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Artes

Artista de Simões Filho, Augusto Leal, realiza Ocupação Arte Comprida em SP

Jamile Menezes

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A Gangorra

 

O artista baiano Augusto Leal realiza, em São Paulo, a Ocupação Arte Comprida, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, no bairro do Bom Retiro. A mostra acontece de 01 de setembro a 15 de dezembro.

São dois trabalhos expostos: “A Gangorra”, proposição artística que promove ativações de espaços públicos a partir do convite para a interação, diversão e reflexão. O artista convida as pessoas a pensarem e fabularem novas formas de relação com o poder. Além da gangorra, a instalação “O Jogo!” convida o público a refletir sobre as formas de operação do racismo no Brasil, tencionando uma reflexão sobre o uso da meritocracia para justificar as violências e injustiças sociais que atravessam a experiência negra.

 

“A gangorra e O Jogo! são trabalhos que sintetizam minha pesquisa artística. A partir da ludicidade convido as pessoas a pensarmos juntos sobre questões complexas presentes na sociedade. Me interessa propor essas reflexões sem necessariamente o uso da violência, além de desejar o encontro com a diversidade de público. São convites para pensar e fabular de novos mundos”, diz Augusto.

 

O Jogo

“Eu sou de uma cidade que não tem museus, centros culturais, espaços públicos voltados para a produção artística. Por isso, meu trabalho está sempre na rua. Encontrei na Oficina Cultural Oswald de Andrade uma experiência de centro cultural que gostaria de ter em Simões Filho. Um espaço diverso, democrático, acolhedor, que se relaciona de forma aberta com o público, gerando oportunidades múltiplas de fruição, formação e produção artística. Acredito que a Ocupação Arte Comprida colabora com esse trabalho que a instituição faz, criando mais experiências de relação do público com produções de arte contemporânea. Além disso é uma forma de circular pelo país produções artísticas baianas, nesse caso especialmente, simoesfilhenses” – Augusto Leal

Sobre o artista

Augusto Leal é artista de Simões Filho, Bahia. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia e graduado em Desenho Industrial pela mesma instituição. Entende a arte como prática libertadora na medida em que por meio dela consegue compreender e elaborar as questões que lhe atravessam, e fabular novos mundos. Pensando a partir das relações sociais e geopolíticas entende que a arte pode promover transformações na forma que as pessoas pensam, se relacionam e se movem no mundo. Por isso, em seus trabalhos se interessa pelo diálogo, presença, participação e colaboração de pessoas em um esforço conjunto de (des) pensar a sociedade.

Serviço

O que: Ocupação Arte Comprida – Augusto Leal

Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – SP

Quando: 01 de setembro a 15 de dezembro

Horário: segunda a sexta das 10h às 21h e sábados das 11h às 18h

Mais informações: https://oficinasculturais.org.br/  https://www.instagram.com/augustojleal/

Gratuita

Artes

Festival Beirú das Artes Negras ocupa bairro do Cabula com ações gratuitas

Jamile Menezes

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Realizado pelo Instituto de Formação em Arte – IFÁ, o Festival Beirú das Artes Negras (FESTBAN) chega a sua sexta edição ocupando o bairro do Cabula, em Salvador, de 03 a 27 de novembro.  Através do núcleo artístico PAÓ, o festival promove, ao longo do mês da Consciência Negra, uma programação gratuita com formação, diálogo comunitário e produção artística periférica.

O FESTBAN acontece em espaços públicos do Cabula e contempla 11 linguagens artísticas: Dança, Teatro, Música, Percussão, Capoeira, Artes Visuais, Poesia, Circo, Performance, Moda e Audiovisual. A programação será realizada por 21 artistas e grupos selecionados pelo projeto.

Quilomba Zu - performance

Quilomba Zu – Performance

Formação artística

No Festival Beirú das Artes Negras também vai ter realiza oficinas artísticas em 22 escolas públicas estaduais da região. Cada escola receberá uma oficina de 2 horas, nos turnos matutino e vespertino, ampliando o acesso à formação artística entre crianças, adolescentes e jovens do território.

A programação terá intervenções artísticas em praças e largos do Cabula e Giras Temáticas, que promovem debates e rodas de conversa no Teatro da UNEB, culminando com a Mostra Palco, com apresentações abertas ao público.

