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Gastronomia

Edição de junho do Culinária Musical foi marcada por presenças ilustres

Ana Paula Nobre

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Culinária Musical

Foto: Ana Paula Nobre

Presenças ilustres marcaram a edição do Culinária Musical deste mês de junho, realizada no último domingo (09), na Casa do Benin. A partir das 12h, as pessoas foram chegando em meio à chuva que caía em Salvador. Com abertura do já conhecido Grupo Quinteto, a animação tomou conta do lugar, pois os ouvidos passaram a ser embalados não só pelas gotas de chuva, mas por um partido alto de altíssima qualidade, fazendo o clima esquentar e os pés sambarem no chão de pedra do espaço. Formado especialmente para o Culinária Musical, o Grupo Quinteto está há dois anos em parceria com o projeto, como explica o percussionista e diretor, Ricardo Silva. “O grupo foi formado para o projeto há dois anos e de lá pra cá temos dado continuidade e fazendo a alegria do povo. Todos nós viemos de outras bandas e somos amigos. Jorge nos convidou para essa parceria, e tem dado certo”.

Foto: Ana Paula Nobre

Muitas pessoas já conheciam o projeto, mas algumas foram pela primeira vez, como é o caso da pedagoga, Naiara Ferreira. “É a primeira vez que venho ao evento e estou adorando por que amo samba. Estou me divertindo muito”, comemora. Quando todos estavam em clima de festa, eis que adentram o espaço os atores Antônio Pitanga e Rocco Pitanga, para a surpresa e alegria de todos. Foi uma visita mais do que especial, pois ambos aproveitaram sua estada na capital baiana, juntos em cartaz com o espetáculo Embarque Imediato, para atenderem ao convite do anfitrião, o ator e afrochef Jorge Washington. Rocco se disse fascinado pela proposta. “A comida do Jorge é deliciosa e a ideia de comer escutando música e sarau eu acho que é muito feliz. Estava até pensando que isso poderia ter no Rio também. Nem sei se tem. Acho que ele está de parabéns por ter criado esse projeto. Vim por que meu pai foi convidado e achei interessante”, declara.

Para Antônio Pitanga, “foi uma felicidade ter coincidido com a minha presença aqui na Bahia fazendo Embarque Imediato. Pra mim é uma alegria, pois nasci aqui no Pelourinho. A maioria dos meus filmes como O Pagador de Promessas foi aqui nessa região. Eu fui batizado na Igreja do Rosário dos Pretos. Tenho uma familiaridade muito grande com essa região. Unir culinária com música é a cultura do Brasil e esses pilares vêm do continente africano. Estamos aqui ocupando através da música e da comida um continente dos mais ricos e que se torna um dos mais importantes pilares da criação da cultura brasileira. A Casa do Benin representa o encontro de gerações e identidades”, reflete.

“Nada como você ter um encontro de cultura, de música e de culinária onde através da música e da comida a gente possa fazer um encontro de cabeças pensantes da própria história real, a nossa história”, afirma o ator Antônio Pitanga.

Foto: Ana Paula Nobre

Veterano do projeto, o violonista Mário Ulloa já participa desde o início. “Sempre que eu posso venho com o maior prazer tocar com meus amigos músicos. É sempre uma alegria. Eu e Jorge somos amigos há muito tempo”, declara. Ele tocou ao lado da sua filha, a cantora Beatriz Ulloa. Participou também o cantor, compositor, violonista e trompetista, Tonynho dos Santos, e teve ainda a performance poética das atrizes Edvana Carvalho, Bárbara Borgga e Cristiane Pinho apresentando um recital poético erótico.

Alguns artistas, a exemplo da cantora Juliana Ribeiro, que já participaram como convidados, neste dia foram prestigiar como público simplesmente para curtir. “Eu vim encontrar amigos, ouvir boa música, ver as meninas recitarem poemas e essas coisas boas que Jorge consegue fazer através do evento. Já participei algumas vezes e gosto muito. É um clima de família e isso é o mais forte no Culinária Musical. Essa relação de juntar a todos que estão em diáspora pelo mundo e colocar todos como irmãos, congregando e promovendo esse sentimento de pertencimento, de estar em casa. Quando queremos reunir pessoas e fazer comida, todos se mobilizam e se reúnem. Isso é uma cultura que vem dos nossos ancestrais africanos, e o alimento acalenta. Além de um ótimo ator, Jorge cozinha muito bem e isso é um dom que ele está nos ofertando”, elogia.

