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Balada Literária terá formato digital e homenageia a escritora Geni Guimarães!

Jamile Menezes

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Geni Guimarães Foto: ItaúSocial – Camilla Kinker

 

Realizada anualmente desde 2006, a Balada Literária chega à 15ª edição com um novo formato, totalmente online, mas mantendo a data prevista, de 3 a 7 de setembro,  no site www.baladaliteraria.com.br. Este ano, a festa homenageia a escritora paulista Geni Guimarães e traz nomes como Conceição Evaristo (amiga da homenageada), Mestre Jorjão Bafafé, Douglas Machado, Sidney Santiago Kuanza, Miriam Alves, Gabi da Pele Preta, Esmeralda Ribeiro, Landê Onawale, Luz Ribeiro, Cátia de França, Ricardo Aleixo, Daniel Munduruku e Eliane Potiguara. Em Salvador, o homenageado é o escritor e músico Juraci Tavares.

O evento contará com aulas, conversas, shows, exibição de filmes e saraus unindo autores brasileiros a africanos. Para finalizar cada dia, um encontro no Zoom aproximará participantes e público na Balada da Balada, com leituras e temáticas pré-definidas, a exemplo do Sarau Transversal, de temática LGBTQI+, já tradicional na festa. A abertura, dia 3, às 19h, será com show da pernambucana Gabi da Pele Preta, exibição do documentário Geni Guimarães, dirigido por Day Rodrigues, e mesa com a diretora, a homenageada, Conceição Evaristo e a bibliotecária Bel Santos Mayer.

Geni Guimarães é autora de 10 livros de poemas, contos e infantis, recebeu prêmio Jabuti por A Cor da Ternura. Nasceu em 1947 e é ativista em causas sociais e identitárias desde o início dos anos 1980. Numa época em que não se colocavam tais assuntos como responsabilidade de todos, debateu literatura negra, feminismo e construiu sua obra como forma de libertação em busca de deixar uma voz que ainda hoje é pouco ouvida. Na Balada do ano passado, Valter Hugo Mãe conheceu a escritora, ficou impressionado e publicou um artigo longo sobre o seu trabalho em Lisboa, e quer agora publicá-la em Portugal.

 

Balada baiana 

Em sua sexta edição, a Balada Literária da Bahia homenageia o poeta, cantor e compositor Juraci Tavares, 70 anos, nome de destaque da produção cultural afro-baiana. Juraci terá sua trajetória destacada em um documentário assinado por Ricardo Soares, produzido para o evento, e numa conversa com a cantora Fabiana Cozza, sábado (dia 5), às 18h.

Será a oportunidade de ouvir Juraci falar de sua poesia, registrada no livro Vocábulos Caminhantes e no disco Umbilical e também nas muitas canções que compôs para os blocos Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Malê Debalê e Cortejo Afro, entre outros.  “Juraci é uma dessas pessoas que eu chamo de mestre. Apesar de aposentado como professor, criou o Espaço de Humanidades Ossos 21, onde continua, de maneira voluntária, preparando alunos de baixa renda para ingresso no ensino técnico e superior. Como músico e poeta, é um legítimo representante da negritude brasileira. Gosto de dizer que seus poemas e canções também no educam para a percepção crítica do mundo, porém sem abdicarem da beleza, que lhe é fundamental. Poder homenageá-lo na Balada Literária 2020, ao lado da escritora Geni Guimarães, me dá uma alegria extra. Mais do que nunca, o Brasil humano e solidário precisa de artistas do porte desses mestres incríveis”, afirma Nelson Maca, curador da Balada baiana.

Juraci Tavares

Juraci Tavares – Foto André Frtuôso

Na sequência, o evento dialoga com a obra de Juraci através da história de outro mestre da cultura afro-baiana: o percussionista Jorjão Bafafé, um dos criadores do afoxé Badauê e do bloco afro Okanbí. Jorjão conversa na Terreiro de Jagun, barracão de candomblé instalado por sua avó, onde ainda mora sua família, no bairro do Engenho Velho de Brotas. Quem dialoga com o mestre é a cantora Mariella Santiago e o gestor cultural Chicco Assis.

