Teatro
Dandara na Terra dos Palmares faz curta temporada em Salvador
Com duas indicações ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias “Espetáculo Infantojuvenil” e “Direção” para Agamenon de Abreu, “Dandara na Terra dos Palmares” estará em cartaz em curta temporada, nos dias 4 e 5 de novembro, no Teatro Sesi Rio Vermelho, com sessões às 11h e 16h. Os ingressos estão disponíveis no Sympla ou podem ser adquiridos no local, no dia da apresentação, por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
“Dandara na Terra dos Palmares” estreou em maio de 2022 como uma emocionante homenagem à líder guerreira Dandara dos Palmares. O espetáculo já percorreu diversas cidades baianas, cativando um público de mais de 600 crianças em apenas duas apresentações. Além disso, participou de eventos notáveis, como o Fórum Negro na Escola de Teatro da UFBA, e integrou as programações das Feiras Literárias FLIPELÔ em Salvador e FLICA em Cachoeira em 2022.
Neste ano, a montagem realizou temporadas nos Teatros Módulo e SESI Rio Vermelho, participou do FLIFS – Festival Literário e Cultural de Feira de Santana, da FLICAR – Feira Literária e Cultural de Amélia Rodrigues e da Festa Literária de Capela do Alto Alegre. O espetáculo também encantou as cidades de Jacobina, Jequié, Santo Antônio de Jesus e Capim Grosso.
A trama gira em torno de uma menina que enfrenta o racismo em sua escola e, a partir dessa experiência, se distancia de sua própria origem e nome. A jornada da protagonista reflete a realidade vivida por muitas crianças negras, oferecendo uma perspectiva sensível e profunda sobre a sabedoria e resiliência delas.
O espetáculo, com texto de Antônio Marques e direção de Agamenon de Abreu, cria uma narrativa lúdica e poética para contar a história de Dandara. Ela é criada por sua avó e sonha com Palmares, um lugar onde se conecta com a luta de seus antepassados. Esse sonho a leva ao encontro de Dandara dos Palmares, uma guerreira e esposa de Zumbi dos Palmares, simbolizando força feminina e inspirando a jovem Dandara a abraçar seu nome e suas raízes.
“Com um legado marcante, o encerramento da temporada é uma oportunidade para o público vivenciar a emocionante jornada de Dandara antes que o espetáculo se despeça dos palcos neste ano”, explica Antônio Marques.
Serviço
Espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”
Data: 4 e 5 de novembro
Horário: 11h e 16h
Local: Teatro Sesi Rio Vermelho
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Vendas: Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/dandara-na-terra-dos-palmares/2202348) ou no local, no dia da apresentação a partir das 9h
Classificação: Livre
Teatro
Meus Cabelos Baobá retorna a Salvador no Teatro Jorge Amado
Salvador recebe mais uma temporada do espetáculo “Meus Cabelos Baobá” no Teatro Jorge Amado. De 8 a 18 de janeiro, as apresentações acontecem nas quintas e sextas, às 20h; sábados, às 19h; e domingos, às 18h.
O espetáculo reúne as atrizes Luana Xavier, Márcia Limma e Meniky Marla, e é inspirado no caráter cíclico das mitologias africanas, costurada por textos da escritora Conceição Evaristo. A obra convida o público a um mergulho na ancestralidade feminina, especialmente na força das Ayabás, divindades que representam as energias do feminino na cosmologia iorubá.

