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Artes

Fotógrafo Diego Sei expõe “Veias” na Galeria da Fundação Pierre Verger

Jamile Menezes

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Fotografo Diego Sei

Na Galeria da Fundação Pierre Verger, está aberta a exposição “Veias”, do fotógrafo Diego Sei, com curadoria de Paulo Coqueiro. A mostra integra a quarta edição do projeto 16 Ensaios Baianos, dedicado a valorizar a fotografia produzida na Bahia e a promover diálogos entre gerações, fortalecendo a cena local.

São 29 imagens de rios de Salvador, Boipeba e do Recôncavo Baiano, em tamanhos distintos, desde 33×55 até 1m20, além de trabalhos em estêncil representando os rios como se fossem veias. Segundo o curador, Paulo Coqueiro, a exposição propõe uma experiência estética, mas também um convite à reflexão sobre a preservação das águas.

“As fotografias reunidas em Veias revelam a relação vital entre rios, comunidades e modos de vida, articulando memória e cotidiano em torno da água como patrimônio essencial”, afirma.

Desde 2017, o fotógrafo Diego Sei, em parceria com a arquiteta e urbanista Camila Contreras, desenvolve uma pesquisa em povoamentos tradicionais da Ilha de Boipeba (Cairu-BA), em São Félix/Cachoeira e na cidade de Salvador (BA). Seu trabalho evidencia a urgência da preservação das águas, reforçada por levantamento recente do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), que aponta que cerca de 80% dos rios de Salvador apresentam elevado grau de poluição.

Para Diego Sei, falar de rios é falar de história, de memória, de ancestralidade. “Esse ensaio traz os rios como afluentes da cultura, dos povos tradicionais que usam esses ambientes para tirar o alimento, para lazer, e esses ambientes vem sendo ameaçados”, ressalta. O nome Veias, também tem um significado especial, como explica o fotógrafo: “O nome remete tanto as veias do nosso corpo quanto as veias dos rios que cortam as cidades e o interior. É um respeito as águas”.

As fotografias reunidas em Veias revelam a relação vital entre rios, comunidades e modos de vida, articulando memória e cotidiano em torno da água como patrimônio essencial.

O olhar do fotógrafo Diego Sei percorre tanto as águas urbanas, frequentemente ameaçadas, quanto as águas de territórios tradicionais, documentando práticas e vínculos que sustentam a sobrevivência coletiva.

A exposição propõe não apenas uma experiência estética, mas também um convite à reflexão sobre a preservação das águas como base histórica e vital das comunidades na Bahia.

📍 Galeria Fundação Pierre Verger
Portal da Misericórdia, nº 9, Loja 1, Centro histórico, Salvador – BA
📅 Visitação da exposição: de segunda sábado, das 9h às 19h.

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Artes

Festival das Periferias celebra 4ª edição em Paripe

Jamile Menezes

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Festival das Periferias

O Festival das Periferias chega à sua 4ª edição com protagonismo dos jovens que integram o projeto LabCIPÓ, da CIPÓ Comunicação Interativa. A programação acontece nos dias 17 e 18 de outubro, no Colégio Estadual Barros Barreto, em Paripe, Subúrbio Ferroviário de Salvador.

Aberto ao público e com o tema “Somos Ubuntu – Eu sou, porque nós somos”, a edição 2025, destaca a juventude periférica, fortalecendo a ideia de pertencimento coletivo, cooperação e identidade cultural.

Durante dois dias, a programação incluirá oficinas, apresentações artísticas, pocket shows, batalhas de slam, rodas de conversa e intercâmbio com a presença de coletivos de países como Argentina e Colômbia: (Asociacion El Culebron Timbal/ (AR), Fundacion Comunidad Contemporanea/El Changuito (CO)/ Cooperativa Coonurock’- El Ojo Negro/ (AR)) e articulação com o LABGESTÂO da Universidade Federal do Recôncavo Baiano –  UFRB.

O Festival das Periferias também conta com arenas temáticas, reunindo culinária local, espaço das artes, de empreendedorismo e esportes que vão oferecer experiências integradas. Entre elas uma feira gastronômica, dialogando diretamente com à comunidade, conhecendo talentos e serviços ao qual o público poderá interagir em cada um dos espaços.

Festival das Periferias

Haverá batalha de SLAM com premiações, além de encontros entre a Cultura BallRoom e o movimento Hip-Hop AllStyle, numa competição entre dois estilos diferentes e também com premiação para o vencedor ou vencedora da batalha final.

Dentre convidados do Festival das Periferias haverá apresentações musicais com estudantes e a fanfarra escolar BAMABB, além de shows com artistas da Periferia de Salvador, como o Rapper Shaft,  Banda Guias Cegos, a Cantora Hévila Mello e a Banda Swing de Negro e o cortejo do Coletivo CIA Black Dance.

A Edição ANO IV do Festival das Periferias encerra as atividades do Projeto LabCIPÓ 2025 e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura e Governo Federal.