A presença baiana acontece também com um sarau apresentado por Nelson Maca na abertura (às 22h), que une Bahia e África, com as presenças de Anajara Tavares, Jef (O Quadro), Ras Tardas (Moçambique) e Okwei Odili (Nigéria); com uma aula sobre literatura negra baiana do professor Sílvio Roberto Oliveira (dia 4, às 10h) e com a presença do filme O Caso do Homem Errado, da cineasta Camila de Moraes, gaúcha radicada em Salvador, que está disponível no site do evento. Salvador conta ainda com as participações das poetas Jocélia Fonseca e Lívia Natália, além de Landê Onawale. Os três participarão de diferentes mesas sobre literatura com nomes essenciais dos cadernos negros e da nova produção literária feminina e negra.

A Balada Literária conta com os apoios do Itaú Social, Instituto Vagalume, Biblioteca Mário de Andrade, Centro Cultural b_arco, Livraria da Vila e Navega. Toda a programação, que ficará disponível no site, é gratuita.

XV BALADA LITERÁRIA 2020 UM ABRAÇO SOLIDÁRIO

Quando:  3 a 7 de setembro, no site www.baladaliteraria.com.br

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Filme “Revolta dos Búzios” de Antonio Olavo chega aos cinemas

Jamile Menezes

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Revolta Búzios

Um episódio pouco lembrado da história do Brasil, 1798 – REVOLTA DOS BÚZIOS, do cineasta baiano Antonio Olavo leva às telas a influência iluminista da Revolução Francesa (1789) no planejamento do levante que pretendia derrubar o governo colonial, proclamar a independência e implantar uma República democrática, livre da escravidão, onde haveria, conforme acenavam, “igualdade entre os homens pretos, pardos e brancos”.

Produzido pela Portfolium Laboratório de Imagens, o filme chega aos cinemas brasileiros em 30 de maio, com distribuição da Abará Filmes.

Cineasta e pesquisador, que atua com temas ligados à valorização da memória negra, Antonio Olavo sempre trabalhou com a pesquisa histórica no cinema documental, e destaca que “história do Brasil não é apenas a história das elites brancas.”

Para 1798 – REVOLTA DOS BÚZIOS, o cineasta partiu dos “Autos da Devassa”, um documento com mais de 2.000 páginas manuscritas no calor da hora com o desdobramento minucioso da grande investigação sobre os acontecimentos. Eles cobrem um período de agosto/1798 a novembro/1799, e são transcrições de dezenas de sessões da Devassa, incluindo a íntegra dos longos depoimentos de mais de 70 pessoas envolvidas na conspiração.

Antonio Olavo

A Revolta dos Búzios, também designada por Revolução dos Alfaiates, Conjuração Baiana, Sedição de 1798, Movimento Democrático Baiano e Inconfidência Baiana, é, para o diretor, uma história apaixonante.

“O maior desafio foi construir um filme que fosse digno da grandiosidade do tema. A história ocorreu há 226 anos e terminou de forma trágica com 4 jovens negros enforcados e esquartejados em praça pública diante de milhares de pessoas, punidos por sonharem com bandeiras universais como a independência, a República e a liberdade diante a escravidão. Creio que conseguimos fazer um filme positivador, contribuindo para o fortalecimento da história e memória do povo negro no Brasil.”, diz Olavo.

O cineasta trabalhou no longa por 13 anos, “o tempo necessário para ter um pertencimento do assunto e poder registrar em um filme documentário com a segurança e serenidade que o assunto pedia.

1798 – REVOLTA DOS BÚZIOS faz parte do projeto do diretor, uma trilogia das grandes lutas negras dos séculos XVIII e XIX na Bahia.

