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Literatura

#PoesiaSoteropreta – A transcendente poesia de CR Moska! – Por Valdeck Almeida

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CR_Moska

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CR Moska escreve desde o início da década de 90, quando começou misturando temas sociais com existenciais mas, hoje, diz: “cada vez mais amplio e agrego novas possibilidades poéticas sem perder as abordagens anteriores”.

O poeta foi o criador do extinto grupo poético musical “Prazer Atômico”, que fez dezenas de apresentações em recitais poéticos. Através deste coletivo, ele publicou seu primeiro zine poético literário em 1997, homônimo. Desde então participa, organiza e colabora com recitais poéticos do universo poético/literário soteropolitano.

Em 2009, iniciou mais um projeto poético intitulado “Páginas de Concreto”, que levou às ruas de Salvador pequenos poemas, no estilo haikai, com objetivo de estabelecer uma relação direta com as pessoas no ambiente urbano. Também participou do projeto “Poesia em Trânsito” como poeta, fotógrafo e vídeomaker. Atualmente, trabalha na finalização como diretor e editor do DVD “Poesia em Trânsito”. Em 2015, CR Moska recebeu o  prêmio de melhor vídeo-poema com o trabalho “Aqui Começam Minhas Palavras”, no Festival FENAPO 2015.

Em 2010, começou a produzir, dirigir e atuar em vídeos-poemas que estão disponíveis na internet. Possui um blog que agrega toda a diversidade das suas criações, como poemas, foto-poema, música, poesia e vídeo-poema.

Mesmo com uma atuação diversificada na cena artística de Salvador, CR Moska considera a poesia, “antes de tudo, para mim, uma forma de transcendência, ou seja, eu a uso como uma forma de desabafo, conforto, de prazer, de brincar com as palavras, de reagir e protestar contra as coisas que incomodam, frustram…”

A poesia é algo indefinível para CR Moska: “Nunca soube bem definir o que é poesia, mas fiquei satisfeito com alguém – que já não recordo quem -, que a definiu como uma forma de resumir tudo…”.

CR Moska deixa bem claro sua maneira de poetizar: “Eu nunca fui um poeta metódico, nunca medi ou pensei a poesia como algo que se pode meticulosamente planejar, ter métrica, versos rígidos, sentido combinado ou qualquer interpretação confabulada; portanto, não uso recurso, escrevo de forma intuitiva e sem nenhuma pretensão de sofisticação literária, tampouco domino a gramática…”

Mas é consciente do papel deste gênero literário em sua vida. Segundo Moska, a poesia está em todas as áreas de sua vida e, materialmente, não o levou a lugar algum, mas o cercou de amigos, cúmplices e companheiros das palavras. “Me tirou a solidão, as dores do mundo, os infortúnios e as coisas que transcendo quando escrevo…”, confessa.

Um Pequeno Saldo Positivo na Bolsa de Valores Emocional

O mundo se move com cifras milionárias.
Quantias e números que fazem brilhar.
Os olhos frios da opulência.
E os que fazem de sua conta bancária.
Uma forte razão para existir.

Eu com meus pequenos pormenores sentimentais.
Com uma insignificante quantia de moedas no bolso.
Sou obrigado a aprender tirar “leite de pedra”.

Foi um dia tão monótono e desastroso.
Faltavam flores e algo que me resgatasse.
Daquela sensação impiedosa de derrota.
Mas o destino não é tão desumano, cruel e avarento.
Às vezes, em meio a tantos infortúnios significativos, ele me presenteia.
Com pequenos e sutis gestos de misericórdia sentimental.
E me favorece na bolsa de valores emocional.
Com um ridículo e positivo saldo de alegria.

Eu preciso de pouco.
Ou quase nada material para viver sossegado no meu canto.
Conformo-me com uma aparição repentina.
De alguém especial e cativante…
E não há nada mais relevante e gratificante.
Que ganhar de bom grado um largo sorriso sincero…
Para ter alegria, alegria, alegria.

CR Moska

Literatura

IFBA celebra Mãe Stella de Oxóssi em Festival Literário

Jamile Menezes

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Mãe Stella

O Instituto Federal da Bahia (IFBA) realiza, no dia 26 de setembro de 2025, na sede da Reitoria (Canela, Salvador/BA), a primeira edição do Festival Literário da Reitoria do IFBA.

