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Artes

Projeto Rum Alagbê preserva patrimônio afro-brasileiro com atividades virtuais

Jamile Menezes

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FOTO Acervo Rum Alagbê

 

O projeto Rum Alagbê, desenvolvido há 20 anos pelo Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé, o Terreiro do Gantois, em Salvador, realiza desde janeiro e até abril uma série de atividades virtuais com objetivo de preservar, valorizar e difundir as tradições rítmicas percussivas de matrizes africanas.

Batizado de “Rum Alagbê para Preservação, Salvaguarda e Difusão das Tradições Rítmicas do Terreiro do Gantois”, a iniciativa foi contemplada pelo Prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Desde janeiro, o projeto vem realizando oficinas de música on-line com jovens de 15 a 29 anos, moradores do Alto do Gantois e áreas vizinhas, que já atuam como monitores do projeto. Semanalmente, são realizados dois encontros entre o coordenador do Rum Alagbê, o professor e percussionista Iuri Passos, e os participantes. O projeto ainda prevê a realização de oficinas virtuais de confecção de atabaques, com ensinamentos e práticas dos mestres da fabricação desses instrumentos tão importantes nos ritos do candomblé.

Além das oficinas formativas, estão acontecendo Encontros Musicais especiais entre Iuri Passos e os convidados Uirá Cairo, Rafael Palmeira e José Izquierdo. Abertos ao público e com transmissão ao vivo pelo YouTube do projeto, os bate-papos acontecem, respectivamente, nos dias 18, 25 de março e 2 de abril.

 

“Buscamos formas para que, mesmo com as restrições e cuidados exigidos pela pandemia, esses meninos e meninas possam reconhecer a importância da sua ancestralidade no fazer musical, de forma que descubram e desenvolvam habilidades e, dessa forma, se conectem com suas raízes, fortalecendo esse sentimento de pertencimento, que é tão importante na sua educação e formação pessoal”, destaca Iuri Passos.

 

Live e clipe – Duas atividades especiais marcarão o encerramento do projeto nos próximos meses com transmissão pelo YouTube do projeto: uma live, em que Iuri Passos e os monitores participantes se reunirão para uma grande mostra do trabalho realizado durante os quatro meses de oficinas, e o lançamento de um clipe, que trará com detalhes a potência artística e cultural do projeto.

 

ACESSE AQUI. 

 

Artes

Coletivo Nosso Kilombo realiza cortejo artístico na Festa de São Tomé em Itapuã

Jamile Menezes

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O Coletivo Nosso Kilombo tem iniciativas de preservação e ressignificação das tradições culturais do território de Itapuã.

O bairro de Itapuã segue sendo ponto de encontro do projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências”, do Coletivo Nosso Kilombo, movimento surgido em 2018 na Festa de São Tomé, uma das festas mais tradicionais do bairro.

No próximo sábado (20/12), o projeto chega a seu encerramento, com a realização do “Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir”. A ação artística vai percorrer a ruas do bairro, integrando mais um ano a Festa de São Tomé e celebrando os sete anos do Coletivo Nosso Kilombo. Toda programação é aberta à comunidade.

O projeto vem realizando, desde julho, diversas ações culturais de rua, como samba de roda, rodas de fuxicos e conversas intergeracionais com mestres e mestras griots da comunidade. O intuito é retomar, preservar e ressignificar as tradições culturais típicas do bairro de Itapuã e o espírito de insurgência da comunidade negra e indígena na localidade, trazendo a memória de resistências históricas do bairro.

Coletivo Nosso Kilombo

Outra tradição fortalecida pelo Coletivo neste projeto é a dos “sambas de boi”, como os bois Bumbapuã e Boca de Ouro, construídos a muitas mãos por mobilizadores culturais de outras gerações, e que hoje são “maternados” pelo Coletivo Nosso Kilombo. No dia 20, as manifestações estarão presentes na ação.

A mais recente ação do projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” foi em setembro, com a “Caminhada Patrimonial – Caminhar para Convocar”, que reuniu estudantes de escolas públicas de Itapuã, focando na preservação do meio ambiente e patrimônio cultural da região.

 Coletivo Nosso Kilombo

Sobre o Coletivo Nosso Kilombo

O Coletivo Nosso Kilombo tem iniciativas de preservação e ressignificação das tradições culturais do território de Itapuã. Vem realizando, desde 2018, intervenções com objetivo de valorização da brincadeira de rua e das tradições afroindígenas presentes na culinária e nos sambas juninos do território, fomentando o pertencimento comunitário entre os moradores. Suas ações contribuem para a patrimonialização da cultura em todas as suas expressões, como forma de barrar as recorrentes investidas da especulação imobiliária e de práticas do racismo religioso na localidade.

Coletivo Nosso Kilombo

O projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

SERVIÇO

O que: Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir

Quando: 20 de dezembro (sábado), a partir das 17h

Onde: concentração na praça da Igreja Nossa Senhora da Conceição (Praça Dorival Caymmi – Itapuã) em direção ao Cruzeiro de Piatã.

Aberto ao público

Fotos Fabíola Campos

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Artes

Fotógrafo André Fernandes retorna à Europa com expo ‘Orixás’

Jamile Menezes

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André Fernandes

O ensaio fotográfico e documental ‘Orixás’ (2014), do fotógrafo André Fernandes, retornará para uma exposição na Europa em 2026 – à convite da ONU. A mostra atravessa o Oceano Atlântico em direção ao ‘Velho Continente’, após passar pelos territórios do Brasil e do Paraguai.