“A partir de 2006 iniciei uma pesquisa sobre as grandes insurreições negras da Bahia, em especial as que ocorreram entre o final do século XVIII e o início do século XIX, período áureo da insurgência negra, em que a então província baiana ganhou a marca indelével de ‘Bahia Rebelde’, por ter protagonizado histórias mobilizadoras de sentimentos negros que marcaram época”, resume o diretor.

Estre as muitas lutas, destacam-se a Revolta dos Búzios em 1798, que foi uma conspiração reprimida antes de sua deflagração, a Revolta dos Malês no ano de 1835 e é considerada a maior rebelião negra da história do Brasil, na qual centenas de homens e mulheres ocuparam as ruas de Salvador na madrugada de 25 de janeiro de 1835, sendo violentamente reprimidos e finalmente a  Sabinada, que  liderada por um homem negro, Francisco Sabino, chegou a tomar o poder em novembro de 1837 e ocupou a cidade durante vários meses, tendo também sofrido violenta repressão.

“Essas histórias precisam estar também na filmografia nacional, o cinema brasileiro não pode continuar ignorando esses movimentos. De minha parte, venho desenvolvendo um minucioso e paciente trabalho de pesquisa, buscando condições para levar essas lutas ao cinema, construindo uma trilogia cinematográfica”, diz Olavo.

https://www.youtube.com/watch?v=4ry5bcTtaco

Sobre Antonio Olavo:

Cineasta e pesquisador, trabalha com temas ligados à valorização da memória negra. É autor do livro “Memórias Fotográficas de Canudos'” (1989) e gestor da Portfolium Laboratório de Imagens, produtora pela qual dirigiu 19 filmes documentários, entre os quais sete longas-metragens: “Paixão e Guerra no Sertão de Canudos” (1993); “Quilombos da Bahia’ (2004); ‘Abdias Nascimento Memória Negra” (2008); “A Cor do Trabalho” (2014); “1798 – Revolta dos Búzios”; “Quilombo Candeal – Roda de Versos na Boca da Noite” (2021) e “Ave Canudos! Os que sobreviveram te saúdam” (2021). Dirigiu também uma série para TV denominada “Travessias Negras” (2017) e atualmente está finalizando o filme “A Protetora – Memória Negra da Bahia”.

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Show de encerramento e premiação de filmes da MIMB acontece neste sábado (27)

Amanda Moreno

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Show de encerramento e premiação de filmes da MIMB acontece neste sábado (27)
Show de encerramento e premiação de filmes da MIMB acontece neste sábado (27) | Foto: Divulgação

Show de encerramento e premiação de filmes da MIMB acontece neste sábado (27). Foram mais de 60 obras de cineastas negras e negros de diversos países exibidas nestes últimos dias, além da realização de oficinas, masterclasses e espaços de debate sobre a produção negra, indígena e quilombola no cinema.

Agora, chegou o momento de premiar algumas produções audiovisuais e celebrar o sucesso que foi a 5ª edição da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB). O encerramento do festival acontece neste sábado, 27 de abril, no Pátio do Goethe Institut, em Salvador, a partir das 18h com o grande show da banda Ifá e participação de Zé Manoel.

A cerimônia de premiação contempla uma ação institucional com as idealizadoras e produtoras do festival, exibição de dois curtas-metragens e apresentações musicais. A festividade é gratuita e aberta ao público – mediante retirada de ingressos na plataforma Sympla. A  banda Ifá irá encerrar os dias de festival, apresentando um show que mistura sua sonoridade de afrobeat com a força da musicalidade de origem africana. Com a formação de Fabricio Mota (baixo), Jorge Dubman (bateria), Alexandre Espinheira (percussão), Juliano Oliveira (teclado), Ênio Nogueira (guitarra) e os sopros com Normando Mendes (trompete e flugel) e Gleison Coelho (sax barítono e flauta) a banda ainda irá  receber Zé Manoel, em participação especial.