Isabelle Sanches|Mãe Valnízia|Iraildes Nascimento

O evento integra as ações da Política de Arte e Cultura do IFBA, coordenada pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), e busca consolidar-se como um espaço de promoção do livro, da leitura e da literatura, em diálogo com a arte e a cultura, valorizando a inclusão, a diversidade cultural, a acessibilidade e a democratização do acesso a bens culturais.

Ryane Leão

Nesta edição inaugural, o Festival homenageia o Centenário de Mãe Stella de Oxóssi (1925–2025), sacerdotisa do Ilê Axé Opô Afonjá, escritora e intelectual negra baiana, autora de obras como Meu tempo é agora e Òsósi – o caçador de alegrias. Sua trajetória e pensamento reafirmam a importância das religiões de matriz africana, da memória afro-brasileira e da luta antirracista, valores que inspiram e orientam as atividades do evento.

Dayse Sacramento/Coordenadora-Geral da Editora IFBA (EDIFBA)

As inscrições para as oficinas do I Festival Literário da Reitoria do IFBA já estão abertas. As vagas são limitadas (30 por oficina) e cada participante poderá se inscrever em apenas uma oficina, já que elas acontecem no mesmo horário.  Garanta sua participação preenchendo o formulário no link: https://forms.gle/SyWGbufF33666tG

Slam das Minas

Foto: Divulgação/Slam das Minas

O Festival conecta-se ainda a experiências literárias já realizadas em diferentes campi do IFBA, como a FLIFCAM (Camaçari), o Projeto Talentos Emergentes (Brumado) e a Festa Literária Nacional da Rede Federal (Jequié), consolidando-se como parte de uma política institucional de valorização da arte, da cultura e da literatura.

Programação – 26/09/2025 | Reitoria do IFBA – Canela (Salvador/BA)

10h às 12h – Oficinas

  • Oficina de Escrita Criativa – Ryane Leão
  • Oficina Metodologia Ancestralitura – Slam das Minas Bahia (Ludmila Singa, Negafyah e Má Reputação)

14h – Abertura oficial

  • Fala institucional da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), Nívea Cerqueira
  • Fala da Coordenação do Festival, Dayse Sacramento
 Ivana Freitas

Ivana Freitas

14h30 às 16h – Mesa Temática: Mulheres Negras e Literatura de Terreiro
Convidadas: Valnízia Pereira (Mãe Val), Iraildes Nascimento, Isabelle Sanches

16h30 às 18h – Sessão de Lançamentos de Livros

  • Ivana Freitas: O ponto e a encruzilhada: a poesia negra rasurando a memória, a história e a literatura oficial através da intertextualidade
  • Crislaine Rosa: Beije sua preta em praça pública: da apropriação do corpo à apropriação do espaço

18h às 18h40 – Intervalo Cultural

  • DJ Nai Kiese (Coreto da Reitoria)
Samba Ohana

Samba Ohana

19h às 20h30 – Mesa Temática: Escritas do Futuro – autoras negras e escritas da vida
Convidadas: Ryane Leão e Cristian Sales
Mediação: Dayse Sacramento

21h às 21h50 – Encerramento artístico

  • Apresentação musical: Samba Ohana

Foto destaque Mãe Stella: Antonello Veneri

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Literatura

Sarau de Se7e celebra diversidade e arte na sua sétima edição

Jamile Menezes

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O Sarau de Se7e nasceu a partir do livro Se7e Passos de Ameixa, escrito pelo ator, poeta e escritor Ednaldo Muniz

O Sarau de Se7e, evento gratuito reúne artistas da comunidade LGBTQIAPN+ e da cultura afro-brasileira no Centro Histórico com poesia, música, performance e resistência chega a sua sétima edição. A programação vai celebrar a palavra falada e as vozes da arte contemporânea. Esta edição acontecerá no Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO, no bairro Dois de Julho, no dia 03 de outubro, às 19h.

Os protagonistas desta edição serão artistas da comunidade LGBTQIAPN+, que ocuparão o centro da cena com suas vozes, narrativas e performances. Haverá na programação a Rainha Loulou, drag queen baiana; Lawá Ferreira, mulher transgênero, preta e transfeminista; Lua Teixeira, mulher trans, escritora e poetisa; Kuma França, homem trans preto; Meloyin Galvão, artista de rua e independente do cerrado mineiro; Máxima do Ébano, multi-artista, não-bináre; Próspera, artista multilinguagens, cria da BXD, neta do êxodo; Adayo, dofonitinho de Omolu, representando as crianças de terreiro.

