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#Cabaré20Anos – Jaqueline…“Eu faço 2º ano de Formação Geral…!”
Há 20 anos, o Teatro baiano recebia a estreia de um espetáculo que ficaria marcado na memória desta arte. O espetáculo mais popular e que mais vezes esteve em cartaz, na trajetória do Bando de Teatro Olodum. O Cabaré da Rrrrraça conseguiu – com sua abordagem polêmica e irreverente – entrar para a história. Esta que será celebrada no mês de agosto no Teatro Vila Velha.
Até lá, e em parceria com o Bando de Teatro Olodum, o Portal Soteropreta vai resgatar alguns dos personagens que compõem esta peça, tão aclamada e respeitada por sua verdade nua, crua e afirmativa. A ideia é trazer um pouco do que esteve – e até hoje está – por trás destas criações.
Uma delas é Jaqueline, criação da atriz Valdineia Soriano. A personagem, que já foi interpretada por Maria Gal, Patt de Carvalho, é uma jovem estudante que sempre lembra o público: “Eu faço 2º ano de formação geral…”. “Como de costume ao Bando, fiz uma pesquisa de rua mesmo, com meninas em várias profissões, manicures, professoras, vendedoras. Jovens que frequentavam, assiduamente, shows de pagode. Todas negras”, afirma Valdineia Soriano. Jaqueline, em meio ao pagode, se encontra, se perde e se manifesta.
#Cabaré20Anos – “Essa galera do Movimento Negro é muito radical!” – Jorge Washington explica Taíde!
“Tive que aprender coreografias das bandas de pagodes (risos), que era o bum do momento, e falar daquelas meninas era importante. Suas vivências, suas visões a cerca do racismo. A partir de leituras, como da Revista Raça, que se destacava na época, fui construindo o texto e fortalecendo nas improvisações dos ensaios”, conta Valdineia.
Para a atriz, a realidade de 20 anos atrás ainda é tão atual quanto se mostra no palco. Os improvisos dos atores é notável, sempre atualizados com o que se vive no cotidiano. Letras de músicas – como dos pagodes, por exemplo – estão sempre atualizadas nas falas. E o que pauta cada uma delas ainda é tão atual quanto – o racismo. “Infelizmente, muito infelizmente, ainda se faz necessário questionar, brigar, gritar contra o racismo”, conta.
A interação é forte. Aquele momento tenso que quem já foi sabe: quando os atores e atrizes perguntam à plateia sobre racismo. O espetáculo/musical – que arranca risos – também, e ao mesmo tempo, busca estimular a reflexão da plateia. Com ironia e polêmia, o debate vai ganhando o público. “Quando interagimos com a plateia, vemos a ânsia que todos têm em relatar as experiências e como reagiram ou pensaram em reagir”, conta.
#Cabaré20Anos – “Já que é questão de costume, se acostume a me chamar de negra!” – Dra. Janaína
Valdineia Soriano também já interpretou outras personagens, como a advogada Dra. Janaína, criada por Merry Batista e a Rosie Marie, criação da atriz Rejane Maia. De 12 a 27 de agosto, Cabaré da Rrrrraça volta ao palco do Vila para mais apresentações – com mais atualidades e com mais polêmica. Até lá, acompanhe a série no Portal Soteropreta.
Lembre um pouco desse espetáculo histórico:
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Matriarcas da Pedra de Xangô escolhem os 15 novos guardiões
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, recebeu, nesta quarta-feira (28), o título de Guardiã do Parque Pedra de Xangô. A honraria foi concedida pelas Matriarcas da Pedra de Xangô, grupo de sacerdotisas responsáveis pela salvaguarda e proteção do rochedo considerado sagrado pelos religiosos de matriz africana em Salvador.
“É uma emoção e grande responsabilidade ser agraciada com o título. Assumo o compromisso pessoal e institucional com o enfrentamento do racismo religioso e a manutenção dos nossos territórios sagrados”, destacou a titular da Sepromi.
A entrega da condecoração integrou a programação da Cerimônia da Fogueira de Xangô, ritual que reverencia as divindades do fogo e fortalece a rede em defesa desse patrimônio cultural afro-brasileiro, localizado na Avenida Assis Valente, no bairro de Cajazeiras.
De acordo com as Matriarcas da Pedra de Xangô, os 15 novos guardiões foram escolhidos em função dos “relevantes serviços à cidade, a cultura, à população negra, ao Povo de Axé, às comunidades tradicionais e, em especial, ao processo de implantação, manutenção e gestão do equipamento de apoio do Parque Pedra de Xangô”.
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Associação celebra Dia Internacional do Reggae no Pelô
A Associação Cultural Aspiral do Reggae vai celebrar o Dia Internacional do Reggae – 1º de julho. A festa será na Casa Cultural Reggae (Rua do Passo) e contará com um time de artistas, djs e banda de reggae pra animar o público. Esta é a 7ª edição dessa celebração e terá shows do veterano Kamaphew Tawa & banda Aspiral do Reggae, Dj Maico Rasta, Fabiana Rasta, Jo Kallado ,Vivi Akwaba, Jadson Mc, Bruno Natty, Ras Matheus e Makonnen Tafari.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais consome reggae, uma data definida pela jamaicana Andrea Davis, inspirada no discurso de Winnie Mandela em Kingston, Jamaica, em 1992.
“O Reggae tem sido uma grande influência nas raízes culturais e musicais da Jamaica e do mundo, misturando instrumentos africanos e europeus como violão, bongô e banjo, e criando as bases para o gênero. Ele inspirou milhares a seguirem a filosofia da cultura Rastafari, dando origem a figuras icônicas como Bob Marley, Jimmy Cliff, Peter Tosh, Toots & The Maytals, entre outros”, pontua a dirigente da Associação, Jussara Santana.
O ritmo também foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco, em 2018, por conta do seu papel sociopolítico e cultural. A celebração será neste sábado (01/7), aberta ao público, das 18h às 23h30.
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Vai rolar segunda edição da festa #Ghettos no Bombar
Nesta sexta (30), o Bombar no bairro do Rio Vermelho em Salvador vai receber a segunda edição da festa Ghettos edição Salcity X Guiné- Bissau, idealizada pelo produtor, Uran Rrodrigues.
“Os sons de dois dos principais centros urbanos do mundo se encontrarão na mesma pista em celebração as nossas potencialidades numa mistura musical altamente dançante e identitária” conta Uran.
Diretamente de Mirandá, gueto do Guiné, o músico, cantor e Dj Eco de Gumbé apresentará suas performances no melhor do afrobeat, dialogando com o set do dj, produtor musical e co-criador do Coletivo Trapfunk&Alivio, Allexuz95 do Nordeste de Amaralina. Ele promete beats certeiros com trap,funk e pagodão baiano.
Do Pelourinho, Akani retorna à festa trazendo o seu groove e os remixes mais potentes da cena, abrindo as portas para sonzeira de Dricca Bispo com as autorais, como “Saudade” e os covers de Sem Pause e Inevitável.
Dricca Bispo, dançarina de Castelo Branco, já conhecida das pistas, apresentará sua nova versão como cantora. Vai rolar ainda feat especial com Felupz, que se prepara para lançar Razga com beat produzido por Doizá.
Couvert artístico R$ 25.