Religião
Festa de Oxumarê reunirá sacerdotes de vários países em terreiro na Federação!

Divulgação
Um dos mais tradicionais e antigos terreiros de candomblé da Bahia e do país – a Casa de Oxumarê – reunirá o povo de santo neste sábado (17) para uma celebração dedicada especialmente à divindade protetora da comunidade de axé, o Arco-Íris, mais conhecida como o Orixá Oxumarê. A cerimônia aberta ao público acontecerá na sede do espaço sagrado, na Federação.
Há mais de 180 anos, essa festividade é um dos momentos mais esperados no calendário anual do terreiro, reunindo em quase dois séculos de tradição diversos devotos, sacerdotes e representantes da espiritualidade afro-brasileira de diversos países. O evento, considerado um dos mais importantes acontecimentos religiosos estaduais e nacionais, este ano, segue com o tema Ecologia, mantido a cargo do antropólogo e ogã do Ilê Axé, Ordep Serra.
Essa proposta de conscientização ecológica, continua na pauta em virtude do seu significado vital para os povos de terreiro, que idealizam os orixás como as forças espirituais regentes da natureza. De acordo o Babalorixá da Casa de Oxumarê, Babá Pecê, as atividades do terreiro continuam, excepcionalmente, concentradas na questão trabalhada em 2018/19, que é a da preservação ambiental. “Compreendo a necessidade de lutarmos por outras questões, mas, este ano, vamos continuar com as nossas forças voltadas para a ecologia”, afirmou o babalorixá.
Durante todo o dia o espaço sagrado estará em festa, mas a abertura oficial do evento será às 8h, quando os militantes ecológicos hastearem as bandeiras, e, em seguida, alertarem os convidados sobre a importância de manter o meio ambiente sadio e equilibrado. Mas, como de costume, o ápice do encontro será às 21h, na cerimônia pública em louvor ao pai Oxumarê.
PROGRAMAÇÃO
4h45
Despertar na Casa de Axé
8h
Hasteamento das bandeiras
8h20
Mensagem dos ambientalistas
9h
Café da manhã
10h
Cerimônia religiosa interna
14h
Almoço
16h
Reunião espiritual com as divindades e ancestrais que sustentam os pilares do terreiro
21h
Cerimônia pública em louvou ao pai Oxumarê
Serviço
O que: Festa de Oxumarê
Quando: Sábado, 17 de agosto, a partir das 8h
Onde: Segunda Travessa Pedro Gama N° 65, Federação Quanto: Gratuito
Religião
Encontro convoca homens de Axé contra violência de gênero
Salvador sediará nesta sexta-feira (19), o encontro “Da casa que nos forma ao mundo que construímos – Um chamado aos homens de axé pela vida das mulheres”. Aberta ao público, a iniciativa propõe um espaço de diálogo comunitário, político e ancestral voltado ao enfrentamento da violência contra mulheres. Acontece no Santuário Zé Pilintra, no bairro do Comércio, em Salvador.
Realizado pelo Santuário Zé Pilintra em parceria com a Marcha do Empoderamento Crespo, o encontro parte da compreensão de que os terreiros são casas de formação ética e comunitária e que o enfrentamento à violência de gênero também passa pela reflexão e pelo compromisso assumidos dentro dos espaços de axé.
O debate reunirá homens e mulheres do candomblé, lideranças religiosas, integrantes de movimentos sociais e convidados, em um formato horizontal, empático e colaborativo, baseado na escuta qualificada e na troca de experiências.
Em 2023, o Brasil registrou o maior número de feminicídios desde a tipificação do crime, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e a maioria das violências contra mulheres segue ocorrendo no ambiente doméstico.
“O terreiro é uma escola civilizatória. É onde aprendemos cuidado, pertencimento e responsabilidade. Se a violência cresce fora, precisamos ter coragem de olhar para dentro das nossas casas e revisar práticas, silêncios e pactos que não protegem a vida das mulheres”, afirma Naira Gomes, Yaô de Oxum, presidenta e cofundadora da Marcha do Empoderamento Crespo.
O encontro marca o início de um processo coletivo de construção de uma Carta de Princípios e Práticas, que será desenvolvida ao longo do projeto, com a participação de diferentes casas de axé, e que deverá se desdobrar em uma iniciativa itinerante em Salvador e na Bahia.
“O cuidado nasce em casa — e a responsabilidade também. Este encontro histórico, baseado nas perspectivas da ancestralidade e da responsabilidade e coletividade, inaugura um caminho para que o axé esteja, de forma clara e pública, ao lado da vida das mulheres”, reforça o Babalorixá da Conceição, presidente do Santuário Zé Pilintra em Salvador.
