Artes
Sarau do JACA marca início do Encontro de Artes Das/Nas Periferias em Salvador

Em sua segunda edição, o Encontro de Arte Das/Nas Periferias vai promover entre os meses de outubro e dezembro, em Salvador, um intercâmbio de práticas e saberes entre coletivos de arte e comunicação que atuam nas periferias de Salvador.
O primeiro coletivo a receber o Encontro é o Juventude Ativista de Cajazeiras (JACA), cuja sede fica no bairro de Cajazeiras (Rua Deputado Herculano Menezes, Cajazeiras V). No dia 22/10, a partir das 16h, acontece no espaço o Sarau do JACA com poetas de vários bairros periféricos de Salvador e microfone aberto para quem quiser recitar; um bate-papo sobre as Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), conduzido pela equipe da campanha ZeisJá; uma mostra de curtas, uma feira de marcas e produtos das periferias. A programação também conta com um bate-papo com Marise Urbano, mestra em Cultura e Sociedade (UFBA) e mestra em Cinema (UFS), responsável pela Gira Pomba Produções.
Em novembro, será a vez do Sarau da Onça, em Sussuarana, e do Quilombo Aldeia Tubarão, em Tubarão/Paripe, oferecerem uma série de atividades culturais gratuitas para todas as idades. O encerramento desta segunda edição do Encontro de Arte Das/Nas Periferias será na primeira semana de dezembro, com coletivo anfitrião e programação a ser divulgada em breve.
SERVIÇO
ENCONTRO DE ARTES DAS/NAS PERIFERIAS: JUVENTUDE ATIVISTA DE CAJAZEIRAS (JACA)
Quando: 22 de Outubro de 2022 (sábado), às 16h.
Onde: Juventude Ativista de Cajazeiras (JACA) – Cajazeiras V, Rua Deputado Herculano Menezes, Salvador – Bahia. O local é conhecido como “Fábrica”. Após a rótula de Cajazeiras 05, passa pelo supermercado Mixbahia e segue pela direita até o galpão (cerca de duzentos metros após o ponto de ônibus da rótula, logo depois da Praça da 5).
Quanto: Entrada gratuita
Classificação indicativa: LIVRE
PROGRAMAÇÃO
16h – Bate papo sobre as ZEIS, com Marcos Bau Carvalho, Thaís Rebouças e Michaela Alves, integrantes da campanha ZeisJá!
18h – Início da Feira de Marcas das Periferias
18h – Mostra de Curtas e bate-papo com Marise Urbano e convidadas/os
19h – Sarau do JACA
Artes
Festival Beirú das Artes Negras ocupa bairro do Cabula com ações gratuitas
Realizado pelo Instituto de Formação em Arte – IFÁ, o Festival Beirú das Artes Negras (FESTBAN) chega a sua sexta edição ocupando o bairro do Cabula, em Salvador, de 03 a 27 de novembro. Através do núcleo artístico PAÓ, o festival promove, ao longo do mês da Consciência Negra, uma programação gratuita com formação, diálogo comunitário e produção artística periférica.
O FESTBAN acontece em espaços públicos do Cabula e contempla 11 linguagens artísticas: Dança, Teatro, Música, Percussão, Capoeira, Artes Visuais, Poesia, Circo, Performance, Moda e Audiovisual. A programação será realizada por 21 artistas e grupos selecionados pelo projeto.

Quilomba Zu – Performance
Formação artística
No Festival Beirú das Artes Negras também vai ter realiza oficinas artísticas em 22 escolas públicas estaduais da região. Cada escola receberá uma oficina de 2 horas, nos turnos matutino e vespertino, ampliando o acesso à formação artística entre crianças, adolescentes e jovens do território.
A programação terá intervenções artísticas em praças e largos do Cabula e Giras Temáticas, que promovem debates e rodas de conversa no Teatro da UNEB, culminando com a Mostra Palco, com apresentações abertas ao público.

Adam Akuma – Dança
O festival tem como objetivo estimular jovens negros e negras a despertarem para utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru.