Adam Akuma – Dança

O festival tem como objetivo estimular jovens negros e negras a despertarem para utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru.

“Esse festival potencializa, difunde e fomenta as artes afrodiaspóricas presentes na periferia, além de homenagear o negro Beiru, vindo das terras de Oió, na Nigéria, que foi escravizado em Salvador, mais especificamente na fazenda dos Garcia D’Ávila, conhecida como “Campo Seco”, hoje o bairro Beiru/Tancredo Neves. É também de uma forma de manter vivo o legado de resistência das nossas ancestralidades”, diz Robson Correia, idealizador e diretor artístico do festival.

O FESTBAN reforça o compromisso do IFÁ com a formação artística como ferramenta de transformação social, valorização da memória e fortalecimento da identidade negra nas comunidades.

SERVIÇO:

FESTBAN VI – Festival Beirú das Artes Negras
Onde: Cabula – Salvador, BA
Quando: 03 a 27 de novembro
Programação gratuita

PROGRAMAÇÃO:

  • Oficinas Artísticas (11 linguagens)
    03 a 14/11 — em 22 escolas estaduais da região, pela manhã e tarde.

  • Mostra Rua – Intervenções Urbanas
    18 a 22/11 — Praças e largos do Cabula.

  • Giras Temáticas – Palestras e rodas de conversa
    25/11 — Teatro da UNEB | 9h às 12h e 14h às 17h.

  • Mostra Palco – Apresentações Artísticas
    26/11 — Teatro da UNEB | a partir das 15h.

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Artes

Zéh Palito inaugura exposição individual no MAC_BAHIA

Jamile Menezes

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Zeh-Palito

O Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta entre os dias 19 de novembro e 22 de fevereiro de 2026 a primeira exposição individual de Zéh Palito(Limeira, 1986).

Em Do pranto o oceano, e nadamos no amor, sua primeira exposição individual em um museu brasileiro, o artista propõe uma imersão marcada pela fusão entre referências da cultura urbana, estética tropical e temas sociais que atravessam sua produção desde o início da carreira. A mostra no MAC_BAHIA marca um retorno simbólico ao país e um novo capítulo em sua trajetória.

Com curadoria de Daniel Rangel, a exposição apresenta um conjunto de 21 pinturas, uma escultura, seis instalações, um mural e a ativação da escultura inflável de um cacho de bananas, todas desenvolvidas entre 2022 e 2025.

“Na exposição “Do pranto o oceano, e nadamos no amor”, quero expressar, de forma pictórica, que da nossa dor (o pranto) nasce algo imenso (o oceano). Mesmo diante desse oceano de lágrimas, nós nadamos no amor — permanecemos vivos, seguimos em frente, envolvidos e imersos nesse sentimento.
Apesar da dor e de todas as adversidades, é o amor que nos sustenta e nos dá força para continuar”, diz Zéh.

Além das obras de séries já conhecidas – que celebram a cultura e a existência de pessoas negras em posição de poder, com uma iconografia própria e influências do tropicalismo brasileiro -,  Zéh Palito apresenta também uma série inédita criada especialmente para esta exposição, na qual presta homenagem a artistas baianos que admira, como Emanoel Araújo, Mestre Didi, Yedamaria, Estevão Silva e Rubem Valentim.

Formado em Design Gráfico pela FAAL e com passagem pela EMCEA – Escola Municipal de Cultura e Artes, em Limeira (SP), Zéh Palito começou a pintar aos 15 anos, quando o grafite se tornou uma ferramenta de expressão e engajamento comunitário no interior paulista.

As composições do artista apresentam pessoas negras envoltas em cenários fantásticos, repletos de frutas, flores e ícones da cultura pop – como tênis, carros e marcas -, articulando um diálogo entre ancestralidade, desejo e consumo.

“A obra de Zéh Palito impacta à primeira vista. Cultura negra pop afrofuturista, permeada por muitos tons de rosa com um traço pessoal que vem das ruas para o museu. A exposição de Zéh Palito no MAC_BAHIA, primeira individual do artista em um museu no país, marca a trajetória de um expoente artista brasileiro, que possui obras em importantes museus e coleções particulares no mundo todo”, afirma o curador Daniel Rangel.

