Connect with us

Artes

Grupo A Pombagem homenageia Luiz Gama e o artista Ramon dos Santos no Largo do Tanque

Jamile Menezes

Published

on

a_pombagem
a_pombagem

Foto Hércules Bressy

 

A montagem produzida pelo grupo A Pombagem – que encerra neste sábado (24), às 14h, seu desfile cívico artístico pelo tecido urbano soteropolitano – resgata vida e obra do poeta, jornalista e advogado preto Luiz Gama e traz uma homenagem em vídeo exposição ao multiartista/pombo Ramon dos Santos, chamado carinhosamente de Perdido, vítima em 2020 das violências das ruas soteropolitanas.

A apresentação, gravada no Largo do Tanque, será exibida na fanpage do projeto (https://www.facebook.com/omuseuearua/). .

Apresentado em formato de sarau periférico, com condução dramatúrgica do poeta de rua Fabrício Brito, em O Museu é a Rua o local da apresentação vira uma galeria de arte em que o monumento é a obra que dispara o discurso. Interpretado pelo pombo Jansen Nascimento, Luiz Gama tem sua vida e obra retratada a partir de uma leitura afrodiaspórica, periférica, social, poética e crítica dos integrantes do grupo A Pombagem.

Nesta quarta e última edição do projeto O Museu é a Rua, além de homenagear o poeta Luis Gama, o grupo A Pombagem homenageia através de um vídeo que expõe fotografias e trabalhos desenvolvidos pelo artista de rua Ramon dos Santos, chamado carinhosamente pelos pombos de Perdido. Espancado até a morte na Estrada Velha do Aeroporto em 2020, Ramon – também conhecido como índio, era um artista de rua, artesão, artista plástico, pernalta, palhaço e brincante da cultura popular.

O projeto – que já passou pelos bairros de Fazenda Grande do Retiro, Liberdade e Lapinha – conta com uma exposição de fotografias que retratam o nosso patrimônio cultural e tem realizado rodas de conversas ao vivo transmitidas a partir das 19 horas, pelo Instagram do grupo A Pombagem (@apombagem). Neste sábado, 24 de abril, o bate papo será com o artista Toni Edson, da Associação Cultural Joana Gajuru, de Maceió – Alagoas, e tem mediação da pomba Meri Araújo, chamada pelo coletivo de Rainha.

Artes

Coletivo Nosso Kilombo realiza cortejo artístico na Festa de São Tomé em Itapuã

Jamile Menezes

Published

on

O Coletivo Nosso Kilombo tem iniciativas de preservação e ressignificação das tradições culturais do território de Itapuã.

O bairro de Itapuã segue sendo ponto de encontro do projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências”, do Coletivo Nosso Kilombo, movimento surgido em 2018 na Festa de São Tomé, uma das festas mais tradicionais do bairro.

No próximo sábado (20/12), o projeto chega a seu encerramento, com a realização do “Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir”. A ação artística vai percorrer a ruas do bairro, integrando mais um ano a Festa de São Tomé e celebrando os sete anos do Coletivo Nosso Kilombo. Toda programação é aberta à comunidade.

O projeto vem realizando, desde julho, diversas ações culturais de rua, como samba de roda, rodas de fuxicos e conversas intergeracionais com mestres e mestras griots da comunidade. O intuito é retomar, preservar e ressignificar as tradições culturais típicas do bairro de Itapuã e o espírito de insurgência da comunidade negra e indígena na localidade, trazendo a memória de resistências históricas do bairro.

Coletivo Nosso Kilombo

Outra tradição fortalecida pelo Coletivo neste projeto é a dos “sambas de boi”, como os bois Bumbapuã e Boca de Ouro, construídos a muitas mãos por mobilizadores culturais de outras gerações, e que hoje são “maternados” pelo Coletivo Nosso Kilombo. No dia 20, as manifestações estarão presentes na ação.

A mais recente ação do projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” foi em setembro, com a “Caminhada Patrimonial – Caminhar para Convocar”, que reuniu estudantes de escolas públicas de Itapuã, focando na preservação do meio ambiente e patrimônio cultural da região.

 Coletivo Nosso Kilombo

Sobre o Coletivo Nosso Kilombo

O Coletivo Nosso Kilombo tem iniciativas de preservação e ressignificação das tradições culturais do território de Itapuã. Vem realizando, desde 2018, intervenções com objetivo de valorização da brincadeira de rua e das tradições afroindígenas presentes na culinária e nos sambas juninos do território, fomentando o pertencimento comunitário entre os moradores. Suas ações contribuem para a patrimonialização da cultura em todas as suas expressões, como forma de barrar as recorrentes investidas da especulação imobiliária e de práticas do racismo religioso na localidade.

Coletivo Nosso Kilombo

O projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

SERVIÇO

O que: Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir

Quando: 20 de dezembro (sábado), a partir das 17h

Onde: concentração na praça da Igreja Nossa Senhora da Conceição (Praça Dorival Caymmi – Itapuã) em direção ao Cruzeiro de Piatã.

Aberto ao público

Fotos Fabíola Campos

Continue Reading

Artes

Fotógrafo André Fernandes retorna à Europa com expo ‘Orixás’

Jamile Menezes

Published

on

André Fernandes

O ensaio fotográfico e documental ‘Orixás’ (2014), do fotógrafo André Fernandes, retornará para uma exposição na Europa em 2026 – à convite da ONU. A mostra atravessa o Oceano Atlântico em direção ao ‘Velho Continente’, após passar pelos territórios do Brasil e do Paraguai.