SERVIÇO
O quê: Encontro “Da casa que nos forma ao mundo que construímos – Um chamado aos homens de axé pela vida das mulheres”
Quando: 19 de dezembro (terça-feira)
Horário: 18h
Onde: Santuário Zé Pilintra — Rua Corpo Santo, nº 15, Comércio, Salvador/BA
Religião
21ª Caminhada Pela Paz homenageia Exú, Mensageiro da Paz
A 21ª Caminhada Pela Paz, Pela Vida e Contra o Racismo Religioso acontece em Salvador, reunindo comunidades religiosas, artistas e comunicadores para reforçar o combate à intolerância e ao preconceito. O seminário da edição, “Exú, o Mensageiro da Paz”, será realizado no Terreiro do Cobre, Engenho Velho da Federação, no dia 8 de novembro, às 15h, desmistificando preconceitos sobre o Orixá Exú.
“O tema deste ano homenageia Exú, força que abre caminhos e conduz transformações”, afirma a organização.
O seminário contará com Egbomi Marlene de Exú (Axé Bomboxé), Rychelmy Esutobi (Ilê Asé Ojisé Olodumare), Sergio Laurentino (Bando de Teatro Olodum e Ilê Axé Oluayê Onissogum), e a multiartista Nildes Sena. O escritor Nelson Maca participa com intervenção poética, e a mediação é do jornalista André Santana.
A Caminhada será no dia 15 de novembro, com concentração a partir das 14h, na Praça Mãe Runhó, fim de linha do Engenho Velho da Federação. O cortejo percorre ruas históricas do Engenho Velho, Federação, Garibaldi e Vasco da Gama, passando por terreiros tradicionais como a Casa Branca, Gantois, Terreiro de Oxumaré, Bogum, Tumba Junsara e Tanuri Junsara.
Criada em 2003, a Caminhada surgiu como resistência às perseguições e violência contra os povos de axé e se consolidou como um dos maiores atos de fé, diversidade e convivência plural na Bahia.
“Ao som dos atabaques, com cantos, rezas e palavras de ordem, celebramos as heranças africanas que fundamentam a religiosidade negra e a história do Brasil”, afirmam os organizadores.
SERVIÇO:
Seminário: “Exú, o Mensageiro da Paz”
8 de novembro de 2025, às 15h
Terreiro do Cobre – Rua Apolinário Santana, 154, Engenho Velho da Federação
21ª Caminhada Pela Paz, Pela Vida e Contra o Racismo Religioso
Quando: 15 de novembro de 2025, a partir das 14h
Onde: Praça Mãe Runhó – fim de linha do Engenho Velho da Federação
Informações para imprensa: André Santana (71) 98873-7047 / Meire Oliveira (71) 99995-5308
Música
Irmãos no Couro celebra oito anos no Casarão das Yabás
No dia 27 de setembro, o projeto Irmãos no Couro completa oito anos tendo como finalidade a preservação e a manutenção da identidade e do saber ancestral afro brasileiro, utilizando como principais ferramentas os toques, as cantigas e os conhecimentos que vem sendo transmitidos por gerações.
Tudo começou com a reverência àqueles encarregados de despertar as divindades através dos toques como os Mestres Nem (Tio Patinho – Terreiro do Cobre), Reinaldo, Tata Landemunkosi, e Nelson, Tata Jimungongo (Nzo Tanuri Junsara) e os Alagbé Edvaldo Araújo, Asogun Arielson Chagas (Terreiro da Casa Branca), bem como transmitir o conhecimento adquirido no convívio com eles.
Sediado no centenário Nzo Tumba Junsara, localizado no bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, o Irmãos no Couro realiza oficinas de atabaques, formação de orquestra junto aos Clarins da Bahia, confecção de instrumentos tambor ìlú e xequerê, formação da banda de samba de terreiro e viola.
A partir da formação da Escola de Toques é que nasceu, em 2019, a Orquestra Irmãos no Couro, passando a uma fomentar a outra.
Neste dia 27 de setembro, quando celebra oito anos de criação, o Irmãos no Couro prepara mais uma edição e será no Casarão das Yabás (R. Martin Francisco, 15 – Garcia), a partir das 20h. Os ingressos serão vendidos a R$ 25, até a limitação do espaço. Terá participação de Orisun, Juraci (Samba Trator), Alacorin e Geo da Viola.
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