Programação completa AQUI.

Serviço

Festival das Periferias – Ano IV

Sexta: 17/10 –  13h às 18h

Sábado: 18/10 – 10h às 18h

Colégio Estadual Barros Barreto – Paripe

Aberto ao público.

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Artes

MUNCAB mantém inscrições abertas para artistas negros

Jamile Menezes

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O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) mantém aberto chamamento público de artistas negros do Brasil, com atuação nas artes visuais. A ação visa promover um canal de diálogos da curadoria e  grupo de talentos na área.

Com inscrições gratuitas e sem necessidade de experiência prévia, os portfólios artísticos podem ser encaminhados através do formulário no site do Museu.

Como participar?

Podem participar artistas em diferentes estágios de carreira — de novos talentos a nomes consolidados  (representados ou não por galerias). As inscrições devem ser acompanhadas de uma mini bio do participante; portfólio em formato PDF – com link de fácil acesso; redes sociais; endereço do ateliê e uma breve descrição sobre a ‘concept art’ desenvolvida.

“O que estamos propondo é uma curadoria mais democrática e transparente, que reconheça a diversidade e a potência da produção artística negra contemporânea. O chamamento contínuo permite que os artistas atualizem seus portfólios e estejam sempre em diálogo conosco”, explica a gestora cultural e diretora do MUNCAB, Cintia Maria.

A iniciativa é um processo de aproximação contínua da curadoria da instituição com a cena artística visual negra no país. A iniciativa do MUNCAB não tem data de encerramento nem promete seleção imediata. A proposta é construir um banco de dados, que servirá de base para futuras exposições, pesquisas e colaborações que serão devidamente analisadas pela equipe curatorial do museu. Uma vez contemplados, a própria equipe do MUNCAB entrará em contato com o artista e/ou galeria.

O MUNCAB conta com entrada gratuita às quartas e domingos, medida viabilizada por patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura.

SERVIÇO

[Chamamento público para artistas visuais negros do Brasil]
Quando: disponível, sem prazo para encerrar

Tema: livre

Local: Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico, no educativo do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira – Salvador (BA)
Vagas: Ilimitadas

Inscrições gratuitas pelo link do formulário, no site do Museu

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Artes

MUNCAB segue com exposição “Ancestral: Afro-Américas” aberta

Jamile Menezes

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MUNCAB
Segue aberta no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador, a exposição “Ancestral: Afro-Américas”, que celebra a ancestralidade da arte nas Américas. Entre os nomes, estão: Abdias Nascimento, Simone Leigh, Emanuel Araújo, Sonia Gomes, Leonard Drew, Mestre Didi, Melvin Edwards, Lorna Simpson, Kara Walker, Bispo do Rosário, Carrie Mae Weems, Mônica Ventura e Julie Mehretu.
A expo do MUNCAB  traz o encontro entre as raízes africanas do Brasil e dos Estados Unidos em mais de 130 obras de artistas negros dos dois países. Tem direção artística de Marcello Dantas e curadoria de Ana Beatriz Almeida, com três núcleos temáticos: Corpo, Sonho e Espaço. Neles, estão provocações sobre a afirmação do corpo, a dimensão reflexiva dos sonhos e a reivindicação de espaço. Há ainda uma seção dedicada à arte africana tradicional, montada com a curadoria de Renato Araújo da Silva.
No núcleo “Corpo”, as obras exploram os limites da representação, evidenciando a resistência de retratar uma pessoa negra em uma obra de arte. As obras do núcleo “Sonho”, marcado por identidade e herança, expandem os limites da abstração, promovendo a contemplação e provocando reflexão. Já no núcleo “Espaço” as obras examinam propostas de construção de mundo e criação de lugares, misturando natural e urbano ao tratar de temas como imigração, história e comunidade desafiando percepções convencionais de espaço e pertencimento.
Na seção Arte Africana Tradicional, a ancestralidade é reconhecida como o ponto de partida da criatividade artística, unindo a herança africana e as manifestações contemporâneas de arte desenvolvidas dessa raiz no Brasil e nos Estados Unidos.
“Essas obras representam continuidades e transformações ao longo do tempo, revelando tanto a força de tradições transmitidas por gerações quanto as inovações decorrentes do contato com novas culturas e contextos”, finaliza o curador da seção, Renato Araújo da Silva.
Como visitar:
Quando: até 1º de fevereiro de 2026
Onde: Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) – Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico, Salvador-BA
Funcionamento: Terça a domingo, às 10h às 17h (acesso até às 16h30)
Entrada: R$20 inteira e R$10 meia (clientes do Banco do Brasil pagam meia entrada)
Classificação: Livre
*As vendas de ingressos acontecem na bilheteria do MUNCAB e no site do Museu (museuafrobrasileiro.com.br). A entrada é gratuita para todos os visitantes nas quartas-feiras e domingos.
Foto Carol Quintanilha
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