“Esse festival potencializa, difunde e fomenta as artes afrodiaspóricas presentes na periferia, além de homenagear o negro Beiru, vindo das terras de Oió, na Nigéria, que foi escravizado em Salvador, mais especificamente na fazenda dos Garcia D’Ávila, conhecida como “Campo Seco”, hoje o bairro Beiru/Tancredo Neves. É também de uma forma de manter vivo o legado de resistência das nossas ancestralidades”, diz Robson Correia, idealizador e diretor artístico do festival.
O FESTBAN reforça o compromisso do IFÁ com a formação artística como ferramenta de transformação social, valorização da memória e fortalecimento da identidade negra nas comunidades.
SERVIÇO:
FESTBAN VI – Festival Beirú das Artes Negras
Onde: Cabula – Salvador, BA
Quando: 03 a 27 de novembro
Programação gratuita
PROGRAMAÇÃO:
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Oficinas Artísticas (11 linguagens)
03 a 14/11 — em 22 escolas estaduais da região, pela manhã e tarde. -
Mostra Rua – Intervenções Urbanas
18 a 22/11 — Praças e largos do Cabula. -
Giras Temáticas – Palestras e rodas de conversa
25/11 — Teatro da UNEB | 9h às 12h e 14h às 17h. -
Mostra Palco – Apresentações Artísticas
26/11 — Teatro da UNEB | a partir das 15h.
Artes
Zéh Palito inaugura exposição individual no MAC_BAHIA
O Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) apresenta entre os dias 19 de novembro e 22 de fevereiro de 2026 a primeira exposição individual de Zéh Palito(Limeira, 1986).
Em Do pranto o oceano, e nadamos no amor, sua primeira exposição individual em um museu brasileiro, o artista propõe uma imersão marcada pela fusão entre referências da cultura urbana, estética tropical e temas sociais que atravessam sua produção desde o início da carreira. A mostra no MAC_BAHIA marca um retorno simbólico ao país e um novo capítulo em sua trajetória.
Com curadoria de Daniel Rangel, a exposição apresenta um conjunto de 21 pinturas, uma escultura, seis instalações, um mural e a ativação da escultura inflável de um cacho de bananas, todas desenvolvidas entre 2022 e 2025.
“Na exposição “Do pranto o oceano, e nadamos no amor”, quero expressar, de forma pictórica, que da nossa dor (o pranto) nasce algo imenso (o oceano). Mesmo diante desse oceano de lágrimas, nós nadamos no amor — permanecemos vivos, seguimos em frente, envolvidos e imersos nesse sentimento. Apesar da dor e de todas as adversidades, é o amor que nos sustenta e nos dá força para continuar”, diz Zéh.
Além das obras de séries já conhecidas – que celebram a cultura e a existência de pessoas negras em posição de poder, com uma iconografia própria e influências do tropicalismo brasileiro -, Zéh Palito apresenta também uma série inédita criada especialmente para esta exposição, na qual presta homenagem a artistas baianos que admira, como Emanoel Araújo, Mestre Didi, Yedamaria, Estevão Silva e Rubem Valentim.
Formado em Design Gráfico pela FAAL e com passagem pela EMCEA – Escola Municipal de Cultura e Artes, em Limeira (SP), Zéh Palito começou a pintar aos 15 anos, quando o grafite se tornou uma ferramenta de expressão e engajamento comunitário no interior paulista.
As composições do artista apresentam pessoas negras envoltas em cenários fantásticos, repletos de frutas, flores e ícones da cultura pop – como tênis, carros e marcas -, articulando um diálogo entre ancestralidade, desejo e consumo.
“A obra de Zéh Palito impacta à primeira vista. Cultura negra pop afrofuturista, permeada por muitos tons de rosa com um traço pessoal que vem das ruas para o museu. A exposição de Zéh Palito no MAC_BAHIA, primeira individual do artista em um museu no país, marca a trajetória de um expoente artista brasileiro, que possui obras em importantes museus e coleções particulares no mundo todo”, afirma o curador Daniel Rangel.
