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Políticas

IV Conepir começa em Salvador com Kabengele Munanga e Maria Inês Barbosa

Jamile Menezes

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A IV Conepir é resultado de um amplo processo democrático e participativo, que envolveu conferências municipais e territoriais em todos os 27 Territórios de Identidade da Bahia,

Com o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, a IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (IV Conepir) começa nesta quarta-feira (20) e segue até sexta (22), no Hotel Fiesta, em Salvador.

O evento, promovido pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), reunirá cerca de 800 participantes de todas as regiões da Bahia, entre delegadas e delegados eleitos, convidados, gestores públicos, lideranças sociais e representantes de povos e comunidades tradicionais.

As atividades começam dia 20, às 16h30, com o ato em celebração aos 37 anos do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN). Em seguida, leitura e aprovação do regimento interno da conferência. Logo após, será exibido o filme “1798 – Revolta dos Búzios”, do cineasta baiano Antônio Olavo.

A abertura oficial da conferência está marcada para quinta-feira (21), às 9h, com a presença de autoridades das esferas nacional, estadual e municipal, reforçando o compromisso institucional com o enfrentamento ao racismo e a promoção da igualdade racial.

Na sequência, ocorre a mesa principal da conferência, com o antropólogo Kabengele Munanga, professor titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP) e referência em pesquisas sobre racismo e população afro-brasileira, e Maria Inês Barbosa, doutora em Saúde Pública pela USP, pioneira nos estudos sobre saúde da população negra.

À tarde, os participantes se dividirão em grupos de trabalho organizados por eixos temáticos, que abordarão questões como justiça racial, reparação histórica, democracia, desenvolvimento sustentável, garantia de direitos, enfrentamento das desigualdades raciais e participação social.

Na sexta-feira (22), as atividades continuam com a retomada dos grupos de trabalho para sistematização das propostas debatidas. Em seguida, acontece a plenária final, que aprovará as diretrizes do relatório da etapa estadual e elegerá as delegadas e os delegados que representarão a Bahia na V Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), marcada de 15 a 19 de setembro, em Brasília.

Serviço

O quê: IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial – CONEPIR
Quando: 20 a 22 de agosto – quarta a sexta-feira
Onde: Hotel Fiesta – Itaigara, Salvador -BA

Foto: Erlon Souza

Políticas

Circulô 3.0 reúne juventudes negras em dois dias de cultura e formação

Iasmim Moreira

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Circulô

A Universidade Federal da Bahia (UFBA), no campus de Ondina, recebe nos dias 1º e 2 de agosto a 3ª edição do Circulô, fórum que articula juventudes negras por meio da cultura, da formação e da ação política. Com o tema “Andar tranquilamente na favela em que nasci” — verso marcante do Rap da Felicidade — o evento deve reunir cerca de 500 jovens de Salvador e da Região Metropolitana em oficinas, rodas de conversa, batalhas de rima, apresentações culturais, sarau, podcast ao vivo e torneio de capoeira.

Idealizado pelo Núcleo de Juventude do Coletivo Resistência Preta (CRP), o Circulô integra os projetos de extensão universitária da UFBA. A proposta é promover o diálogo entre universidade e territórios periféricos, com trocas de saberes que unem ancestralidade, cultura e política.

Para além das atividades presenciais, o projeto também lançará uma plataforma digital para articulação das juventudes negras e deve ocupar escolas e espaços comunitários como forma de ampliar sua rede de mobilização.

“As juventudes negras têm urgência em ser ouvidas diante dos dilemas históricos. Nosso objetivo é formar, informar e aquilombar”, afirma a coordenação do CRP.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela plataforma Sympla. Os participantes terão direito a certificado de horas complementares, além de café da manhã e almoço nos dois dias de evento.

SERVIÇO
O que: Fórum Circulô 3.0 – “Andar tranquilamente na favela em que nasci”
Quando: 1º e 2 de agosto de 2025 (sexta e sábado)
Onde: Universidade Federal da Bahia – Campus de Ondina, Salvador – BA
Quanto: Gratuito
Inscrições: Disponíveis no Sympla
Certificado: Sim (UFBA)
Alimentação: Café da manhã e almoço incluídos para inscritos

Destaques da programação:
Sexta-feira (01/08)

  • 19h – Abertura institucional

  • 21h – Sarau KuáNdanji – Edição Circulô + Coquetel de encerramento

Sábado (02/08)

  • 8h – Credenciamento e café da manhã

  • 10h – Oficinas: dança, graffiti, escrita criativa, percussão, defesa pessoal, moda periférica, entre outras

  • 12h30 – Almoço

  • 14h – PODCIRCULAR Ep. 01 – “Por que circular?”