Foto: Ana Paula Nobre

Nascimento do Culinária Musical

Existente há dois anos, o ator, afrochef e idealizador do projeto, Jorge Washigton, explica que sempre adorou cozinhar e a sua relação com a comida vem desde criança, passada de mãe para filho. “Eu adoro cozinhar. Cozinha é energia, é troca. Adoro ir pra feira, principalmente a Feira de São Joaquim. O texto que sai da galera é muito forte e eu aprendo muito. O Culinária Musical é a junção de tudo isso, é uma mistura de linguagens. O público é de todos os segmentos e eu fico muito feliz com isso. Comecei no Garcia, na Casa de Pedra para ocupar, mas ela acabou ficando pequena. Já fui para outros locais e agora estou na Casa do Benin e lá as pessoas já entram e dialogam com as exposições, e isso é muito forte. Aprendi a cozinhar com minha mãe. O cheiro e a forma de fazer foram me dominando. Eu sempre gostei de cozinhar, desde pequeno. Eu fazia isso na casa dos amigos e chegou uma hora que quis fazer um projeto que tivesse as músicas que eu gostasse. Graças aos Orixás eu tenho amigos e parceiros que sempre colaram e colam. É essa vivência que me faz feliz”, conclui.

Gastronomia

Vovó Cici se une a Marlene da Costa no livro “AJEUM BÓ: Histórias da Culinária Ancestral”

Jamile Menezes

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Vovó Cici se une a Marlene da Costa no livro “AJEUM BÓ: Histórias da Culinária Ancestral”

Preservar receitas que estão desaparecendo da mesa baiana, mas que resistem nos terreiros de candomblé como oferendas sagradas. Esse é o intuito do livro “AJEUM BÓ: Histórias da Culinária Ancestral”,  contendo saberes transmitidos oralmente por Vovó Cici de Oxalá, egbomi com mais de 50 anos de iniciação, griot e guardiã de itãs.

O livro será lançado no dia 20 de dezembro, no Quintal de Yayá, espaço gastronômico cultural em Salvador que abrigou a gestação do livro durante um ano.

“Viabilizado pelo Programa Rumos Itaú Cultural, “Ajeum Bó” foi construído com paciência, respeito e profundidade. “Trabalhamos com o tempo de Oxalá”, afirma Clarice, integrante da equipe, sobre a delicadeza necessária para registrar saberes tão preciosos.

Doutora Honoris Causa pela UFBA, Vovó Cici se une ao caderno de receitas herdado por Marlene da Costa, cozinheira especializada em culinária afro-brasileira e fundadora do Quintal de Yayá. Juntas, elas tecem um registro que une comida, história e espiritualidade, agora materializado em livro pela Editora Segundo Selo.

As receitas vão do acaçá ao efó, do abará ao mingau de carimã e ganham vida acompanhadas das narrativas dos orixás.

O livro é uma viagem sensorial pelos itãs (histórias sagradas), revelando a origem do Olubajé, a teimosia de Oxóssi, o encantamento da cozinha de Oxum e a história de Omolu, tudo entrelaçado com as receitas que dão corpo a essas memórias.

PROGRAMAÇÃO

Noite de autógrafos com Vovó Cici e Marlene da Costa

Degustação de pratos presentes no livro

Experiência imersiva com QR Codes que levam ao áudio das histórias contadas por Vovó Cici no próprio quintal onde foram gravadas

Celebração da cultura afro-brasileira em seu ambiente gerador

Serviço:

Título: Ajeum Bó: Histórias da Culinária Ancestral

Lançamento: 20 de dezembro de 2025

Local: Quintal de Yayá – Rua Professor Romulo Almeida, 585, Acupe de Brotas

Fotos: ismael Silva e Joelma Antunes

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Gastronomia

Afrochefe Jorge Washington encerra Culinária Musical em 2025

Kelly Bouéres

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Afrochefe Jorge Washington
Divulgação

No dia 14 de dezembro (domingo), a Casa Rosa, no Rio Vermelho, receberá a última edição do ano do projeto Culinária Musical. O Afrochefe Jorge Washington vai preparar sua tradicional Big Feijoada, famosa pelos 37 tipos de carnes, além do seu Arrumadinho de Fumeiro e da Casquinha de Siri. A festa que marca a despedida de 2025 terá entrada antecipada a R$ 40 (via pix e Sympla) e R$ 50 na portaria.

