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Cultura

Academia de Letras da Bahia homenageia Milton Santos com exibição de documentário

Iasmim Moreira

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Milton Santos

Na próxima quarta-feira, 14 de maio, às 16h, o Cineclube da Academia de Letras da Bahia (ALB) promove uma homenagem ao geógrafo baiano Milton Santos com a exibição do documentário “Encontro com Milton Santos ou O mundo global visto do lado de cá” (2006), dirigido por Silvio Tendler. A sessão acontece no auditório da ALB, localizada na Avenida Joana Angélica, 198, no bairro de Nazaré. A entrada é gratuita.

Após a sessão, haverá um bate-papo com o antropólogo, escritor, professor e acadêmico Ordep Serra e o professor, pesquisador e escritor Pedro Vasconcelos. O encontro propõe uma reflexão sobre o legado de Milton Santos no mês em que o intelectual completaria 99 anos de nascimento.

Nascido em 3 de maio de 1926, em Brotas de Macaúbas (BA), Milton Santos foi um dos mais importantes pensadores brasileiros do século XX, reconhecido mundialmente por suas contribuições à geografia crítica. Foi o primeiro geógrafo latino-americano a receber o Prêmio Vautrin Lud, considerado o “Nobel da Geografia”. Sua obra revolucionou o entendimento sobre globalização, território e desigualdade, oferecendo uma leitura do mundo a partir da perspectiva do Sul Global. Defensor da justiça social e da valorização dos saberes locais, Milton deixou um legado profundo que ainda hoje influencia debates em diversas áreas do conhecimento.

Idealizado pelos acadêmicos Carlos Ribeiro e Décio Torres Cruz, o Cineclube ALB tem como proposta exibir obras do cinema nacional e internacional e, por meio delas, estimular o diálogo entre o público e convidados. A cada edição, a iniciativa oferece um espaço de reflexão sobre temas sociais, políticos e culturais, sempre a partir da arte cinematográfica.

SERVIÇO

O quê: Cineclube ALB – Edição em homenagem a Milton Santos
Filme: Encontro com Milton Santos ou O mundo global visto do lado de cá, de Silvio Tendler
Convidados: Ordep Serra e Pedro Vasconcelos
Quando: Quarta-feira, 14 de maio, às 16h
Onde: Academia de Letras da Bahia – Av. Joana Angélica, 198, Nazaré, Salvador
Quanto: Gratuito e aberto ao público

Cultura

Carla Akotirene recebe Comenda Maria Quitéria em Salvador

Jamile Menezes

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Carla Akotirene recebe Comenda Maria Quitéria em Salvador

A pesquisadora de antirracismo e feminismos negros, Carla Akotirene, receberá, da Câmara Municipal de Salvador, a Comenda Maria Quitéria. A Comenda foi proposta pelo vereador Sílvio Humberto (PSB), fundador do Instituto Steve Biko, instituição em que Akotirene se formou na militância enquanto mulher preta.

A honraria será concedida no dia 24 de setembro, em evento aberto ao público, no Plenário Cosme de Farias.

“Foi na Biko que Carla Akotirene moldou sua formação, e agora, será reconhecida por sua trajetória de excelência acadêmica e militância. É uma das mais brilhantes intelectuais da atualidade. Logo, essa homenagem é um reconhecimento justo a uma figura pública com suas qualificações”, justificou.

Carla Akotirene é doutora em Estudos Feministas pela UFBA e autora de obras fundamentais como “O que é interseccionalidade?” e “É fragrante fojado dôtor vossa excelência”. Ela também está à frente da Opará Saberes, curso que prepara candidaturas negras para a pós-graduação, mestrados, doutorados.

Seu trabalho é reconhecido nacionalmente no estudo de gênero, feminismo negro, racismo estrutural e da interseccionalidade, impactando e transformando a sociedade.

A Comenda Maria Quitéria é entregue pela Câmara Municipal de Salvador  a mulheres que se destacam em atividades em benefício da cidade ou do estado da Bahia.

SERVIÇO

O quê: Concessão da Comenda Maria Quitéria para Carla Akotirene

Quando: 24 de setembro, às 18h

Onde: Câmara Municipal de Salvador (Plenário Cosme de Farias)

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Cultura

Instituto Cultural Bantu realiza 1º Seminário Ginga de Resiliência

Jamile Menezes

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Até 13 de setembro, o Instituto Cultural Bantu (ICBANTU) realiza o 1º Seminário Ginga de Resiliência, reunindo mestres, mestras, educadores sociais e capoeiristas de três estados e cinco cidades brasileiras. A proposta é fortalecer a Capoeira Angola como tecnologia social e cosmovisão africana, em diálogo com a educação, a cultura e as estratégias de enfrentamento da violência.

O evento integra o Projeto Katinguelê Bantu, aprovado no Edital Pronasci II (Ministério da Justiça – Senacon) e tem duração de 12 meses. Acontece em Salvador, Lauro de Freitas, Ilhéus, São Paulo (Zona Leste) e Rio de Janeiro (Morro da Babilônia), alcançando 1.200 crianças e adolescentes diretamente e 3.400 pessoas indiretamente.