  • 16h – PODCIRCULAR Ep. 02 – “Cultura como forma de luta”

  • 17h – Roda de conversa de encerramento

Torneio de Capoeira – Sábado (02/08)

  • 9h – Roda de mestres

  • 10h – Aula pública “Capoeira e resistência”

  • 11h às 16h – Disputas infantis, juvenis e adultas

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Associação Mulheres Apoiam Mulheres inaugura nova sede no Curuzu

Iasmim Moreira

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Mulheres Apoiam Mulheres

A Associação Mulheres Apoiam Mulheres (AMAM) inaugura oficialmente sua nova sede neste sábado, 26 de julho, das 14h às 17h, na Rua do Curuzu, nº 225, em Salvador. A cerimônia acontece durante o Julho das Pretas, mês que celebra o protagonismo das mulheres negras na luta por direitos e equidade racial, reforçando o compromisso da entidade com essa pauta.

Fundada em 2019 por mulheres dos bairros do Curuzu e da Liberdade, e formalizada em 2023, a AMAM se tornou um espaço de acolhimento, formação e fortalecimento feminino. A associação desenvolve atividades voltadas para capacitação profissional nas áreas de Gastronomia, Beleza e Inclusão Sustentável, além de promover rodas de conversa e palestras educativas sobre direitos sociais e enfrentamento à violência de gênero.

Segundo Rita Sacramento, CEO da AMAM, a nova sede é fruto da mobilização e da coragem de mulheres que decidiram transformar suas realidades.

“É um território de acolhimento, afeto e troca de saberes”, resume.

Nos últimos semestres, as ações da AMAM impactaram diretamente mais de 350 mulheres, alcançando, de forma indireta, cerca de 1.400 pessoas.

A programação da inauguração inclui apresentações culturais, rodas de conversa e a presença de representantes de movimentos sociais. A entrada é gratuita e aberta ao público.

SERVIÇO


O quê: Inauguração da nova sede da Associação Mulheres Apoiam Mulheres (AMAM)
Quando: Sábado, 26 de julho, das 14h às 17h
Onde: Rua do Curuzu, nº 225 – Salvador (BA)
Quanto: Gratuito
Informações: @amam.ssa

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Políticas

Salvador se prepara para marcha das mulheres negras por reparação e bem viver no 25 de Julho

Iasmim Moreira

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marcha

Salvador será palco, nesta sexta-feira (25), de uma grande mobilização protagonizada por mulheres negras em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela. O ato integra a 13ª edição do Julho das Pretas, sob o lema “Por Reparação Histórica e Bem Viver”, e promete reunir ativistas, coletivos e organizações da capital baiana em um momento de denúncia, celebração e articulação política.

A mobilização na cidade faz parte de um conjunto de marchas e atos simultâneos que ocorrem em mais de 15 cidades brasileiras, preparando o terreno para a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, prevista para 25 de novembro, em Brasília. A expectativa é que mais de um milhão de mulheres negras e aliadas se somem à marcha nacional por justiça, reparação e dignidade.

“Esse ato em Salvador é parte de uma movimentação ampla, que conecta mulheres negras de todas as regiões do Brasil com um projeto de país centrado na vida, na justiça social e no Bem Viver”, afirma Naiara Leite, integrante da Rede de Mulheres Afrolatinoamericanas, Afrobrasileiras e da Diáspora.

Além da marcha, Salvador sedia ao longo de julho uma série de atividades culturais, formativas e de incidência política dentro da agenda do Julho das Pretas, que neste ano contabiliza mais de 630 ações no Brasil e em outros países como Colômbia e Reino Unido.

Para Bruna Ravena, do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), a mobilização do 25 de Julho é estratégica num momento em que os valores democráticos estão em disputa. “É um chamado para reconhecer o legado das mulheres negras na construção do Brasil e para garantir que esse legado siga vivo e pulsante nas próximas gerações.”

Em Salvador, a programação do ato inclui concentração, caminhada, falas políticas e intervenções culturais. A agenda completa deve ser divulgada pelas organizações envolvidas nos próximos dias.

Conceitos como Reparação Histórica e Bem Viver são centrais na luta das mulheres negras, apontando para a necessidade de políticas públicas estruturantes e transformadoras. No caso das populações quilombolas, por exemplo, a reparação passa pelo direito à terra, como destaca Selma Dealdina Mbaye, da Conaq. “Sem a titulação dos territórios, as políticas seguem sendo paliativas. É preciso ir além das soluções superficiais”, afirma.

O Julho das Pretas é uma iniciativa criada pelo Instituto Odara, em 2013, e hoje reúne centenas de organizações comprometidas com o enfrentamento ao racismo, ao sexismo e às múltiplas formas de opressão que atingem as mulheres negras.

SERVIÇO

Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver – Julho das Pretas em Salvador
Data: 25 de julho de 2025 (sexta-feira)
Local: Concentação na Praça da Piedade, a partir das 14h

Mais informações: @odarainstituto ou @comitebadamarcha2025

Foto: Anastácia Flora

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