A tarde será aberta pela cantora lírica e popular Liz Gonçalves, que apresenta um repertório recheado de clássicos do samba.

A atração principal será o Grupo Negros de Fé, levando ao palco um repertório marcado pelo samba e por ritmos dançantes que traduzem paz, suingue, harmonia e não violência — onde letra e melodia se encontram para promover integração e consciência coletiva. O convidado especial da edição será o cantor Aloísio Menezes, conhecido por sua voz potente na ala de canto do Cortejo Afro.

A programação inclui ainda o lançamento do livro “Em cima da mesa, poesia sangra”, de Alex Brito, pernambucano, amante da Bahia, graduando em Letras Vernáculas e um dos nomes mais promissores da nova geração da literatura brasileira. Sua obra mistura influências de Cruz e Sousa e Manoel de Barros, com lirismo, crítica social e uma estética própria.

No Cantinho da Empreendedora, estará presente a Yalodê Cabelos, da empresária Bárbara Aguiar, que atua com educação, estética e empreendedorismo. No espaço serão disponibilizados turbantes, acessórios afros e produtos de cuidado para cabelo crespo.

SERVIÇO:

Culinária Musical
14 de dezembro (domingo), das 12h às 17h
Casa Rosa (Praça Colombo, nº 106 – Rio Vermelho)
 Ingressos antecipados R$ 40 (pix 71 98878-4634, com envio de comprovante), Sympla
Prato principal: R$ 80 (para duas pessoas)
Mais informações: @culinariamusical / @casarosasalvador

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Gastronomia

Sarau Culinária Criativa une comida e cultura na Ribeira

Kelly Bouéres

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Sarau Culinária Criativa
Donminique Santos

Nos dias 15 e 16 de novembro, a Quinta da Madragoa, na Ribeira, recebe o Sarau Culinária Criativa, uma experiência gastronômica e cultural que transforma a comida em linguagem artística, gesto e memória. A entrada é gratuita, com pratos vendidos a preços acessíveis.

Idealizado pela chef Jô Rocha, conhecida como Maria Bonita da Ribeira, o evento combina cozinha show, música e saberes populares. Entre as atrações estão Lilica Rocha, Escola de Samba Unidos de Itapuã, Samba de Roda de Tubarão, Xote Debochado, Billa Rey e Pocket Baile Black – DJ Allexuz.

O prato principal do sarau é a moqueca de bago de jaca com camarão, criação da chef que mistura sabores do mar e da terra com tradição popular. Segundo Jô Rocha:

“A cozinha é um lugar de invenção e encontro. No Sarau, a gente mistura o que vem do mato, da feira, da lembrança da infância, e transforma em experiência. É um modo de pensar e sentir a comida como cultura viva.”

A chef reforça que “a comida é o espetáculo. Cada receita é apresentada como obra, construída em diálogo com o público e com o território. A música costura o ambiente, acompanhando a experiência”.

O público também poderá participar de uma vivência formativa, aprendendo a preparar a moqueca de bago de jaca com camarão, seguida de mesa de debates sobre culinária criativa e saberes populares.

O Sarau Culinária Criativa é realizado pelo Coletivo Cacos, integra o calendário do Novembro Negro e valoriza o protagonismo de mulheres negras na gastronomia e nas artes da Bahia. O projeto foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

SERVIÇO:

Sarau Culinária Criativa
Quinta da Madragoa – Ribeira, Salvador (BA)
15 e 16 de novembro de 2025
Das 12h às 19h
Entrada gratuita (comidas e bebidas vendidas à parte)

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