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Entrevistas

#NegrasRepresentam – Renata Dias, preparada para repensar a Cultura!

Jamile Menezes

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Renata Dias é uma destas mulheres que nasceu para levantar voo e garantir a vida para as gerações futuras. Relações Públicas de profissão, já foi gestora social em diversos programas de responsabilidade social, como na Petrobras, Refinaria Landulfo Alves, Braskem, VIABAHIA, dentre outras.

Atualmente, à frente da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), cujo propósito é fomentar e promover a diversidade cultural baiana em suas várias linguagens, Renata vem contribuindo para diminuir o racismo institucional que ainda existe em vários setores públicos, em especial quando se fala de cultura. A Funceb é uma instituição vinculada à Secretaria Estadual da Cultura. Vamos conhecer Renata Dias:

Portal Soteropreta – Qual a história, momento, que mais marcou sua trajetória até hoje?

Renata Dias – Percorri caminhos profissionais que me marcaram muito, e por motivos diversos. Guardo com muito carinho os encontros que fiz realizando eventos na região semiárida do Nordeste do país. Eu tinha 25 anos, recém-formada, e de Nordeste só conhecia, para além do estado da Bahia, Recife e Aracaju – pontualmente. Então, ao percorrer o interior de estados como o Ceará e o Rio Grande do Norte, guardei encontros e histórias tão importantes como as entregas técnicas, profissionais. Eram eventos de culminância de projetos desenvolvidos pelo Programa Petrobras Fome Zero, entregas estruturantes para comunidades localizadas em áreas de influência da empresa, como formaturas de alfabetização para jovens e adultos, ou projetos de descentralização da estrutura de abastecimento de água de comunidades rurais por meio da construção de cisternas. Então, por oito anos, pude desenvolver eventos que guardavam grande relação com o que eu de fato defendo. Que, para além das considerações macropolíticas, as atuações corporativas devem estar calcadas em um compromisso com o desenvolvimento do território, das comunidades, de quem está ao lado.

https://portalsoteropreta.com.br/negrasrepresentam-major-denice-santiago-seguranca-das-mulheres-sua-escolha-de-vida/

Portal Soteropreta – Como é estar à frente da Fundação Cultural do Estado da Bahia?

Renata Dias – Desafiador. Primeiro, pela importância da cultura e do fazer artístico neste momento político do Brasil e do mundo. Segundo, pelo potencial do alcance das ações que competem à Funceb, que tem a missão de implementar, em articulação com a sociedade, as políticas públicas para as artes, que estão definidas na política cultural em sete linguagens artísticas: artes visuais, audiovisual, circo, dança, literatura, música e teatro. Meu diagnóstico é que, ampliar a atuação nos territórios e valorizar os mecanismos de participação da sociedade civil ainda são questões a serem aprimoradas.

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Portal Soteropreta –  Como é ser mulher e negra em uma vaga historicamente branca como esta na Funceb?

Renata Dias – Essa pergunta me remete a uma frase atribuída a Luiza Bairros: “venham preparadas, ou não venham de jeito nenhum”. Minha consciência racial se alimenta de fontes muito sólidas. Determinadas reações eram absolutamente previsíveis. Posso lhe afirmar que não foi a primeira vez que vivi isso, e o exercício é o mesmo que faço todos os dias, porque frequentemente estou em lugares onde as pessoas estranham a minha presença: seguir em frente sendo uma mulher negra, tocar o barco sendo uma mulher negra, fazer o que deve ser feito até o dia em que a sociedade se acostume com nossas presenças.

https://portalsoteropreta.com.br/negrasrepresentam-campanha-homenageia-mulheres-no-novembro-negro/

Portal Soteropreta – Na sua visão, quais são as principais metas e desafios para os empreendimentos culturais negros em 2018?
Renata Dias – Acredito que os empreendimentos culturais negros precisarão ampliar sua capacidade de atuar em redes colaborativas cada vez mais globais. Neste sentido, as conexões entre comunidades da diáspora africana são, ao meu ver, um grande vetor para o desenvolvimento das narrativas sociais comprometidas com o futuro da humanidade.

Fotos: Ludmilla Cunha

Entrevistas

Série Nossas Pretas Protagonistas estreia em novembro

Jamile Menezes

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No cenário em constante evolução que enfrentamos, a necessidade de unir palavras e ações para causar um impacto torna-se cada vez mais urgente. Com frequência, há um descompasso entre o discurso e a prática, onde muitos proclamam valores de igualdade e justiça, mas suas ações não refletem esses ideais.

No entanto, para mudar essa realidade, encontramos inspiração em nossos ancestrais, especialmente nas mulheres negras, que enfrentaram e ainda enfrentam desafios inimagináveis, deixando legados duradouros.
Reconhecendo a importância de contar as histórias dessas mulheres, o projeto “Nossas Pretas – Protagonistas” do Portal Soteropreta emerge neste mês de novembro para dar visibilidade a mulheres baianas que têm feito a diferença em diversas áreas, que vão desde cultura e política até economia, educação e saúde.

Coordenado pela publicitária Luciane Reis e pela administradora paraibana Alexandra Camilo, o projeto se destina a um público que se interessa por temas relacionados à diversidade e igualdade de gênero.

A ação promocional se materializa por meio de uma série de matérias jornalísticas que serão publicadas no Portal, principal veículo de cultura negra em Salvador. Essas matérias se dedicarão a contar a trajetória e o trabalho de mulheres negras baianas que se destacaram ao longo de 2023 em suas respectivas áreas de atuação.