Em cena, o espetáculo aborda o enfrentamento ao racismo estrutural e revela como as mulheres negras, mesmo diante da opressão, extraem a força para se reinventar e (re)criar o mundo.
Com direção musical de Diego Neri, figurinos de Luciano Santana, cenografia de Pedro Caldas, direção de movimento de Dudé Conceição, preparação corporal de Fabíola Nansurê e iluminação de Felipe Lima, Meus Cabelos Baobá reafirma-se como uma ode à memória, à ancestralidade e à resistência das mulheres negras.
Serviço
Espetáculo: Meus Cabelos Baobá
Local: Teatro Jorge Amado – Salvador
Período: 08 a 18 de janeiro de 2026
Horários e valores:
Quinta (20h) – R$ 40,00 / R$ 20,00 (meia)
Sexta (20h) – R$ 50,00 / R$ 25,00 (meia)
Sábado (19h) – R$ 60,00 / R$ 30,00 (meia)
Domingo (18h) – R$ 60,00 / R$ 30,00 (meia)
Ingressos: SYMPLA e bilheteria do teatro
Crédito das Fotos | Diney Araújo
Teatro
FIAC Bahia reunirá espetáculos que abordam a negritude
De 28 de outubro a 02 de novembro Salvador sediará o FIAC Bahia – Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia, que em sua 16ª edição trará criadores e pensadores pretos propondo modos de narrar, performar e ritualizar a vida a partir de suas criações artísticas.
Dramaturgos, atores, dançarinos, artistas do corpo e demais interlocutores vindos de Fortaleza, Salvador, Feira de Santana, Camarões, Burkina Faso e Burundi estarão em terras soteropolitanas, colocando em cena subjetividades e investigação de linguagens variadas.
Na abertura, o Seminário Internacional de Curadoria e Mediação, reunirá o ator e diretor Freddy Sabimbona (Burundi), a encenadora Onisajé (BA) e o pesquisador Guilherme Diniz (MG) para discutir as conexões entre o fazer teatral negro no Brasil e na África. Após o debate, será lançado o livro “Teatro Experimental do Negro”, de Diniz, que revisita a história e o legado do TEN, um dos movimentos mais revolucionários do teatro brasileiro moderno.
Entre os espetáculos que dialogam diretamente com questões da negritude, estão:
A Ópera do Aldeão (Camarões) – O performer camaronês Zora Snake propõe subverter definições e percepções sobre a arte e sua história, reinventando o conceito de ópera ao deslocá-lo das elites europeias para o coração das aldeias africanas. Inspirado em danças ancestrais como a kounga, a nka’a e a sondap, o artista transforma o palco em um espaço ritual de memória e resistência, ao questionar como pensamos a liberdade artística hoje e como as artes circulam entre continentes.

“Os sem” – Foto Divulgação FIAC
Os sem…” / “Les sans… (Burkina Faso/Burundi) – Inspirada em Os Condenados da Terra, de Frantz Fanon, “Les Sans…” (“Os sem…”) revisita as feridas e esperanças das lutas pós-coloniais africanas, acompanhando o reencontro de dois antigos camaradas: Franck, ainda movido pelo ideal revolucionário, e Tibo, agora integrado ao sistema que antes combatiam. Entre eles, ergue-se um confronto de ideias, memórias e destinos. No embate entre utopia e desilusão, a peça faz ecoar uma pergunta urgente: o que resta da independência quando a liberdade ainda é promessa?
Gente de Lá (Fortaleza – CE) – A partir da figura de um “corpo-roleta-russa”, o espetáculo de Wellington Gadelha reflete as violências que atravessam cotidianamente a vida urbana nas periferias do país. Entre dança contemporânea, artes visuais e performance, a obra constrói um gesto em que corpo e objeto se confrontam — arma e discurso, risco e poética. O espetáculo instaura um território de confronto e de memória, onde o gesto coreográfico carrega a urgência do instante e a fragilidade do corpo exposto.

Dembwa – Foto Alice Rodrigues
Dembwa (Salvador – BA) – Dembwa é uma travessia dançada por Marcos Ferreira e Ruan Wills, onde corpo e memória se entrelaçam para reativar saberes ancestrais. A obra entende a ginga como tecnologia: um gesto que desvia, cria e resiste, transformando o movimento em ferramenta de sobrevivência e invenção. Entre o samba de caboclo que convoca o chão e o funk que exalta potência e identidade, de forma multidirecional o espetáculo revisita raízes ancestrais que pulsam em memória.
Akoko Lati Wa Ni – Tempo de Ser (Feira de Santana – BA) – Assinado pela dramaturga Onisajé, em um território onde tempo e existência se entrelaçam, três jovens negros – Dofona, Dofonitinho e Famo – preparam sua peça de formatura enquanto buscam respostas para uma pergunta urgente: como envelhecer em um país que lhes nega o direito de viver? Na travessia, recorrem à sabedoria de uma yalorixá, que invoca Iroko, o orixá do tempo, para abrir caminhos. Entre confrontos com uma professora que simboliza um teatro colonizador e encontros com mitos ancestrais, música, dança, rito e poesia se fundem para criar um espetáculo sobre tempo, vida e resistência negra.