A apresentação ficará por conta da Mestra de Cerimônia Tarry Cristina, acompanhada pela percussão de Jerfesom Pereira.

Origens

O Sarau de Se7e nasceu a partir do livro Se7e Passos de Ameixa, escrito pelo ator, poeta e escritor Ednaldo Muniz, e se consolidou como um espaço de afeto, escuta e expressão artística. Com atuação comunitária, o Sarau de Se7e atrai jovens, artistas independentes, educadores(as) e moradores do Centro Histórico, promovendo educação antirracista, valorização da identidade negra e a palavra como instrumento político e poético.

O evento tem apoio do CEAO, Madá Negrif, Dj Jeferson Souza, Rivaldo Nascimento, Bando de Teatro Olodum, Agô Empreende, Roberjan Magalhães, Cative Públicos Estratégicos e Lobo Som.

 

Serviço:

O que: 7ª Edição do Sarau de Se7e

Onde: CEAO – Dois de Julho
Quando: 03 de outubro
Horário: 19h
Quanto: Entrada gratuita

 

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Formação

Festa Literária Arte e Identidade divulga finalistas do Concurso Versos de Identidade

Jamile Menezes

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Festa Literária Arte e Identidade

 

Estão definidos os 10 jovens poetas de escolas públicas de Salvador e Região Metropolitana que estarão no palco do Espaço Juventudes, durante a 5ª Festa Literária Arte e Identidade, no dia 3 de outubro (sexta-feira). Às 15h30, os finalistas do Concurso Versos de Identidade Ano II subirão ao palco do Largo Quincas Berro D’Água para expressar sentimentos sobre identidade, resistência, arte e alegria enquanto ferramentas de luta, afirmação e existência.

As escolas que terão representantes disputando o pódio na premiação são: Escola Municipal Diácono Fernando Britto (Anathalia Kiara A. Quadros), Centro de Educação Profissional em Gestão Severino Vieira (Arthur O. Santos), Colégio Estadual Nelson Mandela (Camile Vitória E. Souza), Colégio Estadual Desembargador Júlio Virgílio de Sant’Anna (Claiton Neres), Colégio Estadual Teodoro Sampaio (Gabrielly S. Oliveira), Colégio Estadual Desembargador Pedro Ribeiro (Luis Alves), Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella (Paulo César Santos), Escola Municipal Pedro Paranhos (Sthefany A. Costa), Escola Municipal Conselheiro Luiz Viana (Sueli Barboza) e Colégio Estadual Cidade de Candeias (Ysllana Anunciação).

Os estudantes classificados nos 1º, 2º e 3º lugares serão premiados com troféu, prêmio em dinheiro, além de três livros da literatura negra infantojuvenil. Os poemas concorrentes abordam o tema desta edição, que é “Resistir é Festejar”, com versos que celebram a ancestralidade, a alegria e a potência da juventude negra e indígena como ato político, cultural e transformador.

“A nossa resistência traz a marca da dor, todavia também fala de amor, alegria e acolhimento. Li e reli cada poema sentido a vibração, o tom, o ritmo invadido intencionalmente pelo conteúdo proposto. Todos os poemas chegaram com as marcas daqueles que já sabem que não há história única e que escrever também é um ato de resistência para seguir festejando. Foi enriquecedor acompanhar essa costura”, comenta a escritora Márcia Márcia Mendes, coordenadora pedagógica da Festa Literária Arte e Identidade.

Para Márcia, que trabalhou na seleção dos poemas ao lado da curadora Karla Daniella Brito, a iniciativa possibilita que a leitura e a escrita sejam vividas como práticas sociais, dentro e fora do ambiente escolar.

“A escola é um lócus potente de ‘escrevivências’, termo cunhado por Conceição Evaristo, para lançar luz de uma escrita ancorada na memória individual e coletiva de cada pessoa. É desse solo encharcado de amor e, muitas vezes, carente do colo que a história negou, que meninos e meninas trazem para o papel os poemas”, conclui.

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