O seminário é coordenado por Edielson Miranda, Mestre Roxinho, fundador e CEO do Instituto Cultural Bantu. Nascido na Ilha de Itaparica, Mestre Roxinho transformou experiências de fome, exclusão social e vivência nas ruas em um projeto de vida pela emancipação social por meio da Capoeira Angola.

Com mais de 30 anos de atuação, já levou a prática para comunidades em extrema pobreza no Brasil, para jovens refugiados na Europa e na Austrália e para crianças vítimas do tráfico humano nas Filipinas. Sua trajetória é reconhecida nacional e internacionalmente, com prêmios como o Prêmio LED (2023), Prêmio Melhores ONGs (2024) e Menção Honrosa da Câmara Estadual de Cultura da Bahia (2025).

Fundado em 2006, o Instituto Cultural Bantu completará 20 anos em 2026, consolidado como referência em impacto social a partir da cultura afro-brasileira. Suas ações abrangem educação, segurança alimentar, regeneração socioambiental e fortalecimento da identidade cultural.

Programação

  • 11 e 12 de setembro – Salvador (BA): Abertura no novo núcleo do ICBANTU, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, território simbólico na trajetória de luta de Mestre Roxinho.

  • 13 de setembro – Vera Cruz (BA): Atividades formativas na sede do Instituto, encerrando com grande celebração cultural, caruru e samba de roda.

O seminário contará com a presença de nomes expressivos da capoeira e da cultura afro-brasileira, como: Prof. Dr. Pedro Moraes Trindade (Mestre Moraes), Mestre Poloca, Mestre Célio, Mestre Marrom, Mestre Pingo, Mestre Augusto Januário e Tatá Marinho, do Terreiro Matamba Tombenci.

“O atraso de dois anos na liberação dos recursos foi um grande desafio, mas este seminário marca a retomada do Projeto Katinguelê e uma conquista histórica para a capoeira. Pela primeira vez, conseguimos reunir e remunerar mestres e mestras em larga escala, alcançando milhares de pessoas em apenas 12 meses”, afirma Mestre Roxinho.

SERVIÇO

Evento: 1º Seminário Ginga de Resiliência

Datas: 11 a 13 de setembro de 2025

Locais: Salvador (Fazenda Grande do Retiro) e Vera Cruz (Sede do ICBANTU)

Realização: Instituto Cultural Bantu

Coordenação: Mestre Roxinho

Entrada: gratuita

Fotos: Divulgação

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Cultura

Audiosérie “Operações Negras” põe a Matemática contra o racismo

Jamile Menezes

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Operações Negras

Disponível nas principais plataformas de áudio, a audiosérie Operações Negras convida o público a ouvir as histórias que costumam ser silenciadas. Escrita e dirigida por Marcelo Ricardo, roteirista e diretor baiano, a série mergulha no sistema prisional brasileiro para discutir segurança pública, reconhecimento facial e a violência do racismo institucional.

A Audiosérie Operações Negras é apoiada pelo Instituto Serrapilheira, que é uma iniciativa voltada para divulgação científica no brasil, e fruto do Camp de Podcast 2024 voltado para realizadores negras e negros.

Em cinco episódios, Maat é um educador autodidata apaixonado pelo conhecimento. Ele é acusado de um crime que não cometeu após ser vítima no sistema de reconhecimento facial. Preso sem audiência de custódia, é levado a uma penitenciária onde precisará usar o único recurso que domina com excelência: a lógica matemática.

Maat (Vagner Jesus)

“Maat é um jovem que foi confundido, quando outras juventudes, aos 22 anos, estariam vivendo confusões amorosas ou escolhendo o que vestir para uma festa. Quantos desses são jovens negros que podem ser presos sem audiência de custódia e que avolumam a capacidade das penitenciárias brasileiras?”, questiona o criador da audiossérie.

Ritornelo (Tiago Silva)

Enquanto luta para provar sua inocência, Maat transforma os cálculos que antes ensinava a pessoas em situação de rua em ferramentas para sobreviver no ambiente carcerário.

Além de usar a matemática para enfrentar a hostilidade do cárcere, Maat ajuda outros presos a descobrirem habilidades esquecidas, como o sonho de Ritornelo, um companheiro de cela que deseja ser MC de funk.

Marcelo Ricardo

A Audiosérie “Operações Negras” também destaca a matemática como herança africana, ancestral e estratégica. Maat usa equações como se fossem portais. Ainda que privados de liberdade, ele e o amigo “cortam o tempo” e imaginam a vida antes do comércio transatlântico de pessoas escravizadas usando um cálculo de progressão geométrica.

“A matemática, para nós, não é só cálculo. É uma linguagem de travessia, de permanência, de invenção. Ela serve tanto para construir futuro quanto para resgatar o que nos foi tirado”, afirma Marcelo.

SERVIÇO:

Podcast “Operações Negras”

Série em CINCO episódios.

Próximas datas: 21 e 28 de agosto.

Ouça no seu tocador favorito: https://tr.ee/iyqMEl

Fotos Anastácia Flora Oliveira

 

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