Connect with us

Religião

Casa de Oxumarê celebra Orixá patrono em festa aberta ao público

Jamile Menezes

Publicado

on

A Casa de Oxumarê, na Federação, estará em celebração marcada por tambores, cantos e a energia ancestral. Um dos mais antigos terreiros de candomblé do país se prepara para receber milhares de pessoas de diversas nacionalidades na celebração dedicada ao orixá Oxumarê, divindade do arco-íris e patrono da comunidade de axé.

A festa, que acontece tradicionalmente no terceiro sábado de agosto, vai reunir autoridades religiosas, babalorixás, ialorixás e representantes de casas de santo de diferentes continentes, como Benin, Nigéria e Cuba, para louvar Oxumarê e Yewá.

“Esta casa respira história e fé. A cada agosto, renovamos nosso compromisso com os ancestrais e fortalecemos os laços que nos unem como povo de axé”, afirma o Babalorixá Babá Pecê, líder espiritual do espaço sagrado. “Oxumarê nos ensina sobre renovação, sobre os ciclos da vida. É isso que celebramos: a continuidade de nossa tradição.”

Babá Pecê

Programação

A programação mantém a mesma estrutura há 189 anos. Às 4h da manhã, a comunidade já está em movimento com os cuidados rituais da casa. A cerimônia de hasteamento das bandeiras marca oficialmente o início das celebrações, seguida pelo café da manhã comunitário, aberto a todos os presentes. Durante todo o dia, rituais internos acontecem de forma reservada, respeitando os fundamentos sagrados da religião. O ápice da festividade ocorre no período noturno, com a cerimônia pública que permite a participação de visitantes interessados em conhecer a riqueza cultural do candomblé.

“Nossa porta está sempre aberta para quem vem com respeito e curiosidade genuína”, explica o babalorixá. “O candomblé é resistência, é cultura, é ancestralidade viva. Dividir isso com o mundo é nossa missão.”

O evento é gratuito e aberto ao público, reafirmando o caráter inclusivo e acolhedor da religião. A Casa de Oxumarê fica localizada na Federação, e a cerimônia pública tem início às 20h, do dia 16.

Patrimônio vivo, a Casa de Oxumarê é o segundo terreiro mais antigo do país, espaço que carrega a responsabilidade de manter vivas as práticas, conhecimentos e liturgias transmitidas oralmente através das gerações. A presença de autoridades internacionais evidencia a relevância global desta tradição que se transformou em patrimônio cultural da humanidade.

Música

Irmãos no Couro celebra oito anos no Casarão das Yabás

Jamile Menezes

Publicado

on

A partir da formação da Escola de Toques é que nasceu, em 2019, a Orquestra Irmãos no Couro, passando a uma fomentar a outra.

No dia 27 de setembro, o projeto Irmãos no Couro completa oito anos tendo como finalidade a preservação e a manutenção da identidade e do saber ancestral afro brasileiro, utilizando como principais ferramentas os toques, as cantigas e os conhecimentos que vem sendo transmitidos por gerações.

Tudo começou com a reverência àqueles encarregados de despertar as divindades através dos toques como os Mestres Nem (Tio Patinho – Terreiro do Cobre), Reinaldo, Tata  Landemunkosi, e Nelson, Tata Jimungongo (Nzo Tanuri Junsara) e os Alagbé Edvaldo Araújo, Asogun Arielson Chagas (Terreiro da Casa Branca), bem como transmitir o conhecimento adquirido no convívio com eles.

Sediado no centenário Nzo Tumba Junsara, localizado no bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, o Irmãos no Couro realiza oficinas de atabaques, formação de orquestra junto aos Clarins da Bahia, confecção de instrumentos tambor ìlú e xequerê, formação da banda de samba de terreiro e viola.

A partir da formação da Escola de Toques é que nasceu, em 2019, a Orquestra Irmãos no Couro, passando a uma fomentar a outra.

Neste dia 27 de setembro, quando celebra oito anos de criação, o Irmãos no Couro prepara mais uma edição e será no Casarão das Yabás (R. Martin Francisco, 15 – Garcia), a partir das 20h. Os ingressos serão vendidos a R$ 25, até a limitação do espaço. Terá participação de Orisun, Juraci (Samba Trator), Alacorin e Geo da Viola.