Ana e Tadeu – Foto Caio Lírio
Ana e Tadeu – (Salvador – BA) – Após quinze anos juntos e um filho, Ana e Tadeu veem suas vidas atravessadas pela violência urbana. Com o casamento em ruínas, ele retorna para buscar seus pertences, mas um tiroteio cerca a casa e os confina. Entre o som dos disparos e o silêncio dos ressentimentos, afloram memórias, perdas e desejos – ecos da experiência negro-brasileira e de um luto permanente que insiste em existir.
Esses espetáculos se juntam a muitos outros na programação completa do FIAC Bahia 2025, que reúne 15 espetáculos e um Seminário Internacional de Curadoria e Mediação com quatro oficinas, três encontros e dois lançamentos de livros. A 16a. edição do FIAC Bahia tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
FIAC Bahia 2025
Quando: De 28 de outubro a 2 de novembro de 2025
Onde: Teatros, museus e espaços culturais de Salvador (BA)
O que: 15 espetáculos, 4 oficinas, 1 Seminário e 2 lançamentos de livros
️ Quanto: Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia) — vendas pela Sympla | Atividades formativas gratuitas mediante inscrição no site
Programação completa: www.fiacbahia.com.br
Teatro
Musical “Floresta dos Mistérios” tem últimos ingressos à venda
Nos dias 25 e 26 de outubro, o espetáculo musical “Floresta dos Mistérios”, uma aventura lúdica que une diversão, cultura popular e inclusão, chega a Salvador com apresentações na CAIXA Cultural. Dando visibilidade e representatividade às pessoas com deficiência, serão quatro sessões, duas no sábado e duas no domingo, sempre às 15h e às 17h, todas com tradução em LIBRAS e audiodescrição.
O espetáculo traz a história de três crianças, Bel, Rafa e Duda que se juntam a seres mitológicos das matas na tentativa de salvar uma floresta inteira prestes a ser derrubada para dar lugar a uma fábrica de celulares. Juntos, enfrentarão os planos da malvada prefeita Luci Fernandes e de seu atrapalhado assistente Romildo. Os habitantes da mata, no entanto, estão prontos para resistir.

A narrativa é contada através de 20 bonecos de diversos tamanhos, criados por Márcio Pontes. A encenação traz ao palco personagens diversos, incluindo representações da fauna brasileira e da cultura popular nacional, por meio de uma abordagem positiva, com texto e direção de Márcio Araújo, um dos criadores do programa infantil Cocoricó.
O espetáculo é bilíngue e acessível. A tradução em LIBRAS e a audiodescrição são integradas à dramaturgia e às músicas originais, que são cantadas ao vivo. As canções, compostas por Tato Fischer e Márcio Araújo, são interpretadas pelos manipuladores-cantores Clayton Bonardi, Daniela Schitini, Débora Vivan, Joaz Campos, Marcio Araújo, Matilde Menezes e Thalita Passos.
O projeto tem patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.
SERVIÇO
O quê: espetáculo musical “Floresta dos Mistérios”
Onde: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57 – Centro, Salvador – BA
Quando: 25 e 26 de outubro de 2025 – sábado e domingo, duas sessões diárias, às 15h e às 17h
Ingressos: R$20 (inteira) | R$10 (meia-entrada) – vendas exclusivamente pela plataforma Sympla, a partir das 12h do dia 21/10 (terça-feira)
Meia-entrada: Válida para clientes CAIXA e demais casos previstos em lei.
Classificação indicativa: Livre
Estacionamento: Gratuito ao lado da unidade
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