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Opinião

#Opinião – Você já se percebeu sentindo culpa demais? Por Lugana Olaiá

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Lugana Olaiá

Culpa de querer um emprego melhor.

Culpa de ter passado tempo demais numa relação ruim.

Culpa de perdoar “amigos” após a quebra de confiança.

Culpa pelas escolhas que você fez, quando não tinha as informações que tem hoje.

Pode listar suas culpas para si mesmo.

Enumere-as e depois deixe-as para trás.

Me peguei refletindo sobre isso depois de uma sessão de terapia. Durante a conversa, notei que a principal algoz do meu julgamento, sou eu mesma. Sobretudo, porque esses são os únicos pensamentos que eu conheço e escuto de fato. Os pensamentos que fomos colhendo das percepções superficiais das pessoas sobre quem somos, e por repetir tantas vezes, passamos a compartilhar as crenças reforçadas, sejam elas verdadeiras ou não. Muitas vezes, você hoje tem a capacidade de saber que aquela verdade não te representa nem define sua jornada atualmente.

Os outros não nos dizem mais o que eles validam como achismos, e é bem provável que eles não pensem sobre o assunto em nenhum momento. Afinal, cada pessoa precisa cuidar de suas culpas ou realizações. Pensando nisso, trago outra questão: você se responsabiliza pelas conquistas alcançadas ou você credita todas elas ao acaso? E mais, porque é tão fácil seguir se culpando e tão difícil valorizar seus avanços?

Agora chegamos no momento em que queremos mudar o lado do disco na vitrola. Estamos determinadas a nos ocupar somente com planos e projetos para executar no presente, exercitando a minha presença e força de movimentar o agora. O caminho é longo e não se deve caminhar carregando uma mochila com o peso de suas decisões do passado, nem deixar que as distrações tirem o nosso foco.

A trajetória profissional de uma mulher negra, nordestina, bissexual, mãe e de axé, não apresenta alternativas facilitadoras. Todas as trilhas são estreitas, ou íngremes e cheias de obstáculos que parecem saídos de filmes de ficção científica. E vai chover, vai molhar o mapa que te guiava, vai escurecer, e você não vai encontrar as pilhas para sua lanterna. Vai ser realmente exaustivo quando constatar que ainda precisa de fôlego para alcançar o cume.

Na maioria dos casos, não vai ter quem lhe dê impulso. Então, você nota que é o atleta e também treinador. É nesse momento que você aprende a dizer para sua mente palavras de afirmação e coragem. Essa metáfora não fala somente de desafios físicos na escalada até a cachoeira. Aplique os limites que precisa e dê a sua vida o direcionamento essencial para seus objetivos.

Só vamos ser capazes de enxergar o quão valiosas somos, quando retirarmos por completo os séculos de vendas que cobriram nossos olhos. Não estamos mais naquele passado, nem no escuro, e tampouco chegamos ainda ao fim do túnel.

Vamos atravessar!

Lugana Olaiá – 36 anos, mulher negra, mãe, comunicadora, especialista em comunicação corporativa, pessoa que acredita em soltar as culpas do passado.

Opinião

#Opinião: O que falta para existir R4cism0 R3vers0: Um breve histórico para o letramento racial – Por Aline Lisbôa

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Aline Lisbôa
Foto: Divulgação

Combater o racismo no Brasil, é diariamente ter que falar o óbvio, e nessa missão, por vezes, desmistificar o conceito de que o racismo neste país, que vendeu, matou e escravizou pessoas negras, é apenas um preconceito contra a raças — seja ela qual for–. O fato, é que o pacto do grupo opressor, conhece o lugar que subverte a opressão de um povo em emancipação, O LUGAR DA LUTA, e por isso, dissemina a não existência de um protagonismo negro nessa luta que é nossa.

Um breve histórico da construção social do racismo estrutural, pode explicar, o que falta, para a suposta existência de um racismo contra br4nc0s no Brasil.

