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Cotidiano

Comunidade negra tem, a partir de hoje, portal exclusivo para cobertura de temas culturais

Jamile Menezes

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portal soteropreta jamile

jamilecoelho-15Faltava apenas dez minutos para começar a última apresentação de Lótus e o Teatro Vila Velha estava repleto de pessoas negras para assistir ali um espetáculo encenado e produzido por mulheres também negras. Havia naquele dia, uma série de critérios e valores que demonstravam que a performance da atriz e bailarina Danielle Anatólio, tinha valor objetivo e subjetivo para ser pauta de cobertura jornalística da mídia. Mas nenhum veículo de comunicação baiano apareceu.

A partir de hoje isso mudou. Mudou porque a jornalista Jamile Menezes arregaçou as mangas e suspendeu a barra da saia para lançar na noite de segunda-feira (10), o primeiro portal de notícias que prioriza a visibilidade da produção cultural da comunidade negra de Salvador, o SOTEROPRETA.

No auditório do Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO, da Universidade Federal da Bahia, mais de 100 pessoas estiveram reunidas nessa noite para conhecer de perto o portal de notícias que vai dar a visibilidade jornalística que a cultura negra soteropolitana tem produzido e gerado nos últimos anos e na atualidade.

jamilecoelho-18Quem “abriu os trabalhos” da noite, foi a Ialorixá Jaciara do Terreiro Abassá de Ogum, em Itapuã, que falou sobre a importância da comunicação e dos caminhos iluminados que Jamile vislumbrou ao criar o portal, trazendo em sua fala a referência à apropriação das mulheres nas diversas áreas da produção humana. “O uso da palavra SoteroPreta e não SoteroPreto já demonstra como é importante entender o poder feminino dentro de nossa sociedade”, destacou.

O lançamento contou ainda com a fala de autoridades políticas e institucionais, entre elas a do arquiteto e diretor da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Zulu Araújo, que não deixou passar despercebida a atual situação política no Brasil. “Jamile está de parabéns pela coragem de estabelecer novas formas de comunicação, especialmente nesse momento em que a linguagem é tão importante na disputa de poder”.

img_2602Em se tratando de um portal de notícias afroculturais, não poderia faltar a presença cultural no lançamento, que ficou a cargo das apresentações da jovem cantora Ayana Amorim e da performance da transformista, Luana Lins. Para abrilhantar ainda mais o lançamento e seguir a linha defendida por Jamile Menezes e que guiará a publicidade do portal, foi montado no espaço do CEAO o Espaço Colaborativo da Tacho & Dendêcom as marcas Adynkra, Quilombos&Flores, Casa da Nêga, Oro Mi Maio, Chato&Chata e Moda Étnica. Teve ainda coquetel com a Sabores Docinhos Docinhos e Pizzará. Confere mais fotos na Fanpage SoteroPreta!

Texto de Juliana Dias

Fotos: Jamile Coelho/Estandarte Produções

Cotidiano

Cineasta Ana do Carmo recebe Prêmio Barra Mulher 2024

Amanda Moreno

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Cineasta Ana do Carmo recebe Prêmio Barra Mulher 2024

Cineasta Ana do Carmo recebe Prêmio Barra Mulher 2024. A cineasta Ana do Carmo recebeu, na noite desta quinta-feira (07), o Prêmio Barra Mulher. Em sua 15ª edição, a premiação é concedida pelo Shopping Barra a mulheres baianas mais votadas pela Comissão Julgadora e pelo voto popular, que se destacaram por suas iniciativas transformadoras e de relevância social.

“Me sinto honrada em ter ganhado o Prêmio Barra Mulher, ao lado de tantas mulheres incríveis e tendo reconhecimento no meu próprio território. Somos diversas, plurais e estamos em todos os espaços. Foi uma cerimônia inesquecível, onde eu tive o privilégio de receber o prêmio pelas mãos do meu pai e da minha mãe, que tanto sonharam e acreditaram junto comigo. São 15 edições de história do prêmio e estarmos aqui hoje, celebrando nossas histórias, é nos entendermos como parte de uma continuidade desse processo”, celebra Ana do Carmo.

Diretora e roteirista, Ana do Carmo venceu mais de 20 premiações, é sócia-fundadora da produtora Saturnema Filmes, co-idealizadora do selo criativo Películas Negras, realizou 11 curtas, como “A Mulher no Fim do Mundo”, ficção pós-apocalíptica exibida em 10 países. Foi selecionada para o Colaboratório Criativo da Netflix, já trabalhou para Amazon Studios e Warner Bros. Atualmente, desenvolve a ficção científica “Sol a Pino”, sua estreia em direção solo de longa-metragem.

