta.meubilhete.com.
Ingressos Clube Correio: https://beta.meubilhete.com.
1° LOTE
R$120,00 – Inteira | R$60,00 – Meia | R$72,00 – Promoção Clube Correio
*O acesso ao evento através da promoção para os assinantes do Clube Correio será realizado mediante a apresentação do cartão do clube e do RG.
Carnaval
Projeto Refoliar leva sustentabilidade ao Movimento Reggae O Bloco

No próximo domingo, 12, a partir das 13h, o Pelourinho vai celebrar uma tarde de música, cultura e consciência ambiental com o Movimento Reggae O Bloco. A edição gratuita deste ano terá a participação do Projeto Refoliar, iniciativa que vem ressignificando o carnaval de Salvador ao unir moda sustentável, geração de renda e educação ambiental.
O Refoliar já expandiu sua atuação para além da moda, alcançando escolas, comunidades e projetos alinhados aos pilares do ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. No Pelourinho, a iniciativa reforça sua vocação de fazer da cultura um canal de transformação.
“O Refoliar nasceu do desejo de transformar resíduos em novas histórias, mas entendemos que nosso papel vai além da moda: queremos gerar impacto social, educar para a sustentabilidade e mostrar que a cultura também pode ser um agente de mudança”, afirma Vanda Souza, uma das idealizadoras do projeto.
Programação
Entre as ações que serão apresentadas, o público poderá participar da urna de coleta de abadás, proposta inovadora que estimula a economia circular e promove novos olhares para o descarte consciente. Mais do que sustentabilidade, o Refoliar defende a moda como ferramenta de inclusão social, diversidade e valorização cultural, princípios que dialogam diretamente com a energia do reggae e a força do carnaval baiano.
O evento, que também marca o lançamento do Reggae Erê, bloco infantil que chega para aproximar as crianças da história afrobaiana e das expressões artísticas locais, contará com atividades lúdicas, como pintura facial e distribuição de doces.
Já o público adulto terá um aperitivo especial: a apresentação do projeto musical Reggae A Banda, que estreia oficialmente no Carnaval de 2026 com o tema “Angola Vive em Nós – 50 Anos de Liberdade e Revolução”.
Para o Refoliar, estar no Movimento Reggae O Bloco é reafirmar que meio ambiente, cultura e inclusão não são caminhos paralelos, mas forças que se encontram para reinventar o futuro. Sustentabilidade, ancestralidade e diversidade se entrelaçam para mostrar que um carnaval mais consciente, plural e transformador é não apenas possível, mas urgente.
Carnaval
Secult abre Consulta Pública pro Edital Ouro Negro 2026

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) promove, de 11 a 20 de agosto de 2025, a consulta pública para o aprimoramento do Edital Ouro Negro 2026, um dos principais mecanismos de apoio e valorização das manifestações culturais de matrizes africanas no estado.
A consulta busca colher sugestões, críticas e contribuições da sociedade civil, produtores culturais, artistas e demais agentes do setor, a fim de aperfeiçoar o texto e as diretrizes do edital antes de sua publicação.
A participação será realizada de forma online, por meio de formulário disponível AQUI.
OURO NEGRO – Na edição 2025, o edital contemplou mais de 110 propostas para atuação no Carnaval da Bahia e em festas como a Micareta de Feira de Santana, a Lavagem do Bonfim, a Lavagem de Itapuã e a Lavagem de Santo Amaro. No Carnaval de Salvador, além dos tradicionais circuitos Dodô, Osmar e Batatinha, as entidades puderam se inscrever em outros cinco circuitos oficiais: Orlando Tapajós, Sérgio Bezerra, Riachão, Mestre Bimba e Mãe Hilda Jitolú.
Foto Gabriel Martins / Ascom SecultBA
Carnaval
Quarta edição do Palco do Reggae acontece na Praça Jubiabá

A Associação Cultural Aspiral do Reggae realizou a IV edição do Palco do Reggae, localizado na Praça Jubiabá (Casa Cultural Reggae), no Pelourinho. A nação regueira em Salvador tem no espaço um ponto de encontro dos amantes do gênero musical jamaicano, que curtiram uma vasta programação. Com mais de 30 shows gratuitos, o público conferiu a apresentação de 21 bandas, cinco DJ’s e quatro Sound System. Na sexta-feira (28), tocaram o DJ Ras Péu, Nollasko e as bandas Cativeiro, Kamaphew Tawá e B. Aspiral do Reggae, Ital Crew, Zimbabwe Roots, finalizando com DJ Ras Péu. No repertório, covers de ídolos como Bob Marley e também canções autorais.
Ao todo, foram cinco dias de festa, com muitas atrações já conhecidas da cena, como Tikão e Banda Santuaryo, Jô Kallado, entre outros. Para o cantor Kamaphew Tawá, “é extremamente fundamental a existência do Palco do Reggae porque existe o público que ama essa música. Às vezes, a gente encontrava pessoas procurando por shows de reggae, então é fundamental esse apoio, pois podemos fazer com que as coisas viabilizem realmente. É uma forma de suscitar com que as pessoas que não gostam de axé, de pagode, mas que querem curtir o carnaval e gostam de reggae possam encontrar aqui esse ponto do gênero. Essa música vem agregando pessoas que gostam de ritmos diferentes”, declarou.

Foto: Ivone Bonfim
Criado na Jamaica do fim da década de 1960, a partir dos gêneros Ska e Rocksteady, o gênero musical tem muitos adeptos na capital baiana, a exemplo da dançarina e estudante de comunicação, Gisele Soares. “O Reggae é uma das culturas mais antigas e poderosas que a gente tem, que resgata vidas e traz paz. Dentro do Carnaval, que sabemos que é uma festa agitada, ter um momento onde vamos chegar e não vai ter confusão, que vai ter harmonia e que vai falar da resistência do povo preto é de muita importância. Temos o costume de falar que mesmo que a TV não mostre, mesmo que o rádio não toque, nós estaremos aqui fazendo reggae, então é mais um ato de resistência”, afirmou.
Por ser mundialmente conhecido, o reggae atrai baianos e turistas aos locais em que circulam os admiradores de artistas como o jamaicano Bob Marley, que deixou todo um legado musical e de estilo de vida. De acordo com Neto Nascimento, músico, guitarrista e vocalista em várias bandas do estilo, o Palco do Reggae durante o carnaval também “é um fomento à cultura e ao turismo, por que vêm muitas pessoas do mundo todo pra cá. O Reggae Music está aqui para todos nós e é uma cultura que traz muita renda para a gente, além de cultura, educação e fé no Todo Poderoso”, avaliou.

Foto: Ivone Bonfim
O espaço existe há quatro anos com o patrocínio do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado, e Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur) e é uma conquista da produtora cultural Jussara Santana, ativista do movimento reggae e atuante da cultura da Bahia. “Eu estou extasiada com esse aporte financeiro e com essa estrutura que o Governo dá, então é um passo à frente para a comunidade regueira. Estou muito contente, porque o reggae é uma música de positividade e ele precisa disso. O público está aqui querendo mais, com muita energia. Vem muito estrangeiro, muito brasileiro, muita gente da periferia celebrando o reggae. Agradeço ao Governo do Estado e à Secult por acreditar em nós”, celebrou.
Texto de cobertura de Ana Paula Nobre, jornalista e repórter do Portal Soteropreta.
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