Com trabalhos presentes em coleções de instituições como Instituto Inhotim, Baltimore Museum of Art e Institute of Contemporary Art Miami, Zéh Palito consolida sua presença internacional ao mesmo tempo em que reafirma suas raízes brasileiras.
Serviço:
Exposição: Do pranto o oceano, e nadamos no amor, individual Zéh Palito
Curadoria: Daniel Rangel
Abertura: 19 de novembro, quarta-feira, às 17h
Período: 19 de novembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026
Local: MAC_BAHIA – Museu de Arte Contemporânea da Bahia | Rua da Graça, nº 284, Graça, Salvador/BA
Horário: terça a domingo, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Realização: MAC_BAHIA, IPAC, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).
Artes
Instituto Calu Brincante chega ao Subúrbio com Novembro Pretinho
O Instituto Calu Brincante, liderado pela atriz e escritora Cássia Valle, realiza o Novembro Pretinho com uma programação gratuita, artística e lúdica, no dia 14 de novembro, no Teatro Subúrbio 360°, das 14h às 16h30.
O Novembro Pretinho celebra o protagonismo das infâncias negras por meio da arte, da educação e da ancestralidade, culminando as atividades iniciadas em julho e reunindo crianças, educadores, artistas e famílias em um encontro marcado pela celebração da identidade, da criatividade e da memória preta.
A tarde começa com a Feira da Criatividade, que traz o Balcão de Trocas de Livros da Literatura Preta Infantil-Baiana, incentivando a circulação de obras de autores negros e a valorização da leitura desde a infância. O evento também apresenta a Mostra das Ações Formativas, reunindo experiências vividas ao longo do festival em escolas e instituições parceiras.

Bonde da Calu | Foto Anderson Moreira
Haverá ainda o Troféu Julhinho e da Medalha Calu, homenageando alunas, alunos e instituições que se destacaram em iniciativas voltadas ao protagonismo feminino preto e à promoção da igualdade racial.
A curadoria é formada por Cássia Valle, Valdinéia Soriano, Lucila Laura, Pietra Gomes e Aya Dantas.
O encerramento artístico fica por conta do Recital “Maria Felipa”, espetáculo que reafirma os pilares do festival — ancestralidade, representatividade, arte e educação preta — e homenageia uma das maiores figuras da resistência feminina na história da Bahia.
“O Novembro Pretinho é o momento de celebrar o que construímos juntos — com as crianças, escolas e famílias. Reafirmar que o brincar, o aprender e o sonhar também são formas de resistência”, destaca Cássia Valle, atriz, educadora e idealizadora do Instituto Calu Brincante.
Bonde da Calu: Arte e Representatividade
Em 2025, o Bonde da Calu celebra oito anos de trajetória, reafirmando seu compromisso com a arte, a educação e o fortalecimento das infâncias negras. O núcleo artístico do Instituto Calu Brincante construiu, ao longo dos anos, uma caminhada marcada por afeto, coletividade e resistência. Com espetáculos, formações e projetos como o Festival Julho das Pretinhas, o Bonde da Calu segue inspirando novas gerações a se reconhecerem e amarem sua identidade afro-brasileira
“O Bonde da Calu nasceu do desejo de transformar o palco em espaço de representatividade e liberdade. Hoje, seguimos reafirmando que o teatro, a literatura e a música são caminhos de resistência, educação e cuidado”, conclui Cássia Valle
SERVIÇO:
O quê: Novembro Pretinho
Quando: 14 de novembro (sexta), das 14h às 16h30
Onde: Teatro Subúrbio 360° (Rua da paz, S/N, Coutos)
Atividades: Feira Criativa, mostras artísticas e recital em homenagem à Maria Felipa
Público-alvo: Crianças e adolescentes
Atividade: Gratuita
Realização: Instituto Calu Brincante e Bonde da Calu Acompanhe em: @calubrincante e @cassiavallereal
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