Luciane Reis, coordenadora do projeto, destaca a importância de revisitar a maneira como as construções históricas ocorreram. Muitas vezes, a narrativa histórica moldada a partir de perspectivas eurocêntricas, chegam a nossa realidade frequentemente desprovidas de supervisão negra, resultando em uma história tendenciosa e incompleta.

Revisitar e reescrever nossa história, trazendo para o centro do processo as mulheres negras do nosso dia a dia, é uma justa inclusão de vozes negras na criação e revisão destas narrativas históricas, pois não se conta historias de protagonismo negro sem as matrizes geradoras do mundo.

‘Ao contar histórias que não se restringem a figuras históricas famosas, o projeto valoriza a caminhada e história de pessoas comuns que também são inestimáveis para a realidade negra do pais. A criação de narrativas que celebram a beleza da vida cotidiana, a luta diária e as conquistas modestas feminina é uma maneira poderosa de inspirar e conectar as pessoas”, diz Luciane.

Ao longo do mês de novembro, o público do Portal Soteropreta, juntamente com o público do Mercafro, encontrará nestas histórias lições de empatia, solidariedade e humanidade que moldam um futuro mais justo e igualitário.

Para Alexandra Camilo, também coordenadora do projeto, este é o momento de reunir esforços e causar um impacto positivo. “Ampliar a voz das mulheres negras exige uma harmonização entre o discurso e a prática, e aprender com os ensinamentos de nossos ancestrais. Desta forma, contar as histórias de mulheres negras e de pessoas comuns, é uma maneira de revisitar e reescrever essas narrativas de forma inclusiva e autêntica”, diz.

Para ambas, é preciso ampliar a voz daquelas que muitas vezes são silenciados pelo patriarcado, seja branco ou negro, para construir um novo ponto de vista que elimina limites impostos às nossas narrativas. Com o projeto “Nossas Pretas – Protagonistas” é preciso que essas vozes sejam compartilhadas, só assim estaremos contribuindo para a construção de histórias mais belas e significativas.

Alexandra Camilo é Advogada, Administradora de empresas e atua no mercado de Compliance em todo o Brasil.

Luciane Reis, Publicitária, Design Instrucional e Mestra em Desenvolvimento e Gestão Ciags- UFBA. Pesquisadora da História Econômica Negra

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Lucas de Matos entrevista a jornalista e historiadora Mila Burns sobre livro ‘Dona Ivone Lara: Sorriso Negro’

Jamile Menezes

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Foto Grisel Sarich

 

O comunicador Lucas de Matos entrevista a jornalista e historiadora Mila Burns sobre ‘Dona Ivone Lara: Sorriso Negro’, livro lançado pela Editora Cobogó (2021). Nele, Mila faz uma análise sobre como a obra é referencial para o fortalecimento da luta antirracista no Brasil. O encontro acontece pelo Instagram no dia 13 de abril (quinta), data de nascimento da cantora, às 19h no Brasil e 18h em Nova York, onde a jornalista reside.

 

Temas como a carreira de Dona Ivone Lara, curiosidades sobre as músicas e o impacto do álbum na MPB serão conversados na live sobre o livro, que integra a série ‘O Livro do Disco’, considerado um divisor de águas pra sambista. Hits como ‘Sonho Meu’, ‘Alguém me Avisou’ e ‘Tendência’ fazem parte desse repertório que versa sobre identidade, amor, ancestralidade e cultura popular.

 

“É uma maneira de festejar o legado de Dona Ivone Lara, que é eterno”, comenta o idealizador do projeto Lucas de Matos Entrevista, no qual já foram entrevistadas personalidades como a atriz Elisa Lucinda e o cantor Davi Moraes. “Receber Mila Burns, biógrafa de Dona Ivone, e jornalista de grande proeminência, vai deixar o papo ainda mais especial. Esperamos vocês”, finaliza.

 

O quê: Live – Lucas de Matos entrevista Mila Burns

Quando: 13 de abril (quinta), às 19h

Onde: Instagram @_lucasdematos

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Olodum lança Podcast “Carnaval, Cultura e Negritude”

Jamile Menezes

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Foto Brenda Matos

 

Uma realização do Olodum, o Podcast “Carnaval, Cultura e Negritude” será lançado em abril nas plataformas do youtube e spotify. A ação visa realizar um passeio por meio dos carnavais do Bloco Afro Olodum, com entrevistas com personalidades, sejam elas figurinistas, diretores, compositores e afins que fizeram e fazem parte dos mais diversos processos de construção desse universo,

Este programa semanal vai explorar o universo da festa momesca sob a perspectiva de um Bloco Afro, demonstrando a importância dos temas de carnaval como elemento de educação popular, de resgate de identidade, de recontação e popularização da história da África e das pessoas negras em diáspora.

Serão pautados: o contexto histórico da realização de cada carnaval e repercussão do tema, as composições, indumentárias e tudo o que permeia esse espaço de criação de subjetividades, nas dimensões palpáveis e simbólicas, realizando um paralelo com a contemporaneidade.

Entre os temas estão: 1987 – Do Egito à Bahia, 2011 – Tambores, Papiros e Twitter e Mãe, Mulher, Maria – Uma História das Mulheres.

Foram convidados nomes como Nelson Mendes, Tonho Matéria, Sandoval Melodia, Marcelo Gentil, Lia Santos, Adriana Rocha e Wanda Chase.

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