O racismo se estabelece através do conceito de raça, que surge para classificar grupos naturalmente contrastados. Na história da ciência, esse termo serve para a classificação de determinados grupos da zoologia e da botânica, com a finalidade de contrastar categorias maiores subdivididas em categorias menores, em seguida subcategorias e assim por diante, conforme os estudos de Kabengele Munanga (2003).

Munanga ainda afirma, que para toda classificação, é necessário utilizar critérios de diferenças e semelhanças, assim, no século XVIII, a cor da pele foi utilizada como critério de divisão em raças e no século seguinte, outros critérios como forma do nariz, lábios, formato do crânio, foram utilizados para aperfeiçoar essa classificação. Entretanto, sabe-se que essa classificação não se limitou apenas às características físicas e sim a utilização destas como forma de hierarquização, estabelecendo uma relação desvinculadas entre o biológico e as qualidades morais, intelectuais e psicológicas, decretando desta forma a raça branca como superior à raça negra. Isso justificou a colonização e o imperialismo das nações europeias sobre outras sociedades humanas, fenotipicamente, diferentes, sobretudo as pessoas indígenas nas Américas e as negras do continente africano.

Assim, muito além dos traços físicos de determinado grupo, o conceito de raça exprime a ideia de que esse grupo e seus traços culturais, religiosos, linguísticos, etc. são naturalmente inferiores aos “traços brancos”, além disso, a ideia de que características biológicas, são capazes de explicar as diferenças morais, psicológicas e intelectuais entre as raças foi uma teoria que teve muito prestígio no século XIX, chamada racismo científico, difundido no Brasil por figuras como Raimundo Nina Rodrigues e Sílvio Romero.

Ainda que se tenha o contexto histórico vergonhoso da branquitude do Brasil, que pode ser ilustrado nas teorias de Nina Rodrigues, mostrando o nível de brutalidade “incivilizada”, do suposto povo superior e civilizado, esta hierarquia do conceito de raça segue elegendo a esta branquitude, como superior e “normal”, desumanizando a população negra que não se assemelha fisicamente com essa normalidade eurocêntrico, constituindo a base de uma estrutura social.

Desta forma, entendendo o processo estrutural que hierarquiza as raças através dos traços biológicos, entende-se racismo como:

(…) uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento, e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam. (ALMEIDA, Silvio, 2019, p.23).

Pode-se então, considerar que o racismo não é um problema negro no Brasil e sim um problema na relação de dominação e supremacia da branquitude para com os negros do Brasil, que mantém os privilégios de um grupo, enquanto nega as mínimas condições de vida a outros.

Raça, Racialização, Racismo científico e racismo estrutural. No Brasil o racismo tem e sempre teve um alvo, corpos negros.

Artigo de Aline Lisbôa

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#Opinião: A figura paterna – Por Ana Paula Nobre

Ana Paula Nobre

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Ana Paula Nobre
Foto: Bruna Bahia

Todo mundo tem pai. Mesmo quem não o conhece, não convive, não tem a sua presença física. Mesmo quem nunca ouviu falar dele, não se deparou com ele ou não concebe a sua existência. Não existem erros no universo. Tudo é milimetricamente articulado nos planos divinos.

De ausência paterna, eu entendo. Não tenho contato físico com o meu pai biológico há 28 anos. De certa forma, tive a possibilidade de conviver com meu pai até os 12 anos, portanto, conheço o seu rosto. Há quem nunca o tenha visto, mas seus traços revelam. Pra quem não o conhece, olhe para o seu rosto. Ele tá aí.

Há quem tenha pai presente fisicamente e ausente na disponibilidade afetiva e de proteção. Isso configura ausência também. Há quem tenha o pai já em outro plano, mas ele foi tão importante que se torna presente no presente.

O fato é que a figura paterna – principalmente no Brasil, onde na maioria das casas brasileiras existe um vácuo da presença masculina -, muitas vezes é expoente de dor, carências emocionais, afetivas e memórias traumáticas. Falar de pai chega a ser desafiador.