Sobre a MIMB

 A Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB) está em sua 5ª edição. Com atividades totalmente gratuitas, virtual e presencialmente, o festival internacional teve início em 8 de abril, e será encerrado no dia 27. Em edição especial, a mostra também marcará presença em São Paulo com atividades no dia 4 de maio, no  Cine Olido, em parceria com a SPCine. Com o tema “Cinema em Movimento: Memória nas Telas”, neste ano as atividades somam mais de 300 horas, entre debates, oficinas, consultorias e masterclasses, além da exibição de 60 obras de cineasta negras e negros de diversos países. Totalmente organizado por mulheres negras de Salvador, atuantes da cadeia produtiva cinematográfica, a mostra de cinema é viabilizada via Lei Federal de Incentivo à Cultura – Rouanet, com patrocínio master da Dow Brasil, patrocínio institucional da Prefeitura de Salvador, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, com  realização da Rosários Produções Artísticas e do Ministério da Cultura. Daiane Rosário (direção geral e executiva), Kinda Rodrigues (direção institucional e formação), Tais Amordivino (direção e curadoria) e Julia Morais (direção e curadoria), assinam a produção executiva, coordenação institucional e curadoria do festival. Sesc, Goethe Institut, TGM, Circuito Sala de Arte e outros parceiros apoiaram a realização do MIMB 2024.

Serviço: 

O QUÊ: Cerimônia de Abertura MIMB

QUANDO: Sábado, 27 de abril

ONDE:  Pátio do Goethe Institut Salvador – Av. Sete de Setembro, 2195 – Vitória, Salvador,

QUANTO: gratuito

INGRESSOS: https://linktr.ee/ingressosmimb

SITE OFICIAL: www.mimb.com.br

INSTAGRAM: @oficialmimb

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Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador 

Amanda Moreno

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Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador 
Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador (Foto: Divulgação)

Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador. A produtora baiana Têm Dendê recebe até o dia 15 de maio a inscrição de atores e atrizes interessados em integrar o elenco principal da série “Iceberg”. A obra é de drama/suspense psicológico com oito episódios e será gravada em Salvador entre novembro de 2024 e janeiro de 2025.

O chamado de elenco é para pessoas com ou sem experiência em dramatização. Vânia Lima, diretora da Têm Dendê, ressalta que são 15 vagas: “Somos uma produtora que valoriza a diversidade em todas as suas formas, na frente ou atrás das câmeras, e nos esforçamos para refletir isso em nossos projetos audiovisuais. Em iceberg, teremos personagens com recorte de idade, mas sem definição de raça, por exemplo. Há uma personagem trans/travesti, mas não determina que tenhamos somente uma pessoa trans, seja menina ou menino, no elenco. Queremos conhecer talentos e construir esse projeto junto”.

Perfil 

Personagens adultos: Nelson (50 anos); Mônica (55), irmã de Nelson; Alice (40), mãe de Carol; Rogério (50), pai de Enzo; Robério (45), pai de Sophia e irmão de Rogério; Kelly (42), mãe de Matheus; Regina (47), mãe de Gabriela; e Clímaco (55), pai de Akim.

Personagens jovens: Arthur (18); Carol (17); Enzo (17); Sophia (16); Gabi (17); Felipe (16); e Theo (16).

Inscrições

Quem estiver interessado em participar da seleção de elenco, pode avaliar em qual destes papéis se encaixa melhor e enviar nome social, idade, pronomes, currículo ou portfólio, telefone para contato e vídeo de apresentação para iceberg@temdende.com.br. O título do e-mail precisa ter o personagem escolhido. As inscrições seguem até 15 de maio. Produtora abre seleção de elenco para série que será gravada em Salvador .

A série é assinada pela Têm Dendê, grupo baiano que atua há 24 anos em projetos audiovisuais independentes, comerciais e estratégicos, com uma cartela expressiva com mais de 40 títulos. O roteiro de “Iceberg” é de Newton Cannito, Claudio Simões, Bruna Coutt e Camila Ziviani. Jacques Jaquí é o assistente de roteiro. A produtora de elenco é Alethea Novaes e a direção de produção de Bruno Ramos.

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