Com trabalhos presentes em coleções de instituições como Instituto Inhotim, Baltimore Museum of Art e Institute of Contemporary Art Miami, Zéh Palito consolida sua presença internacional ao mesmo tempo em que reafirma suas raízes brasileiras.

Serviço:
Exposição: Do pranto o oceano, e nadamos no amor, individual Zéh Palito
Curadoria: Daniel Rangel
Abertura: 19 de novembro, quarta-feira, às 17h
Período: 19 de novembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026
Local: MAC_BAHIA – Museu de Arte Contemporânea da Bahia Rua da Graça, nº 284, Graça, Salvador/BA
Horário: terça a domingo, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Realização: MAC_BAHIA, IPAC, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

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Artes

Instituto Calu Brincante chega ao Subúrbio com Novembro Pretinho

Jamile Menezes

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O núcleo artístico do Instituto Calu Brincante construiu, ao longo dos anos, uma caminhada marcada por afeto, coletividade e resistência

O Instituto Calu Brincante, liderado pela atriz e escritora Cássia Valle, realiza o Novembro Pretinho com uma programação gratuita, artística e lúdica, no dia 14 de novembro, no Teatro Subúrbio 360°, das 14h às 16h30.

O Novembro Pretinho celebra o protagonismo das infâncias negras por meio da arte, da educação e da ancestralidade, culminando as atividades iniciadas em julho e reunindo crianças, educadores, artistas e famílias em um encontro marcado pela celebração da identidade, da criatividade e da memória preta.

A tarde começa com a Feira da Criatividade, que traz o Balcão de Trocas de Livros da Literatura Preta Infantil-Baiana, incentivando a circulação de obras de autores negros e a valorização da leitura desde a infância. O evento também apresenta a Mostra das Ações Formativas, reunindo experiências vividas ao longo do festival em escolas e instituições parceiras.

Bonde da Calu | Foto Anderson Moreira

Haverá ainda o Troféu Julhinho e da Medalha Calu, homenageando alunas, alunos e instituições que se destacaram em iniciativas voltadas ao protagonismo feminino preto e à promoção da igualdade racial.

A curadoria é formada por Cássia Valle, Valdinéia Soriano, Lucila Laura, Pietra Gomes e Aya Dantas.

O encerramento artístico fica por conta do Recital “Maria Felipa”, espetáculo que reafirma os pilares do festival — ancestralidade, representatividade, arte e educação preta — e homenageia uma das maiores figuras da resistência feminina na história da Bahia.

“O Novembro Pretinho é o momento de celebrar o que construímos juntos — com as crianças, escolas e famílias. Reafirmar que o brincar, o aprender e o sonhar também são formas de resistência”, destaca Cássia Valle, atriz, educadora e idealizadora do Instituto Calu Brincante.

Bonde da Calu: Arte e Representatividade

Em 2025, o Bonde da Calu celebra oito anos de trajetória, reafirmando seu compromisso com a arte, a educação e o fortalecimento das infâncias negras. O núcleo artístico do Instituto Calu Brincante construiu, ao longo dos anos, uma caminhada marcada por afeto, coletividade e resistência. Com espetáculos, formações e projetos como o Festival Julho das Pretinhas, o Bonde da Calu segue inspirando novas gerações a se reconhecerem e amarem sua identidade afro-brasileira

“O Bonde da Calu nasceu do desejo de transformar o palco em espaço de representatividade e liberdade. Hoje, seguimos reafirmando que o teatro, a literatura e a música são caminhos de resistência, educação e cuidado”, conclui Cássia Valle

SERVIÇO:

O quê: Novembro Pretinho

Quando: 14 de novembro (sexta), das 14h às 16h30

Onde:  Teatro Subúrbio 360° (Rua da paz, S/N, Coutos)

Atividades: Feira Criativa, mostras artísticas e recital em homenagem à Maria Felipa

Público-alvo: Crianças e adolescentes

Atividade: Gratuita

Realização: Instituto Calu Brincante e Bonde da Calu Acompanhe em: @calubrincante e @cassiavallereal

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