Como olhar para essa relação de um lugar maduro e ressignificado? Não existe outra forma a não ser se olhando. Falar de pai é falar da gente. Eu não existiria se não fosse esse pai, Paulo. Minha mãe não seria mãe se não fosse o meu pai.

O pai biológico tem o seu lugar, e aqui falo como consteladora. Falar do meu pai sem revisitar sofrimentos só é possível graças a muita terapia. Compreender a mulher que sou hoje é herança da força que vem dele e da superação de muitas dessas questões.

A carga genética, o espermatozoide e o óvulo, nesse cruzamento mágico, faz com que sejamos quem somos. Reconhecer nosso pai em nós e dar-lhe um lugar no coração para além dos seus equívocos apazigua a alma.

Nós, assim como o universo, dispomos de energias duais: a masculina e a feminina. Fora de nós, os primeiros referenciais materializados são painho e mainha. Sigo inteira com todas as minhas partes em reintegração. Não é fácil, mas é alcançável.

O Sol representa o masculino, o pai. Deus, o Grande Espírito, o Pai Céu, o Criador de Tudo que É, meu pai divino, contempla a paternidade da minha essência.

Ana Paula Nobre é jornalista, repórter do Portal Soteropreta, terapeuta integrativa, consteladora xamânica, artista e trabalha unindo comunicação, espiritualidade e arte em seus atendimentos.

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#Opinião – Como cuidar da própria energia: a Quinta Dimensão

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No artigo da semana passada[2], publicado pelo Portal Soteropreta, encontramos na gratidão um notável caminho para evoluir. A gratidão promove acesso a Divindade intrínseca do Ser; através dela, percebemos que somos fractais do Sagrado, com múltiplas experiências no plano da matéria. Quem trilha essa senda, adentra à Quinta Dimensão.

Antes de mergulhar nessa temática, devemos fazer uma rápida abordagem sobre as dimensões. O ponto é a primeira dimensão. Nele, não existe movimento. Tudo é fixo e imutável. Na segunda dimensão, o ponto conhece a liberdade do movimento e evolui para curvas e linhas. Chegamos a terceira dimensão quando curvas e linhas excedem o limite da folha, criando formas que ocupam espaço e tempo. Não obstante, através do pensamento, o tempo pode ser retirado: adentramos a quarta dimensão. E chegamos a quinta dimensão ao atingir a consciência da nossa unicidade. Somos testemunhas desse momento especial. Ele está ocorrendo enquanto você lê esse texto.

A Mãe Gaia avança para se tornar um planeta de 5D. A consciência de que somos O Todo que está em Tudo – totalmente conectados, vivendo a necessária ilusão da individualidade total, típica da terceira dimensão – inunda os espíritos de centenas de milhões de pessoas que atenderam ao despertar.

Nessa dimensão, o outro sou eu, e, por isso, jamais devo lhe tratar como inimigo, independente das suas idiossincrasias: orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia e ideologia político-partidário são alguns exemplos. Foi para esse chamado que Os Grandes Avatares da Era de Peixes[3] estiveram aqui: somos todas, todes e todos partes do mesmo corpo. Logo, devemos amar todo o Ser Integrado pelas roupagens denominadas pessoas.

Se você chegou até aqui, seguramente também recebeu o chamado. Saiba que é livre para atender ou não. Posso lhe dizer que sentir inadequação ou ser taxado de louco, são louváveis preços a pagar. Na verdade, não há nenhum preço a pagar. Você foi humilde para abrir a porta e agora vai jantar na companhia do Mestre: “Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos”[4].

[1]Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp).

[2]Confira o segundo artigo da Série “Como cuidar da própria energia”. Acesse: https://portalsoteropreta.com.br/2024/07/20/opiniao-como-cuidar-da-propria-energia-o-poder-da-gratidao/

[3]Referência a Jesus de Nazaré e Maria de Magdala. Essas Consciências serão contempladas em texto futuro.

[4]Apocalipse 3:20: a mensagem esotérica de Jesus expressa na unidade de ‘jantar juntos’, formando O Um.

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