 

 

 

Continuar lendo

Religião

Mãos no Tambor: formação em Cânticos e Toques do Candomblé reabre inscrições

Jamile Menezes

Publicado

on

Mãos no Tambor

O projeto Mãos no Tambor, idealizado pelos ogans Jean Chagas e Irlan Cruz (Nego Kiri), dará início a uma temporada de aulas mensais de Cânticos e Toques do Candomblé, no Engenho Velho de Brotas a partir de 4 de outubro. A contribuição é de R$ 100 por mês, que dá direito a quatro encontros: às terças e quintas-feiras, das 18h30 às 20h, e aos sábados, das 10h30 às 12h.

Criado em março de 2025, o Mãos no Tambor já realizaram o primeiro Workshop gratuito no Terreiro Casa Branca, com mais de 30 alunos e no próximo dia 20 de setembro, será realizada uma aula com a segunda turma.
Mais do que ensinar técnicas, o projeto promove a valorização da oralidade, do ritmo e da escuta. Ao reunir jovens de diferentes casas, reforça a importância da preservação dos saberes ancestrais.
O nosso compromisso é mostrar que os jovens de terreiro estão assumindo responsabilidades e mantendo a tradição. Por isso, decidimos transformar essa troca em algo regular, para garantir que esse conhecimento circule e inspire novas iniciativas, O objetivo dos idealizadores é que as aulas assegurem a continuidade da tradição. Enquanto os Orixás permitirem, o Mãos no Tambor vai seguir evoluindo, sempre com mais ideias e responsabilidades”, explica Jean Chagas, ogan do Terreiro Casa Branca.

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas por meio de um formulário on-line.

Para Nego Kiri, ogan do Terreiro do Cobre, a continuidade é fundamental: “Queremos mostrar que ainda existem jovens comprometidos com a religião e dispostos a preservar os saberes ancestrais. Cada aula é uma forma de resistência e de afirmação da nossa identidade”.

Serviço:

Aulas Mensais – Projeto Mãos no Tambor

Data: a partir do dia 4 de outubro

Inscrição: AQUI 

Fotos: Arthur Seabra

Continuar lendo

Religião

Ogãs baianos ganham projeto de valorização pelo ofício sagrado

Jamile Menezes

Publicado

on

Ogãs

Na Bahia, no mês de setembro se comemora o dia dos Ogãs – 15/9. Para celebrar esses homens que cuidam dos cânticos e dos atabaques nos terreiros, no dia 14, na Casa D’Italia, acontece o lançamento de OGANZADA. O projeto contará com uma feira com empreendedores negros comercializando vestuário, tecidos, bijuterias, artesanato e quitutes com influência africana.

Dentro da estrutura da feira, o show Afro Samba com os grupos OGANZADA, Benzadeus (de Brasília), Samba da Barca, PH Mocidade, Samba e Suor e Dan Mocidade vai agitar o público com muito samba e pagode. Já no dia 15, que é o dia dedicado aos Ogãs, às 17h, será celebrada uma missa comemorativa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho. Ingressos para a feira e show no Meu Bilhete.

Com a realização do projeto, os organizadores e idealizadores pretendem chamar a atenção para a importância da função e papel dos Ogãs, figuras centrais no funcionamento dos terreiros, homens com cargos e zeladores do toque e da reza de suas casas. O evento surge como resposta à ausência de iniciativas que destaquem o protagonismo masculino-afro no campo sagrado e musical, oferecendo uma experiência sensorial, formativa e ancestral para toda a comunidade.

“Em um cenário onde os saberes tradicionais ainda são invisibilizados, Oganzada nasce com o objetivo de buscar reconhecimento e fortalecimento dos homens que sustentam o axé com o seu ofício sagrado. A partir do lançamento, pretendemos ampliar o projeto onde possamos ter rodas de conversas, debater a ancestralidade, workshops e oficinas. Enfim, com o lançamento, queremos celebrar os saberes dessa figura central no funcionamento dos templos sagrados de matrizes africanas”, revelou Claúdio Roberto, Ogã fundador e idealizador do projeto.

SERVIÇO

O que: Lançamento do Projeto OGANZADA

Onde: Casa D’Italia, (Av. 7 de Setembro, Centro)

Dia 14 – Domingo, a partir das 13h: Show Afro Samba com os grupos OGANZADA, Benzadeus (de Brasília), Samba da Barca, PH Mocidade, Samba e Suor, Dan Mocidade, e Feira com empreendedores negros.

Dia 15 – Segunda-feira, às 17h: Missa ao som dos atabaques na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho.

Ingresso: Meu Bilhete – R$30,00 (individual) e R$50,00 (casadinha) https://beta.meubilhete.com.br/afrosamba

Classificação: 10 anos se acompanhados dos pais ou responsáveis

Continuar lendo

EM ALTA