O fato de ser mulher a obriga a ser duas, três vezes melhor, mas também é parte integrante do seu processo criativo. “Enquanto diretora e roteirista, eu crio personagens femininas e negras que eu gostaria de ter assistido na minha infância e adolescência. Não a melhor amiga, não a preterida, muitos menos a primeira personagem a morrer. Ser mulher negra e carregar minha identidade dentro do meu trabalho é um compromisso artístico e político. É principalmente um processo de cura, autoinvestigação e alteridade, que me permite criar personagens que mulheres como a minha mãe assistam, se identifiquem ou até mesmo que queiram odiar.”

Além de Ana do Carmo, outras 10 baianas foram homenageadas no Prêmio Barra Mulher: a médica oncologista Anelisa Coutinho, a professora, escritora e palestrante Bárbara Carine, a jornalista e apresentadora Camila Oliveira, a Mestra Preguiça (Cleonice Damasceno), a empresária Iasmine Fernandes (voto popular), a empresária e advogada Isabela Suarez, a cantora Rachel Reis, a Tenente Coronela da PM Roseli Santana, a atleta paralímpica Táscitha Oliveira, e a empresária Veruska Pithon (empreendedora Shopping Barra).

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Cotidiano

6ª edição do Março de Lutas está com inscrições abertas

Amanda Moreno

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6ª edição do Março
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Organizações de mulheres negras, movimentos negros e/ou mistos de todas as regiões do país interessados em participar da agenda coletiva de atividades da 6ª edição do Março de Lutas podem se inscrever até o dia 18 de fevereiro através deste formulário.

O Março de Lutas é uma estratégia de incidência do Movimento de Mulheres Negras no Brasil, e este ano traz como tema uma mobilização histórica: “Rumo a Marcha das Mulheres Negras 2025”. A chamada é uma provocação a todos os movimentos participantes para que estejam alinhados em suas programações e atividades com a construção da 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras.

O Março de Lutas é construído pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e a Rede de Mulheres Negras do Nordeste (RMNN) com o objetivo de denunciar as diversas formas de atuação do racismo patriarcal no Brasil, que atinge de maneira potencializada as mulheres negras, além de demarcar o protagonismo destas sujeitas na luta por melhores condições de vida para toda sociedade brasileira.

É um mês de compartilhamento de práticas, experiências, bem como de denúncias que fortaleçam o enfrentamento ao racismo patriarcal, sexismo, bifobia e a lesbofobia.

Nesse sentido, a agenda deste ano é o pontapé inicial para a construção da 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, que acontecerá em Brasília em novembro de 2025, marcando uma década da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo a Violência e pelo Bem Viver, que ocorreu em 18 de novembro de 2015.

Através do Março de Lutas buscamos combater a invisibilidade das mulheres negras em um mês que marca o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. Nossa agenda é pautada na luta pela igualdade de raça e gênero, reforçando nossa incidência e organização política, pois acreditamos que a construção de um Brasil justo perpassa inquestionavelmente pela participação das mulheres negras.

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Cotidiano

#Carnaval – Reggae o Bloco homenageia 112 anos da Revolta da Chibata na Avenida

Jamile Menezes

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Neste Carnaval o Reggae o Bloco irá desfilar na quinta-feira (16), levando apresentações da Banda Reverbação, Tulani Massai, Betão da banda Anastásia Roots, Luiz Cardoso da banda Celebration, Ricardo da banda Conexão Rasta, Xarope Mc, Junior P e Paulinho Ganaê. O Reggae O Bloco tem saída prevista para às 20h da Rua Chile.

Durante o percurso também terá discotecagem, com DJ Ras Seles e Woston do Reggae. Em 2023, o bloco completa 16 anos e vem com o tema os 112 anos da Revolta da Chibata e o Herói Negro João Cândido, conhecido como O Almirante Negro.

Os abadás podem ser adquiridos no Negro’s Bar, localizado na rua Gregório de Matos, 4, Pelourinho ou através do WhatsApp (71 98802-3837), com os valores de R$ 49,90 individual e R$ 79,90 a casadinha promocional.

SERVIÇO
O que: Reggae o Bloco
Quando: Quinta-feira de Carnaval (16)
Que horas: 20h
Onde: Saída da Rua Chile
Quanto: R$ 49,90 individual e R$ 79,90 casadinha
Ponto de venda: Negro’s Bar, rua Gregório de Matos, 4, Pelourinho
Informações: (71) 98802-3837, 3321-6220 ou 99185-5429

 

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