A exposição ao ‘ar livre’ acontecerá à beira do lago Quai Wilson, em Genebra. Na ocasião, o fotógrafo André Fernandes terá a oportunidade de expor a série ‘Orixás’ (2014) em painéis ampliados, junto aos laureados das edições de 2022 – 2025 do concurso.

Ogum

Atualmente, o ensaio integra a mostra ‘Candomblé’, que segue em cartaz na cidade de Asunción, no Paraguai, entre novembro de 2025 e março de 2026. A exposição reúne as quinze fotografias premiadas pela ONU, além da coleção ‘Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá’ (2025), composta por dezesseis novas fotografias.

Localizado no Instituto Guimarães Rosa, a mostra do fotógrafo tem sido o destino de paraguaios e turistas, que desejam conhecer e se aprofundar nos ritos, cultura e memória ancestral do Candomblé. Representando um Orixá por foto, os visitantes possuem livre acesso à galeria, em contato com retratos oficiais, datados entre 2014 a 2024.

Ewa

“Esta exposição nasce do compromisso de honrar o Candomblé e as pessoas que mantêm essa força viva todos os dias. Cada fotografia que compõe a série Orixás carrega a memória, o cuidado com os ritos e a responsabilidade de traduzir em imagem aquilo que se sente, antes de se ver. Expor esse trabalho fora do Brasil é reafirmar que nossa ancestralidade não conhece fronteiras e continua ecoando onde houver espaço para escuta e respeito”, conta André.

Carregando a identidade afro-brasileira, as fotografias que venceram o “Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários” (2024), são representadas através dos orixás: Exu, Ogum, Oxóssi, Logunedé, Obaluaê, Ossain, Oxumarê, Nanã, Oxum, Obá, Ewá, Iansã, Yemanjá, Xangô e Oxalá.

Obá

O ensaio destacou a atuação de André Fernandes em meio ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Durante a 17ª sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, o fotógrafo documental foi o único brasileiro à ser premiado pela edição, representando o estado da Bahia.

Mergulhando nas tradições do terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, a série carrega o respeito aos símbolos, às vestes e à ancestralidade da religião de matriz africana. Sob o olhar do Babalorixá Indarê Sá, a série ‘Orixás’ foi reconhecida por difundir a ancestralidade afrodescendente na cena internacional e atuar como ferramenta de memória e combate à intolerância religiosa.

Ossain

“Voltar à apresentar este ensaio na Europa, depois de ter vivido o impacto da mostra no Paraguai e no Brasil, reforça para mim o sentido coletivo da fotografia. Este percurso me mostra que a arte é ponte e também testemunho, porque permite que outras pessoas encontrem suas próprias leituras sobre os Orixás e a memória diaspórica. Esse é um modo de mostrar que a história segue viva, presente e disposta a dialogar com todo o mundo”, conclui André.

SERVIÇO

[Exposição ‘Candomblé’ de André Fernandes]
Onde: Instituto Guimarães Rosa (IGR) Asunción – Embajada de Brasil
Quando: de 14 de novembro a 30 de março de 2026. A série ‘Orixás’ desembarca na Europa em agosto de 2026;
Dias e horários da exposição: mediante agendamento com o IGR Assunción, pelo Instagram

Foto

André Fernandes – Crédito Mai Katz

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Artes

CIPÓ lança websérie “Fala de Quebrada!” no Pelourinho

Jamile Menezes

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CIPÓ

A CIPÓ Comunicação Interativa lança nesta terça-feira (16), às 16h, no Largo Tereza Batista – Pelourinho, a Websérie “Fala de Quebrada!” uma produção do Projeto Juventude Negra e Participação Política – JNPP. A produção trata do extermínio da juventude negra na Bahia a partir de narrativas construídas por jovens das periferias de Salvador. O evento é aberto ao público e reúne arte, poesia, musicalidade, memória e debate social.

Independentes, os episódios da websérie dialogam com o cotidiano da juventude negra e suas experiências nas periferias da cidade. O lançamento da websérie apresenta ao público um conjunto de ações que dialogam diretamente com o território, a memória e a valorização da vida.

Paralelamente, durante toda a programação, acontecem atividades culturais e educativas: grafite ao vivo com mural temático, feira de empreendedores negros, banca de livros e zines sobre racismo, cultura periférica e juventude.

Ao fim da exibição será realizada a roda de conversa “Arte Negra Pela Vida”, que discutirá o papel da arte e da comunicação audiovisual na formação política e no fortalecimento das juventudes negras.

CIPÓ

A abertura será marcada pelo “Ritual de Memória e Resistência”, com performance da DJ Zazi, em homenagem a jovens mortos em ações policiais. Na sequência, o poder da palavra toma conta do espaço com o Slam Fala de Quebrada, que conta com apresentações de poesia falada de DoceEVA, Urubu do Quilombo, Felipe Halks e Monakizola, com mediação de C4tarse, do SLAM D’IDÉA.

A proposta é denunciar a violência, o extermínio da juventude negra e o racismo estrutural na Bahia, trazendo à tona a poesia e os elementos da comunicação audiovisual como ferramentas artísticas que educam, informam e formam politicamente — transformando vidas e criando novos caminhos”, destaca o jornalista e educador do projeto Eduardo Machado.

Encerrando a programação, o palco Arte Negra Pela Vida recebe apresentações musicais de Guias Cegos, Mata Inteira e ATribo, mesclando reggae, rap, samba de resistência e música popular baiana.

Serviço
Lançamento da websérie “Fala de Quebrada!”, produzida pela CIPÓ
Data: terça-feira, 16/12
Horário: a partir das 16h
Local: Largo Tereza Batista – Pelourinho
Entrada gratuita

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