A exposição ao ‘ar livre’ acontecerá à beira do lago Quai Wilson, em Genebra. Na ocasião, o fotógrafo André Fernandes terá a oportunidade de expor a série ‘Orixás’ (2014) em painéis ampliados, junto aos laureados das edições de 2022 – 2025 do concurso.

Ogum

Atualmente, o ensaio integra a mostra ‘Candomblé’, que segue em cartaz na cidade de Asunción, no Paraguai, entre novembro de 2025 e março de 2026. A exposição reúne as quinze fotografias premiadas pela ONU, além da coleção ‘Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá’ (2025), composta por dezesseis novas fotografias.

Localizado no Instituto Guimarães Rosa, a mostra do fotógrafo tem sido o destino de paraguaios e turistas, que desejam conhecer e se aprofundar nos ritos, cultura e memória ancestral do Candomblé. Representando um Orixá por foto, os visitantes possuem livre acesso à galeria, em contato com retratos oficiais, datados entre 2014 a 2024.

Ewa

“Esta exposição nasce do compromisso de honrar o Candomblé e as pessoas que mantêm essa força viva todos os dias. Cada fotografia que compõe a série Orixás carrega a memória, o cuidado com os ritos e a responsabilidade de traduzir em imagem aquilo que se sente, antes de se ver. Expor esse trabalho fora do Brasil é reafirmar que nossa ancestralidade não conhece fronteiras e continua ecoando onde houver espaço para escuta e respeito”, conta André.

Carregando a identidade afro-brasileira, as fotografias que venceram o “Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários” (2024), são representadas através dos orixás: Exu, Ogum, Oxóssi, Logunedé, Obaluaê, Ossain, Oxumarê, Nanã, Oxum, Obá, Ewá, Iansã, Yemanjá, Xangô e Oxalá.

Obá

O ensaio destacou a atuação de André Fernandes em meio ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Durante a 17ª sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, o fotógrafo documental foi o único brasileiro à ser premiado pela edição, representando o estado da Bahia.

Mergulhando nas tradições do terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, a série carrega o respeito aos símbolos, às vestes e à ancestralidade da religião de matriz africana. Sob o olhar do Babalorixá Indarê Sá, a série ‘Orixás’ foi reconhecida por difundir a ancestralidade afrodescendente na cena internacional e atuar como ferramenta de memória e combate à intolerância religiosa.

Ossain

“Voltar à apresentar este ensaio na Europa, depois de ter vivido o impacto da mostra no Paraguai e no Brasil, reforça para mim o sentido coletivo da fotografia. Este percurso me mostra que a arte é ponte e também testemunho, porque permite que outras pessoas encontrem suas próprias leituras sobre os Orixás e a memória diaspórica. Esse é um modo de mostrar que a história segue viva, presente e disposta a dialogar com todo o mundo”, conclui André.

SERVIÇO

[Exposição ‘Candomblé’ de André Fernandes]
Onde: Instituto Guimarães Rosa (IGR) Asunción – Embajada de Brasil
Quando: de 14 de novembro a 30 de março de 2026. A série ‘Orixás’ desembarca na Europa em agosto de 2026;
Dias e horários da exposição: mediante agendamento com o IGR Assunción, pelo Instagram

Foto

André Fernandes – Crédito Mai Katz

Continue Reading

Artes

CIPÓ lança websérie “Fala de Quebrada!” no Pelourinho

Jamile Menezes

Published

on

CIPÓ

A CIPÓ Comunicação Interativa lança nesta terça-feira (16), às 16h, no Largo Tereza Batista – Pelourinho, a Websérie “Fala de Quebrada!” uma produção do Projeto Juventude Negra e Participação Política – JNPP. A produção trata do extermínio da juventude negra na Bahia a partir de narrativas construídas por jovens das periferias de Salvador. O evento é aberto ao público e reúne arte, poesia, musicalidade, memória e debate social.

Independentes, os episódios da websérie dialogam com o cotidiano da juventude negra e suas experiências nas periferias da cidade. O lançamento da websérie apresenta ao público um conjunto de ações que dialogam diretamente com o território, a memória e a valorização da vida.

Paralelamente, durante toda a programação, acontecem atividades culturais e educativas: grafite ao vivo com mural temático, feira de empreendedores negros, banca de livros e zines sobre racismo, cultura periférica e juventude.

Ao fim da exibição será realizada a roda de conversa “Arte Negra Pela Vida”, que discutirá o papel da arte e da comunicação audiovisual na formação política e no fortalecimento das juventudes negras.

CIPÓ

A abertura será marcada pelo “Ritual de Memória e Resistência”, com performance da DJ Zazi, em homenagem a jovens mortos em ações policiais. Na sequência, o poder da palavra toma conta do espaço com o Slam Fala de Quebrada, que conta com apresentações de poesia falada de DoceEVA, Urubu do Quilombo, Felipe Halks e Monakizola, com mediação de C4tarse, do SLAM D’IDÉA.

A proposta é denunciar a violência, o extermínio da juventude negra e o racismo estrutural na Bahia, trazendo à tona a poesia e os elementos da comunicação audiovisual como ferramentas artísticas que educam, informam e formam politicamente — transformando vidas e criando novos caminhos”, destaca o jornalista e educador do projeto Eduardo Machado.

Encerrando a programação, o palco Arte Negra Pela Vida recebe apresentações musicais de Guias Cegos, Mata Inteira e ATribo, mesclando reggae, rap, samba de resistência e música popular baiana.

Serviço
Lançamento da websérie “Fala de Quebrada!”, produzida pela CIPÓ
Data: terça-feira, 16/12
Horário: a partir das 16h
Local: Largo Tereza Batista – Pelourinho
Entrada gratuita

Continue Reading

EM ALTA